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FUMDAMENTOS DE

ENFERMAGEM II
ENF. ALLAIN LIBONATI
A Enfermagem é uma das profissões mais bonitas. Os
profissionais da área têm como função cuidar dos
pacientes em seus momentos mais vulneráveis, prestando
apoio emocional, auxiliando o restante da equipe na
manutenção dos tratamentos e, claro, trabalhando com
a gestão das equipes nos ambientes da saúde.
QUAIS SÃO OS FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM?
✔ Integridade
✔ Imparcialidade
✔ Confidencialidade
✔ Empatia
✔ Autonomia
✔ Idoneidade
✔ Gestão
✔ Organização
✔ Inteligência emocional
✔ O que isso significa na prática?
✔ Como os fundamentos são aplicados no dia a dia de trabalho?
✔ Como se capacitar para ter domínio sobre todos eles?
1. Integridade
O conceito de integridade se refere àquilo que é íntegro. Sendo assim, o profissional da
Enfermagem deve trabalhar sempre com plenitude, dando o máximo de si e não se
corrompendo sob nenhuma hipótese. Os juramentos feitos ao término da sua graduação
devem ser mantidos!
2. Imparcialidade
Ao atender um paciente, não importa quem ele é. Sendo assim, o princípio da
imparcialidade é válido para todos, inclusive para aquelas pessoas que seguem um estilo
de vida diferente dos nossos ou que realizam atos passíveis de julgamento na justiça. O
enfermeiro não é um juiz. Lembre-se disso!
3. Confidencialidade
Assim como em outras profissões da área da saúde, é importante ressaltar que o que é dito
ao enfermeiro permanece com o enfermeiro. A confidencialidade das informações
passadas pelo paciente não deve ser violada em nenhum momento. Fique sempre de olho
e não se deixe levar por situações que possam tentá-lo a quebrar esse combinado.
4. Empatia
Ter empatia também é um dos fundamentos da Enfermagem. Afinal, sem ela, o enfermeiro
não consegue se colocar no lugar dos seus pacientes e pode desenvolver um atendimento
menos humanizado, que vai contra as principais tendências do setor em todo o mundo. Ser
enfermeiro também é sentir!
5. Autonomia
O princípio da autonomia também deve ser trabalhado, pois é outro fundamento da
Enfermagem. O enfermeiro e técnico de enfermagem é um profissional com atribuições
bem definidas pela Lei nº 7498, de 1986. Dentro dessas funções, ele tem autonomia para
realizá-las de acordo com as necessidades, tomando decisões em benefício dos pacientes e
de suas equipes.
6. Idoneidade
Agir com precisão e de forma confiável também é outro fundamento dessa profissão. O
enfermeiro deve atuar de acordo com a sua regulamentação (vista acima) e com os
juramentos feitos na obtenção do seu diploma.
7. Gestão
Outro dos fundamentos da Enfermagem diz respeito à gestão. Essa é uma das áreas
mais importantes dessa profissão, pois garante que a organização das equipes seja o
mais eficiente possível e permite, assim, que ambientes como os hospitais funcionem
da maneira correta.

