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DESENVOLVIMENTO DA CULTURA CIENTÍFICA EM ESCOLA

RIBEIRINHA DE PARINTINS – AM, A PARTIR DE ATIVIDADES


DO PROGRAMA NOVOS TALENTOS SOBRE PRESERVAÇÃO
DE QUELÔNIOS
Gelciane da Silva Brandão1
David Xavier da Silva2
1
Resumo: O artigo versa sobre o desenvolvimento da cultura científica em escola ribeirinha de
Parintins – AM, a partir de atividades do programa Novos Talentos sobre preservação de
quelônios. A participação de estudantes nas atividades de proteção de quelônios, e o círculo
entre programa Novos Talentos – escolas – e cultura científica; e de como o programa
contribuiu para a melhoria do ensino de ciências nas séries iniciais eram temas desconhecidos
no campo científico. O objetivo geral da pesquisa, foi de analisar a influência do projeto “Novos
Talentos” na cultura científica de estudantes das séries iniciais da Escolas Municipal da São
Pedro do Parananema no município de Parintins, inclusos na preservação de quelônios
amazônicos. A metodologia foi de cunho qualitativo e com análise descritiva. Os resultados
apontam para o fortalecimento da cultura científica de proteção dos quelônios amazônicos como
parte do currículo da escola municipal São Pedro do Parananema.
Palavras-Chave: Cultura Científica. Escola Ribeirinha. Novos Talentos. Quelônios
Amazônicos.

Introdução
O artigo apresenta resultados da pesquisa sobre o desenvolvimento da Cultura Científica
em escola ribeirinha no município de Parintins – AM, a partir de atividades do
programa Novos Talentos sobre preservação de quelônios.
A falta de desenvolvimento de uma cultura científica nas séries iniciais em escolas
ribeirinhas do município de Parintins – AM, e referências que sustentem essa prática
foram lacunas que motivaram a pesquisa. O Programa Novos Talentos trouxe a
possibilidade de conheceremos o cotidiano do professor e do aluno no desenvolvimento
da cultura científica, através da preservação de quelônios amazônicos na escola
Municipal São Pedro do Parananema.
O objetivo geral da pesquisa, foi de analisar a influência do projeto “Novos Talentos”
na cultura científica de estudantes das séries iniciais da Escolas Municipal da São Pedro
do Parananema no município de Parintins localizado a 360 km da capital do Estado,
1
Especialista em Turismo e Desenvolvimento Local (UEA). Graduada em Licenciatura em Geografia
(UEA), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e-mail: brandaoanny@hotmail.com.
2
Mestre em Ensino de Ciência na Amazônia (UEA). Graduado em Pedagogia (UFAM), Bacharel em
Direito (UEA). Professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e-mail:
davidxavier85@gmail.com.
inclusos na preservação de quelônios amazônicos. Dentre as especificidades,
investigamos os teóricos que tratam do Ensino de Ciência e da Cultura Científica;
buscamos identificar os fatores que influenciam o desenvolvimento da cultura científica,
a partir da preservação de quelônios em comunidade rurais do município de Parintins, e
sistematizamos o conceito de Cultura Científica após o desenvolvimento do projeto
Novos Talentos sobre preservação de quelônios.
Os resultados apontam fatores positivos na parceria do programa Novos Talentos na
escola, na medida que o apoio didático-pedagógico serviu para fortalecer atividades que 2
precisavam de apoio fora e dentro de sala de aula em relação a cultura científica de
preservação dos quelônios.

Procedimentos Metodológicos

No contexto da pesquisa, o local investigado foi caracterizado a fim demonstrar o


