Você está na página 1de 2

ANEEL aprova distinção entre

reforços e melhorias

      A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou resolução normativa


para estabelecer as diferenças entre melhorias e reforços em instalações de
transmissão sob responsabilidade das transmissoras. O regulamento que substitui
a Resolução nº. 158/2005 ficou em audiência pública do dia 31/03 até 03/05 deste
ano.

              A decisão tomada pela diretoria da Agência nesta terça (26/07) foi
subsidiada por estudos realizados pelas áreas técnicas da Agência, que
identificaram a necessidade de tornar mais clara a distinção entre melhorias e
reforços para induzir o aumento da eficiência nas suas implementações, e também
para melhorar a clareza quanto à forma de remuneração e à responsabilidade da
concessionária sobre cada tipo de obra.

              Com a nova resolução, haverá a distinção para os dois tipos de obra de
acordo com a necessidade de manter ou ampliar o serviço prestado. Assim,
quando o objetivo for a manutenção do serviço público prestado, a intervenção
deve ser classificada como melhoria. Quando visar aumentar o serviço prestado,
será classificada como reforço. Todos os reforços devem ser autorizados pela
ANEEL.

              Anteriormente, a Resolução nº. 158/2005 estabelecia que o Operador


Nacional do Sistema Elétrico (ONS) encaminhasse anualmente à ANEEL,
juntamente com o Plano de Ampliações e Reforços (PAR), o Plano de
Modernização de Instalações de Interesse Sistêmico (PMIS), documento que
relaciona intervenções (alguns tipos de melhorias e alguns tipos de reforços) em
instalações de interesse sistêmico.

              Os dois documentos continham indicações de reforços, o que levava à


indesejada situação de um determinado empreendimento de grande porte (licitado
ou autorizado) ter sua completa operação impedida por intervenções de pequeno
porte na mesma região, só indicadas e autorizadas posteriormente.

               O novo regulamento apresenta que todos os reforços sejam indicados


pelo ONS no PAR, a ser encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME).
Assim, o Ministério elaborará o plano de outorgas da transmissão com a
determinação sobre quais instalações devem ser licitadas e quais existentes serão
reforçadas, evitando a existência de reforços em planos diferentes.

                Adicionalmente, o ONS deverá encaminhar anualmente o Plano de


Modernização de Instalações (PMI) à ANEEL. No PMI constarão as intervenções
classificadas como melhorias em instalações de transmissão sob responsabilidade
de transmissoras, além de intervenções que devem ser implementadas pelas
distribuidoras em instalações sob sua responsabilidade e as intervenções que
devem ser implementadas pelas geradoras em instalações sob sua
responsabilidade.

                O PAR e o PMI terão um horizonte de três anos, compreendendo o


período entre o primeiro e o terceiro ano subsequentes ao ano de elaboração dos
planos.

                A audiência pública recebeu 84 contribuições de 12 instituições do setor.


Elas estão disponíveis no endereço eletrônico www.aneel.gov.br,
no link Audiências/Consultas/Fórum. (DB/GL)

Você também pode gostar