8. Organização
Organização é outra das palavras-chave envolvidas em todo esse
processo! É importante também aprender como administrar e delegar
tarefas, melhorando consideravelmente a vida dos pacientes que estão
sob os cuidados da sua equipe.
9. Inteligência emocional
Por fim, é extremamente importante que a equipe de
enfermagem desenvolva uma boa dose de inteligência
emocional. Esse é um dos fundamentos da Enfermagem, pois
permite não só que os desafios do cotidiano sejam enfrentados
com uma graça maior, mas também que o profissional não
adoeça por conta de problemas como a Síndrome de Burnout e
a Fadiga por Compaixão.
O QUE ISSO SIGNIFICA NA PRÁTICA?
Na prática, os fundamentos da Enfermagem permitem que o
profissional realize as suas atribuições de maneira plena, ou seja,
completa. As competências mencionadas acima são essenciais
para o dia a dia profissional de Enfermagem.
Com elas, você poderá prestar um atendimento cinco estrelas para
o seu paciente, além de cuidar melhor de si mesmo e estar
sempre apto a oferecer o melhor em seu emprego.
Os fundamentos acima mencionados são importantes para que a equipe de
enfermagem possa trabalhar plenamente. Mas como eles são aplicados no dia a dia
de trabalho?
A verdade é que todos esses pilares serão postos à prova o tempo inteiro durante o
trabalho de um enfermeiro. Seja no contato diário com os pacientes, no modo de
lidar com as perdas em sua vida pessoal ou até mesmo na gestão das equipes nos
ambientes hospitalares e ambulatoriais, eles serão requisitados e trabalhados no
cotidiano.
Para “cuidar” em Enfermagem, entende-se, que é preciso, antes de tudo, se
apropriar do humano e despertar a humanidade no outro; é preciso ainda olhar e ver,
tocar e sentir, ouvir e escutar, perceber e compreender situações que muitas vezes
estão veladas para a razão. O cuidar do ser, o cuidado da pessoa que se encontra em
situação de doença, ou, vulnerável a ela, revela originalmente o sentido da própria
existência da enfermagem.
Sondagem gástrica e os cuidados de Enfermagem
Sondagem Gástrica : É a introdução de uma sonda ou cateter através do nariz ou da boca até o est ô mago.
A Sonda ou Cateter: trata-...
Sondagem Gástrica: É a introdução de uma sonda ou cateter através do nariz ou da boca até o estômago.
A Sonda ou Cateter: trata-se de um tubo de polivinil que quando prescrito, deve ser tecnicamente
introduzido desde as narinas até o estômago. Sua finalidade está associada à maneira com ficará
instalada no paciente.
Tipos de sondas:
Naso entérica (SNE)
Sonda Naso Gástrica (SNG)
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES DA SONDAGEM NASOGÁSTRICA?

Alimentação: A sonda nasogástrica é frequentemente utilizada para fornecer


nutrição e hidratação aos pacientes que não conseguem se alimentar
adequadamente pela boca. Isso pode ocorrer em casos de doenças que afetam a
capacidade de deglutição, trauma facial, cirurgias que envolvem a região da boca e
garganta, entre outras condições.

Remoção de secreções gástricas: A sondagem nasogástrica também pode ser


empregada para retirar secreções acumuladas no estômago. Isso é especialmente
útil em situações em que o paciente está com dificuldade de eliminá-las
naturalmente, seja devido a problemas de mobilidade, fraqueza ou outras
complicações de saúde.
Remoção de doses excessivas de medicamentos ou venenos: Em casos de overdose de
medicamentos ou ingestão acidental de substâncias tóxicas, a sondagem nasogástrica
pode ser realizada para retirar essas substâncias do estômago antes que elas sejam
completamente absorvidas pelo organismo. Isso contribui para reduzir os efeitos
adversos e minimizar os danos causados.

Esvaziamento gástrico pré-cirúrgico: Antes de realizar certos tipos de cirurgias, é


necessário esvaziar o estômago do paciente para prevenir complicações durante o
procedimento. A sondagem nasogástrica é uma técnica utilizada nesses casos para
garantir que o estômago esteja vazio e minimizar o risco de aspiração de conteúdo
gástrico durante a cirurgia.
Administração de medicamentos: Além de remover medicamentos em casos de
overdose, a sonda nasogástrica também pode ser usada para administrar
medicamentos diretamente no estômago. Isso pode ser necessário quando o
paciente não consegue ingerir medicamentos por via oral ou quando é necessário
garantir uma absorção mais rápida e eficaz.
É importante ressaltar que a sondagem nasogástrica é um procedimento invasivo e
deve ser realizado por profissionais de saúde treinados, seguindo diretrizes
específicas e utilizando materiais estéreis.
O objetivo principal é garantir o bem-estar do paciente, fornecendo suporte
nutricional, removendo secreções indesejadas ou auxiliando no tratamento de
emergências médicas.
QUAIS SÃO OS MATERIAIS NECESSÁRIOS NA SONDAGEM
NASOGÁSTRICA?