cotidiano da escola São Pedro do Parananema que desenvolve atividades de
conservação de quelônios. No desenvolvimento da pesquisa o procedimento foi de
cunho qualitativo, foi feito um estudo descritivo das relações entre projeto-comunidade-
escola e cultura científica, e também um estudo teórico-prático em vista da construção
de proposta de ensino de ciências baseada na experiência de projeto de conservação
comunitária.
Os sujeitos que fizeram parte da pesquisa foram: coordenadores do projeto, professores,
alunos das escolas municipais e comunitários. A amostra envolveu professores que
atuam em atividades de conservação de quelônios e estudantes das séries iniciais. A
técnica de pesquisa foi a observação nas comunidades através das ações do programa
Novos Talentos durante os anos de 2015 e 2016, nas aulas de ciências para
caracterizarmos as relações entre projeto, comunidade e o desenvolvimento da cultura
científica.
As entrevistas estruturadas foram para professores e alunos das séries iniciais das aulas
de ciências; coordenadores do projeto. Foram feitos estudos de documentos do
programa Novos Talentos, priorizando para a finalidade da pesquisa. As ações foram no
sentido de realizar uma tessitura crítica sobre a Cultura Científica e demais estudos
sobre preservação de quelônios.
Dentre os resultados esperados, está a compreensão do desenvolvimento de uma cultura
científica a partir de atividades do projeto Novos Talentos, sobre a preservação de
quelônios; possibilitando que a cultura científica se fortaleça como metodologia em
séries iniciais e na prática da preservação e quelônios.

O programa Novos Talentos/CAPES

A pesquisa sobre o desenvolvimento da Cultura Científica em escola ribeirinha no


município de Parintins – AM, a partir de atividades do programa Novos Talentos sobre
preservação de quelônios, foi realizada a partir do resultado do processo de seleção de 3
projetos para o Edital 055/2012 DEB/ CAPES – Programa Novos Talentos, que aprovou
o Projeto “Práticas Interdisciplinares: estratégias para a compreensão das relações entre
a Ciência, Tecnologia & Sociedade em Parintins-AM”:
O projeto Práticas Interdisciplinares: estratégias para a compreensão das relações entre a
Ciência, Tecnologia & Sociedade em Parintins-AM teve como objetivo geral
desenvolver ações no processo de ensino-aprendizagem e na formação de professores e
alunos do ensino de educação básica nas escolas da rede pública do município de
Parintins – AM. O mesmo é composto por 4 subprojetos a saber: 1) Ciência, Tecnologia
& Sociedade: temáticas contextuais articulando saberes na escola e além da escola; 2)
Laboratório de Artes e Comunicação Escolar de Parintins – LACEPIN; 3) Patrimônio
Cultural e Memória no Assentamento de Vila Amazônia: um estudo de meio para
inclusão social e desenvolvimento da cultura científica em Parintins-AM e 4)
Experiências didático-metodológicas interdisciplinares em escolas de educação do
campo: possibilidades para dinamizar o ensino e potencializar a iniciação científica no
Baixo Amazonas.
A pesquisa do subprojeto 4 nos mostra o caráter multidisciplinar da proposta
apresentada neste artigo. Considerando os aspectos apresentados a proposta contempla
as exigências do edital por promover a inclusão social e o desenvolvimento da cultura
científica a professores e alunos de escolas com baixo Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB). Destaca-se ainda a interlocução a ser estabelecida junto aos
atores da universidade (alunos de graduação, pós-graduação e professores) de forma
dialógica.
O projeto foi recomendado à aprovação em 2014 por sua relevância acadêmica e
regional. A aprovação do projeto foi um marco para o Centro de Estudos Superiores de
Parintins (CESP), assim como para a Universidade do Estado do Amazonas, ficando
entre as dez propostas aprovadas em nível de Brasil.
O Ensino de Ciência e a Cultura científica

