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Rodas e pneus
Rodas e pneus
ÍNDICE
Introdução 05
A roda 06
Histórico 07
O pneu 14
Manutenção do pneu 27
Caderno de Exercícios 37
Rodas e pneus
Introdução
O objetivo dessa apostila é orientar os profissionais a respeito das rodas e pneus. O conteúdo
foi desenvolvido de forma a proporcionar informações suscintas, no entanto, buscando dar um
caráter de importância às reais necessidades do leitor.
Temas como segurança e possíveis avarias foram salientados, visto que estão diretamente relacio-
nados com os cuidados que o usuário impõe aos veículos, especialmente às rodas e aos pneus.
O melhor aproveitamento desses componentes faz referência não só aos cuidados empreendi-
dos, mas às observações e informações contidas nessa apostila, sobretudo às recomendações
técnicas enunciadas.
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Rodas e pneus
A roda
06
Rodas e pneus
Histórico
Desde o início dos tempos o homem busca a melhoria contínua dos meios de transporte. Assim,
as rodas constituíram-se como importante fator na evolução desses meios.
Primeiramente, o homem utilizava a força para arrastar os objetos. Obviamente, quanto maior e
mais pesados os objetos, maior era a dificuldade.
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Rodas e pneus
A necessidade de transporte dessa carga levou o homem a inventar as primeiras rodas que aten-
deriam a esse objetivo, ou seja, transportar o peso que excedia a capacidade da força humana.
Com o passar do tempo o homem percebeu que as rodas poderiam ser utilizadas para sua pró-
pria condução e, então, desenvolveu outros dispositivos que se juntariam à idéia da roda.
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Rodas e pneus
Rodas de
liga leve
Rodas de
aço
Portanto, aro é o elemento anelar onde o pneu é montado; e disco é o elemento central que
permite a fixação da roda ao cubo do veículo.
Disco
Aro
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Rodas e pneus
A - Pneu A
B - Câmara de ar
C - Válvula B D
D - Protetor
A - Pneu A
B - Válvula
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Rodas e pneus
O tamanho de um aro normalmente é constituído por dois conjuntos de números, sendo que o
primeiro representa a largura do aro, medida de flange a flange, em polegadas e o segundo, o
diâmetro nominal do aro, também em polegadas. As letras (ou letra) ao lado da largura indicam
o tipo de perfil do aro, conforme normas internacionais.
Onde:
PF
L = 4,5
D0 = Diâmetro Nominal
Exemplo: 6 JJ X 14
Significa um aro com 6” de largura, perfil tipo JJ (aro de centro rebaixado) e com 14” de diâme-
tro nominal.
Pneu 4,50 B X 13 H
Hump (*)
Hump
Diâmetro nominal em
polegadas
Roda
Tipo do perfil
* Hump é uma saliência que existe no perfil do aro em toda sua circunferência, facilitando o
assentamento dos talões do pneu.
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Rodas e pneus
R estat.
S - Largura da secção
Largura do pneu novo, montado no aro de medição e inflado à pressão indicada, sem incluir
barras de proteção ou decorativas.
D - Diâmetro externo
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H - Altura da secção
D - Diâmetro do aro
L - Largura do aro
Circunferência de rotação
Distância percorrida pelo pneu inflado e com carga em uma volta completa da roda, a uma
certa velocidade.
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O pneu
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Cinturas
Carcaça
Talão
Carcaça
É a parte resistente do pneu, constituída de lona(s) de poliéster, nylon ou aço. Retém o ar sob
pressão que suporta o peso total do veículo. Nos pneus radiais as cinturas complementam sua
resistência.
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Talões
Banda de Rodagem
Flancos
Protegem a carcaça de lonas. São dotados de uma mistura especial de borracha com alto grau
de flexibilidade.
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Rodas e pneus
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Rodas e pneus
Você sabia?
PNEU PNEU
DIAGONAL RADIAL
PNEU
SOB
CARGA
APOIO
NO SOLO
NAS
CURVAS
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Rodas e pneus
Vejamos agora as diferenças básicas dentro dos pneus. Os “sem câmara” possuem no interior
uma camada de borracha especial, denominada liner que garante a retenção do ar.
