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Um pneumático (do latim pneumatĭcus, por sua vez do grego πνευματικός, derivado de
πνεῦμα "sopro"), mais conhecido por pneu, é um artefacto circular feito de borracha, para uso
em automóveis, caminhões, aviões, motos, bicicletas, etc. Na maioria das aplicações, é
inflado com gases. Em algumas aplicações específicas, por exemplo em máquinas agrícolas,
pode ser parcialmente preenchido com água, para melhorar a tração e reduzir a patinagem.[1]
Geralmente é de cor negra devido ao fato de, durante a fabricação, ser adicionado negro de
fumo à composição da borracha. Sem esse elemento, os pneus se desgastariam muito
rapidamente.
História
Em 1888, o veterinário e inventor escocês, John Boyd Dunlop, desenvolveu o primeiro pneu
com câmara de ar para um velocípede de seu filho de nove anos de idade, antes disso, as
rodas eram de madeira, ferro, ou materiais compostos, o que prejudicava a condução e
conforto, esse triciclo era utilizado para ir à escola pelas ruas esburacadas de Belfast. Para
resolver o problema de trepidação, Dunlop inflou alguns tubos de mangueira de látex,
utilizados em medicina, através de uma bomba de ar de inflar bolas. Depois, envolveu os
tubos com uma manta de lona para proteger e colocou em volta da roda do triciclo. Até
então, a maioria das rodas eram maciças, de borracha ou madeira. O pneu inflável foi
notavelmente sua maior invenção. Desenvolveu-se a ideia de patente de um pneu com
câmara em 7 de dezembro de 1889. Dois anos depois de concedida a patente, Dunlop foi
informado que sua patente foi invalidada devido a uma invenção de um escocês chamado
Robert William Thomson, que havia patenteado a ideia na França em 1847, e nos Estados
Unidos em 1891.[2] Dunlop ganhou a batalha legal contra Robert William Thomson e
revalidou sua patente. O desenvolvimento do pneu com câmara foi crucial para a expansão
do transporte terrestre, com introdução de novas bicicletas e automóveis.
Durabilidade
Um pneu de motocicleta.
Os pneus, de modo geral, tem como durabilidade de 25 mil a 70 mil quilômetros, dependendo
dos cuidados do usuário e do seu uso (off-road, esportivo, urbano, estradeiro, mineração,...).
Alguns cuidados a serem tomados são o balanceamento e alinhamento a cada cinco mil
quilômetros e o rodízio de pneus (em Portugal chamado "rotação ou cruzamento dos
pneus"), o qual deve ser feito a cada 10 mil km, até o pneu atingir a "meia-vida" ou
profundidade dos sulcos de aproximadamente 3,5 mm. Depois desta profundidade, deve-se
deixar o pneu mais gasto no eixo dianteiro, pelas razões que serão explanadas mais adiante.
A calibragem dos pneus deve ser feita periodicamente, e sempre antes de viagens, com a
pressão recomendada pelo fabricante do veículo.
O pneu deve ser substituído quando seus sulcos atingirem a profundidade de 1,6 milímetros
(de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, por exemplo). Essa profundidade é apontada
quando o desgaste atingir as ranhuras inferiores, indicadas pela sigla T.W.I. (Tread Wear
Indicator). Caso haja bolhas ou deformações, o pneu deve ser prontamente substituído,
independentemente da profundidade dos seus sulcos, pois o pneu está estruturalmente
comprometido.
O pneu deve ser trocado no máximo a cada cinco ou seis anos. Através do código DOT, que
fica na lateral do pneu, sabe-se quando ele foi fabricado. [3]
Formato
Existem pneus com diferentes tipos de banda de rodagem. Existem pneus simétricos,
assimétricos, direcionais e direcionais assimétricos. Nos pneus simétricos, não existe lado
para a montagem nem sentido de rotação, logo, o pneu simétrico pode ser montado de
qualquer forma na roda e girar em qualquer direção. Nos pneus assimétricos, existe uma
posição única para efetuar a montagem do pneu na roda. Essa posição para montagem está
escrita na lateral do pneu, normalmente com as palavras Externo e Interno. Após o pneu ser
corretamente montado na roda, o conjunto pode ser instalado em qualquer lado do carro,
trabalhando em qualquer sentido de rotação. Nos pneus direcionais, existe um sentido de
rotação do pneu determinado pelo fabricante. Este sentido de rotação esta presente na
lateral do pneu, normalmente na forma de uma seta. O pneu deve ser montado na roda de
forma que a seta esteja sempre apontando na direção do deslocamento do carro para a
frente. Se o pneu for montado corretamente na roda, a seguinte situação deve ser observada:
olhando para a lateral do pneu já montado no carro e, posicionando a seta indicadora do
sentido de rotação do pneu na posição de 12 horas do relógio, a seta deve apontar,
obrigatoriamente, para a dianteira do carro. Caso o pneu seja montado incorretamente na
roda, girando consequentemente no sentido contrário do determinado pelo fabricante, a
eficiência do pneu será seriamente comprometida, pois não ocorrera um correto trabalho das
ranhuras do pneu em contato com o solo. Nos pneus direcionais assimétricos, que, diga-se
de passagem, são de uso muito especifico, geralmente em competições automobilísticas,
existe na lateral do pneu tanto uma posição para montagem, ou seja, lado interno e externo,
devido ao padrão assimétrico de sua banda de rodagem, como existe também um sentido de
rotação determinado pelo fabricante. É possível concluir portanto que, no caso deste pneu
especifico, existindo tanto uma restrição de montagem quanto uma restrição de sentido de
rotação, existirão consequentemente, pneus específicos para cada lado do carro, esquerdo e
direito.
