Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
II Teorico
II Teorico
Inserir Título
Contra
Aqui
Inserir Título
Incêndios e Explosões
Aqui
Combate ao Fogo – Parte 1
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Combate ao Fogo – Parte 1
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
Contextualização
Esta unidade (Combate ao Fogo – Parte 1) vem apresentar ao aluno(a) os 3 tipos de
sistemas mais comuns em projetos contra incêndio. Desses, pelo menos um sempre será
encontrado em qualquer tipo de edificação.
Praticamente todos já ouviram falar nesses sistemas e/ou equipamentos. Mas como
definir qual desses 3 tipos de sistemas deve ser utilizado em uma edificação ou outra e
como projetá-los?
Dessa forma, aproveite o conteúdo desta unidade e todos os demais recursos dis-
poníveis para o aprofundamento teórico nessa área de conhecimento que envolve a
segurança contra incêndio.
6
Extintores
O extintor de incêndio, ou simplesmente extintor, é um equipamento de segurança
utilizado para extinguir ou controlar princípios de incêndios em casos de emergência.
A norma ABNT NBR 12693: Sistemas de proteção por extintor de incêndio não se
aplica à proteção de aeronaves, embarcações e veículos, nem a outras classes de
fogos que não sejam A, B e C.
Assim como feito em São Paulo, os demais estados seguem essa tendência de facili-
tar o entendimento do “como implementar” as medidas de proteção contra incêndio nas
7
7
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
edificações, inclusive a forma de avaliação delas para permitir a emissão de licenças especí-
ficas. E, dessa forma, adotando instruções técnicas, como, por exemplo, o Estado do Pará,
que emitiu recentemente sua primeira edição das instruções técnicas – nesse caso, a instru-
ção técnica 03, que possui em sua parte I, o sistema de proteção por extintores de incêndio.
Tipos
Segundo a NBR 12693, podemos dividir os extintores em dois tipos: portáteis
ou sobrerrodas.
8
Todo extintor possui em seu corpo um rótulo de identificação que possui informações
básicas sobre classe de incêndio, instruções de uso, manutenção etc.
Como sabemos qual extintor utilizamos em cada ocasião? Para responder a essa
pergunta, precisamos responder a outras duas perguntas: Qual é a classe de incên-
dio? Qual é o tamanho do fogo (carga de incêndio)? Ao responder a essas duas per-
guntas, saberemos qual extintor devemos utilizar. Continue o estudo e entenderá
mais sobre o tamanho do fogo.
Capacidade
A capacidade extintora é uma das formas de medir o poder de extinção de fogo
de um extintor, e é obtida por meio de um ensaio normalizado, de acordo as normas
ABNT NBR 15808 (extintores de incêndio portáteis) e ABNT NBR 15809 (extintores
de incêndio sobre rodas).
Observe a figura a seguir que apresenta o tamanho dos engradados de madeira que
devem ser utilizados para determinar a capacidade extintora de cada extintor para fogo
classe A (1-A, 2-A, 4-A, 6-A, 10-A, 20-A ou 30-A). Quanto maior for o fogo do engra-
dado que o extintor conseguir extinguir, maior será a sua capacidade extintora, ou seja,
se o extintor em teste conseguir apagar o fogo do engradado de capacidade 6, significa
que o extintor tem capacidade 6-A e assim por diante.
9
9
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
Para fogo classe B, segue o mesmo princípio do teste feito com os engradados de
madeira, porém, nesse caso, utilizam-se cubas quadradas, contendo líquido inflamável
(n-heptano) em tamanhos e volumes de líquidos para cada capacidade extintora a ser
testada, conforme apresentado na figura a seguir.
