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CERTIFICO, para efeitos de publicação que por escritura de oito de

Agosto do ano de mil novecentos e noventa e um lavrado fora do


Cartório e exarado de folhas trinta e quatro verso a cinquenta e
oito verso no livro de notas para escritura diversas número cento e
dezassete traço A, os senhores PEDRO GOMES RODRIGUES, solteiro,
maior, residente em Bissau, HIGINO PEDRO LOPES CARDOSO,
casado, ARMANDO DA SILVA PORCEL, solteiro maior HELENA MARIA
JOSÉ NOSOLINI, solteira maior, e SILVESTRE ALFREDO ALVES,
solteiro maior, que outorgam por si e em representação dos
senhores Doutores MALAl SANÉ, CARLOS PINTO PEREIRA, LASSANA
SEIDI, JOSÉ DOS SANTOS PEREIRA, EDUARDO SOARES SANCA,
FLORIBERTO DE CARVALHO, JÚNIOR SAICO BALDÉ AMADÚ, SÉRGIO
CIRILO VIEIRA, HIGINO LOPES CARDOSO, CARLOS MENDONÇA,
WALDEMAR RIBEIRO CUNHA, MUSSÁ CAIRABA SANHÁ, NUMA
POMPÍLIO BÍNICIO, ALBERTO BAPTISTA LOPES, ARMANDO MONTEIRO
DA CRUZ, GRACIANO ANILDO MONTEIRO DA CRUZ, VERA MARIA
CABRAL RODRIGUES MONTEIRO HANDEM, JOSÉ MANUEL PEREIRA,
EVARISTO DA SILVA, JULIANO AUGUSTO FERNANDES, UMILIANO
AUGUSTO ALVES CARDOSO, MÁRIO FILOMENO MENDES PEREIRA,
OCTÁVIO INOCÊNCIO ALVES, JOÃO BACAR SAMBÚ, AUGUSTO
MENDES, MAMADU SALIU, JALÓ PIRES, MARIA HELENA CONCEIÇÃO
NEVES, EMÍLIO COSTA, RAIMUNDO PEREIRA, ROBERTO AUGUSTO
LAURENCE, JOÃOZINHO VIERA CÓ, LUÍS MANUEL CABRAL, AUGUSTO
GOMES BARBOSA, ARMINDO ARTUR SERQUEIRA, ISABEL MARIA
DAYVES, AMINE MICHEL SAAD e ERNESTO DABÓ, constituem, entre
si, uma Associação nos termos constantes dos artigos seguintes:

CAPÍTULO PRIMEIRO· (DISPOSIÇÕES GERAIS)


ARTIGO PRIMEIRO
(NATUREZA)

A Ordem dos Advogados adiante designada por ORDEM é uma


pessoa colectiva de direito privado e de utilidade pública dotada
de personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira
representativa dos licenciados, bacharéis e solicitadores em
Direito, que e acordo com o estabelecido nestes estatutos e
demais disposições legais aplicáveis exercem a advocacia.
ARTIGO SEGUNDO· (SEDE E DURAÇÃO)

A ordem tem a sua sede na cidade de Bissau, podendo criar


delegações províncias e regionais e a sua duração é por tempo
indeterminado.

ARTIGO TERCEIRO· (ÂMBITO)

A ordem exerce as atribuições e competências que lhe são


conferidas pelos presentes estatutos e pela lei em todo o território
nacional.

ARTIGO QUARTO· (ATRIBUIÇÕES)

Constituem atribuições da Ordem, designadamente:


a) Garantir o patrocínio judiciário a todos os interessados junto dos
tribunais independentemente das suas posses;
b) Coadjuvar na administração da justiça e na realização do
Direito;
c) Zelar em conformidade com a lei e em colaboração com as
entidades competentes para defesa dos direitos e garantias
individuais dos cidadãos;
d) Colaborar na criação e no desenvolvimento de um ordenamento
jurídico adequado à realidade guineense;
e) Promover a função social, dignidade da carreira profissional do
foro e zelar pela observância integral dos respectivos princípios
deontológicos;
g) Defender dentro dos limites impostos pela lei o exercício
independente do patrocínio judiciário;
h) Promover a superação cultural, o aperfeiçoamento técnico
profissional e o espírito de colaboração e entreajuda entre os seus
membros, em ordem a proporcionar aos interessados um serviço de
qualidade;
i) Exercer jurisdição disciplinar exclusiva sobre os seus membros.

ARTIGO QUINTO· (DA COLABORAÇÃO)

No cumprimento das suas atribuições e competências, legal e


estatutariamente, a Ordem colabora com os Tribunais e demais
entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras.
CAPITULO SEGUNDO· (DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO)·
SECÇÃO PRIMEIRA· (DOS ORGÃOS DA ORDEM)·
ARTIGO SEXTO· (DOS ORGÃOS)

Um: São Órgãos da Ordem:


a) O Congresso dos Advogados Guineense;
b) A Assembleia Geral;
c) O Bastonário;
d) A Direcção Nacional;
e) O Conselho Fiscal;
f) As Delegações Provinciais.
Dois: O Bastonário é por inerência o Presidente da Assembleia
Geral.
Três: É a seguinte a hierarquia dos titulares dos Órgãos da Ordem:
o Bastonário, o Presidente da Direcção Nacional, os Presidentes
das Delegações provinciais.
Quarto: Os titulares dos Órgãos da Ordem são eleitos por um
período de três anos.
Cinco: Só dois terços dos membros dos órgãos colegiais poderão ser
eleitos em mandato consecutivo.

