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M T QUIRÓFANO

Enem (Parte 2)
MATEMÁTICA
QUIRÓFANO
Vida de Cirurgião
Entre as especialidades médicas, a cirurgia tem algumas particularidades muito interessantes. A começar pela formação do cirur-
gião, quando ele termina a residência, está apenas iniciando a sua carreira. A partir daí, é que ele desenvolverá a “coragem de curar”. É
imprescindível, nesse período, contar com a ajuda e orientação de um tutor, um cirurgião mais experiente que deverá guiá-lo e encorajá-lo
a tomar as decisões mais difíceis.
Ser cirurgião é, afinal, somar a compaixão e a doçura do verdadeiro médico à agressividade do bisturi. Opostos que se tocam e se
fundem misteriosamente. Por isso, talvez, os cirurgiões sejam pessoas distintas, paradoxais e surpreendentes, capazes de, em um instante,
realizar um leve afago e, logo em seguida, de proceder um profundo talho no corpo humano. Assim, um cirurgião completo, como dizem,
reúne na figura médica os olhos de um lince, o coração de um leão e as mãos suaves de um artesão.
A vida familiar de quem escolhe a cirurgia é, muitas vezes, difícil. Imerso em um ambiente de constantes alertas, exigências e
cobranças, é exigida do cirurgião, frequentemente, uma postura firme; postura essa que o molda como uma pessoa intransigente e estoica,
para a qual o humor nem sempre se fará necessário. Desse modo, por vezes, a compreensão, a sensibilidade e a tolerância são questões
demandadas aos entes queridos e próximos (pais, irmãos, cônjuges, filhos etc.)
O conhecimento cirúrgico é difícil de ser obtido e arduamente atualizado. Nesse sentido, se, de modo geral, a medicina exige o
constante estudo, a área cirúrgica vai além, exigindo, incessantemente, a prática das habilidades da sua ciência. Portanto, não basta o co-
nhecimento patológico e anatômico , é necessário conhecer as técnicas operatórias – sempre em evolução – e conviver com as demandas
do tratamento, que se chocam, comumente, com as economias do paciente. Logo, o bom cirurgião é aquele que reconhece a realidade do
paciente e da situação, compreendendo que cada tempo, cada movimento e cada material gasto são fundamentais para o resultado final.
A sala de cirurgia ou quirófano faz às vezes de um teatro cirúrgico. Dentro dele, o cirurgião deve ser, simultaneamente, o autor
(autora), o ator (atriz), o diretor e o roteirista. Tudo o que acontece na sala de operações tem de ser de seu total conhecimento. Sua atenção no
ato operatório tem de ser absoluta. Do cirurgião, espera-se o domínio da tensão. Por conta disso, às vezes, o ator principal conversa, assovia
ou cantarola, a fim de aliviar suas próprias tensões internas. Como um escritor no ato da escrita, a música pode ajudar, trazendo às mãos que
carregam o bisturi a precisão necessária para salvar uma vida. Nesse cenário, mesmo as conversas informais – quando o tempo cirúrgico as
permite –, alternadas entre os esmagadores silêncios do ofício, são estratégias que podem determinar o sucesso de um bom procedimento.
Durante o espetáculo, o cirurgião e sua equipe caminham com instrumentos cortantes, perigosos, por entre estruturas frágeis, po-
rém, vitais. Pinças, tesouras, agulhas de aço, grampos de titânio e bisturis ultrassônicos que vibram 50 mil vezes por segundo, todos esses
contundentes objetos de cena são necessários ao trabalho que se realiza dentro do quirófano, ainda sim, a atenção será sempre crucial.
Um descuido ou um movimento menos coordenado pode significar um desastre. Em uma peça de teatro, o desastre se materializa em um
silêncio constrangedor de quem esquece uma fala ou uma crítica ruim no jornal do dia seguinte. Já no teatro cirúrgico, desatenções, por
menores que sejam, podem acarretar uma mutilação ou até mesmo a morte daquele que colocou a vida nas mãos do cirurgião.
Por esses e muitos outros motivos, o bom cirurgião é aquele capaz de tomar decisões rápidas, ainda que brutais. É aquele que
coordena e distribui ordens diretas e objetivas, sem admitir qualquer contestação ou reticências. Nesse ambiente, nem sempre cabe o “por
favor” ou mesmo o “muito obrigado”, a vida do paciente é sempre a prioridade. É preciso ter ciência dessas condições, não a ter pode
indicar um despreparo, uma inconsistência com o atual local de trabalho. É o cirurgião, pois, que assume a responsabilidade de tudo, e
em nome de todos.
O cirurgião lidera uma equipe. Cabendo a ele o esforço para conjugar a prepotência que caracteriza seu trabalho ¬– uma vez que
é a ele que se atribui os louros do sucesso e a culpa sobre todas as falhas –, com o respeito àqueles que o ajudam.
O trabalho do cirurgião não acaba ao fim da cirurgia. Diante de um sucesso, a equipe se retira da sala, aliviada e feliz. Contudo,
o cirurgião continuará a acompanhar o paciente por muitos dias, mantendo o seu organismo equilibrado, depois das inúmeras alterações
produzidas pela cirurgia e pela anestesia – as respostas metabólicas ao trauma cirúrgico.
Quem opera, portanto, não dorme tranquilo, as complicações, afinal das contas, podem ocorrer a qualquer momento. Serão horas
e dias de angústia, na expectativa de uma positiva resposta terapêutica ao tratamento empreendido; serão momentos ainda tensos,
esperando que as bactérias não prevaleçam sobre os cuidados de assepsia que foram tomados. O cirurgião aguardará, ansiosamente, a
eliminação do primeiro flato pelo paciente, o que revelará a normalização da peristalse intestinal, após uma cirurgia abdominal feita com
sucesso. Nesse período de grande desgaste psicológico, mesmo com todos os cuidados médicos em atuação, ao cirurgião, muitas vezes,
resta apenas a torcida e/ou a oração pela melhora do paciente.
A espera silenciosa transcende a sala de cirurgia, o hospital. O cirurgião, durante todo esse tempo, tem de levar a sua vida social,
equilibrando-a com os ossos do ofício, focando, também, em se recuperar, física e emocionalmente, da pressão à que a cirurgia o subme-
teu. Para isso, cabe, por vezes, distanciar-se, por alguns instantes, da realidade hospitalar, ainda que, no fundo, a preocupação com a vida
do paciente esteja presente.
Assim, o bom cirurgião carrega o fardo do equilíbrio e da responsabilidade, devendo ater-se à ideia de que para estar em plenas
condições de exercer o seu ofício, é importante, também, estar em plenas condições no que concerne ao seu estado de espírito. Por exce-
lência, aquele que se forma cirurgião faz-se preparado para tal, ansiando pelas cirurgias, mesmo as complexas e trabalhosas, aguardando
a oportunidade de salvar uma vida.
QUIRÓFANO