Sonda nasogástrica em calibre adequado: É fundamental utilizar uma sonda de


tamanho apropriado para o paciente, levando em consideração fatores como idade,
anatomia nasal e objetivo da sondagem.
Frasco coletor: Um frasco coletor é utilizado para recolher as secreções gástricas ou o
conteúdo retirado do estômago durante o procedimento.
Seringa de 20 ml: A seringa de 20 ml é necessária para a aspiração de conteúdo
gástrico, bem como para a introdução de ar na sonda para verificar o posicionamento
correto.
Pacote de gaze: A gaze estéril é utilizada para a limpeza da região nasal antes da
inserção da sonda e para auxiliar na fixação da mesma posteriormente.
Toalha de rosto: A toalha de rosto é utilizada para proteger o paciente durante o
procedimento e garantir a assepsia adequada.
Lubrificante: O lubrificante é aplicado na ponta da sonda antes de sua inserção, a fim de
facilitar o processo e minimizar o desconforto para o paciente.
Micropore para fixação: O micropore é utilizado para fixar a sonda na região nasal após
sua inserção, garantindo que ela permaneça no lugar adequado.
Estetoscópio: O estetoscópio é utilizado para auscultar o epigástrio, a região abdominal
onde o estômago se encontra, a fim de verificar o posicionamento correto da sonda.
Tesoura: A tesoura é utilizada para cortar o esparadrapo ou o micropore no tamanho
adequado durante o processo de fixação da sonda.
Esses materiais são essenciais para garantir a realização segura e eficaz da sondagem
nasogástrica. É importante que sejam estéreis, devidamente preparados e
disponibilizados de acordo com as normas de higiene e segurança.
Sonda Vesical de Folley (SVF), ou também conhecida como Sonda Vesical de
Demora (SVD).
Estas são utilizadas em paciente com dificuldades para urinar ou em procedimentos
cirúrgicos de grande porte, são utilizadas para o alivio de dor ao urinar e também
instaladas para procedimentos de gastrectomia, sendo instalada no estomago do
paciente onde requer cuidados para não obstrução da mesma.
SONDA VESICAL DE DEMORA OU DE ALÍVIO: PARA
QUE SERVEM E DIFERENÇAS
A sonda vesical é um tubo fino e flexível que é inserido desde a uretra
até à bexiga, para permitir a saída de urina para um saco coletor. Este
tipo de sonda é geralmente utilizado em que não conseguem controlar
o ato de urinar, devido a obstruções como hipertrofia da próstata,
dilatação uretral ou mesmo em casos em que se pretende realizar
exames em urina estéril ou preparar a pessoa para uma cirurgia, por
exemplo.
QUANDO ESTÁ INDICADO COLOCAR SONDA

Alívio da retenção urinária aguda ou crônica;


Controle da produção de urina pelo rim;
Insuficiência renal pós-renal, por obstrução infra-vesical;
Perda de sangue pela urina;
Recolha de urina estéril para exames;
Medição do volume residual;
Controle de incontinência urinária;
Dilatação ureteral;
Avaliação da dinâmica do aparelho urinário inferior;
Esvaziamento da bexiga antes, durante e após cirurgias e exames;
COMO É COLOCADA A SONDA VESICAL?
O procedimento para colocar a sonda vesical deve ser realizado por um profissional de
saúde e normalmente segue os seguintes passos:
✔ Reunir todo o material necessário;

✔ Colocar luvas e lavar a região íntima da pessoa;

✔ Lavar as mãos;

✔ Abrir o pacote de cateterismo junto à pessoa, de forma estéril;

✔ Abrir o pacote da sonda e colocar junto à cuba, sem contaminar;