Pneu
CÂMARA 50
DE AR
Pneu Hump
50
LINER
O pneu “sem câmara” apresenta uma série de vantagens como montagem e desmontagem mais
simples e maior segurança quando perfurado.
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Rodas e pneus
T.W.I.
.I.
T.W
W
T.
.I.
LARGURA DA
SECÇÃO (S)
10 13
1
9
3
ALTURA DA 5
SECÇÃO (H)
12 14
DIÂMETRO 4
2
INTERNO(D)
15 6
8 11
7
PNEU EM CORTE
MONTADO NO
ARO.
T.
.I.
W
W
.I.
T.
T.W.I.
1) Nome do fabricante
2) Logotipo do fabricante
3) Modelo do pneu
4) Características de dimensões e construção (ver desenho):
P - Indica que o pneu é para uso principal em veículos de passeio (exigência de exportação)
175 - Largura da secção (mm)
70 - Série técnica: relação entre altura de secção (H) / largura de secção (S)
R - Quando existir, indica estrutura radial
13 - Diâmetro interno do pneu (diâmetro do aro) em polegadas (D)
5) Índice de carga/código de velocidade:
no exemplo: 82 = 475 kg
S = 180 km/h
6) Pneu versão sem câmara (tubeless) ou com câmara (tube type)
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7) Posição dos indicadores de desgaste T.W.I. (Tread Wear Indicators): quando atingidos, indi-
cam o momento de retirada do pneu de uso (1,6 mm de resíduo de banda de rodagem)
8) Códigos internos para controle de fabricação
9) Local de fabricação
10) Matrícula D.O.T.: exigência de exportação, mas de interesse no Brasil - indica estabeleci-
mento de produção, tipo do pneu e período de fabricação
11) Dados referentes à estrutura do pneu: exigência de exportação
12) Carga e pressão máxima: exigência de exportação
13) Registro de homologação: exigência de exportação
14) Classificação do pneu junto à UTQG (Uniform Tyre Quality Grading): exigência de exporta-
ção
15) Significa “Mud and Snow”: exigência de exportação
Para melhor entendimento das informações, vamos fazer a leitura dos códigos que caracterizam
os pneus.
1) Dimensões
145 70 R 13 74 S
Construção radial
Altura da secção em %
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Nota: Quando não houver a gravação da relação altura/largura nos pneus, entenderemos
código “82”.
165/70 R 13 76 S
Construção radial
PIRELLI
1 XJUX 488
T XL E E3
DO
Código de referência
Código do fabricante
e aplicação do pneu
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Rodas e pneus
FIRESTONE
DOT E2 FB B3KT 35
M/S 9
Código do fabricante
e aplicação do pneu.
GOODYEAR
Y1 EK 2W72 34
DOT 9
Código do fabricante
e aplicação do pneu.
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Tabela 1
O símbolo de “Índice de Carga”(IC) indica a carga máxima a que o pneu pode ser submetido.
IC kg IC kg IC kg IC kg
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Rodas e pneus
IC kg IC kg IC kg IC kg
Tabela 2
O “Símbolo de Velocidade” indica a velocidade a que o pneu pode ser submetido, à carga
correspondente ao seu Índice de Carga nas condições de serviços especificados pelo fabricante
do pneu.
A1 5
A2 10
A3 15
A4 20
A5 25
A6 30
A7 35
A8 40
B 50
C 60
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Rodas e pneus
D 65
E 70
F 80
G 90
J 100
K 110
L 120
M 130
N 140
P 150
Q 160
R 170
S 180
T 190
U 200
H 210
V 240
ZR ACIMA DE 240
W 270
y 300
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Rodas e pneus
Manutenção do pneu
Para se obter dos pneus os melhores resultados em termos de aderência, duração e segurança é
fundamental que eles sejam adequadamente utilizados.
A pressão de enchimento deve ser aquela indicada pelo fabricante do veículo e do pneu. O seu
controle deve ser feito pelo menos uma vez por semana, com os pneus sempre frios, porque os
mesmos se aquecem durante o rodar e o calor provoca o aumento da pressão inicial. Utilizar
nesta operação um calibrador devidamente aferido e não esquecer o estepe.