Enem (Parte 2)

Assunto: Probabilidade
Aulas: 39 e 40
Competência: 7
Habilidades: 27, 28, 29 e 30

1. Adriana e Bruna são alunas da terceira série do Ensino Médio e estudam na mesma sala. Adriana
é dona do porta-lápis A, que tem dez lápis, dentre os quais três estão apontados. Por outro lado,
Bruna é dona do porta-lápis B, que possui nove lápis, dentre os quais quatro estão apontados.

Marcos Vinicius é colega de sala de Adriana e Bruna e, durante um momento de distração delas,
retira um lápis qualquer do porta-lápis A e o coloca no porta-lápis B. Em seguida, novamente ao
acaso, ele retira um lápis qualquer do porta-lápis B.

A probabilidade de que este último lápis retirado por Marcos Vinicius não tenha ponta é igual a
a) 0,55.
b) 0,57.
c) 0,60.
d) 0,66.
e) 0,70.

Assunto: Volume de prismas


Aulas: 29 e 30
Competências: 2 e 3
Habilidades: 6, 7, 8, 9 e 14
2. A locação de galpão para logística é um serviço que proporciona vantagens exclusivas para empre-
sas que desejam ampliar sua competitividade no mercado, sem ter que investir gastos excessivos
com a construção ou aquisição de um estabelecimento próprio. Muitas empresas buscam ampliar
seus serviços para outras localidades, no entanto, sem dispor de uma infraestrutura adequada,
todos os processos logísticos tornam-se inviáveis e com alto custo.
Fonte: <www.macrogalpoes.com.br/locacao-galpao-logistica>. Acesso em: 23 set. 2019.

