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Preparar o Exame 2015 – Matemática A

E X A M E 2 0 1 4 – 1.ª FASE, V E R S Ã O 1 – P R O P O S T A D E R E S O L U Ç Ã O

GRUPO I – ITENS DE ESCOLHA MÚLTIPLA

 
1. Tem-se que P  A  0,4  P A  1  0,4  P A  0,6 . Assim: 

P BA   0,8  P
 
P B A  0,8 
 
P A
 B  A   0,8  0,6  P  B  A   0, 48

 
Como P B  A  P  B   P  A  B  , vem P  B   P  A  B   0,48  P  B   0,2  0,48  P  B   0,68

Resposta: C

2. Vamos começar por escolher seis posições entre as dez para colocar os algarismos 2. O número de maneiras de o
fazer é 10
C6 . Para cada uma das quatro posições restantes podemos colocar qualquer um dos restantes oito
algarismos (os restantes algarismos podem-se repetir, por exemplo, o número 2829922229 satisfaz as condições
deste problema). Assim, as restantes quatro posições podem ser ocupadas de 8 A4  84 maneiras distintas.

Portanto, existem 10C6  84 números nas condições do enunciado.


Resposta: A

1 1 1
3. Tem-se que lim xn  lim    0 . Assim, pela definição de limite segundo Heine, vem:
n  

2 2 2 2 2 2 2
lim  lim  lim     0
f  xn  x0 f  x  x0 1 1 
e  3   3 
3

ex e 0 3
Resposta: C

4. A função f é contínua em , pois é a soma entre funções contínuas em , uma exponencial e a outra polinomial,
ambas contínuas no seu domínio. Portanto também é contínua em 0,1  . Assim, a função f tem um zero em
 0,1 se f  0   f 1  0 :

   
f  0  f 1  0  ke0  0  ke1  1  0  k  ke  1  0  ek 2  k  0

1
Tem-se ek 2  k  0  k  ke  1  0  k  0  ke  1  0  k  0  k  
e

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Como a função y  ek 2  k é quadrática e o seu gráfico tem a concavidade voltada para cima, então as soluções da
 1 
inequação ek 2  k  0 são os valores de k tais que k    ,0  .
 e 

y  ek 2  k


1 0 k
e

Outra resolução: Tem-se que f  0   ke0  0  k e f 1  ke1  1  ke  1 . Se k  0 , então f  0   k  0 e


f 1  ke  1  0 e portanto, o corolário do Teorema de Bolzano não garante a existência de um zero de f em  0,1 .
Assim, k é necessariamente negativo. Logo, f  0   k é negativo e portanto f 1  ke  1  0 . Então:

1  1 
k  0  ke  1  0  k  0  k    k    ,0 
e  e 
Resposta: B

a 1 1
5. Tem-se que f  x   a  ln    a  ln a  ln x . Logo, f   x    e   0 , x  
. A única opção onde
 x x x
pode estar representado o gráfico de f  é a IBI .
Resposta: B

6. A reta r é perpendicular ao plano  se um vetor diretor da reta r for colinear com um vetor normal do plano . Um
vetor normal do plano  pode ser n   4,0, 1 . Assim, a única opção onde pode estar representada a reta r é a IDI ,
x 3
pois um vetor diretor da reta definida por  z  y  1 é r   4,0, 1 .
4
Resposta: D

 
7. As coordenadas do ponto B são dadas por  cos  ,sen   , assim como cos  0 e sen   0 , pois    ,   ,
2 
vem BC  sen  e OC   cos . Logo:

CD  BC 1
A BCD 
2 2
 2

 OD  OC  BC   3    cos    sen    3  cos   sen 
1 1
2

Resposta: C

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8. O polígono  ABCDEF  é um hexágono regular, portanto os seus vértices são as imagens geométricas das raízes

ˆ  BOC
sextas de z. Além disso, AOB ˆ  ˆ  2   . Como C 2 2,2 2 , C é a imagem geométrica de
 FOA  
6 3
2 2  2 2i . Assim:

 2 2    2 2 
2 2
 2 2  2 2i   2  4  2  4  16  4

2 2  3
Seja  um argumento de 2 2  2 2i . Tem-se tg    1 e   2.ºQ . Logo,       e
2 2 4 4
3
portanto 2 2  2 2i  4cis .
4

 3  17
Assim, o número complexo cuja imagem geométrica é o vértice E é 4cis   2    4cis .
 4 3 12
Resposta: D

GRUPO II – ITENS DE RESPOSTA ABERTA

1.