10
Tabela 1 – Extintor portátil - capacidade mínima de uma unidade extintora
Extintor portátil (máx. 20kg)
Agente extintor Capacidade extintora mínima
Água 2-A
Espuma mecânica 2-A: 10-B
Dióxido de Carbono (CO2) 5-B:C
Pó BC 20-B:C
Pó ABC 2-A:20-B:C
Halogenados 5-B:C
Fonte: O Autor, 2019. (ref. ABNT NBR12693)
Instalação e Sinalização
Os extintores devem ser instalados em função do risco da ocupação e da classe de
incêndio, obedecendo também à distância máxima a ser percorrida para cada risco con-
forme ABNT NB 12693. Por exemplo, não vamos utilizar um extintor de água quando
a classe de incêndio é C, ou seja, risco elétrico. Tão pouco, vamos utilizar um extintor de
capacidade extintora 2-A, quando em função do risco da ocupação, se exige a instalação
de um extintor com capacidade mínima de 4-A. Para melhor entender sobre a capacidade
extintora mínima em função do risco da ocupação, veja mais à frente a tabela sobre “ca-
pacidade extintora mínima e distância máxima a ser percorrida em cada classe de risco”.
Os extintores portáteis devem estar a uma altura de, no máximo, 1,60m do piso e de,
no mínimo, 0,10m do piso, mesmo quando apoiado em suporte, conforme figura a seguir.
11
11
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
SINALIZAÇÃO
FOTOLUMINESCENTE
RÓTULO DO FABRICANTE
SUPORTE
0,10
DE PISO
PISO ACABADO
O sistema de proteção por extintores deve ser aplicado a todo tipo de edificação, con-
siderando no mínimo duas unidades extintoras por pavimento, sendo uma para incêndio
classe A e outra para incêndio classe B e C.
A classe de risco das edificações se divide em baixo, médio e alto, conforme apresen-
tado na tabela a seguir:
Tabela 3 – Classificação do grau de risco
Classe de Risco Carga de incêndio Volume de líquido Combustível
Baixo < 300 MJ/m2 < 3,6L
Médio 300 MJ/m2 a 1200 MJ/m2 3,6L a 18L
Alto 2 Acima de 18L
Acima de 1200 MJ/m
Fonte: O Autor, 2019. (ref. ABNT NBR12693)
12
Carga de incêndio
Ocupação/uso Descrição
específica (q) MJ/m2
Hotéis 500
Motéis 500
Apart-hotéis 500
Alojamentos estudantis 300
Apartamentos 300
Serviços de hospedagem Casas térreas ou sobrados 300
Pensionatos 300
Hotéis 500
Motéis 500
Apart-hotéis 500
Alojamentos estudantis 300
Fonte: ABNT NBR 12693 – Anexo A
Tabela 5 – Capacidade extintora mínima e distância máxima a ser percorrida em cada classe de risco
Incêndio Classe A Incêndio Classe B
Classe de Risco Capac. Distância máx. a ser Distância máx. a ser
Capac. extintora mín.
extintora mín. percorrida (m) percorrida (m)
Baixo 2-A 25 20-B 15
Médio 3-A 20 40-B 15
Alto 4-A 15 80-B 15
Fonte: O Autor, 2019 (ref. ABNT NBR12693)
Dois extintores com carga d’água de capacidade extintora 2-A, quando instalados um ao
lado do outro podem ser utilizados em substituição a um extintor 4 – A.
A norma ABNT NBR 12693 define que os extintores para risco classe C devem ser
distribuídos com base na proteção do risco principal da edificação ou da área de risco, ou
seja, acompanhando-se a mesma distribuição dos riscos classe A ou B. Observe que nor-
malmente se encontram nas edificações extintores de Água e Pó químico ABC juntos,
para atender as classes de incêndio A, B e C e a exigência de no mínimo duas unidades
extintoras por pavimento recomendado pelo NBR.
Sempre que possível, também se deve instalar esses extintores de classe C próximos
a riscos especiais mantendo-se uma distância segura para o operador, tais como:
• casa de caldeira;
• casa de bombas;
• casa de força elétrica;
• casa máquinas;
• galeria de transmissão;
13
13
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
• incinerador;
• elevador (casa de máquinas);
• ponte rolante;
• escada rolante (casa de máquinas);
• quadro de redução para baixa tensão;
• transformadores;
• contêineres de telefonia;
• gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis; e
• outros riscos semelhantes.