Um anúncio de jornal traz a propaganda de um galpão para logística que será construído à beira
de uma rodovia. Tal anúncio é representado na escala de 1:500, ou seja, 1 cm na representação
corresponde a 500 cm na realidade, conforme ilustra a imagem a seguir.

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Pode-se afirmar que a capacidade, em metros cúbicos, do depósito será de
a) 3.240.
b) 5.400.
c) 6.700.
d) 2.800.
e) 3.900.

Assunto: Volume de prismas


Aulas: 29 e 30
Competências: 2 e 3
Habilidades: 6, 7, 8, 9 e 14
3. Jacinto trabalha em uma indústria farmacêutica no setor de embalagem de remédios. Alguns dos
remédios embalados por Jacinto merecem cuidado especial, pois serão enviados por avião às far-
mácias de outros Estados e, por isso, serão acondicionados em embalagens especiais. Suponha que
o conteúdo de uma dessas embalagens, em formato de paralelepípedo reto de medidas inteiras
“a”, “b” e “c”, conforme ilustra a figura abaixo, seja constituído do seguinte modo:
§§ 1/4 do seu volume (Vp) seja ocupado por um remédio A.
§§ 1/3 do seu volume (Vp) seja ocupado por um remédio B.
§§ Metade do volume restante (VR) seja ocupado por um remédio C.

Nestas condições e considerando que c = a + b, o número de cubos de aresta x0 = ​ __


3 3 d
1 ​ ​3 XXXX
​ 5ab
____ ​ ​, 
  contendo
um remédio D e que ainda cabem dentro do volume Vp, é
3(a + b)
a) ​ _______  ​   
cubos.
2
5(a + b)
b) _______
​   ​   
cubos.
8
c) 9 (a + b) cubos.
27(a + b)
d) ________
​   ​   
cubos.
8
e) 13 (a + b) cubos.

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Assunto: Razão, proporção e grandezas proporcionais
Aulas: 9 e 10
Competências: 3 e 4
Habilidades: 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18

4. Certa empresa decide lançar no mercado um novo tipo de condicionador para cabelos, prometendo
selar definitivamente as cutículas do cabelo, de um modo mais eficiente, depois de cada lavagem.
Uma pessoa, ao olhar o condicionador na prateleira de um supermercado, percebeu que o produto
é vendido em quatro embalagens distintas. Os volumes e preços dessas embalagens estão represen-
tados no quadro abaixo.

Condicionador
Embalagem Volume (mL) Valor R$
I 200 3,80
II 300 5,20
III 500 7,80
IV 800 11,20

De acordo com esse quadro, a(s) embalagem(ns) do(s) condicionador(es) que proporciona(m) o
menor custo, por mL, é(são) a(s)
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) I e IV.

Assunto: Razão, proporção e grandezas proporcionais


Aulas: 9 e 10
Competências: 3 e 4
Habilidades: 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18

5. Um professor de Matemática, após receber um bônus por produtividade no valor de R$ 3.600,00,


decidiu dividir a quantia entre três instituições de caridade de sua cidade. A quantia será dividida
em partes diretamente proporcionais ao tempo de funcionamento de cada uma.
Sabendo-se que as três instituições de caridade funcionam há 4, 5 e 6 anos, então cada uma receberá
a) R$ 800,00; R$ 1.200,00 e R$ 1.600,00.
b) R$ 900,00; R$ 1.200,00 e R$ 1.500,00.
c) R$ 930,00; R$ 1.290,00 e R$ 1.380,00.
d) R$ 960,00; R$ 1.200,00 e R$ 1.440,00.
e) R$ 1.200,00; R$ 1.200,00 e R$ 1.200,00.