✔ Colocar o lubrificante sobre uma das gazes do pacote;
✔ Pedir para que a pessoa fique de barriga para cima, com as pernas abertas para o sexo
feminino e as pernas juntas, para o sexo masculino;
✔ Calçar as luvas esterilizadas do pacote de cateterismo;
✔ Lubrificar a ponta da sonda;
✔ Para o sexo feminino, fazer a anti-sepsia com a pinça montada, separando os
pequenos lábios com o polegar e o indicador, passar uma gaze molhada de anti-
séptico entre os grandes e pequenos lábios e sobre o meato urinário;
✔ Para o sexo masculino, fazer anti-sepsia na glande com a pinça montada com gaze
umedecida no anti-séptico, afastando com o polegar e o indicador da mão esquerda o
prepúcio que cobre a glande e no meato urinário;
✔ Pegar a sonda com a mão que não entrou em contato com a região íntima e
introduzir na uretra, e deixar a outra extremidade dentro da cuba, verificando a
saída da urina;
✔ Inflar o balão da sonda com 10 a 20 mL de água destilada.
✔ No fim do procedimento a sonda é fixada à pele com ajuda de um adesivo, que
nos homens é colocado na região supra púbica e nas mulheres é aplicado na face
interna da coxa.
Possíveis riscos do uso da sonda
O cateterismo vesical só deve ser realizado se for mesmo necessário, porque
apresenta um elevado risco de infecção do trato urinário, especialmente quando a
sonda não é corretamente cuidada.
Além disso, outros riscos incluem hemorragia, formação de cálculos na bexiga e vários
tipos de lesões no aparelho urinário, principalmente devido a aplicação de força
excessiva na utilização da sonda.
COMO CUIDAR DA SONDA VESICAL
Os principais passos para se cuidar de alguém que está usando
uma sonda vesical, são manter a sonda e o saco coletor limpos
e verificar sempre se a sonda está funcionando corretamente.
Além disso, também é importante trocar a sonda vesical de
acordo com o material e as orientações do fabricante.
Normalmente, a sonda vesical é inserida na uretra para tratar
retenção urinária, em casos de hipertrofia benigna da
próstata ou em pós-operatórios de cirurgias urológicas e
ginecológicas, por exemplo.
COMO MANTER A SONDA E O SACO COLETOR LIMPOS
Para acelerar a recuperação e impedir o aparecimento de uma infecção é
muito importante manter sempre a sonda e o saco coletor bem limpos,
assim como os órgãos genitais, para evitar uma infecção urinária, por
exemplo.
Além destes cuidados é importante secar bem o saco coletor e a sonda depois do
banho. Porém, caso o saco coletor se separe da sonda no banho ou em outro
momento, é importante jogá-lo no lixo e substituí-lo por um saco coletor novo e
esterilizado. A ponta da sonda também deve ser desinfectada com álcool a 70º.

Quando trocar a sonda vesical


Na maior parte dos casos, a sonda vesical é feita de silicone e, por isso, deve ser
trocada a cada 3 meses. No entanto, caso se tenha uma sonda de outro tipo de
material, como látex, pode ser necessário trocar a sonda com maior frequência, a
cada 10 dias, por exemplo.

A troca deve ser feita no hospital por um profissional de saúde e, por isso, geralmente
já se encontra agendada.
Sinais de alerta para ir ao hospital
Alguns sinais que indicam que se deve ir imediatamente ao hospital ou pronto socorro,
para trocar a sonda e fazer exames, são:

A sonda estar fora do lugar;

Presença de sangue dentro do saco coletor;

Urina vazando por fora da sonda;

Diminuição da quantidade de urina;

Febre acima de 38º C e calafrios;

Dor na bexiga ou na barriga.


Cateter venoso central (CVC)
O QUE É?
O cateterismo venoso central, também conhecido como CVC, é um procedimento
médico realizado para facilitar o tratamento de alguns pacientes, especialmente em
situações como necessidade de infusão de grandes volumes de líquidos na circulação
sanguínea, uso do acesso venoso por longos períodos, para uma melhor
monitorização hemodinâmica, assim como para a infusão de sangue ou nutrição
parenteral, por exemplo, sendo necessário um acesso mais seguro aos vasos
sanguíneos.
O cateter venoso central tem um comprimento e uma largura maior do
que os cateteres periféricos comuns usados nas veias de locais como o
braço, e são desenvolvidos para serem introduzidos em grandes veias do
corpo, como a subclávia, localizada no tórax, a jugular, localizada no
pescoço, ou a femoral, localizada na região inguinal.

