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SOS

ESTÁGIO DE
ENFERMAGEM

GUIA DE BOLSO PARA TE


SALVAR DURANTE O ESTÁGIO

ENF. ESTEPHANY DE AMORIM


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................1
O QUE LEVAR PARA O ESTÁGIO ............................2
— MATERIAIS DE BOLSO .........................................2
— KIT DE ENFERMAGEM ............................................2
LAVAGEM DAS MÃOS ............................................3
ANAMNESE .........................................................4
EXAME FÍSICO ......................................................5
— POSICIONAMENTO DO PACIENTE ...............................5
—INSPEÇÃO ............................................................6
—AUSCULTA .....................................................7,8
—PALPAÇÃO ..........................................................9
—PERCUSSÃO .................................................10,11
—DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM ........................12
—REGISTROS DIÁRIOS ..................…....................12
TIPOS DE LEITOS ..............................................13
—CAMA ABERTA ...................................................13
—CAMA FECHADA .................................................13
—CAMA DE OPERADO .............................................13
SINAIS VITAIS ..................................................14
—FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA ................................14
—FREQUÊNCIA CARDÍACA .....................................15
—TEMPERATURA CORPORAL ...................................15
—PRESSÃO ARTERIAL ............................................16
SINAIS FLOGÍSTICOS .........................................17
—DOR .................................................................17
—CALOR ...............................................................17
—EDEMA ...............................................................17
—RUBOR .............................................................17
—LIMITAÇÃO FUNCIONAL ......................................17
SUMÁRIO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 1 ..............................18
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 2 ..............................19
TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0
MEDICAMENTOS
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO .............................21
MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADOS E . . . . 2 2 , 2 3 , 2 4 , 2 5
INFORMAÇÕES
CARRINHO DE EMERGÊNCIA .............................26
— PRATELEIRA SUPERIOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6
— 1° GAVETA - MEDICAMENTOS ...........................26
— 2° GAVETA - CIRCULAÇÃO E VIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7
AÉREAS
— 3° GAVETA - CATETERISMO ..............................28
— 4°GAVETA - SOLUÇÕES ....................................28
— RESPONSABILIDADES DO ENFERMEIRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8
SONDAS
—NASOGÁSTRICA E NASOENTERAL .........................29
—MATERIAIS NECESSÁRIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9
—APLICAÇÃO DA SONDA NASO GÁSTRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 0
E ENTERAL
—VESICAL DE DEMORA E DE ALÍVIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1
— MATERIAIS NECESSÁRIOS .................................31
—APLICAÇÃO DA SONDA DE ALÍVIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
—APLICAÇÃO DA SONDA DE DEMORA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
— TÉCNICA CATETERISMO VESICAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3
FEMININO E MASCULINO
INTRODUÇÃO

Durante as aulas aprendemos a parte teórica, ouvimos


histórias de experiências dos nossos professores, imaginamos
e ansiamos pela prática nos hospitais e clínicas. Até que esse
grande momento chega, e é comum que a ansiedade e a
insegurança se façam presente. Antes de abordar os
procedimentos irei te dar algumas dicas para se preparar e se
sair bem nessa jornada.

Não tenha medo de fazer perguntas, você está ali para


aprender e toda dúvida deve ser esclarecida, sem medo ou
vergonha.
Mantenha a calma, o objetivo do estágio é adquirir
técnica, habilidade e acrescentar experiência prática.
Caso não se sinta preparada para algum procedimento
específico, peça ajuda ao preceptor, explique a ele suas
dúvidas e após esclarecidas não perca a oportunidade de
colocar em prática o que aprendeu.
Seja interessada, aproveite cada segundo, tome
iniciativas.
Mantenha-se organizada e sempre com um bloquinho de
notas na mão.
Tenha postura, a maneira como nos comunicamos e nos
movimentamos diz muito sobre nós. Atente-se aos gestos
lembre-se de não se escorar nas macas, de não gesticular
muito com as mãos, não usar gírias e de manter um tom
de voz calmo e que transpareça compaixão.
A aparência deve sempre transparecer organização e
limpeza. Maquiagem leve, roupas bem passadas e limpas,
sapato fechado, cabelos sempre bem penteados e presos e
NADA de adornos.