ABNT NBR 12693 - ANEXO A – Carga de incêndio específica por ocupação – Cálculo para
tipo de risco. Disponível em: https://goo.gl/qd1bT5
No caso de manutenção, o prazo de validade da carga e da garantia será dado pela em-
presa responsável pela manutenção, desde que a mesma seja certificada pelo Inmetro, o qual
emite uma quantidade de selos para cada empresa em função da sua capacidade de recarga.
Hidrantes
O sistema de hidrantes é um sistema do tipo fixo, de proteção por abafamento e
resfriamento do incêndio. Na etapa inicial do incêndio o sistema por Hidrantes pode
ser manuseado pela equipe da brigada contra incêndio da edificação que é treinada e
habilitada para tal atuação.
Na segunda etapa o mesmo sistema será utilizado pelo Corpo de Bombeiros, que uti-
lizará a água do próprio reservatório da edificação, conhecido como reserva técnica de
incêndio (RTI), ou através de alimentação externa por meio do registro de recalque (RR).
O sistema de hidrantes é um sistema de proteção contra incêndio composto
por tubulação, conexões, válvulas, bombas, instrumentos, reservatório de água etc.
14
Trata-se de um sistema que necessita de um projeto hidráulico, elaborado por um pro-
fissional habilitado, com recolhimento de ART referente ao projeto.
Para a elaboração desse projeto, temos a ABNT NBR 13714: 2000 – Sistema de
hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio – e as legislações estaduais com
suas normas técnicas específicas.
De forma geral, no projeto desse sistema, devemos seguir as recomendações das le-
gislações estaduais e suas normas técnicas, que, por sua vez, seguem as recomendações
da norma brasileira NBR 13714.
As variáveis básicas de um sistema de proteção e combate contra incêndio por hi-
drantes são: pressão e vazão mínimas necessárias nos hidrantes mais desfavoráveis hi-
draulicamente e Reserva Técnica de Incêndio, entre outras.
Para entendermos como funciona o sistema de hidrantes e seu dimensionamento, va-
mos avaliar um estudo de caso de dimensionamento do sistema por 3 critérios de cálculo.
Componentes do sistema
O sistema de hidrantes possui diversos componentes que devem ser dimensionados e
selecionados conforme as recomendações de normas.
Vamos conhecer alguns dos principais componentes desse sistema hidráulico chama-
do de sistema de hidrantes.
• Reserva Técnica de Incêndio (RTI): Trata-se da reserva de água exclusiva para o
combate ao incêndio, dimensionado pelo engenheiro calculista hidráulico respon-
sável pelo projeto de combate contra incêndio;
• Hidrante: Trata-se do ponto de tomada de água com uma (simples) ou duas (duplo)
saídas, conectado a uma válvula globo 45º com adaptador, tampão, mangueiras de
incêndio, esguicho e chave storz;
• Mangotinho: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) saída contendo vál-
vula de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semirrígida, esguicho
regulável e demais acessórios;
• Mangueira: As mangueiras de incêndio devem atender às condições da NBR
11861 - Mangueira de incêndio - Requisitos e métodos de ensaio. A depender do
tipo do sistema, utiliza-se mangueiras de DN 40mm ou DN 65mm;
• Esguicho: Dispositivo adaptado na extremidade da mangueira utilizado para dar forma,
direção e controle ao jato de água, podendo ser do tipo regulável ou jato compacto;
• Bomba principal: Trata-se de uma bomba hidráulica centrífuga utilizada exclusiva-
mente para recalcar água para os hidrantes, na pressão e vazão definida no projeto;
• Bomba de pressurização (Jockey): Trata-se de uma bomba hidráulica centrífuga
utilizada para manter pressurizado o sistema de hidrante dentro de uma faixa esta-
belecida em projeto.