Geralmente, este procedimento costuma ser indicado em ambientes de


terapia intensiva (UTI) ou em situações de emergência, e deve ser feito
pelo médico, seguindo uma técnica que necessita de material cirúrgico e
equipamentos estéreis. Após ser colocado, é necessário ter cuidados de
enfermagem para observar e prevenir complicações como infecções ou
sangramentos.
Para que serve
❖ As principais indicações para o acesso venoso central incluem:
✔ Facilitar a manutenção de um acesso venoso por longos períodos,
evitando a realização de múltiplas punções;
✔ Infundir grandes quantidades de líquidos ou medicamentos, que não
são suportados pelos acessos venosos periféricos comuns;
✔ Administrar medicamentos que podem provocar irritação quando ocorre
extravasamento a partir de um acesso venoso periférico, como vasopressores ou
soluções hipertônicas de bicarbonato de sódio e cálcio;
✔ Permitir uma monitorização hemodinâmica, como a medida da pressão venosa
central e coleta de amostras de sangue;
✔ Fazer hemodiálise, em situações de urgência ou quando ainda não se instalou a
fístula arteriovenosa.
Realizar transfusão de sangue ou de hemocomponentes;
Facilitar o tratamento de quimioterapia;
Permitir uma nutrição parenteral, quando não é possível a alimentação
através do trato gastrointestinal.

Lúmens de cateter venoso central


O cateter venoso central é constituído pelo cateter do qual podem sair 1 a
3 sondas chamadas lúmens, cada uma delas contendo uma pinça e, abaixo
dela, existe um conector, podendo ser:
Proximal, para amostragem, administração de analgésicos ou transfusões;
Médio, apenas para uso em nutrição parenteral;
Distal, para medir a pressão venosa central, administrar drogas em altos
fluxos e para transfusões.
É importante que o profissional de saúde responsável pela
manipulação do cateter venoso central tenha os cuidados de higiene
adequados devido ao alto riso de colonização bacteriana nos lúmens
do cateter, o que poderia provocar infecção e colocar em risco a vida
da pessoa.

Tipos de acesso venoso central;


O cateterismo venoso central pode ser realizado de 3 formas, de
acordo com a veia escolhida para ser puncionada:
Veia subclávia;
Veia jugular interna;
Veia femoral.
CVC TRIPLO LUMEM
CVC DUPLO LUMEM
CUIDADOS GERAIS COM O CATETER CENTRAL!
Normalmente, o cateter venoso central é utilizado apenas em meio
hospitalar, já que precisa ser cuidado corretamente, para evitar a entrada
de micro-organismos no copro, que possam causar um infecção grave e
colocar a vida em risco.

Assim, o CVC geralmente é cuidado pelo enfermeiro, que deve ter


cuidados genéricos como:
Fazer o flush do cateter com soro fisiológico, para evitar que fique
entupido com coágulos, por exemplo;

Trocar o curativo externo, principalmente se tiver algum tipo de


secreção;

❖ Durante qualquer cuidado ao cateter venoso central, é importante


sempre lavar as mãos antes e utilizar uma técnica estéril, ou seja, deve-
se manipular o CVC utilizado-se um campo estéril, assim como luvas
esterilizadas, mesmo que seja apenas para administrar algum tipo de
medicação.
NUTRIÇÃO PARENTERAL
A nutrição parenteral (NP), é um método de alimentação que é
realizado por via intravenosa, em que os nutrientes, ou parte deles, são
administradas diretamente na corrente sanguínea.

Esse tipo de alimentação serve para fornecer parte ou todas as


necessidades calóricas de uma pessoa, sendo indicada quando a pessoa
precisa manter o trato gastrointestinal em repouso, ou quando é
necessário complementar a via oral ou a nutrição enteral.