1
O QUE LEVAR PARA O
ESTÁGIO?

MATERIAIS DE BOLSO

Canetas
Caderneta e/ou bloco de notas
Tesoura sem pontas
Relógio Analógico
Este Ebook

KIT DE ENFERMAGEM

Estetoscópio
Esfigmomanômetro
Termômetro
Garrote
Oxímetro
Álcool 70%
Jaleco branco

Os hospitais devem ter disponíveis todos esses


equipamentos, entretanto, não é a realidade de todos.
Por isso que é importante você estar sempre bem
preparado.

2
LAVAGEM DAS MÃOS

Molhe as mãos Aplique o sabão em quantidade esfregue uma palma contra a


suficiente para cobrir toda a outra
palma

palma direita sobre dorso


Palma contra palma com dedos esfregue as costas dos dedos
esquerdo com dedos
entrelaçados uma mão contra outra
entrelaçados (vice-versa)

esfregue o polegar de cada esfregue as palmas das enxague as mãos com


mão de forma rotacional mãos com as pontas dos água seque bem as mãos
dedos em forma circular

seque bem as mãos use papel toalha para siga com as mãos limpas e
fechar a torneira seguras e cuidado para não
contaminar

Dica: O tempo médio adequado para higienização das


mãos é de 20 segundos. Precisa de um temporizador?
Cante “Parabéns para Você” 2 vezes.

3
hreferência: www.unimedriopreto.com.br/blog/a-importancia-da-higiene-das-maos/
ANAMNESE

ADMISSÃO

A avaliação inicial do enfermeiro deverá ser documentada


no prontuário nas primeiras 24 horas da internação. Iniciar
anotando Data – horário – nome da Unidade.

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
Nome, idade, estado civil, religião, profissão, naturalidade,
procedência, escolaridade, diagnóstico médico e motivo do
internamento

HISTÓRICO DE SAÚDE
Descrever: início dos sintomas, tempo de diagnóstico,
medicações em uso no domicílio, adesão ao tratamento,
protocolos e cirurgias anteriores, internamentos anteriores,
outras doenças associadas ao histórico familiar (em caso de
doenças crônicas).

FINALIZE A ANAMNESE

Verifique se todas as perguntas foram feitas e as


informações coletadas em detalhes. Encerre a sessão com o
paciente solicitando que ele aguarde o atendimento médico.
É importante se certificar que todos os dados foram
devidamente registrados e armazenados.
.

4
EXAME FÍSICO
Céfalo-caudal com foco em observar as alterações.
Descrever a presença de dispositivos.

POSICIONAMENTO DO PACIENTE

Sentada: com o paciente nesta posição, pode ser


avaliados: Cabeça, pescoço, coluna, tórax, pulmões
(anteriores e posteriores), mamas, axilas, coração,
sinais vitais e extremidades superiores.

Decúbito Dorsal: podem ser avaliados cabeça, pescoço,


tórax, pulmões anteriores, mamas, axilas, coração,
abdômen, extremidades e pulso.

Litotômica: é avaliado a genitália feminina e o trato


genital.

Sims: é avaliado reto e vagina.

Decúbito Ventral: é avaliado o sistema


musculoesquelético.

Genupeitoral: é avaliado região genital e retal.

Decúbito Lateral: é avaliado o coração.

5
EXAME FÍSICO

INSPEÇÃO

A inspeção é a primeira parte do exame físico. Avaliar


tanto o corpo quanto à forma, cor, simetria, odor e
presença de anormalidades

Durante essa observação, o profissional também fica


atento aos odores, reconhecendo sua natureza e fonte.
São inspecionados estado geral, consciência, estado
nutricional, postura e movimentação, coloração da pele,
mucosas e hidratação e higiene corpórea.