ARTIGO SÉTIMO· (CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE)

Um: Só podem ser eleitos ou designados para os cargos de


Bastonário e Presidente da Direcção Nacional, os Licenciados em
Direito que exerçam advocacia há pelo menos três anos.
Dois: Só podem ser eleitos ou designados para os cargos referidos
no número anterior, os advogados em inscrição em vigor e sem
qualquer punição de carácter disciplinar superior a multa, prevista
no artigo cinquenta e sete do presente estatuto.
Três: Os licenciados em Direito que tenham exercido durante dois
anos consecutivos as funções de magistrados judiciais, também
poderão ser eleitos ou designados para Bastonário ou Presidente da
Direcção Nacional, desde que exerçam advocacia há pelo menos
um ano.

ARTIGO OITAVO· (APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURA)

Um: Excepto no que se refere às delegações, as eleições para os


órgãos da Ordem dependem da apresentação de propostas de
candidaturas, que devem ser efectuadas perante o Presidente da
mesa da Assembleia Geral, até trinta e um de Outubro do ano
imediatamente anterior ao início do triénio subsequente.
Dois: As propostas de candidaturas para os órgãos da Ordem
deverão ser subscritas por um mínimo de seis advogados com
inscrição em vigor, acompanhadas do programa de acção.

ARTIGO NONO· (DATA DAS ELEIÇÕES)

As eleições para os diversos órgãos da Ordem, realizar-se-ão entre


um a dez de Dezembro.

ARTIGO DÉCIMO· (REPRESENTAÇÃO)

Um: A Ordem é representada em juízo e fora dele pelo Bastonário


que poderá delegar os seus poderes ao Presidente da Direcção
Nacional.
Dois: Sempre que se trate de atribuições das delegações
provinciais, a Ordem poderá fazer-se representar, em juízo ou fora
dele pelos Presidentes das Delegações.

SUBSECÇÃO PRIMEIRA· (DO CONGRESSO DOS ADVOGADOS)·


ARTIGO ONZE· (COMPOSIÇÃO)

Um: O Congresso é o plenário de todos os Advogados com inscrição


em vigor.
Dois: O Congresso realiza-se ordinariamente quatro em quatro
anos.

ARTIGO DOZE· (ATRIBUIÇÕES)

Compete ao Congresso debruçar-se sobre temas de carácter


técnico-científico e deontológico que sejam submetidos a sua
apreciação nomeadamente:
a) O exercício da Advocacia, seu estatuto e garantias;
b) Os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos;
c)A administração da Justiça;
d) O aperfeiçoamento da Ordem Jurídica em geral.

ARTIGO TREZE· (REPRESENTAÇÃO)

Um: Os advogados que não puderem estar presentes no Congresso,


poderão fazer-se representar por outro membro da Ordem.·
Dois: O mandato será conferido por escrito e participado à
Direcção Nacional com antecedência mínima de cinco dias.

ARTIGO CATORZE· (CONVOCAÇÃO)

O Congresso é convocado pelo Bastonário com antecedência


mínima de quatro meses, mediante convocatória escrita, dirigida a
todos os membros da Ordem com indicação dos temas a tratar.

SUBSECÇÃO SEGUNDA· (DA ASSEMBLEIA GERAL)·


ARTIGO QUINZE· (COMPOSIÇÃO)

A Assembleia Geral é composta por todos os membros da Ordem,


no pleno gozo dos seus direitos.

ARTIGO DEZASSEIS· (COMPETÊNCIA)

Compete à Assembleia Geral discutir, apreciar e deliberar sobre


todos os assuntos relativos à Ordem, nomeadamente:
a) Aprovar o seu regimento;
b) Eleger e demitir a respectiva Mesa, bem como outros órgãos da
Ordem;
c) Aprovar o relatório e plano de Actividades, as contas e
orçamentos elaborados pela Direcção Nacional;
d) Apreciar a actividade dos demais órgãos da Ordem podendo
modificar, revogar ou rectificar quaisquer actos dos mesmos sem
prejuízo dos direitos de terceiros nos termos da lei;
e)Propor ao Ministério da Justiça, através da Direcção Nacional as
medidas e providências que visem melhorar o exercício do
patrocínio judiciário;
f)Criar comissões de estudo e apreciar os seus trabalhos;
g)Instituir bolsas de estudos para aperfeiçoamento ou
especialização dos seus membros.

ARTIGO DEZASSETE· (DAS REUNIÕES)

Um: A Assembleia Geral reúne - se ordinária e


extraordinariamente.·
Dois: As reuniões ordinárias realizar-se-ão, salvo justo
impedimento em Dezembro de cada ano.·
Três: As reuniões extraordinárias realizar-se-ão sempre que
convocadas pelo Bastonário, por iniciativa da Assembleia Geral,
por solicitação da Direcção Nacional, do Conselho Fiscal, ou de
pelo menos um terço dos membros da Ordem no pleno gozo de
seus direitos.

ARTIGO DEZOITO· (QUORUM)

Um: As reuniões ordinárias da Assembleia Geral só poderão


realizar-se em primeira convocatória com a presença ou
representação de mais de metade dos seus membros.·
Dois: As reuniões ordinárias da Assembleia Geral em segunda
convocatória e as extraordinárias só poderão realizar-se com a
presença ou representação de pelo menos, um terço dos seus
membros em pleno gozo dos seus direitos.

ARTIGO DEZANOVE· (AS DELIBERAÇÕES)

A Assembleia Geral delibera por maioria absoluta de votos dos


membros presentes ou representados salvo disposição expressa em
contrário.

