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Hoje iremos abordar o tema: As transformações da vida urbana e a nova

sociabilidade. A Crise dos valores tradicionais e os movimentos feministas.


Após a primeira guerra mundial, não só o mapa geográfico mudou como também
os valores e os comportamentos originando uma nova vivência social. O impacto da
destruição causada despertou o intelecto de que era fundamental viver a vida e
aproveitá-la ao máximo, dando origem a um ritmo de vida frenético. A prosperidade
marcava a vida das pessoas na Europa e nos EUA com a reabilitação do comércio
devido à criação do Gold Exchange Standard, já estudado. Neste contexto,
entramos na época dos “Loucos Anos 20”.
Esta nova época desencadeou a eclosão de novos hábitos sócio-culturais na
tentativa de deixar para trás e esquecer o passado. A cidade passou a situar-se no
centro da vida social, não só do ponto de vista quantitativo (existiam grandes
massas populacionais) devido à procura do estilo de vida urbano, mas também
como centro de atividades poderosas e fundamentais (políticas, administrativas,
bancárias, comerciais, industriais, serviços...) Assim, a multidão partilhava o mesmo
estilo de vida, horários e comportamentos dando origem a um modelo
estandardizado numa sociedade que tende para a massificação. Esta mutação nos
comportamentos e na cultura traduziu-se em novos espaços de lazer e de evasão e
na era do jazz, do charleston, (novos estilos de dança que acompanhavam o ritmo
acelerado da sociedade) dos cabarets, das casas de chá e dos clubes,dos teatros,
do music-hall e dos night clubs. Os grandes ídolos cinematográficos eram Mary
Pickford, Max Linder, Buster Keaton e Charlie Chaplin. O interesse pelo exótico e
pela cultura afro-americana marcaram uma nova tendência nas manifestações
culturais e artísticas. A cidade era o símbolo do alvoroço e da agitação: os ruídos
devido à abundância populacional, aos automóveis, às buzinas e aos reclames
néons e a luminosidade da cidade davam uma nova vida ao espaço urbano,
animado pela vida noturna.

Com o objetivo de chocar a sociedade e de romper com o passado, foi inevitável


que o conservadorismo, os valores próprios da burguesia e a sociedade vitoriana,
marcada por valores morais puritanos, rigorosos e repressivos, entrassem em
declínio dando lugar a uma nova vivência e a uma nova atitude individual mais
descontraída e informal que tinha como arquétipo o consumo, o ócio, o prazer,a
emancipação da mulher e a cultura de massas que se sobrepõe aos valores de
trabalho, espírito de sacrifício, poupança, tradição, laços familiares e da mulher
submissa que cuida do lar. Assim os valores tradicionais diferiam com a cultura em
ascendência e, por isso, tornavam-se cada vez mais decadentes.

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