Na inspeção, o paciente deve ficar exposto o menor


tempo possível e só deixar à mostra a parte do corpo
que será examinada naquele momento. Gentileza e
delicadeza são primordiais no exame, principalmente se
o paciente sente dores ou sintomas desagradáveis.

6
EXAME FÍSICO

AUSCULTA

A técnica de ausculta serve para ouvir sons e detectar


variações do que é considerado normal. Isso porque os sons
gerados têm timbre, intensidade e tonalidade específicos.
As vibrações que são transmitidas para a superfície podem
ser captadas de maneira direta ou indireta.

A forma direta de captação é quando o enfermeiro uso o


ouvido externo para captar os sons diretamente no local
a ser auscultado. Já a forma indireta é quando os sons
são captados por instrumentos, como o estetoscópio.
Para realizar a ausculta de forma correta é preciso de
um ambiente silencioso, colocar o paciente na posição
correta, dar as instruções corretas ao paciente
(alterações da respiração) e seguir o padrão correto.

7
EXAME FÍSICO

AUSCULTA
PRINCIPAIS RUÍDOS ADVENTÍCIOS

Crepitantes: Tem o ruído interrompido e de tom alto,


semelhante ao som que se produz quando se atrita uma
mecha de cabelo próximo ao ouvido, geralmente
associado ao líquido presente em vias.

Estertores bolhosos: Assemelham-se ao rompimento de


pequenas bolhas e podem ser auscultado na inspiração
ou na expiração.

Ronco: Estertor contínuo e prolongado, presente na


inspiração, mas também pode ser audíveis na expiração.
O som é grave, intenso, semelhante ao ronco observado
durante o sono;

Sibilos: Semelhante a um chiado ou assobio, são


decorrentes da passagem de ar por vias aéreas
estreitas. Auscultados na inspiração e na expiração.
Quando intensos, podem ser audíveis sem estetoscópio;

Estridor: É a respiração ruidosa devido à obstrução no


nível da laringe ou traqueia, mais percebido na fase
inspiratória. Pode ser decorrente de edema de glote,
corpos estranhos e estenose de traqueia.

8
EXAME FÍSICO

PALPAÇÃO

Na palpação, o enfermeiro utiliza as mãos para identificar o


que não é visível na inspeção. É com essa técnica que ele
consegue identificar massas ou nódulos ao aplicar pressão
em determinadas partes do corpo do paciente.

Essa pressão pode ser feita de maneira superficial ou


profunda e além de massas e nódulos, é possível
identificar a temperatura, umidade, textura, formas,
posições de estruturas e os locais sensíveis a dor.

É preciso manter as mãos sempre aquecidas e unhas


cortadas.

A palpação pode ser feita: com a mão espalmada,


usando-se toda a palma de uma ou de ambas as mãos;
com uma das mãos sobrepondo-se à outra; com as mãos
espalmadas, usando apenas as polpas digitais e a parte
ventral dos dedos e usando-se o polegar e o indicador,
formando uma pinça

9
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
EXAME FÍSICO
PERCUSSÃO

Na percussão o princípio baseia-se nas vibrações


originadas de pequenos golpes. Entre as técnicas para este
procedimento temos: percussão direta; percussão digito -
digital/punho-percussão, percussão com a borda da mão e
percussão por piparote.

Percussão direta: Realizada golpeando-se diretamente


com as pontas dos dedos a região alvo. Os dedos devem
estar flétidos, imitando a forma de um martelo, e os
movimentos digolpear são feitos pela articulação do
punho.

Percussão digito - digital: Realizada golpeando-se com


um dedo a borda ungueal ou a superfície dorsal da
segunda falange do dedo médio ou indicador da outra
mão. que se encontra espalmada e apoiada na região de
interesse.

Punho-percussão: Realizada com a borda da mão.