A nutrição parenteral não é fisiológica, pois não existe nem na fase


cerebral e nem na fase intestinal da digestão, sendo administrada
diretamente na veia uma fórmula que contém carboidratos, lipídeos,
proteínas, vitaminas e oligoelementos.
COMO ADMINISTRAR A NUTRIÇÃO PARENTERAL
Na maior parte das vezes, a nutrição parenteral é feita pela equipe de enfermagem no
hospital, no entanto, quando é preciso fazer a administração em casa é importante que
primeiro se avalie a bolsa da alimentação, garantindo que está dentro do prazo de
validade, que a bolsa se mantém intacta e que mantém as características normais.
Depois, no caso de administração por um cateter periférico, deve-se seguir o passo-a-
passo;
❖ Lavar as mãos com água e sabão;
❖ Parar qualquer infusão de soro ou medicamento que esteja sendo administrada pelo
cateter;
❖ Desinfectar a conexão do sistema de soro, utilizando uma compressa esterilizada
com álcool;
❖ Retirar o sistema de soro que estava no local;
❖ Injetar lentamente 20 mL de soro fisiológico;
❖ Conectar o sistema da nutrição parenteral.
A classificação da nutrição parenteral de acordo com a via de
administração é:
Nutrição parenteral central (NPC): é um tipo de nutrição parenteral que
permite a administração de solução de alimentação através de um cateter
colocado diretamente em uma veia de tamanho grande, como a veia cava. A
NPC pode ser utilizada por um período superior a 7 dias.

Nutrição parenteral periférica (NPP): nesse tipo de nutrição parenteral, as


soluções de alimentação são administradas através de um cateter
colocado em uma veia pequena da mão e do braço, por exemplo, sendo
indicada quando a pessoa precisa uma alimentação parenteral por até 7 a
10 dias ou quando não é possível realizar a NPC.
Possíveis complicações;
As complicações que podem surgir com a nutrição parenteral
são muito variadas e, por isso, é sempre importante seguir
todas as orientações feitas pelo médico e outros profissionais
de saúde.

De acordo com seus componentes;


A nutrição parenteral também pode ser classificada de acordo
com os seus componentes em:
Nutrição parenteral parcial (NPP): são administrados apenas alguns tipos de
nutrientes por via intravenosa, sendo utilizada como complemento, ou seja,
quando a pessoa, por algum motivo, não consegue cumprir todos os requisitos
nutricionais através da via oral ou da nutrição enteral;

Nutrição parenteral total (NPT): são administrados por via intravenosa


todos os tipos de nutrientes, como carboidratos, proteínas, gorduras,
vitaminas e minerais.

Na nutrição parenteral, de forma geral, é administrada diversas soluções


que possuem concentrações diferentes dependendo das necessidades
nutricionais da pessoa (Neste caso sendo formula manipulada).
Possíveis complicações
As complicações que podem surgir com a nutrição parenteral são
muito variadas e, por isso, é sempre importante seguir todas as
orientações feitas pelo médico e outros profissionais de saúde.

