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Mecânica

Rodas e pneus
Rodas e pneus
ÍNDICE

Introdução 05

A roda 06

Histórico 07

Aprendendo mais sobre as rodas 09

O pneu 14

O pneu e suas partes 15

Pneu radial e diagonal 17

Informações contidas no pneu 20

Manutenção do pneu 27

Avarias em pneus e suas causas 32

Caderno de Exercícios 37
Rodas e pneus

Introdução

O objetivo dessa apostila é orientar os profissionais a respeito das rodas e pneus. O conteúdo
foi desenvolvido de forma a proporcionar informações suscintas, no entanto, buscando dar um
caráter de importância às reais necessidades do leitor.

Temas como segurança e possíveis avarias foram salientados, visto que estão diretamente relacio-
nados com os cuidados que o usuário impõe aos veículos, especialmente às rodas e aos pneus.
O melhor aproveitamento desses componentes faz referência não só aos cuidados empreendi-
dos, mas às observações e informações contidas nessa apostila, sobretudo às recomendações
técnicas enunciadas.

Certamente esse material contribuirá para o aprimoramento profissional e maior conhecimento


sobre a roda, o pneu e tudo aquilo que o caracteriza.

05
Rodas e pneus

A roda

06
Rodas e pneus

Histórico
Desde o início dos tempos o homem busca a melhoria contínua dos meios de transporte. Assim,
as rodas constituíram-se como importante fator na evolução desses meios.

Primeiramente, o homem utilizava a força para arrastar os objetos. Obviamente, quanto maior e
mais pesados os objetos, maior era a dificuldade.

07
Rodas e pneus

A necessidade de transporte dessa carga levou o homem a inventar as primeiras rodas que aten-
deriam a esse objetivo, ou seja, transportar o peso que excedia a capacidade da força humana.

Com o passar do tempo o homem percebeu que as rodas poderiam ser utilizadas para sua pró-
pria condução e, então, desenvolveu outros dispositivos que se juntariam à idéia da roda.

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Rodas e pneus

O homem evoluiu, e com ele o conceito, de maneira a conhecermos a modernidade e tecnologia


das rodas de liga leve.

Rodas de
liga leve

Rodas de
aço

Aprendendo mais sobre as rodas


Hoje podemos conceituar a roda como um conjunto formado por aro e disco, servindo de ele-
mento intermediário entre o pneu e o veículo.

Portanto, aro é o elemento anelar onde o pneu é montado; e disco é o elemento central que
permite a fixação da roda ao cubo do veículo.

Disco

Aro

09
Rodas e pneus

Para a fixação da roda ao cubo é necessário


que haja uma perfeita concordância entre as
dimensões dos parafusos com os furos de fixa-
ção do disco da roda, que podem ser planos,
esféricos ou cônicos.

Os aros podem ser:

a) De centro plano e de centro semi-rebaixado (Semi Drop Center), utilizados em


caminhões e ônibus. Tais aros são dotados de anel ou anéis removíveis para permitir a
montagem do pneu.

A - Pneu A
B - Câmara de ar
C - Válvula B D
D - Protetor

b) De centro rebaixado (Drop Center), utilizados em automóveis e também em cami-


nhões e ônibus com pneus “sem câmara”.

A - Pneu A

B - Válvula

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Rodas e pneus

O tamanho de um aro normalmente é constituído por dois conjuntos de números, sendo que o
primeiro representa a largura do aro, medida de flange a flange, em polegadas e o segundo, o
diâmetro nominal do aro, também em polegadas. As letras (ou letra) ao lado da largura indicam
o tipo de perfil do aro, conforme normas internacionais.

Onde:
PF
L = 4,5

D0 = Diâmetro Nominal

PF = Off-Set (Distância entre a linha de


centro do pneu/roda e a face de apoio
D0 do disco da roda. Geralmente gravado
na maioria das rodas).

Exemplo: 6 JJ X 14

Significa um aro com 6” de largura, perfil tipo JJ (aro de centro rebaixado) e com 14” de diâme-
tro nominal.