Ensinar ciências esbarra na tentativa de não a tornar uma disciplina decorativa em sala
de aula, e sim algo que faça parte da vivência e do modo de vida de cada indivíduo de
forma crítica e necessária para sua vida. Para Krasilchik (1987) as modificações
concretas vêm a partir da reflexão sobre o cenário atual do sistema educacional e a
influência que cada um tem no currículo. 4
Estudos sobre cultura científica são espaços e necessitam de iniciativas inovadoras, é
uma forma de “educar pela pesquisa” (DEMO, 2010). A pesquisa sobre preservação de
quelônios amazônicos, através do programa Jovens Talentos, é a oportunidade de
estreitarmos os laços de desenvolvimento da cultura científica, onde há pouca teoria;
pois “reconstruir o entendimento da ciência, não significa abandonar o passado”
(MARQUES, 2002).
Diferentes expressões surgiram para aproximar a Ciência e a sociedade: alfabetização
científica (CHASSOT, 2003), divulgação científica (LOUREIRO, 2003), comunicação
científica (DUARTE, 2004); e atualmente surgi à expressão “cultura científica”.
No município de Parintins – AM; comunidades rurais desenvolvem atividades de
preservação; este é o tipo de cultura que precisamos resgatar; valorizar e documentar.
Os benefícios possibilitarão novos olhares diante da cultura científica de uma Amazônia
desconhecida; onde “caberia a escola, colocar a ciência em cultura” (JAPIASSU, 1999).
Para a academia, a pesquisa nas comunidades rurais intervém no âmbito de novos
estudos sobre a cultura científica, através de ações de preservação de quelônios,
oportunizando conhecimento para a localidade e linhas de pesquisa em espaços não
formais pois; “o ensino de ciência se manifestou de maneira diferente acompanhando as
mudanças nas tendências pedagógicas” (ROCHA e TERÁN, 2010).
Goldemberg (2005), conclui este pensamento dizendo que a Educação Científica precisa
ter um alicerce verdadeiro, onde possamos dizer que a educação básica é o primeiro
contato do aluno com o ensino-aprendizagem.
E como ensinar ou aprender ciência? Para Bizzo (2002, p. 30) “aprender Ciências
parece ser repetir palavras difíceis”. Devemos contribuir para que esse conceito possa
ser transformado positivamente no contexto escolar, e que possam ser relacionadas com
os novos conceitos de definições de cultura científica dentro do seu contexto social,
como destaca Alcântara & Fachín-Terán (2010, p. 11):
Tradicionalmente o Ensino de Ciências tem sido focalizado na
memorização e transmissão de conceitos repassados de geração em
geração, na maioria das vezes desconectados da realidade dos
estudantes. Essa abordagem tem sua origem numa concepção
positivista cartesiana que concebe o ensino, o homem e a sociedade
como partes de um todo, sem articulação entre si. Atualmente, por
força das exigências do mundo globalizado percebe-se a necessidade
de superar o paradigma positivista e buscar novos caminhos que
apontem novas metodologias para o Ensino de Ciências.

Essas novas metodologias podem ser capazes de identificar atitudes que se torna cultura 5

dentro da escola, como o caso do projeto Pé-de-Pinha sobre proteção de quelônios. É a


forma como o conhecimento é repassado às pessoas que não compreendem esse ramo
da ciência, que nos fará construir um pensamento voltado para os temas que nos
permitem discutir e dizer através de estudos que podem contribui com a educação e a
ciência.

Programa “Novos Talentos” na cultura científica: aspectos de preservação de


quelônios amazônicos.

Perguntado se o programa Novos Talentos da CAPES havia influenciado para o


fortalecimento de uma cultura científica para o contexto escolar de forma geral, os
professores entrevistados disseram:
Professor (1) “Considero que sim. A escola por muitos anos desenvolve um calendário
específico dentro do currículo escolar, com atividades voltadas a preservação de
quelônios. A parceria com o Novos Talentos, veio fortalecer essa cultura que a gente já
tem de trabalhar o tema na escola, através de palestras, oficinas, e até mesmo o apoio
financeiro que muitas é vezes era o que nos impedia de fazer determinadas atividades”.
Professor (2) “A união da escola com a Universidade através do projeto Novos
Talentos foi uma força a mais que nos incentivou desenvolver nossas atividades de
forma mais prazerosa. Virou uma cultura na escola trabalhar os aspectos de
preservação de quelônios por meio de pinturas de caroços de frutas da região que para
nossos alunos simboliza os ovos dos tracajás, montar o tracajá a partir da casca de
castanha colando também sementes. Então eu considero que toda parceria é
fundamental para ajudar na educação das crianças”.
Professor (3) “A influência do projeto na cultura científica, foi no sentido de nos
proporcionar esse olhar do que já fazíamos isso, mas não sabíamos. Faz parte da
rotina da escola colocar em evidência sobre proteção dos quelônios. E para a escola
fazer isso fica mais cômodo porque os agentes envolvidos são na maioria comunitários,
que são pais de alunos e professores que abraçam a causa. A preocupação com o
Projeto-Pé-de-Pincha acontece durante todo o ano, com o planejamento das atividades
antes da coleta dos ovos, durante o processo de coleta em áreas de difícil acesso,
depois que os ovos são trazidos para a escola, após o nascimento pois precisamos 6
alimentá-los até a soltura para a natureza. Então a influência do programa Novos
Talentos só veio fortalecer a nossa cultura de proteger os quelônios”.
Há mais de quinze anos a Escola Municipal São Pedro do Parananema trabalha com a
preservação dos quelônios, o apoio inicial veio através da Universidade Federal do
Amazonas – UFAM e do Instituto Brasileiro do Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA; durante esses anos diversos entidades somam com o trabalho de comunitários
e professores, que realizam um trabalho voluntário.