ARTIGO VINTE· (DA REPRESENTAÇÃO)

Um: Em caso de impossibilidade absoluta ou por razões


ponderosas, devidamente justificadas perante a Mesa, qualquer
membro, poderá fazer-se representar na Assembleia-geral por
outro membro, mediante declaração escrita.
Dois: Para efeitos da constituição de quórum, o número de
representações não poderá exceder um quarto de número exigido
no artigo décimo do presente estatuto.
Três: Nenhum membro poderá representar mais de uma pessoa em
cada reunião.

ARTIGO VINTE E UM· (DA COMPOSIÇÃO)

Um: A mesa da Assembleia é composta por um Presidente, um


Vice-Presidente e um Secretário, eleitos pela Assembleia Geral.
Dois: O mandato dos membros que compõem a mesa da
Assembleia, terá a duração de três anos, não podendo os
respectivos membros ser eleitos por mais de dois mandatos
consecutivos.
SUBSECÇÃO TERCEIRA· (DA DELEGAÇÃO NACIONAL)·
ARTIGO VINTE E DOIS· (COMPOSIÇÃO)

Um: A Direcção Nacional é o órgão executivo da Ordem e é


composto por um Presidente, um Vice-Presidente e um Vogal
eleitos, pela Assembleia Geral, por um triénio.
Dois: Os membros que compõem a Direcção Nacional não poderão
ser eleitos para os respectivos cargos para mais de dois mandatos
consecutivos.

ARTIGO VINTE E TRÊS· (DA COMPETÊNCIA)

Compete especialmente a Direcção Nacional:


a) Executar e fazer executar as resoluções da Assembleia Geral;
b) Velar pelo cumprimento das normas por que a Ordem se rege;
c)Promover a realização dos fins e atribuições da Ordem;
d)Orientar e coordenar as actividades dos restantes órgãos
executivos da Ordem;
e)Promover a defesa dos interesses profissionais dos seus
membros;
f)Elaborar as normas e regulamentos internos necessários ao bom
funcionamento da Ordem;
g)Promover o aperfeiçoamento e especialização dos seus membros;

h)Conhecer dos recursos interpostos das deliberações das


Delegações Provinciais;
i)Elaborar o orçamento, o relatório e plano de actividade bem
como as contas anuais e submete-las a aprovação da Assembleia
Geral;
j) Estabelecer e desenvolver relações de intercâmbio e de
cooperação com organismo estrangeiros congéneres;
l) Conceder o título de profissional de foro de conformidade com a
lei, os presentes estatutos ou as resoluções da Assembleia Geral.

ARTIGO VINTE E QUATRO· (DA DELIBERAÇÃO)

A Direcção Nacional delibera por maioria de votos dos seus


membros.

ARTIGO VINTE E CINCO· (DO RECURSO)

Das deliberações da Direcção Nacional cabe recurso para a


Assembleia Geral.
ARTIGO VINTE E SEIS· (DA COMPETÊNCIA)

Ao Presidente da Direcção Nacional compete orientar


superiormente toda a actividade da Ordem e nomeadamente:
a) Convocar e presidir as reuniões da Direcção Nacional;
b) Executar e fazer executar as deliberações da Direcção Nacional;

c) Apresentar o relatório anual das actividades da Ordem na


reunião ordinária da Assembleia Geral;
d) Contratar o pessoal de acordo com as necessidades da Ordem;
e) Exercer acção disciplinar em relação ao pessoal na sua
dependência;
f) Autorizar, conjuntamente com outro membro da Direcção
Nacional a realização das despesas inerentes a este órgão.

SUBSECÇÃO QUARTA· (DAS DELEGAÇÕES PROVINCIAIS)·


ARTIGO VINTE E SETE· (DA CRIAÇÃO)

A Criação de Delegações Provinciais e a definição da respectiva


área de actuação compete a Assembleia Geral, sob proposta da
Direcção.
ARTIGO VINTE E OITO· (DA DIRECÇÃO)

Cada Delegação Provincial é dirigida por um Presidente e dois


Vogais eleitos, por um triénio, pela Assembleia Geral.

ARTIGO VINTE E NOVE· (DA COMPETÊNCIA)

Compete as delegações Provinciais:


a) velar pelo cumprimento, na respectiva área, das normas por que
rege a Ordem;
b) Executar e fazer executar deliberações da Direcção Nacional;
c) Coordenar a actividade dos membros da Ordem com domicílio
profissional na respectiva área.
ARTIGO TRINTA· (DA DELIBERAÇÃO)

As Delegações Provinciais deliberam por maioria de votos dos seus


membros.

ARTIGO TRINTA E UM· (DA COMPETÊNCIA)

- Um: Compete ao Presidente da Delegação Provincial:


a) Representar a Ordem na respectiva área;
b) Autorizar, conjuntamente com outro membro da Delegação
Provincial a realização de Despesas do âmbito da Delegação;
c) Coordenar as actividades da Ordem no âmbito Provincial;
d) Exercer acção disciplinar em relação ao pessoal sob sua
dependência hierárquica;
e) Convocar e Presidir as reuniões da Delegação Provincial.·
Dois: O Presidente da Delegação Provincial será substituído nas
suas ausências e impedimentos pelo Vogal que designe e, na falta
de designação e, na falta de designação pelo vogal mais antigo da
Delegação.

SUBSECÇÃO QUINTA· (DO CONSELHO FISCAL)·


ARTIGO TRINTA E DOIS· (DA CONSTITUIÇÃO)

O Conselho Fiscal é constituído por um Presidente, um Vice-


Presidente, e um Vogal eleitos por um triénio pela Assembleia
Geral.