Pneu 4,50 B X 13 H

Hump (*)
Hump
Diâmetro nominal em
polegadas
Roda
Tipo do perfil

Largura do aro em pole-


gadas

* Hump é uma saliência que existe no perfil do aro em toda sua circunferência, facilitando o
assentamento dos talões do pneu.

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Rodas e pneus

R estat.

S - Largura da secção

Largura do pneu novo, montado no aro de medição e inflado à pressão indicada, sem incluir
barras de proteção ou decorativas.

D - Diâmetro externo

Diâmetro do pneu novo, montado no aro de medição e inflado, sem carga.

R estat. - Raio estático sob carga

Distância entre o centro da roda e o solo, com o pneu sob carga.

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Rodas e pneus

H - Altura da secção

Distância entre o calcanhar do talão e o centro da banda de rodagem.

D - Diâmetro do aro

Diâmetro medido entre os assentos dos talões.

L - Largura do aro

Distância entre os flanges do aro, medida internamente.

Circunferência de rotação

Distância percorrida pelo pneu inflado e com carga em uma volta completa da roda, a uma
certa velocidade.

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Rodas e pneus

O pneu

14
Rodas e pneus

O pneu e suas partes


Banda de rodagem Flanco

Cinturas

Carcaça

Talão

Todo pneu é formado de quatro partes principais:

Carcaça

É a parte resistente do pneu, constituída de lona(s) de poliéster, nylon ou aço. Retém o ar sob
pressão que suporta o peso total do veículo. Nos pneus radiais as cinturas complementam sua
resistência.

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Rodas e pneus

Talões

São constituídos internamente de arames de aço de grande resis-


tência e têm a finalidade de manter o pneu acoplado ao aro.

Banda de Rodagem

É a parte do pneu que entra diretamente


em contato com o solo. É formada por um
composto especial de borracha que ofe-
rece grande resistência ao desgaste. Seus
desenhos constituídos por partes cheias
(biscoitos) e partes vazias (sulcos) ofere-
cem desempenho e segurança ao veículo.

Flancos

Protegem a carcaça de lonas. São dotados de uma mistura especial de borracha com alto grau
de flexibilidade.

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Rodas e pneus

O pneu tem como função:


• Suportar a carga
• Assegurar a transmissão da potência motriz
• Garantir a dirigibilidade do veículo
• Oferecer respostas eficientes nas freadas e aceleradas, e
• Contribuir com a suspensão do veículo no conforto

Pneu radial e diagonal


Certamente você já ouviu falar de pneu radial e diagonal. A diferença básica entre eles está
principalmente na carcaça.

O pneu diagonal, também chamado No pneu radial, a carcaça é constituída


convencional, possui uma carcaça, cons- de uma ou mais lonas, cujos cordonéis
tituída de lonas têxteis cruzadas uma em estão paralelos e no sentido radial. Esta
relação à outra. estrutura é estabilizada pelas cinturas sob
a banda de rodagem.

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Rodas e pneus

Você sabia?

As principais vantagens dos pneus radiais estão na durabilidade,


economia de combustível, melhor aderência nas acelerações e freadas
mais eficientes.

O quadro abaixo mostra o comportamento dos pneus na relação solo e área de


apoio:

PNEU PNEU
DIAGONAL RADIAL

PNEU
SOB
CARGA

APOIO
NO SOLO

NAS
CURVAS

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Rodas e pneus

Vejamos agora as diferenças básicas dentro dos pneus. Os “sem câmara” possuem no interior
uma camada de borracha especial, denominada liner que garante a retenção do ar.

Devem ser montados em aros apropriados, utilizando válvulas especiais.

Pneu com câmara (tube type)

Pneu

CÂMARA 50
DE AR

Aro a canal Válvula


(centro rebaixado)

Pneu sem câmara (tubeless)

Pneu Hump

50
LINER

Aro a canal Válvula


(centro rebaixado)

O pneu “sem câmara” apresenta uma série de vantagens como montagem e desmontagem mais
simples e maior segurança quando perfurado.

Pneu com câmara Pneu sem câmara


esvaziamento rápido esvaziamento lento

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Rodas e pneus

Informações contidas no pneu


Todo pneu apresenta em seus flancos uma grande quantidade de informações. Muitas são repre-
sentadas por códigos devido ao limitado espaço disponível, e outras poderão estar em inglês
por exigências de exportação devido às normas de outros países.