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Rodas e pneus
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Rodas e pneus
Por estas razões é fundamental dirigir com regularidade e manter velocidades compatíveis com
cada tipo de estrada.
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Rodas e pneus
Paralelamente devem ser evitados os impactos violentos contra obstáculos ou buracos, bem
como os roçamentos contra o meio-fio, que podem causar avarias graves na carcaça do pneu
(quebra de cordonéis e bolhas).
Periodicamente é muito importante efetuar uma inspeção geral nos pneus, verificando a unifor-
midade de consumo e se não existem avarias nos flancos ou banda de rodagem que exijam
reparos nos pneus ou até mesmo sua retirada de uso.
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Rodas e pneus
Por outro lado, os pneus durante o uso podem apresentar um desgaste desigual da banda de
rodagem devido a alguns fatores como: má distribuição das cargas, tipo de percurso, variação
das curvaturas das estradas e condições das suspensões. Com as suspensões em condições ide-
ais, as demais irregularidades podem ser minimizadas através do rodízio dos pneus, seguindo-
se as recomendações do fabricante do automóvel.
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Rodas e pneus
Visto que a utilização de pneus é normalizada pelo “CONTRAN” visando a segurança do con-
dutor, chega um momento em que é inevitável a retirada do pneu de uso. Através da Resolução
558/80, de 15 de abril de 1980, o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) estabeleceu
em seu artigo 40 que fica proibida a circulação de veículo automotor equipado com pneus cujo
desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores ou cuja profundidade remanes-
cente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm.
Nos pontos onde localizam-se estes indicadores existem na região do ombro da rodagem as
siglas T.W.I. (Tread Wear Indicators).
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Quebra da carcaça
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Rodas e pneus
Desgaste irregular
Desgaste localizado
Ondulação no flanco
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Rodas e pneus
Avaria no flanco
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Rodas e pneus
Casos como desgaste prematuro, efeitos vibracionais, tendências de deriva, entre outros, pode-
rão também estar relacionados às anomalias mecânicas.
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Caderno de Exercícios
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Exercício 1: rodas
B
C
Letra Componente
2. Sobre a figura abaixo, defina o componente indicado pela letra A e descreva a sua função no
conjunto roda/pneu.
Pneu
Roda
6 JJ X 14
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Rodas e pneus
Exercício 2: pneus
4. Abaixo temos uma figura demonstrando as partes constituintes de um pneu. Quais são as
partes indicadas pelas letras abaixo?
C
B
A-
B-
C-
D-
E-
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Rodas e pneus
6. Considerando os pneus sem câmara, qual das opções abaixo está correta?
T.W.I.
.I.
T.W
W
T.
.I.
10 13
1
9
3
5
12 14
4
2
15 6
8 11
7
T.
.I.
W
W
.I.
T.
T.W.I.
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Rodas e pneus
Nº Significado da marcação
5
6
10
11
12
13
14
15
165/70 R 13 76 S
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Rodas e pneus
10. Um determinado modelo de veículo possui três versões: ELX, HLX e TURBO. Considerando,
respectivamente, que a cada versão este veículo atinge maiores velocidades, relacione as
colunas:
11. Em relação à sua resposta na questão anterior, explique o que pode ocorrer e qual o perigo
de instalar neste veículo o pneu 195/60R15 88H onde o fabricante recomenda o pneu
195/60R15 88W:
12. Quando o desgaste dos pneus atinge o TWI ele deve ser retirado de circulação segundo
uma norma do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito). Neste caso, qual a profundida-
de de borracha remanescente na banda de rodagem?
A- 1,6 cm
B- 0,6 cm
C- 1,6 mm
D- 16 mm
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Rodas e pneus
Exercício 3: avarias
13. Os pneus podem apresentar diversos tipos de avarias. Observe as figuras e indique quais as
possíveis causas para cada uma delas:
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Rodas e pneus
Desgaste irregular
Ondulação no flanco
Avaria no flanco
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