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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E ENSINO DE CIÊNCIAS NA AMAZÔNIA –
PPGEECA

PLANO DE ENSINO

IDENTIFICAÇÃO
Disciplina: Atualização e articulação do ensino de Turma: 2023 Créditos: 02
ciências naturais com educação básica (PPGEECA004)

Caráter: Obrigatória Semestre: 2/2023 CH: 30

Area de concentração: Ensino, Aprendizagem e Data: 04 e 05/08 – 11 e 12/08


Formação de Professores de Ciências na Amazônia.
Professoras: Sinaida Vasconcelos e Inês Trevisan

1. APRESENTAÇÃO DAS PROFESSORAS

Sou Professora Drª. Inês Trevisan do Departamento de Ciências Biológicas e do Programa de Pós-
Graduação em Educação e Ensino de Ciências da Amazônia pela Universidade do Estado do Pará.
Possuo Licenciatura em Ciências Naturais do Primeiro Grau (1992) e Licenciatura em Ciências
Biológicas (1998) pela UFPA. Sou Pós-Graduada em Educação e Ensino de Ciências e Matemáticas
pela UFMT (2015). Neste período da disciplina iremos dialogar e produzir conhecimento
relacionado a interdisciplinaridade e transposição didática no campo da Educação Científica.
“O faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonhar, a estrada permanecerá viva. É para
isso que servem os cominhos, para nos fazerem parentes do futuro” Mia Couto.

Sou a professora Sinaida Maria Vasconcelos, sou licenciada plena em Ciências Biológicas e Mestra
em Educação em Ciências e Matemáticas (UFPA), doutora em Educação (PUC-Rio) e pós-doutorado
em Educação – Ensino de Ciências (USP). Fui professora da educação básica em escolas da rede
particular e pública (federal, estadual e municipal) por mais de 25 anos; atuo no ensino superior –
formação de professores(as), há mais de 20 anos. Atualmente desenvolvo minhas atividades
docentes nos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade do Estado do Pará, atuando
nos cursos de graduação da área das Ciências da Natureza e Pedagogia, e nos programas de pós-
graduação – PPGEECA e PPGEEI. Sou líder do grupo de pesquisa CTENF, onde desenvolvemos
projetos que articulam ensino-pesquisa e extensão relacionados a educação científica e a
popularização da ciência. E agora, juntos(as) iremos contribuir para construção de mais um
episódio da história do ensino de ciências na Amazônia.
“Sou feliz, alegre e forte, tenho amor e muita sorte aonde quer que eu vá” (MONTE, M., 2023)

Centro de Ciências e Planetário do Pará


Rod. Augusto Montenegro, Km 03, S/Nº, Mangueirão, Belém-PA
Tel.: 91 3216-6300/3216-6301
E-mail: ppgeeca@uepa.br
1. EMENTA
Interdisciplinaridade: pressupostos teóricos e implicações para a articulação de temas específicos
de ciências. Elaboração de práticas pedagógicas para integrar os conteúdos de física, química e
biologia, de modo a considerar a necessidade da construção de significados dos conceitos e a
transposição didática do saber científico para o saber escolar e de outros espaços de
aprendizagem. Atualizações de definições e conceitos, além de discussão de temas atuais: fontes
e produção de energia, sustentabilidade ambiental, tabaco, saúde mental, álcool, educação no
trânsito, prevenção da gravidez na adolescência, agrotóxicos, biodiversidade, mudanças
climáticas, água, problemática dos resíduos, entre outros. Contribuições da química, física e
biologia na Nanociência e nanotecnologia e sua transposição didática. Cada aluno de acordo com
sua formação e atuação na educação básica discutirá artigos para aprofundamento de temas
relevantes à formação docente e do profissional do ensino numa perspectiva analítica e crítica.