T.W.I.

.I.

T.W
W
T.

.I.
LARGURA DA
SECÇÃO (S)
10 13
1
9
3
ALTURA DA 5
SECÇÃO (H)
12 14

DIÂMETRO 4
2
INTERNO(D)

15 6

8 11
7
PNEU EM CORTE
MONTADO NO
ARO.
T.

.I.
W

W
.I.

T.

T.W.I.

1) Nome do fabricante
2) Logotipo do fabricante
3) Modelo do pneu
4) Características de dimensões e construção (ver desenho):
P - Indica que o pneu é para uso principal em veículos de passeio (exigência de exportação)
175 - Largura da secção (mm)
70 - Série técnica: relação entre altura de secção (H) / largura de secção (S)
R - Quando existir, indica estrutura radial
13 - Diâmetro interno do pneu (diâmetro do aro) em polegadas (D)
5) Índice de carga/código de velocidade:
no exemplo: 82 = 475 kg
S = 180 km/h
6) Pneu versão sem câmara (tubeless) ou com câmara (tube type)

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Rodas e pneus

7) Posição dos indicadores de desgaste T.W.I. (Tread Wear Indicators): quando atingidos, indi-
cam o momento de retirada do pneu de uso (1,6 mm de resíduo de banda de rodagem)
8) Códigos internos para controle de fabricação
9) Local de fabricação
10) Matrícula D.O.T.: exigência de exportação, mas de interesse no Brasil - indica estabeleci-
mento de produção, tipo do pneu e período de fabricação
11) Dados referentes à estrutura do pneu: exigência de exportação
12) Carga e pressão máxima: exigência de exportação
13) Registro de homologação: exigência de exportação
14) Classificação do pneu junto à UTQG (Uniform Tyre Quality Grading): exigência de exporta-
ção
15) Significa “Mud and Snow”: exigência de exportação

A palavra REINFORCED, se houver, indica


um pneu com estrutura reforçada, para
veículos comerciais leves.

Para melhor entendimento das informações, vamos fazer a leitura dos códigos que caracterizam
os pneus.

1) Dimensões

145 70 R 13 74 S

Limite de velocidade (até 180 km/h)

Índice de carga (máximo de 375 kg por pneu)

Diâmetro interno do pneu (polegadas)

Construção radial

Altura da secção em %

Largura da secção do pneu (mm)

21
Rodas e pneus

Nota: Quando não houver a gravação da relação altura/largura nos pneus, entenderemos
código “82”.

165/70 R 13 76 S

Limite de velocidade (até 180 km/h)

Índice de carga (máximo de 400 kg por pneu)

Diâmetro interno do pneu (polegadas)

Construção radial

Quociente percentual entre altura da secção e largura

da secção do pneu (A/L = 0,70)

Largura da secção do pneu (mm)

Obs.: Quanto ao limite de velocidade e índice de carga, consultar tabelas 1 e 2.

2) Codificação do pneu (gravada na peça)

PIRELLI

1 XJUX 488
T XL E E3
DO

DOT XL E1 XJUX 488 E3

Código de referência

Data de fabricação (no caso, produzido

na quadragésima oitava semana do ano de 1988)

Código do tipo de pneu (facultativo)

Dimensões do pneu (145 SR 13 74 S)

Código do fabricante

Órgão internacional que normaliza a construção

e aplicação do pneu

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Rodas e pneus

FIRESTONE

DOT E2 FB B3KT 35
M/S 9

M/S DOT E2 FB B3KT 359

Data de fabricação (no caso, produzido

na trigésima quinta semana do ano de 1989)

Código do tipo de pneu (facultativo)

Dimensões do pneu (165/70 R 13 76 S)

Código do fabricante

Órgão internacional que normaliza a construção

e aplicação do pneu.

Indica que o pneu é do tipo lama e neve

GOODYEAR

Y1 EK 2W72 34
DOT 9

DOT Y1 EK 2W72 349

Data de fabricação (no caso, produzido

na trigésima quarta semana do ano de 1989)

Código do tipo de pneu (facultativo)

Código do fabricante

Dimensões do pneu (165/70 R 13 76 S)

Órgão internacional que normaliza a construção

e aplicação do pneu.