ARTIGO TRINTA E TRÊS· (DA COMPETÊNCIA)

Compete especialmente ao Conselho Fiscal:


a) Velar pelo cumprimento das leis que regem a Ordem;
b) Verificar se processa correctamente o atendimento dos
interessados nos serviços da Ordem, recebendo e inteirando-se de
todas as reclamações;
c) Fiscalizar a execução do orçamento e emitir parecer sobre as
contas;
d) Elaborar e apresentar à Assembleia Geral, relatório
circunstanciado sobre a sua actividade, emitindo parecer sobre o
funcionamento da Ordem.
SECÇÃO SEGUNDA· (DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS)·
ARTIGO TRINTA E QUATRO· (DA ORGANIZAÇÃO COMPETÊNCIA)

A organização e competência dos serviços administrativos da


Ordem serão aprovadas pela Assembleia Geral, sob proposta da
Direcção Nacional.

SECÇÃO TERCEIRA: (DO PESSOAL). ARTIGO TRINTA E CINCO· (DA


LEGISLAÇÃO APLICAVÉL)
As relações entre a Ordem e o pessoal ao seu serviço regem pela
Lei Geral do Trabalho.

CAPÍTULO TERCEIRO· (DIREITOS DEVERES E GARANTIAS DO


EXERCÍCIO DA ADVOCACIA)·
SECÇÃO PRIMEIRA· (DA ADMISSÃO)

ARTIGO TRINTA E SEIS· (DOS MEMBROS)

Um: Pode ser membro da Ordem o Cidadão guineense que


cumulativamente satisfaça os seguintes requisitos:
a) Possua a licenciatura ou Bacharelato em Direito ou curso de
Solicitador;
b) Esteja no pleno gozo dos seus direitos civis;
c) Não tenha sido condenado por crime, desonroso ou tendo sido,
esteja reabilitado;
Dois: Pode ainda ser membro da Ordem o cidadão estrangeiro que
preencha os requisitos do número anterior, desde que, em
idênticas circunstâncias o advogado nacional possa exercer no país
do estrangeiro em causa.

SECÇÃO SEGUNDA· (DOS DIREITOS)·


ARTIGO TRINTA E SETE· (DOS DIREITOS DOS MEMBROS)

Os membros da Ordem gozam dos seguintes direitos:


a) Eleger e ser eleito para os órgãos da Instituição;
b) Usar da palavra e votar em Assembleia Geral;
c) Propor medidas que considere adequadas à realização dos fins
da Instituição;
d) Solicitar por escrito aos órgãos da Instituição, informações sobre
a actividade da mesma;
e) Examinar os livros, contas e documentação da Instituição, na
Sede, no horário estabelecido nos quinze dias anteriores à
Assembleia Geral que tiver que apreciar o relatório e contas da
gerência;
f) Impugnar nos termos da lei as deliberações da Assembleia Geral
que considere ilegais e subscrever a convocação da Assembleia
extraordinária nos termos legais.

SECÇÃO TERCEIRA· (DOS DEVERES)·


ARTIGO TRINTA E OITO· (DOS DEVERES DOS MEMBROS)

São deveres dos membros:


a) Não prejudicar os fins e prestígio da Ordem e da Advocacia;
b) Colaborar na prossecução das atribuições da Ordem, cumprindo
os seus estatutos e regulamento e exercer os cargos e mandatos
para que tenha sido eleito ou nomeado;
c) Proceder, no exercício das funções, com urbanidade,
nomeadamente para com os oficiais da justiça, peritos,
interpretes, testemunhas e outros intervenientes nos processos;
d) Não advogar contra a lei expressa, nem usar de expedientes
ilegais, dilatórios e inúteis.

CAPÍTULO QUARTO· (INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTOS)

SECÇÃO PRIMEIRA· (DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS)

ARTIGO TRINTA E NOVE· (INCOMPATIBILIDADES)


São incompatíveis com o exercício do património judiciário as
seguintes funções:
a) Membros do Governo;
b) Magistrado Judicial ou do Ministério Público;
c) Notário ou Conservador dos Registos e Funcionários ou agentes
dos Serviços do notariado e registo;
d) Autoridade Administrativa, Policial ou Fiscal;
e) Funcionário ou Agente de qualquer Tribunal, Policial ou
Organismo especializado de Fiscalização, Prevenção, ou
Segurança;
f) Outras que por lei sejam declaradas como tal.

ARTIGO QUARENTA· (IMPEDIMENTOS)


Os membros da Ordem está impedido de exercer patrocínio
judiciário quando:
a) Tenha intervindo na questão e os seus incidentes em qualquer
veste, nomeadamente juiz assessor, agente do Ministério Público
ou funcionário judicial, testemunha, declarante ou perito;
b) A questão seja conexa com outra em que represente ou tenha
representado a parte contrária;
c) A parte seja cônjuge, parente ou afim em linha recta ou no
segundo grau da linha colateral, ou contra quem seja por qualquer
deles representados ou assinado;
d) A parte contrária noutra causa pendente, seja seu patrocínio;
e) A questão seja contra a entidade patronal a que se encontra
vinculado por contrato de trabalho;
f) Seja como representante de pessoas com as quais existe
inimizade grave.