2. OBJETIVOS
4.1 Objetivo Geral: Promover a reflexão sobre as diversas concepções de interdisciplinaridade
aliada a Transposição Didática fomentando uma prática no ensino de ciências que seja pautada na
interação conhecimento do cotidiano-conhecimento científico, aluno-professor-objeto de
conhecimento.
4.2 Objetivos Específicos: a) Conhecer os fundamentos epistemológicos da interdisciplinaridade e
transposição didática escolar b) Refletir sobre as concepções de interdisciplinaridade c) Elaborar
práticas interdisciplinares considerando a necessidade da transposição didática do saber científico
para o saber escolar no ensino de ciências.

3. COMPETÊNCIAS
Além do domínio dos conteúdos a serem ensinados, do trabalho com os alunos, e das estratégias
e recursos utilizados há de se pensar no desenvolvimento da “capacidade de os professores agirem
como um ator coletivo no sistema e de direcionar o movimento rumo à profissionalização e à
prática reflexiva, assim como para o domínio das inovações (PERRENOUT, 2020).

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4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
a) Fundamentos Epistemológicos da Interdisciplinaridade Escolar.
b) Concepções e práticas escolares envolvendo a Interdisciplinaridade
c) Transposição didática e objetos mediadores.
d) Sequencia didática investigativa.

5. METODOLOGIA DE ENSINO

A disciplina Atualização e articulação do ensino de ciências naturais com educação básica será
integralizada a partir do desenvolvimento de modalidade presencial, com atividades a serem
desenvolvidas a distância onde o material e atividades disponibilizados na Sala virtual. O
detalhamento das atividades pode ser consultado e acompanhado no Cronograma da disciplina,
que integra o presente Plano de Ensino.

6. AVALIAÇÃO
Importante considerar que, uma avaliação consistente deverá englobar pelo menos três
dimensões: a) pedagógico-didática: relativa ao cumprimento dos objetivos gerais e específicos da
disciplina; b) diagnóstica: permite a identificação dos progressos e aponta os diferentes percursos
evidenciando as dificuldades dos alunos; c) formativa: promove a ampliação de conhecimentos
por parte dos alunos, qualificando os resultados profissionais, científico e acadêmicos.
6.1 Critérios Avaliativos

Nas aulas, afere-se o conhecimento adquirido pelas leituras, apresentando-se questões práticas
a serem solucionadas com os instrumentais teóricos assimilados em estudo individual e coletivo.
Nesse momento privilegiado, além de se verificar individualmente a compreensão dos textos
estudados, exercita-se a argumentação fundada.

Qualitativos - Processual Quantitativos – Produto


• Engajamento nas tarefas e leituras sugeridas • Frequência e assiduidade nas aulas.
evidenciadas nas manifestações que • Pontualidade na entrega de trabalhos
estabelecem: • Apresentação Oral.
▪ compreensão e assimilação da • Produção de texto escrito: resumo
bibliografia estudada ao longo da expandido.
disciplina.

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▪ relações entre as temáticas discutidas e
as diferentes propostas de investigação
dos sujeitos participantes.
▪ Estética e Argumentação fundada.

7. BIBLIOGRAFIA
7.1 Bibliografia Básica.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular-
Educação é a base. Brasília, DF, 2018. Acesso em: 01 jun. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI. 562p. 2013. Acesso em: 07 jun. 2019.
BASSOLI, F. Atividades práticas e o ensino-aprendizagem de ciência(s): mitos, tendências e
distorções. Ciência & Educação, Bauru, v. 20, n. 3, p. 579-593, 2014.
CHEVALLARD, Y.; JOHSUA, M-A. La transposition didactique. Grenoble: La Pensée Sauvage
Éditions, 1991.
DELIZOICOV D.; ANGOTTI, J. A. P.; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de Ciências -
Fundamentos e Métodos. 5a. ed. São Paulo: Cortez, v. 1. 289p. 2018.
FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade, Currículo e Tecnologia. Revista Museologia &
interdisciplinaridade, v. 12, p. 10-20, 2018.
FAZENDA, I. C. A.; JOSE, M. A. M. Formar pesquisadores interdisciplinares. Revista Ciências
Humanas, v. 9, p. 62-69, 2017.
FAZENDA, I. C. A.; JOSE, M. A. M. Interdisciplinaridade, Currículo e Tecnologia: um estudo sobre
práticas pedagógicas no ensino fundamental. Revista ibero americana de estudos em educação,
v. 12, p. 708-721, 2017.
FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa. 20. ed. Campinas: Papirus,
143p, 2018.
FÁVERO, A. A; TAUCHEN, G; SCHWANTES. Da transposição à compreensão didática: sentidos do
conhecimento escolar na educação em ciências. Roteiro, Joaçaba, v. 37, n. 2, p. 325-342, jul/dez.
2012.
OLIVEIRA, L. A; DE SÁ, FERREIRA, E; Mortimer, E. F. Transformação da Ação Mediada a partir da
Ressignificação do Uso de Objetos Mediadores em Aulas do Ensino Superior. Revista brasileira
de pesquisa em educação em ciências, v. 19, p. 251-274, 2019.
MELLO, l. A de. A teoria da Transposição Didática de Chevallard Izquierdo e de Mello (CHIM).
Capes. Disponível em: https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/11976/2/TeoriaTransposicaoDidatica.pdf
Acesso: 10 mai. 2020.