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Rodas e pneus

Tabela 1

O símbolo de “Índice de Carga”(IC) indica a carga máxima a que o pneu pode ser submetido.

IC kg IC kg IC kg IC kg

0 45 40 140 80 450 120 1400

1 46,2 41 145 81 4 62 121 1450

2 47,5 42 150 82 475 122 1500

3 48,7 43 155 83 487 123 1550

4 50 44 160 84 500 124 1600

5 51,5 45 165 85 515 125 1650

6 53 46 170 86 530 126 1700

7 54,5 47 175 87 545 127 1750


8 56 48 180 88 560 128 1800

9 58 49 185 89 580 129 1850

10 60 50 190 90 600 130 1900

11 61,5 51 195 91 615 131 1950

12 63 52 200 92 630 132 2000

13 65 53 206 93 650 133 2060

14 67 54 212 94 670 134 2120

15 69 55 218 95 690 135 2180

16 71 56 224 96 710 136 2240

17 73 57 230 97 730 137 2300

18 75 58 236 98 750 138 2360

19 77,5 59 243 99 775 139 2430

20 80 60 250 100 800 140 2500

21 82,5 61 257 101 825 141 2575

22 85 62 265 102 850 142 2650

23 87,5 63 272 103 875 143 2725

24 90 64 280 104 900 144 2800


25 92,5 65 290 105 925 145 2900

26 95 66 300 106 950 146 3000

27 97,5 67 307 107 975 147 3075

28 100 68 315 108 1000 148 3150

29 103 69 325 109 1030 149 3250

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Rodas e pneus

IC kg IC kg IC kg IC kg

30 106 70 335 110 1060 150 3350

31 109 71 345 111 1090 151 3450

32 112 72 355 112 1120 152 3550

33 115 73 365 113 1150 153 3650

34 118 74 375 114 1180 154 3750

35 121 75 387 115 1215 155 3875

36 125 76 400 116 1250 156 4000

37 128 77 412 117 1285 157 4125

38 132 78 425 118 1320 158 4250

39 136 79 437 119 1360 159 4375

Tabela 2

O “Símbolo de Velocidade” indica a velocidade a que o pneu pode ser submetido, à carga
correspondente ao seu Índice de Carga nas condições de serviços especificados pelo fabricante
do pneu.

Símbolo de velocidade Velocidade (km/h)

A1 5

A2 10

A3 15

A4 20

A5 25

A6 30

A7 35

A8 40

B 50

C 60

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Rodas e pneus

Símbolo de velocidade Velocidade (Km/h)

D 65
E 70
F 80
G 90
J 100
K 110
L 120
M 130
N 140
P 150
Q 160
R 170
S 180
T 190
U 200
H 210
V 240
ZR ACIMA DE 240
W 270
y 300

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Rodas e pneus

Manutenção do pneu

Para se obter dos pneus os melhores resultados em termos de aderência, duração e segurança é
fundamental que eles sejam adequadamente utilizados.

Algumas recomendações podem auxiliar, tais como:

A pressão de enchimento deve ser aquela indicada pelo fabricante do veículo e do pneu. O seu
controle deve ser feito pelo menos uma vez por semana, com os pneus sempre frios, porque os
mesmos se aquecem durante o rodar e o calor provoca o aumento da pressão inicial. Utilizar
nesta operação um calibrador devidamente aferido e não esquecer o estepe.

27
Rodas e pneus

A pressão correta proporciona ao pneu um apoio perfeito


no solo e, desta forma, a rodagem apresenta um desgaste
normal.

Apoio perfeito no solo

Quando a pressão é insuficiente, o pneu tende a


se apoiar mais nas laterais da banda de rodagem
e estas se desgastam prematuramente. Além disso,
o flexionamento do pneu torna-se muito acentuado,
contribuindo para uma maior geração de calor, o que
prejudica a estrutura do pneu.

Menor apoio no solo

Quando a pressão é excessiva, o pneu apóia-se mais na


faixa central da banda de rodagem, a qual sofre um des-
gaste mais rápido e o conforto do veículo é prejudicado.