Assunto: Razão, proporção e grandezas proporcionais


Aulas: 9 e 10
Competências: 3 e 4
Habilidades: 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18

6. Com o objetivo de aumentar a sua renda no fim de ano, dona Lúcia decide adquirir um modelo de
forno que produzirá um único tipo de panetone. De acordo com as instruções do manual do forno,
ele deverá operar apenas e exatamente 12 horas a cada dia, ininterruptamente, todos os dias da
semana, inclusive aos sábados, domingos e feriados.
Com o passar das semanas e visando a maiores lucros, dona Lúcia decide trocar o forno por outro,
com capacidade de produzir o quádruplo da quantidade de panetones (do mesmo tipo) que produz
o forno atual, em um mesmo período de tempo. Pelas especificações do manual, o novo forno vai
operar, ininterruptamente, por 21 horas a cada dia, todos os dias da semana.
Para produzir o triplo de panetones que o forno antigo produzia em uma semana, o novo forno
precisará operar, no mínimo, durante
a) 2 dias.
b) 3 dias.
c) 4 dias.
d) 5 dias.
e) 6 dias.

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Assunto: Relações métricas no triângulo retângulo
Aulas: 1 e 2
Competência: 2
Habilidades: 6, 7, 8 e 9

7. Certo arquiteto projeta uma escada que servirá para ligar o térreo ao primeiro andar de uma casa.
Os dois pavimentos terão uma diferença de 400 cm de altura. Um morador dessa casa, para aces-
sar o piso superior, deverá subir uma escadaria que possui oito degraus, no primeiro lance, e seis
degraus, no segundo lance da escada, conforme mostra a figura abaixo.

Sabendo-se que cada degrau possui 30 cm de profundidade, o comprimento, em cm, da haste me-
tálica AB, utilizada para dar sustentação à escada, é
a) 380.
b) 400.
c) 500.
d) 230.
e) 150.

Assunto: Porcentagem e áreas de figuras planas


Aulas: 13 e 14; 19 a 22
Competências: 2, 3, 5 e 6
Habilidades: 6, 7, 8, 9, 14, 21, 23 e 25

8. Certa imobiliária da cidade de Corumbá-MS sorteia um terreno retangular ABCD de 20 m2. Paulo,
o vencedor do sorteio, após receber o prêmio, planeja construir um deque e um lago, ambos de
superfícies retangulares de mesma largura, com as medidas indicadas na figura abaixo.

O projeto de construção elaborado por Paulo ainda prevê o plantio de grama na área restante, que
corresponde a 48% do terreno. No projeto descrito, a área da superfície do lago, em m2, será igual a
a) 4,3.
b) 4,2.
c) 3,5.
d) 4,0.
e) 3,7.

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Assunto: Combinação simples
Aulas: 35 e 36
Competência: 1
Habilidades: 2 e 3

9. Em uma reunião de planejamento estratégico da diretoria de uma empresa de desenvolvimento


de software, estavam presentes n pessoas, com n > 3. Pelo menos uma pessoa da sala não trocou
aperto de mãos com todos os presentes na sala, e os demais presentes trocaram apertos de mãos
entre si e um único aperto por dupla de pessoas. Nessas condições, o número máximo de apertos
de mãos trocados pelas n pessoas é igual a
a) (n – 1)

b) ​ n________
– n ​+ 2 
2

2
n(n – 1)
c) ​  _______
 ​  

2
d) ​ n_________
– 3n ​+ 2 
2

2
e) ​ n________
– n ​– 2 
2

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Assunto: Combinação simples
Aulas: 35 e 36
Competência: 1
Habilidades: 2 e 3

10. No laboratório de uma universidade, um aluno de doutorado em Química tem à sua disposição oito
substâncias diferentes. O seu trabalho de pesquisa consiste em misturar quantidades iguais de
duas dessas substâncias e observar o produto obtido.
O seu orientador, entretanto, o adverte que as substâncias S1, S2 e S3 não devem ser misturadas
entre si, pois produzem um composto explosivo. Assim, o número possível de misturas diferentes
que se pode obter, sem produzir um composto explosivo, é
a) 12.
b) 24.
c) 25.
d) 27.
e) 48.

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MATEMÁTICA - Enem (Parte 2)
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MATEMÁTICA

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