CAPÍTULO SEXTO· (DEONTOLOGIA PROFISSIONAL)·


SECÇÃO PRIMEIRA

ARTIGO QUARENTA E UM· (DIREITOS NO EXERCÍCIO DA


PROFISSÃO)
Um: Todo o advogado tem direito a:

a) Aquisição de instalações próprias, bem como admitir pessoal de


que necessita para o exercício da sua actividade;
b) Desempenhar em paz, tranquilidade e com independência as
suas funções;
c) Não ser impedida ou limitada a sua presença em qualquer
inquirição contenciosa ou não perante qualquer autoridade ou
agente desde que tenha sido solicitado pelo inquirido, seu cônjuge
ou familiares em linha recta ou até segundo grau da linha
colateral;
d) Ser tratado com urbanidade, consideração e lealdade por todas
as pessoas e entidades com quem tenha de contactar no exercício
das suas funções;
e) Contactar livremente e no estabelecimento prisional e durante
os dias e horas normais de expediente, os arguidos e réus presos de
que tenha sido constituído ou nomeado defensor;
f) Solicitar e obter das entidades públicas os documentos e
informações necessárias à defesa dos seus constituintes;
g) Não lhe ser apreendida correspondência que respeite ao
exercício da profissão;
h) Recusar o patrocínio judiciário à causa quando:
tiver convicção justificada de que a pretensão da parte carece de
merecimento ou não é viável no direito vigente;
Se verifiquem impedimentos nos termos do presente diploma;
i) Não ser objecto de sanções civis, penais, administrativas,
económicas ou outras, nem ameaçado com elas ou ofendido na sua
honra e consideração pelo mero facto de ter assessorado ou
representado qualquer constituinte ou patrocinado qualquer causa;

j) Não ser perseguido, pelas exposições alegações e expressões


escritas ou orais produzidas perante qualquer jurisdição,
autoridade ou entidade pública ou privada, sem prejuízo da
competência atribuída aos magistrados pelas leis processuais e
salvo procedimento disciplinar e criminal por injúria, calúnia ou
difamação;
l)Isenção de reconhecimento notarial de assinatura nos
documentos que nessa qualidade subscreve, podendo ser-lhe
exigida a apresentação do cartão de membro em caso de dúvida
sobre a autenticidade da assinatura;
m) Ser assegurado, no exercício do mandato, pelos magistrados,
agentes da autoridade e da função pública, um tratamento
compatível com a dignidade e valor social da sua função;
n) Protecção das autoridades e agentes da autoridade sempre que
sofra ameaça ou ofensas à sua vida, integridade física ou moral por
virtude do exercício da profissão;
o) Cédula profissional de identificação de modelo aprovado pela
Assembleia Geral;
p) Desvincular-se livremente da Ordem;
q)Honorários nos termos deste diploma.
Dois: Nas audiências de julgamento, os membros disporão de
bancada própria podendo falar sentados, salvo nas alegações orais.
Suscitar respeitosamente as objecções que julgue pertinentes
nomeadamente no que respeita à isenção e imparcialidade dos
magistrados ou a forma como conduzem o processo, audiência,
acto ou diligência.

ARTIGO QUARENTA E DOIS

(DO DIREITO A INVIOLABILIDADE DO ESCRITÓRIO E ARQUIVO)

Um: A imposição de selos, arrolamentos, buscas e diligências


semelhantes no escritório do membro ou noutro local onde faça
arquivo, só serão admissíveis se decretadas e presididas pelo Juiz
competente e realizadas na presença do membro a quem o arquivo
pertence ou na sua falta, seu cônjuge, outro familiar ou seu
procurador e de um representante da instituição, convocados com
devida antecedência.
Dois: Na falta de comparência do representante da instituição em
caso de urgência que não possibilita a convocatória mencionada no
número anterior, deve o juiz nomear qualquer outro membro
disponível.
Três: Até à comparência do representante da instituição serão
tomadas as providências que se mostrem indispensáveis para que
não haja inutilizações ou descaminhos de quaisquer papéis ou
objectos.
Quarto: Não pode ser apreendida a correspondência inerente ao
exercício da profissão, nomeadamente toda a correspondência
trocada entre o membro e o seu constituinte ou com pessoas que
lhe tenham pretendido conferir mandato ou lhe hajam solicitado
parecer, consultas, instruções e informações escritas por ele
dados, salvo nos casos expressamente previstos na lei em matéria
do processo criminal.
Cinco: Pode o membro, no decurso das diligências previstas nos
números anteriores, apresentar qualquer reclamação que julgue
pertinente.
Seis: As reclamações serão fundamentadas no prazo de três dias e
entregues ao Tribunal onde correr o processo, devendo o juiz
remetê-las no mesmo prazo ao Presidente do Supremo Tribunal
com o seu parecer e o objecto de reclamação.

ARTIGO QUARENTA E TRES· (DOS DEVERES DO MEMBRO)

São deveres do Membro:


a) Não prejudicar os fins e prestígio da Ordem e da Advocacia;
b) Colaborar na prossecução das atribuições da Ordem, cumprindo
os seus estatutos e regulamentos, exercer os cargos e mandatos
para que tenha sido eleito ou nomeado;
c) Proceder no exercício das funções com urbanidade,
nomeadamente para com os oficiais da justiça, peritos,
interpretes, testemunhas e outros intervenientes nos processos;
d) Não advogar contra lei expressa, nem usar de expediente
ilegais, dilatórios e inúteis ou prejudiciais para a descoberta da
verdade;
e) Não tentar influir de forma maliciosa ou censurável na resolução
de pleitos judiciais;
f) Guardar segredo profissional:
g) Comparecer pontualmente a todas as diligências a que deve
estar presente;
h) Não usar de expediente nem aproveitar de situação de
dependência do cliente para dele ou de seus familiares obter
proveito ou vantagens indevidas;
i) Não abandonar (sem motivo) justificativo ou negligência o
patrocínio que lhe tenha confiado;
j) Dar ao cliente opinião sincera do merecimento do direito ou
pretensão que este invoca;
l) Não utilizar o mandato para fins ilegais ou estranhos ao interesse
do cliente;
m) Não manter com a parte contrária quaisquer relações
particulares sobre a causa nem sob nenhum pretexto enviar ou
fazer enviar a juízes quaisquer memórias sobre as questões a
julgar;
n) Não celebrar em proveito próprio, contratos sobre o objecto das
questões que lhe tenham sido confiadas ou por qualquer forma,
solicitar ou aceitar participação nos resultados das causas;
o) Empregar todos os esforços no sentido de evitar que o seu
cliente procure obter ganho da causa por meios que atendam
contra a dignidade e independência dos Tribunais ou exercer
represálias sobre a parte contrária ou falte ao respeito devido aos
patronos dos mesmos, magistrados e os demais intervenientes no
processo;
p) Respeitar os usos e costumes da praxe forense;
q) Abster-se de intervir nas decisões dos magistrados;
r) Usar nas audiências de julgamento um traje adequado no acto
que deverá ser fixado pela Assembleia Geral;
s) É obrigatório para que todos os membros da Ordem quando
pleiteiam aos Tribunais o uso da toga cujo modelo, será
determinado pela Assembleia Geral.

SECÇÃO SEGUNDA

ARTIGO QUARENTA E QUATRO· (DEVERES PARA COM OS


MAGISTRADOS)
O Membro da Ordem deve:
a) Tratar os Magistrados com especial respeito e solenidade;
b) Procurar auxiliar o juiz na tomada de decisão mais acertada;
c) Abster-se de indicar intencionalmente factos supostos e de fazer
citações inexactas ou truncadas de textos legais ou outros.
SECÇÃO TERCEIRA

ARTIGO QUARENTA E CINCO

(DEVERES PARA COM OS OUTROS MEMBROS)

O membro nas suas relações com os colegas de profissão deve:


a) Proceder com lisura, lealdade e a maior correcção e
urbanidade, abstendo-se de qualquer ataque pessoal ou ofensa a
honra consideração e dignidade,
b) Abster-se de pronunciar publicamente sobre questões que saiba
estar confiada a outro membro;
c) Escudar-se de invocar publicamente, em especial perante os
Tribunais malogradas negociações em que tenha intervindo
nomeadamente as que tenham sido entabuladas com a parte
contrária.

SECÇÃO QUARTA· (DA CESSAÇÃO DO MANDATO)

ARTTIGO QUARENTA E SEIS· (DO SEGREDO PROFISSIONAL)

I. O membro da Ordem esta obrigado a estrito segredo


profissional no que respeita a factos que:
a) Lhe tenham sido revelados pelo cliente ou por sua Ordem
ou que tenha tomado conhecimento no exercício da sua
profissão;
b) Por virtude do cargo desempenhado na Instituição
qualquer colega lhe tenha comunicado;
c) A parte contrária do seu cliente ou respectivo patrono lhe
tenha dado conhecimento durante negociações para um
acordo amigável e que sejam relativos a causa ou questão
pendente.

ARTIGO QUARENTA E SETE

(DA CESSAÇÃO DO SIGILO PROFISSIONAL)

Cessa a obrigação do sigilo profissional em tudo quanto seja


necessário para a defesa por via competente, da dignidade direitos
e interesses do cliente ou do próprio membro.
SECÇÃO QUINTA

ARTIGO QUARENTA E OITO

(DA CESSAÇÃO DO MANDATO)

– Um: Quando cesse o patrocínio, representação ou assistência


confiada ao membro, deve este restituir os documentos, valores ou
objectos que lhe tenham sido entregues pelo cliente, logo que ele
os solicite.
Dois: Em relação aos demais valores e objectos em poder do
membro, goza este do direito de retenção pelos honorários devidos
e pelas despesas que tenha feito causa.

SECÇÃO SEXTA

ARTIGO QUARENTA E NOVE

(DA PERDA DA QUALIDADE DE MEMBROS)

A qualidade de membro da Ordem perde-se:


a) Por expulsão;
b) Por demissão;
c) Por morte.

CAPITULO QUINTO

(ACÇÃO DISCIPLINAR)·
SECÇÃO PRIMEIRA

(DISPOSIÇÕES GERAIS)

ARTIGO CINQUENTA
(PODER DISCIPLINAR)

Compete exclusivamente a Ordem dos Advogados exercer a acção


disciplinar sobre os seus membros, nos termos previstos neste
estatuto e nos respectivos regulamentos.

ARTIGO CINQUENTA E UM

(INFRACÇÃO DISCIPLINAR)
A infracção disciplinar e toda a acção ou omissão que praticado
com dolo ou negligência, viole algum dos deveres estabelecidos
nestes estatutos.

ARTIGO CINQUENTE E DOIS

(RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR, CIVIL E CRIMINAL)

Um: Todos os membros da Ordem são disciplinarmente


responsáveis perante esta pelos actos praticados no exercício das
suas funções. Dois: A responsabilidade disciplinar e independente
da responsabilidade criminal ou civil a que a infracção
eventualmente der lugar.