1.1.

 1  3 3
2
▪  1  3i    1  3  2 . Seja  um argumento de 1  3i . Tem-se tg  
2
 3 e
1
 2
  2.ºQ . Logo,      .
3 3

1
▪ 1  i  12   1  1  1  2 . Seja  um argumento de 1  i . Tem-se tg    1 e   4.ºQ . Logo,
2

1

  .
4

Assim:

 2 
3
 2 
 2cis  23 cis  3  
 
 
3   3  8
z1   z2    cis     cis  2   cis  2    cis  2  
2 2

    2  4
2 cis    2 cis   
 4  4

8  8  
 cis  cis  2   cis  2  
2 4 2  4
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z1   z2  é um imaginário puro se o seu argumento for da forma  k , k  . Assim:
2

    k
2    k , k   2   k , k      , k
4 2 4 8 2

 5
Logo,   ( k  0 ) ou   ( k  1 ).
8 8

1.2. Seja z  a  bi com a, b . Tem-se:

2 2
1  z  1  z  10  1  a  bi  1  a  bi  10   1  a 2  b2    1  a 2   b 2 
2 2 2 2
 10 
   

 1  2a  a2  b2  1  2a  a2  b2  10  2a2  2b2  8  a 2  b2  4

Como a 2  b2  0 , a, b  e 4  0 , então a 2  b2  4  a 2  b 2  4  z  2 .


z

2
Outra resolução: Tendo em conta que z  z  z e z  w  z  w , z, w  , vem:

 
1  z  1  z  10  1  z 1  z   1  z 1  z   10  1  z  1  z  1  z  1  z  10 
2 2
 

 1  z 1  z   1  z 1  z   10  1  z  z  z  z  1  z  z  z  z  10  2 z  z  8 

2 2
 z  4  z  22  z  2
z 0

2.

2.1. Para resolver este item, vamos utilizar o acontecimento contrário. O acontecimento contrário a A: «as três bolas
retiradas não são todas da mesma cor» é A : «as três bolas retiradas são todas da mesma cor».

O número de casos possíveis é 9C3 , das noves bolas escolhem-se três. O número de casos favoráveis ao
acontecimento «as três bolas retiradas são todas da mesma cor» é 6C3 , das seis bolas pretas escolhem-se três (para
se retirarem três bolas da mesma cor estas só podem ser pretas, pois só há duas brancas e uma amarela).

 
6
C3 16
Portanto, a probabilidade pedida é P  A  1  P A  1  9
 .
C3 21

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2.2. Até sair uma bola preta, podem ser retiradas, uma, duas, três ou quatro bolas. Portanto, a variável aleatória X pode
tomar os valores 1, 2, 3 e 4, isto é X  1,2,3,4 . Assim:

6 2
▪ P  X  1   (a primeira bola retirada é logo de cor preta)
9 3

3 6 18 1
▪ P  X  2     (a primeira bola retirada não é preta e a segunda é preta)
9 8 72 4

3 2 6 36 1
▪ P  X  3      (a primeira e a segunda bolas retiradas não são pretas e a terceira é preta)
9 8 7 504 14

3 2 1 6 6 1
▪ P  X  4       (a primeira, segunda e terceira bolas retiradas não são pretas e a quarta
9 8 7 6 504 84
é preta)

Logo, a tabela de distribuição de probabilidades da variável aleatória é dada por:

xi 1 2 3 4

P  X  xi  2 1 1 1
3 4 14 84

3. No contexto do problema, P  A B  designa a probabilidade de o número registado no primeiro lançamento ser


negativo, sabendo que o produto dos números registados nos dois lançamentos é positivo. Assim, se o produto dos
dois números registados nos dois lançamentos é positivo, então ou os dois números são positivos ou os dois números
são negativos. Portanto o número de casos possíveis é 3  3  11  10 (podem ter saído as combinações 1,1 ,
1,2  , 1,3 ,  2,1 ,  2,2  ,  2,3 ,  3,1 ,  3,2  ,  3,3 ou  1, 1 ). O número de casos favoráveis é 1, sair a
combinação  1, 1 , é a única combinação em que o número registado no primeiro lançamento é negativo. Logo, pela

regra de Laplace P  A B  
1
.
10

4.  é a amplitude do ângulo AHC, ou seja, é a amplitude entre os vetores HA e HC . Assim:

 
 HA  HC
cos   cos  HA HC  
  HA  HC

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Como HA  A  H   3,0,0   3, 2,3   0,2, 3 e HA  C  H   0, 3,0   3, 2,3   3, 1, 3 , vem:

 0, 2, 3   3, 1, 3 029 7 7


cos     
 0, 2, 3   3, 1, 3 02  22   3 
2
 32   12   32 13  19 247

Portanto:

2
 7  49 198
sen 2   cos 2   1  sen 2   1  cos 2   sen 2   1     sen   1 
2
 sen 2  
 247  247 247

5.