Menor apoio no solo

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Rodas e pneus

O tipo de pavimento das estradas tem influência direta


na durabilidade dos pneus. Quanto mais abrasivo é o
piso e quanto mais precária é a condição da estrada,
menor tende a ser a quilometragem do pneu.

O traçado da estrada, por sua vez, também influi


no rendimento. Estradas com muitas curvas, desní-
veis, subidas e descidas, solicitam muito mais do
pneu o efeito do arrastamento, freadas e acelera-
das, reduzindo conseqüentemente sua vida útil.

Por estas razões é fundamental dirigir com regularidade e manter velocidades compatíveis com
cada tipo de estrada.

29
Rodas e pneus

Paralelamente devem ser evitados os impactos violentos contra obstáculos ou buracos, bem
como os roçamentos contra o meio-fio, que podem causar avarias graves na carcaça do pneu
(quebra de cordonéis e bolhas).

Periodicamente é muito importante efetuar uma inspeção geral nos pneus, verificando a unifor-
midade de consumo e se não existem avarias nos flancos ou banda de rodagem que exijam
reparos nos pneus ou até mesmo sua retirada de uso.

30
Rodas e pneus

A presença de desgastes irregulares, ou o surgi-


mento de vibrações, são fatores que determinam
a necessidade de um novo alinhamento e balan-
ceamento de rodas.

Por outro lado, os pneus durante o uso podem apresentar um desgaste desigual da banda de
rodagem devido a alguns fatores como: má distribuição das cargas, tipo de percurso, variação
das curvaturas das estradas e condições das suspensões. Com as suspensões em condições ide-
ais, as demais irregularidades podem ser minimizadas através do rodízio dos pneus, seguindo-
se as recomendações do fabricante do automóvel.

31
Rodas e pneus

Visto que a utilização de pneus é normalizada pelo “CONTRAN” visando a segurança do con-
dutor, chega um momento em que é inevitável a retirada do pneu de uso. Através da Resolução
558/80, de 15 de abril de 1980, o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) estabeleceu
em seu artigo 40 que fica proibida a circulação de veículo automotor equipado com pneus cujo
desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores ou cuja profundidade remanes-
cente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm.

Altura dos Profundidade


indicadores = 1,6 mm normal

Nos pontos onde localizam-se estes indicadores existem na região do ombro da rodagem as
siglas T.W.I. (Tread Wear Indicators).

Avarias em pneus e suas causas


Para que os pneus ofereçam os melhores resultados em termos de segurança e desempenho, é
fundamental que sejam observadas suas corretas normas de uso e de manutenção.

Neste sentido, apresentamos a seguir as principais avarias decorrentes de emprego inadequado


do produto ou de natureza acidental, não cobertas por garantia, conforme exemplos abaixo,
com suas respectivas causas.

Avaria acidental do talão

• Montagem/desmontagem com ferramentas inadequadas


• Montagem/desmontagem com processos inadequados
• Aros incorretos
• Aros em mal estado de conservação

32
Rodas e pneus

Quebra do friso do talão

• Montagem/desmontagem com ferramentas inade-


quadas
• Montagem/desmontagem com processos inadequa-
dos
• Aros incorretos
• Aros em mal estado de conservação

Queima interna de carcaça

• Uso prolongado com baixa pressão ou sobrecarga

Quebra da carcaça

• Conseqüência de rodar vazio devido a:


- falhas na câmara de ar
- cortes ou perfurações
- pneu sem câmara mal montado no aro
- aro deformado ou impróprio para pneu sem câmara
- falhas na válvula
- avarias no liner interno ou talões do pneu sem
câmara

33
Rodas e pneus

Desgaste irregular

• Alinhamento das rodas fora do especificado


• Aros deformados ou inadequados
• Problemas mecânicos na suspensão
• Emprego de medida ou tipo inadequado de pneu

Desgaste localizado

• Aceleradas ou freadas bruscas


• Amortecedores avariados (desgastes em vários pontos da
circunferência do pneu)
• Rodas desbalanceadas

