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MANUAL DO INTERNO EXEMPLAR

OS 5 PASSOS PARA SE PORTAR


CORRETAMENTE EM UM CENTRO
CIRÚRGICO DE SUA FACULDADE
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................... 4

PRIMEIROS PASSOS .................................................................... 5

DIVISÃO DO CENTRO .................................................................. 6

LAVAGEM CIRÚRGICAS DAS MÃOS ........................................ 8

PARAMENTAÇÃO ........................................................................10

ARRUMAÇÃO DA MESA CIRÚRGICA ......................................13

ARRUMAÇÃO DOS CAMPOS E DISPOSIÇÃO DA EQUIPE . 15

PRÓXIMO PASSO IDEAL ............................................................ 19


INTRODUÇÃO

Para alguns um momento de desespero, para outros


o melhor momento do plantão. Calma! Não precisa se
assustar... entrar em um centro cirúrgico é bem mais
simples do que se imagina, porém devemos sempre
estar preparados e com um passo a passo esquemati-
zado em nossa cabeça.

Vai acompanhar algum procedimento ou é interno e


foi escalado para aquela cirurgia? Fique tranquilo! Confira
agora as principais habilidades que precisamos sempre
ter em mente antes de entrar em um centro cirúrgico.

4 MANUAL DO INTERNO
PRIMEIROS PASSOS

Para facilitar a nossa dinâmica do passo a passo, divi-


diremos em 5 etapas de preparação.

1 Divisão do Centro Cirúrgico


2 Lavagem Cirúrgicas das Mãos
3 Paramentação
4 Arrumação da Mesa Cirúrgica
5 Arrumação dos campos e
disposição da equipe

Pegue seu pijama e sua touca, coloque sua máscara,


respire fundo e vamos ao que interessa!

5 MANUAL DO INTERNO
DIVISÃO DO CENTRO
CIRÚRGICO

O centro cirúrgico é um ambiente hospitalar divi-


dido em 3 zonas: a zona de proteção, a zona limpa e a
zona estéril.
Cada zona específica exige que o profissional esteja
portando um determinado tipo de vestimenta.

O mais importante neste momento é compreen-


dermos os conceitos de assepsia e antissepsia para
circular da maneira que você não se contamine e nem
contamine o que for tocar a depender da zona em que
esteja inserido.
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Vai trafegar da zona de proteção para a zona
limpa? Troque suas vestimentas habituais por:
pijama cirúrgico, propé, gorro e touca.
Quer observar algum procedimento e vai cir-
cular para a zona estéril? Coloque além do que
já estava paramentado(a), a máscara cirúrgica.

7 MANUAL DO INTERNO
Lavagem cirúrgica das mãos

Chegou o momento de adentrar a zona estéril? Aqui


teremos dois caminhos: ou você irá observar o que irá
acontecer (certifique-se de colocar a máscara cirúr-
gica, que já comentamos logo acima), ou irá fazer parte
daquele procedimento, seja instrumentando, sendo
o cirurgião ou o auxiliar. Nesta segunda escolha você
precisa ter a noção de alguns conceitos importantes
para introduzir a lavagem cirúrgica de suas mãos.

Resumidamente: a assepsia é um conjunto de medi-


das utilizadas para impedir a penetração de agentes
infecciosos em locais que não os contém (ambiente
asséptico) e a antissepsia é um conjunto de medidas
utilizadas para inibir a colonização por microrganismos
patogênicos, por um determinado período de tempo,
podendo ou não os destruir.

8 MANUAL DO INTERNO
Tendo isso em mente, iremos realizar primeiramente
a assepsia e antissepsia das mãos para, posteriormente,
ao adentrar os centros cirúrgicos, devidamente para-
mentados, prepararmos um ambiente antisséptico para
a adequada realização do procedimento. Entendido?

LAVAGEM CIRÚRGICA
DESINQUINAÇÃO
Lavagem sem ordem, apenas com água e sabão.

ANTISSEPSIA CIRÚRGICA:
Princípios Básicos

Remova todos os acessórios antes da desin-


quinação.
Ensaboar as mãos e antebraços com a parte
esponjosa do sabão.
Com as cerdas da escova alterne a mão em casa
passo da lavagem, seguindo a seguinte ordem:
unhas, palmas, dorso da mão, interdigitais e, por
fim, o antebraço.
Enxaguar as mãos e antebraços sem tocar na pia
ou torneira, removendo a espuma por completo.

Tranquilo até agora? Entendido isso, após estar


com as mãos limpas, direcione para a zona estéril
onde iremos seguir para o próximo passo!