Existem diversos outros componentes que podem ser utilizados dentro de um sistema de
hidrantes. Tais componentes são exigidos em função da necessidade do projeto hidráulico.
15
15
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
Estudo de caso
Para o estudo de caso, será analisado o dimensionamento de um sistema de hidrantes
de um condomínio residencial de 10 andares, com reservatório inferior, dotado de bom-
ba de incêndio principal e bomba jóquei para manter a linha pressurizada.
16
Para todos os critérios, seguiremos a mesma sequência de estudo, a saber:
1. Volume mínimo para o reservatório de água de incêndio;
2. Vazão necessária para o sistema de hidrantes;
3. Diâmetro de tubulações;
4. Cálculo de perda de carga;
5. Altura manométrica.
Para o sistema Tipo 1, temos uma vazão de 80 ou 100 L/min, entretanto, segundo
item D.7 do Anexo D da NBR 13.714:2000, pode-se opcionalmente considerar a edifi-
cação atendida por um sistema de hidrantes com mangueiras de DN 40 mm ao invés dos
mangotinhos. Nesse caso, é necessário considerar uma vazão mínima de 130 L/min no
esguicho mais desfavorável hidraulicamente e a reserva também deve levar em conta o
número de hidrantes em funcionamento conforme item D.7.c dessa mesma NBR.
Dessa forma, temos: V = Q x t = 130 x 4 x 60 = 31.200,00 litros, adotado V = 32m3.
Como verificado no item 1, definimos a vazão mínima de 130 L/min para determi-
nação do volume da reserva de água de incêndio.
17
17
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
Assim, temos a vazão mínima de 130 L/min no esguicho mais desfavorável hidrauli-
camente, ou seja, 7,8m3/h.
3 – Diâmetro de Tubulações
Q 4 ⋅ A
Como, A = e D= , temos: D = 0,066 m;
v p
Adotado: DN 65 mm; Velocidade (DN65): v = 3,17 m/s
Ampliação Gradua
Saída Canalização
Entrada de Borda
Redução Gradual
Curva 90 R/D 1,5
Vávla Borboleta
Entrada Normal
Válvula Ângulo
Válvula Gaveta
Curva 90 R/D 1
Válvula Globo
Cotovelo 45
Tê Lateral
Tê Direto
Curva 45
Trecho Leq
A B 2 1/2 59,0 2 1 2 1 8,90
B C 2 1/2 59,0 2 1 3,30
C D 2 1/2 59,0 6 7,80
D E 2 1/2 59,0 1 1,30
E F 2 1/2 59,0 1 1,30
F H1 2 1/2 59,0 1 1 2,30
F H2 2 1/2 59,0 1 4,30
E H3 2 1/2 59,0 1 4,30
D H4 2 1/2 59,0 1 4,30
Fonte: O Autor, 2019
18
Tabela 9 – perda de carga no esguicho
Esguicho
Coeficiente de Correção da vazão 0,98 (adotado)
Diâmetro do esguicho 0,0254 m
Área 0,00051 m2
Vazão do Hidrante 0,00217 m3/s
Perda de Carga 0,03842 m
Fonte: O Autor, 2019
A B 31,2 0,009 3,2 0,0027 2 1/2 0,59 0,315 8,9 6,50 15,4 4,848
B C 31,2 0,009 3,2 0,0027 2 1/2 0,59 0,315 3,3 6,80 10,1 3,180
C D 31,2 0,009 3,2 0,0027 2 1/2 0,59 0,315 7,8 18,60 26,4 8,311
D E 23,4 0,007 2,4 0,0027 2 1/2 0,59 0,185 1,3 3,10 4,4 0,813
E F 15,6 0,004 1,6 0,0027 2 1/2 0,59 0,087 1,3 3,10 4,4 0,384
F H1 7,8 0,002 0,8 0,0027 2 1/2 0,59 0,024 2,3 4,60 6,9 0,167
F H2 7,8 0,002 0,8 0,0027 2 1/2 0,59 0,024 4,3 1,50 5,8 0,140
E H3 7,8 0,002 0,8 0,0027 2 1/2 0,59 0,024 4,3 1,50 5,8 0,140
D H4 7,8 0,002 0,8 0,0027 2 1/2 0,59 0,024 4,3 1,50 5,8 0,140
∆H Máxima total A-H = 20,3 m
Fonte: O Autor, 2019
5. – Altura Manométrica
Hm = Hg + ∑∆H + Hn
Onde:
• Hg = Altura geométrica (diferença entre o último piso atendido por um hidrante e
a elevação de instalação da caixa d’água de incêndio);
• Hg = 31,2 m
• ∑∆H = Perda de carga total na tubulação até o esguicho (mca), considerando
tubo novo;
19
19
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
Dessa forma, segundo Tabela 8 (Decreto 56.819- Tabela 1), classificamos a edifica-
ção como A-2 - Habitação Multifamiliar.