Ondulação no flanco

• Impactos em buracos ou obstáculos com quebras dos cordonéis


da carcaça

34
Rodas e pneus

Avaria no flanco

• Perfurações por corpos cortantes


• Roçamentos no meio-fio ou em componentes do
veículo

Avaria na banda de rodagem

• Perfurações ou cortes causados por corpos estranhos

Fora dos limites de segurança

• Pneu com desgaste excessivo, ou seja, resíduo de


desenho inferior a 1,6 mm

35
Rodas e pneus

Casos como desgaste prematuro, efeitos vibracionais, tendências de deriva, entre outros, pode-
rão também estar relacionados às anomalias mecânicas.

Todos os cuidados enunciados, quando


observados com atenção, certamente
aumentarão a vida útil dos pneus e do
veículo.

36
Caderno de Exercícios

37
38
Rodas e pneus

Exercício 1: rodas

1. Considerando a figura abaixo, identifique os componentes através das letras A, B e C:

B
C

Letra Componente

2. Sobre a figura abaixo, defina o componente indicado pela letra A e descreva a sua função no
conjunto roda/pneu.

Pneu

Roda

3. Na identificação de uma roda, o que significam os códigos abaixo?

6 JJ X 14

39
Rodas e pneus

Exercício 2: pneus

4. Abaixo temos uma figura demonstrando as partes constituintes de um pneu. Quais são as
partes indicadas pelas letras abaixo?

C
B

A-
B-
C-
D-
E-

5. Considerando a utilização de um veículo de passeio em transito urbano, quais as vantagens


dos pneus radiais sobre os diagonais?

40
Rodas e pneus

6. Considerando os pneus sem câmara, qual das opções abaixo está correta?

A- São identificados pela inscrição “TUBE TYPE” e possuem liner


B- As rodas para sua utilização não possuem HUMP e são identificados por “TUBELESS”
C- As rodas para sua utilização possuem HUMP e são identificados por “TUBELESS”
D- Possuem liner interno e as válvulas de enchimento estão montadas nas câmaras

7. Verificando a figura abaixo, preencha a tabela da página seguinte:

T.W.I.
.I.

T.W
W
T.

.I.
10 13
1
9
3
5

12 14
4
2

15 6

8 11
7
T.

.I.
W

W
.I.

T.

T.W.I.

41
Rodas e pneus

Nº Significado da marcação

5
6

10

11

12

13

14

15

8. Na identificação de um pneu, o que significam os códigos abaixo?

165/70 R 13 76 S

42
Rodas e pneus

9. Para que serve a matrícula DOT, gravada nos pneus?

10. Um determinado modelo de veículo possui três versões: ELX, HLX e TURBO. Considerando,
respectivamente, que a cada versão este veículo atinge maiores velocidades, relacione as
colunas:

Versão Pneu utilizado

1 - ELX ( ) 195/60R15 88W


2 - HLX ( ) 195/60R15 88V
3 - TURBO ( ) 195/60R15 88H

11. Em relação à sua resposta na questão anterior, explique o que pode ocorrer e qual o perigo
de instalar neste veículo o pneu 195/60R15 88H onde o fabricante recomenda o pneu
195/60R15 88W:

12. Quando o desgaste dos pneus atinge o TWI ele deve ser retirado de circulação segundo
uma norma do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito). Neste caso, qual a profundida-
de de borracha remanescente na banda de rodagem?

A- 1,6 cm
B- 0,6 cm
C- 1,6 mm
D- 16 mm

43
Rodas e pneus

Exercício 3: avarias

13. Os pneus podem apresentar diversos tipos de avarias. Observe as figuras e indique quais as
possíveis causas para cada uma delas:

Avaria acidental do talão

Quebra do friso do talão

Queima interna da carcaça

44
Rodas e pneus

Desgaste irregular

Ondulação no flanco

Avaria no flanco

45
Rodas e pneus

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nesta publicação são fornecidos a título indicativo e poderão ficar desatualizados
em conseqüência das modificações feitas pelo fabricante, a qualquer momento, por
razões de natureza técnica, ou comercial, porém sem prejudicar as características
básicas do produto.
Impresso n° 53001009 - 04/2008

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