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GABRIEL C. T. Usos e abusos do conceito de transposição didática: considerações a partir do
campo disciplinar da história. Grupo de Estudos – UFOP. Disponível em:
https://ledum.ufc.br/arquivos/didatica/1/Usos_Abusos_Conceito_Transposicao_Didatica.pdf
Acesso. 3 jan. 2021.
GATTÁS, M. L. B.; FUREGATO, A. R. F. Interdisciplinaridade: uma contextualização. Acta Paul
Enfermagem. V. 19(3), p. 322-7, 2006.
GONLAVES, R. M.; SILVA, A. M. T. B. da. Interdisciplinaridade no Ensino de Ciências: Uma revisão
de literatura. Research Society end Development. 2019; 8(5):e1285917
LIMA, R. dos S.; BORTOLAI, M.; DUTRA-PEREIRA, F. K. A teoria da Transposição Didática em
publicações da revista QNEsc. Revista Debates em Ensino de Química. V. 8 (1), 167-182, 2022.
MARANDINO, M.; BUENO, J.; GOMES, F. de O.; KRISTEL, F. L.; OLIVEIRA. A. Os usos da Teoria da
Transposição Didática e da Teoria do Didático para o estudo da educação em museus de
ciências. Labore Ensino de Ciências., Campo Grande, v.1, n.1, p. 69-97, 2016
SOUZA, Jorge Raimundo da Trindade, et al. Ilhas interdisciplinares de racionalidade no ensino de
ciências: uma experiência didática no PARFOR na Ilha do Marajó, Pará, Brasil. Amazônia: Revista
de Educação em Ciências e Matemática, Belém, v. 12, n. 24, p. 85-98, Jan-Jul 2016. Disponível
em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/3194. Acesso: 20 mai.
2020.
SOUZA, R. D. (Org.); ANGOTTI, J. A. P. (Org.). Reflexões em ensino de ciências. 1. ed. Curitiba:
Atena, v. 02. 260p, 2016.
UGALDE, M. C. P.; ROWEDER C. Sequência didática: uma proposta metodológica de ensino-
aprendizagem. Educitec, v. 6, Edição Especial, e099220, 2020.

7.2. Bibliografia Complementar.


Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, Química Nova, Anais da Academia
Brasileira de Ciências, Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, Biota Amazônia, Areté
(Manaus), Experiências em Ensino de Ciências, Revista de Ensino de Ciências e Matemática
(REnCiMa), Revista Vivências em Ensino de Ciências, Investigações em Ensino de Ciências (IENCI).
7.3. Referências Técnicas (devido a periodicidade averiguar se ainda consta na plataforma)
CANAL CEDERJ (2017). Curso de Atualização em Ciências da Natureza com ênfase em Biologia.
Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/191393
CANAL CEDERJ (2017). Curso de Atualização em Ciências da Natureza com ênfase em Química.
Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/191382
CANAL CEDERJ (2017). Curso de Atualização em Ciências da Natureza com ênfase em Física.
Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/191381

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