A Residencial
A-2 Habitação multifamiliar Edifícios de apartamento em geral.
Pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros,
A-3 Habitação coletiva conventos, residências geriátricas. Capacidade
máxima de 16 leitos.
Fonte: Decreto nº 56.819 - Tabela 1
20
Tabela 13 – Aplicabilidade dos tipos de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima (m3)
CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO
CONFORME TABELA 1 DO DECRETO ESTADUAL 56.819/11
D-1 (acima de 300 MJ/m2),
D-3 (acima de 300 MJ/m2),
D-4 (acima de 300 MJ/
Área das A-2, A-3, C-1, D-1 (até 300 MJ/m2),
m2), B-1, B-2, C-2 (acima C-2, (acima de 1000
edificações e áreas D-4 (até 300 MJ/m2), E-1, E2, E-3,
de 300 até 1000 MJ/m2), MJ/m2), I-2 (acima
E-4, E-5, E-6, F-1 (até 300 MJ/m2), G-5, I-3, J-4,
de risco C-3, F-1 (acima de 300 de 800 MJ/m2), J-3
F-2, F-3, F-4, F-8, G-1, G-2, G-3, L-2 e L-3
MJ/m ), F-5, F-6, F-7, F-9, (acima de 800 MJ/
2
G-4, H-1, H-2, H-3, H-5, H-6; I-1,
F-10, H-4, I-2 (acima de m ), L-1, M-1, M-5
2
J-1, J-2 e M-3
300 até 800 MJ/m2), J-2 e
J-3 (acima de 300 até 800
MJ/m2)
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 4
Até 2.500 m2 RTI 5 m3 RTI 8 m3 RTI 12 m3 RTI 28 m3 RTI 32 m3
Acima de 2.500 m2 Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo Tipo 4
até 5.000 m2 RTI 8 m3 RTI 12 m3 RTI 18 m3 RTI 32 m3 RTI 48 m3
Fonte: Instrução Técnica 22/2018 - Tabela 3
Para o sistema Tipo 2, considerar uma vazão mínima na válvula do hidrante mais
desfavorável de 150L/min, ou seja, 9m3/h.