9 MANUAL DO INTERNO
PARAMENTAÇÃO

Ao adentrar à sala de cirurgia a equipe te fornecerá


o LAP cirúrgico: pacote que conterá as suas vestimen-
tas, os campos estéreis e a compressa para enxugar as
mãos.
Lembra que você saiu da zona limpa com as mãos
molhadas? É dentro do LAP que você pegará a com-
pressa para se enxugar!

10 MANUAL DO INTERNO
Feito isso, siga para o processo de paramentação ade-
quada: calce as luvas cirúrgicas e coloque o seu avental.

Tudo pronto e já falta pouco para a realização do pro-


cedimento. Mas antes é necessário realizar o preparo
pré-operatório do paciente que poderá ser realizado
pelo auxiliar que esteja circulando pela zona estéril.

Banho: Deverá ser tomado de véspera, visto


que, quando tomado no mesmo dia do proce-
dimento, há predisposição à descamação da
pele e difusão de germes, aumentando assim
o risco de contaminação.

11 MANUAL DO INTERNO
Vestimentas: O paciente deverá estar vestido
com uma camisola, roupa íntima descartável,
touca/ gorro e propés.
Tricotomia: A tricotomia não reduz o risco de
infecção, no entanto, ela é utilizada com o prin-
cipal objetivo de prevenir a entrada de pelos
dentro da ferida.
Degermação: A degermação é geralmente
realizada pelo auxiliar. O profissional deverá
estar vestindo pijamas, touca/gorro, propés e
máscara. Então, se você for apenas observar o
procedimento e têm estes conceitos em mente,
poderá degermar o local e ajudar no processo.

12 MANUAL DO INTERNO
ARRUMAÇÃO DA MESA
CIRÚRGICA

ATENÇÃO! Note, enquanto um auxiliar está arru-


mando os campos estéreis sobre o paciente, outro estará
arrumando a mesa cirúrgica que deverá ser disposta da
seguinte maneira:

IMPORTANTE!
A arrumação da mesa cirúrgica pode variar dentre
alguns diversos tipos de especialidades. Em cirurgias
obstétricas, por exemplo, a disposição da mesa cirúr-
gica é menor, e um pouco diferente da convencional.

13 MANUAL DO INTERNO
Entretanto, neste eBook não vem ao caso nos apro-
fundarmos nessas exceções e sim dominar a forma
clássica de estruturação da mesa cirúrgica, ok?!

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ARRUMAÇÃO/ FIXAÇÃO
DOS CAMPOS ESTÉREIS E
DISPOSIÇÃO DA EQUIPE
CIRÚGICA

Como foi dito anteriormente, o LAP cirúrgico, além


do avental, também contém os campos estéreis. Após
estar devidamente paramentado e após a degermação
de todo o local da realização do procedimento, pelo
auxiliar, você poderá ser designado para a colocação
destes campos.

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Figura 10. Disposição dos campos restante sobre o paciente, obedecendo a
seguinte ordem: 1º podálico, 2º cefálico, 3º lateral esquerdo e 4º direito.

Após a devida colocação dos campos estéreis deve-


remos fixá-los com as pinças hemostáticas pequenas
(você aprendeu logo acima dentre os materiais espe-
ciais onde ela estará localizada na mesa cirúrgica).

1º Cada auxiliar se posicionará nas regiões ao lado do


paciente.
2º O auxiliar A, utilizando uma pinça traumática, deve
pinçar a interseção entre os campos ipsilateralmente a
ele. O auxiliar B, localizado contralateralmente, eleva a
aba que estava rebatida, permitindo a visualização da
região inferior para que o auxiliar A “abrace” a região
pinçada com a Backhaus, com sua curvatura voltada
para baixo, fixando adequadamente o local.

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Figura 11. Pinçamento da intersecção entre os campos e fixação com Backhaus.

Depois de tudo feito, posicionado e bem estruturado


iremos finalmente poder realizar o procedimento cirúr-
gico, porém, com o devido posicionamento da equipe
(que pode estar disposta de duas maneiras):
Cirurgia Supra Mesocólica: O cirurgião fica à direita do
paciente, para utilizar a sua mão dominante para explo-
rar estruturas localizadas no andar superior do abdome.
Cirurgia Infra Mesocólica: O cirurgião fica à esquerda
do paciente, para utilizar a sua mão dominante para explo-
rar estruturas localizadas no andar inferior do abdome.

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REFERÊNCIAS

Figuras 1, 4, 5, 9, 10 e 11:
Fotos fornecidas pela Monitoria de Técnica Operató-
ria e Cirurgia Experimental 1 (TOCE 1) da Escola Bahiana
de Medicina e Saúde Pública (EBMSP).

Figura 8: Foto fornecida pelo Instituto de Perinato-


logia da Bahia (IPERBA).

18 MANUAL DO INTERNO
PRÓXIMOS PASSOS

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