5.1. A função f é contínua em x  4 se lim f  x   lim f  x   f  4  . Assim:


x 4 x 4

0
e y  3  y  4   11
 
e x 4  3x  11  0  e y  3 y  12  11 ey 1  3y
▪ lim f  x   lim  lim  lim  lim 
x 4 x 4 4 x i ) y 0 4   y  4 y 0 4 y 4 y 0 y

ey 1 3y ey 1 3
 lim  lim   lim   1  3  2
y 0 y y 0  y y 0 y 1
limite notável

i) Mudança de variável: Se x  4 então x  4  0 . Seja y  x  4  x  y  4 , y  0 .

  
▪ lim f  x   lim ln 2e x  e4  ln 2e4  e4  ln e4  4
x 4 x 4
  

 
▪ f  4   ln 2e4  e4  ln e4  4  
Logo, como lim f  x   lim f  x  , f não é contínua em x  4 .
x 4 x 4

5.2. Como a reta de equação y  x  b , com b é uma assíntota oblíqua do gráfico de f , quando x   .
Assim, o declive da assíntota é igual a 1, pelo que b é dado por:

       
x  x 
 
b  lim  f  x   x   lim ln 2e x  e4  x   x   
e4
 lim  ln  e x  2  x    x  
   e  

      
 lim ln e x  ln 2  e4 x  x  lim x  ln 2  e4 x  x  ln 2  e4 
x  x 
    
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 
 ln 2  e  ln  2  0   ln 2

Logo, b  ln 2 .

Outra resolução:

    
          lim ln  2e e e
x 4
b  lim  f  x   x   lim ln 2e x  e4  x  lim ln 2e x  e 4  ln e x x 
x  x  x  x 
 

 2 e x e4 
 lim ln 
x   ex   
 x   lim ln 2  e4 x  ln 2  e  ln  2  0   ln 2
e  x

6.

 
f  x  f  
   2  . Assim:
6.1. Tem-se que f     lim
 2  x 
2 x
2

     
f  x  f   f  x  f   f  x  f  
 2   lim  2    lim
1  2   1  f      1     sen  2     
lim
      
x
 2x   x
  2 x x 2 2 2 2  2 
2 2 2 x   2
 2 2

1   1   
    sen        0  
2 2  2 2  4

6.2.

▪ f   x   1  2cos  2 x 

1  
▪ f   x   0  1  2cos  2 x   0  cos  2 x    2 x   2k   2x    2k  , k  
2 3 3

 
x  k  x  k , k 
6 6

    
Para x    ,  tem-se x    x (k 0)
 2 4 6 6

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Fazendo um quadro de variação do sinal da função f  , vem:

   
x  
2 6 6 4

f   x  n.d. 0 0 n.d.

f  x n.d.  p.i.  p.i.  n.d.

     
Para x    ,  , o gráfico da função f tem a concavidade votada para baixo em   6 , 6  , tem a concavidade
 2 4  
       
votada para cima em   ,   e em  6 , 4  e tem pontos de inflexão em x   6 e em x  6 .
 2 6  

7.

▪ Como o ponto B pertence ao gráfico de f , as suas coordenadas são do tipo  x, f  x   , com x   e2 ,0  . Assim,

BC   x (a abcissa de B é negativa) e AC  f  x    2   f  x   2  2  ln x  e2 . Portanto, a área do  


triângulo  ABC  , em função de x, é dada por:

A ABC   

BC  AC  x 2  ln x  e
2
   x ln  x  e   2x 2

2 2 2

▪ A abcissa do ponto B é o valor de x    e2 ,0  tal que:

 
x ln x  e2  2 x
A ABC   8 
2

 8  x ln x  e2  2 x  16 

 
Utilizando o editor de funções da calculadora, define-se y1  x ln x  e2  2 x e y2  16 na janela de visualização

 e2 ,0  0,20 y


y1  x ln x  e2  2 x

 
Logo, x ln x  e2  2 x  16  x  a , com a  6,71 . 16

Portanto, a abcissa do ponto B é, aproximadamente, 6,71 .

e2 a O x

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