Fatores que influenciam o desenvolvimento da cultura científica, a partir da


preservação de quelônios

A Escola São Pedro do Parananema, adotou o projeto de proteção de quelônios


amazônicos a mais de quinze anos. Para os professores, os fatores que influenciam no
desenvolvimento da cultura científica, a partir da preservação de quelônios são:
Professor (1): “Na minha opinião é tornar as atividades parte da vida de nossos alunos
além da sala de aula. A escola é muito parceira, e os comunitários também. Então a
cultura de fazer as mesmas atividades por muitos anos como ocorre tornou isso uma
cultura dentro da escola. Observamos que nossos alunos são interessados, participam e
sentem orgulhosos de fazer parte disso”.
Professor (2): “O que influencia é o interesse da Escola de colocar no currículo e a
atividade de preservação dos quelônios. Considero que somos uma escola diferenciada
pela postura de abraçar um projeto desafiado como o projeto Pé-de-Pincha”.
Professor (3): “Faz parte da nossa rotina enquanto educador, nos preocuparmos com a
programação pedagógica de como vamos ensinar os nossos alunos no decorrer do ano
sobre a preservação dos quelônios. Acredito que é o principal fator para o
desenvolvimento da cultura científica, é atribuir o sentimento de responsabilidade em
proteger as espécies.
O desafio da escola de planejar dentro do currículo escolar atividades de preservação
dos quelônios, é apontado como o fator que influencia no desenvolvimento da cultura
científica dentro da escola. A postura de levar o projeto além dos conteúdos de livros
didáticos é facilitada pela participação de comunitários, professores e entidades que
voluntariamente ajudam a preservar as espécies e consequentemente de construir um
currículo participativo. 7

Sistematizar o conceito de Cultura Científica após o desenvolvimento do programa


Novos Talentos sobre preservação de quelônios.

O programa Novos Talentos, objetiva aplicar em escolas do país metodologias que


possam contribuir para a cultura científica dos estudantes, oportunizando ao alunado e
ao professor uma postura crítico-participativa diante de sua realidade. Portanto
sistematizar o conceito de cultura científica vai além quando tratamos da preservação
dos quelônios na escola Municipal São Pedro do Parananema.
A Educação Científica abre possibilidade de acesso à ciência e permite os primeiros
caminhos para a compreensão de Cultura Científica; e o projeto “Pé-de-Pincha”
encontra-se o campo dessas discussões, onde se buscou a identificação de como
entendiam esse conceito a partir das atividades apoiadas. Para três professores
entrevistados o conceito fica assim definido:

Tabela 01: O conceito é cultura científica, relacionado ao aspecto de preservação de quelônios


Professor Respostas
Professor (1) “Cultura científica a partir da preservação de quelônios é ensinar os valores
do projeto para as futuras gerações. Nossos alunos que passam por essa
experiência serão nossas vozes e darão sem dúvida continuidade nesse
trabalho assim como muitos de nós faz voluntariamente”.
Professor (2) “Eu conceituo a cultura científica em relação a preservação dos quelônios
como: é a realidade da escola em relação ao processo de ensino e
aprendizagem em proteger as espécies e dar continuidade não só na escola
como para a sociedade”.
Professor (3) “A cultura científica é feita através do trabalho de todos os agentes envolvidos
no processo de preservação dos quelônios, contribuindo para a perpetuação
dos animais”.
O conceito sobre cultura científica surge de distintos pontos de vista, onde cada
professor ver e decodifica de um modo através das relações sociais. Nesse sentido
percebe-se o entendimento de que a cultura não se faz sozinha, são parcerias e relações
entre pessoas com a finalidade de ensinar e perpetuar a proteção aos quelônios
amazônicos.
Para a alunos foi perguntando se o que eles aprendiam em sala de aula sobre os
quelônios amazônicos podia ser considerado uma cultura científica, e a partir da 8
observação foi possível perceber que o conceito não era um conceito pronto, mas 100%
concordou que sim. Para buscar esse conceito os alunos foram instigados a citar
exemplos de atitudes dentro do “Projeto-Pé-Pincha” que podiam ser tomados como
conceito de cultura científica:

Tabela 02: O conceito é cultura científica, relacionado ao aspecto de preservação de quelônios


Aluno Respostas
Aluno (1) Cultura científica é proteger os quelônios.
Aluno (2) Cultura científica é amar os tracajás.
Aluno (3) Cultura científica é cuidar dos quelônios.