É importante ressaltar que não existe nenhum problema em alterar o sentido de rotação do
pneu ao longo de sua vida útil. O pneu, em seu uso normal, sofre esforços em diversas
direções antagônicas, não havendo qualquer dano ao mesmo. Dessa forma, não existe
nenhum problema em alterar o sentido de rotação do pneu, desde que observadas as
restrições especificas de cada tipo de banda de rodagem, conforme descrito acima.
Vida Útil
O desgaste dos pneus é condicionado pelo modelo do veículo e pelo cuidado com a
manutenção dos mesmos. Notadamente, a maioria dos veículos de passeio apresenta um
desgaste maior dos pneus dianteiros, devido à predominância da tração dianteira e do maior
peso no eixo dianteiro. Culturalmente, na troca de apenas dois dos quatro pneus, é comum o
usuário instalar os pneus novos na frente. No entanto, os fabricantes do setor recomendam
que os pneus novos sejam sempre colocados no eixo traseiro,[4] via de regra. Tal
recomendação visa a maior segurança do usuário, pelas razões que seguem:[carece de fontes
?
]
Dimensão
Atualmente estão em uso três sistemas de codificação para as dimensões dos pneus.
Sistema polegadas-polegadas
Tradicionalmente usado nos pneus diagonais este sistema é também usado em alguns
pneus radiais para caminhões e ônibus. Nestes pneus a marcação lateral é do tipo L.LL-DD
onde:
Sistema milímetros/porcentagem-
polegadas
Os pneus radiais para automóveis e os pneus para caminhões e ônibus do tipo "sem câmara",
possuem normalmente uma marcação lateral do tipo xxx/yy Rdd. Esta marcação identifica
as medidas do pneu:
Sistema TRX
Foi introduzida pela Michelin, e tinha construção diferente para os pneus, obrigando o uso de
rodas especiais. Para evitar que consumidores tentassem colocar pneus normais em rodas
TRX, as medidas eram definidas em milímetros, inclusive o diâmetro da roda. Outros
fabricantes a aderir ao sistema foram Avon Rubber e Goodyear. Apesar de vantagens no
comportamento dinâmico, o sistema TRX nunca foi um sucesso. Usado em carros como
Ferrari, Saab, Jaguar, BMW 7, Citroën CX, Ford Mustang, entre outros, os donos geralmente
optaram em trocar pneus e rodas por combinações convencionais, ao invés de arcar com os
elevados custos de um jogo de pneus novos.[5]
Descrição e nomenclaturas
Por exemplo o pneu : 195/55 R 15 87W
Q : 160 km/h
R : 170km/h
S : 180 km/h
T : 190 km/h
H : 210 km/h
VR : > 210 km/h
V : 240 km/h
ZR : > 240 km/h
W : 270 km/h
Y : 300 km/h
Código DOT
O código começa com as letras "DOT" seguidas pelo código do fabricante (dois números ou
letras) e por uma sequência de dois ou mais números e letras que identificam o tipo de pneu.
Os últimos quatro números fornecem a informação da data de fabricação (os dois primeiros
são da semana e os dois últimos são do ano).
Por exemplo, um pneu produzido na 17ª semana de 2008, teria os quatro últimos dígitos do
DOT 1708.
Alliance
Apollo
Belshina
Birla
BF Goodrich
Bridgestone
Camac
Continental
Cooper
DRC
Dunlop Tyres
Federal
Firestone
Goodyear
Hankook
Hoosier
Levorin
Kumho
Maggion
Metzeler
Michelin
Nexen
Nokian
Linglong
Pirelli
Pneus Freedom
Rinaldi
Silverstone Pneus
Sumitomo
Toyo
Trelleborg
Triangle
Uniroyal
Yokohama
Ver também
Borracha
Borracharia
Recauchutagem
Roda automotiva
Referências
Ligações externas