ARTIGO CINQUENTA E TRÊS

(PARTICIPAÇÃO DAS INFRACÇÕES)

Um: Os Tribunais, agente de autoridade ou qualquer cidadão


devidamente identificado que tenha conhecimento de factos
susceptíveis de procedimento disciplinar praticado por um membro
da Ordem podem participa-los aos órgãos competentes da
Instituição.
Dois: O Ministério Público e demais entidades com competência de
Investigação criminal ou policial devem dirigir à instituição
certidões das participações apresentadas contra os membros da
Ordem.

ARTIGO CINQUENTA E QUATRO

(DOS PODERES DISCIPLINARES)

Um: Exercem poder disciplinar a Assembleia Geral e a Direcção


Nacional da Ordem.
Dois: Compete a Assembleia Geral a aplicação das sanções
previstas nas alíneas e) e f) do Artigo Cinquenta e Sete e julgar os
recursos interpostos das sanções aplicadas pela Direcção Nacional.
Três: Compete a Direcção Nacional aplicar as sanções previstas nas
alíneas a) b) c) d) do artigo cinquenta e sete do presente diploma.

ARTIGO CINQUENTA E CINCO

(PRESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO DSCIPLINAR)


Um: o procedimento disciplinar prescreve no prazo de um ano.
Dois: As infracções disciplinares que constituem simultaneamente
ilícitos criminais prescrevem no mesmo prazo que o procedimento
criminal quando for superior.

ARTIGO CINQUENTA E SEIS

(EFEITOS DA EXONERAÇÃO OU SUSPENSÃO DA INSCRIÇÃO)

Um: A exoneração de um membro ou a suspensão a pedido do


mesmo, não prejudica a responsabilidade disciplinar por infracções
anteriormente cometidas.
Dois: Durante o tempo de suspensão da inscrição, o membro da
Ordem continua sujeito a jurisdição disciplinar desta quando aos
factos praticados no âmbito da profissão.

SECÇÃO SEGUNDA

ARTIGO CINQUENTA E SETE

(ENUMERAÇÃO)

As sanções disciplinares são as seguintes:


a) Advertência;
b) Repreensão escrita;
c) Multa de dez mil cem mil pesos guineenses;
d) Suspensão até seis meses;
e) Suspensão de mais de seis meses e até dois anos;
a) Expulsão.

ARTIGO CINQUENTA E OITO

(GRADUAÇÃO DAS SANÇÕES)

Um: Na aplicação das sanções deve atender-se á gravidade do


infractor, ao grau da culpabilidade da infracção aos seus
antecedentes profissionais e disciplinares e demais circunstâncias
agravantes e atenuantes, não podendo aplicar-se mais de que uma
sanção pela mesma infracção.
Dois: As penas das alíneas a), b) e c) do artigo anterior serão
aplicadas pelas faltas de competência injustificada a quaisquer
actos da Ordem nos quais é obrigatória a presença do membro e
pela violação de disposições estatutárias e regulamentares da
Ordem.
Três: A pena da alínea d) do artigo antecedente será aplicada para
faltas que pela sua natureza ou pelas circunstâncias em que
ocorrem lesem gravemente os interesses e prestígio da Ordem e da
Justiça bem como nos casos da segunda reincidência em faltas
previstas no número dois.
Quatro: A reincidência nas faltas punidas pela alínea d) do artigo
precedente será punida nos termos da alínea c) do referido artigo.
Cinco: A expulsão só será aplicada:

a) Aos que pelos actos, conduta habitual e antecedência se


revelarem desonestos ou idóneos moral, social, cívica e
profissional;
b) Aos que estando suspensos, pratiquem no decurso da suspensão
actos próprios da condição de membros efectivos;
b) A todos os outros expressamente previstos na lei:
Seis: A aplicação das sanções previstas nas alíneas e) e f) do artigo
cinquenta e sete será mediante deliberação que obtenha pelo
menos dois terços dos votos dos membros da Assembleia Geral.
Sete: Das decisões da Assembleia Geral que sancionem suspensão
ou expulsão poderá haver recurso contencioso nos termos do
direito.

ARTIGO CINQUENTA E NOVE

(EFEITOS DA SUSPENSÃO E EXPULSÃO)

Um: O membro punido com pena de suspensão será destituído de


cargo que exerce na Ordem e durante o período de suspensão, não
poderá participar na Assembleia Geral nem exercer qualquer
actividade no âmbito da Instituição.
Dois: O membro suspenso ou expulso deve devolver o seu cartão de
identificação à Ordem no prazo de cinco dias a contar da
notificação da suspensão ou expulsão.
Três: Em caso de incumprimento injustificado do disposto no
número anterior a ordem adoptará as providências adequadas para
evitar o uso do cartão e comunicará a falta ao AGENTE DO
Ministério Público competente para que este obtenha do membro
em causa a entrega imediata do cartão.
Quatro: As decisões definitivas que apliquem a pena de expulsão
serão publicadas no jornal “NO PINTCHA” e no “Boletim Oficial”.
SECÇÃO TERCEIRA

(DO PROCESSO DISCIPLINAR)·


ARTIGO SESSENTA

(PRINCÍPIOS)
O processo disciplinar respeitará os trâmites estabelecidos em
regulamento interno.

ARTIGO SESSENTA E UM
(DOS RECURSOS)
Das decisões disciplinares da Direcção Nacional cabe recurso para a
Assembleia Geral.

ARTIGO SESSENTA E DOIS


(LEGITIMIDADE PARA RECORRER)
Tem legitimidade para interpor recurso:
a) O participante;
b) O membro punido;
c) O Conselho Fiscal.

ARTIGO SESSENTA E TRÊS

(EFEITOS)

Os recursos das decisões disciplinares a que se refere o artigo


Sessenta, tem efeitos suspensivos.