A forma como o aluno internaliza o conceito de cultura científica está em sua maioria
relacionado ao sentimento de proteção, em função do hábito do professor em ensinar
que é importante proteger os quelônios. Sem a atitude do professor de ensinar a
importância da espécie para o meio ambiente, o aluno não construiria a cultura de
pensar dessa forma.
Dessa forma deixar a abstração de lado na Cultura Científica é permitir que antigos
conceitos possam ser aplicados de forma diferenciada, dando liberdade para se alcançar
novos objetivos dentro de escolas tradicionalistas. Essa perspectiva de um novo modelo
de Ensino de Ciências, com novas metodologias e discussões ousadas, acaba rompendo
com a visão positivista e cartesiana de ciência, possibilitando uma ciência interligada ao
viver e a compreensão de suas múltiplas aplicações a partir de uma visão sistêmica.
Tabela 03: O conceito é cultura científica, relacionado ao aspecto de preservação de quelônios
Comunitário Respostas
Comunitário (1) Cultura científica é o hábito que nós adquirimos de todos os anos realizar
as mesmas atividades de proteção dos quelônios.
A cultura não é possível ser realizada sozinha, e fica evidenciado isso até mesmo no
discurso do comunitário participante das atividades de proteção dos quelônios.
Cada um formula uma visão do que de fato pode ser o conceito aproximativo de Cultura
Científica. Sabe-se, no entanto que este ensinamento parte da educação básica, de
dentro da escola para os alunos, pois estimula a capacidade crítica de cada um em
pensar. A base de cada conceito referente ciência pode nascer nos mais diversos
momentos da vida, mais ainda na criança é que se precisa estimular o desenvolvimento 9
dessas premissas.

Considerações Finais

Nessa perspectiva aponta-se a influência positiva do programa Novos Talentos para


educação científica para estudantes em séries iniciais e escola ribeirinha a partir de
atividades de preservação de quelônios através do Projeto Pé-de-Pincha, desenvolvido a
mais de quinze anos na Escola Municipal São Pedro do Parananema; isso nos serve para
repensamos o ensino, suas influências na vida de cada cidadão e quais os pontos que
acabam promovendo mudanças na contemporaneidade. Esse repensar se constitui em
uma das problemáticas de investigação do ensino de ciências, uma vez que sua
abordagem precisa se adequar as mais diferentes discussões.

Referências

BIZZO, Nélio Marco Vincenzo. Ciências: fácil ou difícil?. São Paulo: Ática, 2002.
CHASSOT, Áttico. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social.
Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, 2003.
DEMO, Pedro. Educação e alfabetização científica. Campinas, SP: Papirus, 2010.
DUARTE, Jorge. Da Divulgação Científica à Comunicação. Disponível em: http://
www.abjc.org.br/artigos/art_241103.htm. Acesso em 07 de agosto de 2016.
GOLDEMBERG, José. Educação Científica para quê? In: WERTHEIN, Jorge;
CUNHA, Célio da (Orgs.). Educação Científica e desenvolvimento: o que pensam os
cientistas. Brasília: UNESCO, Instituto Sangari, 2005.
JAPIASSU, H. Um desafio à educação: repensar a pedagogia científica. São Paulo:
Letras e Letras, 1999.
KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das Ciências. São Paulo: EPU,
1987.
LOUREIRO, José Mauro Matheus. Museu de ciência, divulgação científica e
hegemonia. Ciência da Informação, Brasília, 2003.
MARQUES, Mario Osório. Educação nas ciências: interlocução e
complementaridade. Ijuí: Ijuí 2002.
ROCHA, Sônia Cláudia Barroso da. O uso de espaços não-formais como estratégia
para o Ensino de Ciência. Manaus: UEA/Escola Normal Superior/PPGEECA, 2010.
ROCHA, Sônia Cláudia Barroso da; FACHÍN-TERÁN, Augusto. O uso de espaços
não formais como estratégia para o ensino de Ciências. Manaus: UEA/Escola
Normal Superior/PPGEECA, 2010. 10

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