Q = 2 x 9 = 18,0 m3/h
3 – Diâmetro de Tubulações
Q 4 ⋅ A
Como, A = e D= , temos: D = 0,056 m; Adotado: DN 65 mm
v p
Velocidade (DN65): v = 1,83 m/s
21
21
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
A B 18,0 0,005 1,8 0,0027 2 1/2 0,59 0,114 8,9 6,50 15,4 1,752
B C 18,0 0,005 1,8 0,0027 2 1/2 0,59 0,114 3,3 6,80 10,1 1,149
C D 18,0 0,005 1,8 0,0027 2 1/2 0,59 0,114 7,8 18,60 26,4 3,004
D E 18,0 0,005 1,8 0,0027 2 1/2 0,59 0,114 1,3 3,10 4,4 0,501
E F 18,0 0,005 1,8 0,0027 2 1/2 0,59 0,114 1,3 3,10 4,4 0,501
F H1 9,0 0,003 0,9 0,0027 2 1/2 0,59 0,032 2,3 4,60 6,9 0,218
F H2 9,0 0,003 0,9 0,0027 2 1/2 0,59 0,032 4,3 1,50 5,8 0,183
∆H Máxima total A-H = 7,1 m
Fonte: O Autor, 2019
5 – Altura Manométrica
Hm = Hg + ∑∆H + Hn
Onde:
• Hg = Altura geométrica (diferença entre o último piso atendido por um hidrante e
a elevação de instalação da caixa d’água de incêndio);
• Hg = 31,2 m
• ∑∆H = Perda de carga total na tubulação até o hidrante (mca), considerando
tubo novo;
• ∑∆H = 7,1 (conforme tabela de perda de carga total);
• Hn = Pressão mínima necessária no esguicho, posicionado no último piso;
• Hn = 30 mca (conforme tabela 2 da IT-22);
• Hm = 68,3 mca.
22
Comparação
As diferenças encontradas nas soluções estudadas podem ser observadas na tabela 15
abaixo, onde são apresentadas de forma resumida os valores encontrados em cada solução.
Com base na tabela, observa-se que, embora a altura manométrica da bomba seja
praticamente a mesma, a vazão é 70% maior pela NBR e a reserva de incêndio é 4 vezes
maior pela NBR do que pela IT 22/2018 do CBPMSP.
Chuveiros Automáticos
O sistema de chuveiros automáticos, também conhecido simplesmente como
sprinklers, é um sistema fixo, integrado à edificação que processa uma descarga
automática de água sobre um foco de incêndio, em uma densidade adequada para
controlá-lo ou extingui-lo.
Figura 9
Fonte: Getty Images
23
23
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
Classificação do sistema
O sistema de chuveiros automáticos (sprinklers) possui basicamente 4 classificações,
a saber:
• Sistema de tubo molhado;
• Sistema de tubo seco;
• Sistema de ação dilúvio; e
• Sistema de ação prévia.
O sistema é controlado, em sua entrada, por uma válvula de governo cuja função é
soar, automaticamente, um alarme quando da abertura de um ou mais chuveiros dispara-
dos pelo incêndio. Os chuveiros automáticos realizam, de forma simultânea, a detecção,
alarme e combate ao fogo.
24
O sistema possui uma válvula que se abre quando da liberação do gás contido na
tubulação, pelo acionamento dos chuveiros automáticos. Dessa forma, a válvula permite
a admissão da água na rede da tubulação.
Projeto
O anexo A da Instrução Técnica nº23/2018 do Corpo de Bombeiros de SP, com
base na NBR 10897, apresenta um Passo a Passo em 15 etapas, para elaboração do
projeto de chuveiros automáticos, conforme descrito abaixo:
• Passo 1: Identificar a ocupação ou o risco a ser protegido;
• Passo 2: Determinar o tamanho da área de aplicação dos chuveiros automáticos;
• Passo 3: Determinar a densidade de projeto exigida;
25
25
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
26
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações
Entenda sobre instalações hidráulicas de combate a incêndios através do livro: BRENTANO,
Telmo. Instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações. 5. ed. atua-
lizada, 2016.
Vídeos
Sistemas de Chuveiros Automáticos (Revisão da NBR 10.897/2014)
Entenda um pouco mais sobre a revisão da norma de chuveiros automáticos da ABNT
com a apresentação disponibilizada pela ABSpk no vídeo.
https://youtu.be/oxOYdzHzjQk
Leitura
Extintores
Conheça um guia rápido sobre extintores.
https://goo.gl/AzeKAr
27
27
UNIDADE
Combate ao Fogo – Parte 1
Referências
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2013), NBR 12.693:
2013: Sistemas de proteção por extintor de incêndio.
28