CAPITULO SEXTO

(DOS SERVIÇOS DA ORDEM)

SECÇÃO PRIMEIRA
(DISPOSIÇÕES GERAIS)

ARTIGO SESSENTA E QUATRO


(EXCLUSIVO DO PATROCÍNIO E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA)

Um: Compete exclusivamente a Ordem, através dos seus membros,


prestar o patrocínio e assistência judiciários as pessoas singulares e
colectivas, públicas ou privadas, salvo os que por lei, devem ser
representadas pelo Ministério Público.
Dois: Em circunstâncias especiais, devidamente comprovadas, o
patrocínio judiciário poderá ser prestado gratuitamente.
Três: A Ordem deverá organizar e manter, logo que as
circunstâncias o permitam um serviço regular e gratuito de
informação judiciária ao público.

SESSÃO SEGUNDA

(DO PATROCÍNIO JUDICIÁRIO)·


ARTIGO SESSENTA E CINCO

(DEFINIÇÃO)
O Patrocínio Judiciário consiste na representação e ou
acompanhamento de pessoas com litígio ou processos junto dos
Tribunais, Ministério Público, Serviços policiais ou fiscais e
autoridades administrativas.

ARTIGO SESSENTA E SEIS

(MANDATO PARA PATROCINIO)

Um: O patrocínio judiciário exerce-se por mandato.


Dois: O mandato será conferido:
a) Ao profissional do foro livremente escolhido pela parte
interessada;
b) Ao profissional do foro designado pelo Tribunal, nos termos da
lei do processo.
Três: A livre escolha, far-se-á de entre os profissionais do foro que
nos termos das leis do processo, possam encarregar-se da causa.

ARTIGO SESSENTA E SETE

(FORMA DO MANDATO)

O Mandato para patrocínio judiciário confere-se por procuração


com poderes forenses.

ARTIGO SESSENTA E OITO


(ESCUSA)

Um: o patrono escolhido ou designado poderá recusar a causa que


lhe tenha sido atribuída, nos termos da alínea h) do artigo
Quarenta destes estatutos.
Dois: O patrono deverá recusar o patrocínio judiciário quando se
verifique qualquer das situações previstas no artigo trinta e oito.
Três: A escusa injustificada constitui infracção disciplinar.

SECÇÃO TERCEIRA

(DA CONSULTADORIA JURÍDICA)·


ARTIGO SESSENTA E NOVE

(DEFINIÇÃO)

A Consultadoria Jurídica compreende todas as formas de


acompanhamento, de apoio e de conselho técnico-jurídico, fora de
qualquer processo litigioso, podendo nomeadamente incluir:
a) Parecer oral ou escrito sobre caso concreto ou questão
controvertida determinada em que o consulente seja parte
interessada;
a) Elaboração de minutas, actas, contratos e outros documentos de
natureza jurídica;
b) Representação ou assessoria técnica em negociações, contratos
e quaisquer outros actos.

ARTIGO SETENTA

(EXERCÍCIO)

A consultadoria jurídica exerce-se por mandato a pedido do


interessado e pelo membro da Ordem por ele livremente
escolhido.

SECÇÃO QUARTA

(DAS REMUNERAÇÕES)·
ARTIGO SETENTA E UM

(PRINCÍPIO DA REMUNERAÇÃO)
O serviço do patrocínio, incluindo os de nomeação oficiosa nos
termos do artigo sessenta e cinco e da consultadoria jurídica são
remunerados por honorários, de acordo com critérios indicativos a
estabelecer pela Ordem.

CAPÍTULO SÉTIMO

(RECEITAS E DESPESAS)·
ARTIGO SETENTA E DOIS

(RECEITAS)
São receitas da Ordem:
a) As jóias e quotas mensais a pagar pelos seus membros;
b)Os donativos, subsídios, dotações e comparticipações que
receber;
c) O produto dos empréstimos que contrair;
d) O rendimento de bens e serviços próprios;
e) As multas aplicadas pelos seus órgãos;
f) As demais multas que lhe couberem por lei, regulamento ou
contrato.

ARTIGO SETENTA E TRÊS

(DESPESAS)

As receitas da Ordem destinam-se a satisfação das finalidades e


das despesas resultantes do exercício das suas atribuições.

CAPÍTULO OITAVO

(DISPOSIÇÃO FINAIS E TRANSITÓRIAS)·


ARTIGO SETENTA E QUATRO

(RECURSOS)

Um: Os actos praticados pelos praticados pelos órgãos da Ordem


no exercício das suas atribuições admitira os recursos hierárquicos
previstos no presente estatuto, que serão interpostos no prazo de
quinze dias, a contar da notificação da decisão.
Dois: Dos actos definitivos e executórios dos órgãos da Ordem cabe
recurso contencioso, nos termos gerais do direito.

ARTIGO SETENTA E CINCO

(MEMBROS DA ADVOCACIA POPULAR)

O disposto no número um do artigo trinta e seis do presente


estatuto não afecta a situação dos membros da extinta Advocacia
Popular inscritos até trinta e um de Dezembro de mil novecentos e
oitenta e sete.

ARTIGO SETENTA E SEIS


(REVISÃO)
As deliberações da Assembleia Geral que alterem ou revoguem as
disposições dos presentes estatutos só podem ser tomadas por
maioria de dois terços dos membros da Ordem.
Está Conforme
Ressalvo as emendas: Executar, judiciário, policial, inidóneos.
Cartório Notarial em Bissau, 7 de Novembro de 1991.

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