Os principais tipos de complicações podem ser agrupados de


acordo com a duração da NP.
Dieta enteral
A dieta enteral, também conhecida como nutrição enteral, é um tipo de alimentação
que permite administrar todos os nutrientes, ou parte deles, através do sistema
digestivo quando a pessoa não pode consumir uma dieta normal, seja porque é
necessário ingerir mais calorias, porque não é possível fazer alimentação por via oral,
ou porque é necessário deixar o sistema digestivo de repouso.
Este tipo de nutrição é administrada através de um tubo, conhecido como sonda de
alimentação, que normalmente é colocada desde o nariz, ou da boca, até ao
estômago, ou até ao intestino. Seu comprimento e local onde é inserida varia de
acordo com a doença de base, o estado geral de saúde da pessoa, a duração estimada
e o objetivo que se pretende atingir.
Outra forma menos comum de administrar a dieta enteral é através de uma
gastrostomia, na qual o tubo é colocado diretamente desde a pele até ao estômago,
sendo indicado quando este tipo de alimentação precisa ser feita por mais de 4
semanas, como acontece em casos de pessoas com Alzheimer avançado.
PARA QUE SERVE?
A dieta enteral é usada quando é necessário administrar mais calorias e estas
não conseguem ser supridas pela dieta habitual, ou quando alguma doença
não permite o consumo das calorias por via oral. No entanto o intestino
precisa estar funcionando corretamente.
Algumas situações onde a nutrição enteral pode ser administrada
são:
Prematuros com menos de 24 semanas;
Síndrome de dificuldade respiratória;
Malformações do trato gastrointestinal;
Traumatismo na cabeça;
Síndrome do intestino curto;
Pancreatite aguda em fase de recuperação;
Diarreia crônica e doença inflamatória intestinal;
Queimaduras ou esofagite cáustica;
Síndrome da mal-absorção;
Desnutrição grave;
Transtornos alimentares, como anorexia nervosa
Nasogástrica É um tubo introduzido através do nariz até ao estômago. É a via
mais utilizada por ser a mais fácil de colocar. Pode causar irritação nasal, do
esôfago ou da traqueia; pode movimentar-se ao tossir ou vomitar e pode causar
náuseas.
Orogástrica e oroentérica É colocada desde a boca até ao estômago ou intestino.
Não obstrui o nariz, sendo a mais utilizada em recém-nascidos. Pode levar a
aumento da produção de saliva.
Nasoentérica É uma sonda colocada desde o nariz até ao intestino, que pode ser
colocada até ao duodeno ou jejuno. É mais fácil de movimentar; é melhor tolerada;
diminui a possibilidade de que a sonda fique obstruída e provoca menos distensão
gástrica. Diminui a ação dos sucos gástricos; apresenta risco de perfuração
intestinal; limita a seleção das fórmulas e dos esquemas de alimentação.
Gastrostomia É um tubo que é colocado diretamente sobre a pele até ao estômago.
Não obstrui a via aérea; permite o uso de sondas com maior diâmetro e é mais fácil
de manipular. Precisa ser colocada por cirurgia; pode causar aumento do refluxo;
pode provocar infecção e irritação da pele; apresenta risco de perfuração abdominal.
Duodenostomia e jejunostomia A sonda é colocada diretamente desde a pele até ao
duodeno ou jejuno. Diminui o risco de aspiração dos sucos gástricos para o pulmão;
permite uma alimentação no pós operatório de cirurgias gástricas. Mais difícil de
colocar, necessitando de cirurgia; apresenta risco de obstrução ou ruptura da sonda;
pode causar diarreia; precisa de uma bomba infusora.

❑ Este tipo de alimentação pode ser administrada com uma seringa, sendo conhecida
como bolus, ou através da força da gravidade ou de uma bomba infusora.

❑ O ideal é que a alimentação enteral seja administrada pelo menos a intervalos de 3 - 4


horas, mas existem casos em que a alimentação pode ser feita de forma continua, com a
ajuda de uma bomba de infusão. Este tipo de bombas imitam os movimentos intestinais,
fazendo como que a alimentação seja melhor tolerada, especialmente quando a sonda
está inserida no intestino.
A alimentação e a quantidade a administrar vai depender de alguns
fatores, como a idade, o estado nutricional, as necessidades, a doença e
a capacidade funcional do sistema digestivo. No entanto, o normal é que
se inicie a alimentação com um volume baixo de 20 mL por hora, que vai
aumentando gradualmente.

▪ Possíveis complicações;
Durante a dieta enteral podem surgir algumas complicações, desde
problemas mecânicos, como obstrução da sonda, até infecções, como
pneumonia de aspiração, ou ainda rutura gástrica, por exemplo.
Também podem surgir complicações metabólicas ou desidratação, déficit de
vitaminas e minerais, aumento do açúcar no sangue ou desequilíbrio de
eletrólitos. Além disso, também podem acontecer casos de diarreia, prisão
de ventre, distensão abdominal, refluxo, náuseas ou vômitos.

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