Utilizada com o objetivo de verificar a sensação
dolorosa do rins.

Percussão por piparote: Com uma das mãos o


inpecionador golpea por piparote um lado do abdômen
enquanto a outra mão se encontra no lado oposto
captando as ondas líquidas que se chocam contra a
parede abdominal. Utilizada para pesquisar ascite.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
EXAME FÍSICO

PERCUSSÃO

TIPOS DE SONS ENCONTRADOS

Maciço: obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar


(músculo, figado, coração). Esse som transmite a
sensação de dureza e resistência;

Submaciço: é a presença de ar em pequena quantidade


que lhe confere essa característica peculiar;

Timpânico: obtido em regiões que contenham ar,


recobertas por membrana flexível, como o estômago. A
sensação obtida é a elasticidade;

Claro pulmonar: obtém-se quando se percute


especificamente a área pulmonar. Depende do ar dentro
dos alvéolos e das demais estruturas pulmonares.

Dicas
Não é possível percutir com unha longa.
Podem-se realizar dois golpes seguidos, para confirmar
o som.
Em órgãos simétricos, como os pulmões, fazer
percussão comparada.
11
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
ANAMNESE E EXAME FÍSICO
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
A partir da anamnese e do exame físico, o enfermeiro terá
as informações necessárias, que ajudarão a identificar os
problemas e estabelecer os diagnósticos de enfermagem.

REGISTROS DIÁRIOS
A partir da segunda avaliação, o registro na folha de
evolução clínica deve ser realizado no
modelo SOAP.

S - Dados subjetivos
Envolve questões do que o paciente sente, observa e/ou acredita
ser, além de informações dos acompanhantes. Os dados subjetivos
referem-se a uma narrativa de auto- relato de sua situação atual.

O - Dados objetivos
Exame físico focado nos problemas já identificados, nas alterações
e nas queixas novas.

A - Avaliação
É a avaliação das respostas do paciente, deve-se inserir os
Diagnósticos de Enfermagem na primeira avaliação. Nos dias
seguintes, deve-se relatar se estão: mantidos, excluídos ou
melhorados, ou incluir outro diagnóstico de enfermagem conforme
necessidade relacionada às respostas do paciente.

P - Plano Terapêutico
Realizar as alterações necessárias, conforme a melhora ou piora do
quadro anterior apresentado pelo paciente

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
TIPOS DE LEITOS

CAMA ABERTA

Quando a cama está ocupada por um


paciente

CAMA FECHADA

Quando o leito está vago, pronto


para receber um paciente.

CAMA DE OPERADO
Quando está aguardando o retorno
do paciente do centro cirúrgico

CAMA OCUPADA

Consiste no preparo da cama


ocupada por um paciente que
permanece no leito, incapaz de se
locomover.

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SINAIS VITAIS
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
É o número de vezes que a pessoa respira por minuto (um ciclo
completo). Observa-se a expansibilidade e retração da parede
torácica e abdominal
0 anos: 30 a 40
1-2 anos: 25 a 30
2-8 anos: 20 a 25
8-12 anos: 18 a 20
Adultos: 14 a 18

Termos
Eupneia: respiração normal
Taquipnéia: respiração acelerada/rápida, maior >20 irpm
Bradipnéia: respiração lenta, menor > 14 irpm
Ortopneia: respiração facilitada em posição vertical.
Apneia: parada respiratória(ausência de respiração)
Dispneia: dor ou dificuldade de respirar
Respiração sibilante: com sons que se assemelham a assobios
Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que
aumenta e diminui, com período de apneia
Respiração de Kussmaul: inspiração profunda, seguida de
apneia e expiração suspirante. Característica de acidose
metabólica (diabética) e coma.

Dica: Avalie a frequência cardíaca e respiratória enquanto conversa,


ou se você tiver habilidade, enquanto mede a pressão arterial. Em
algumas situações o paciente pode ficar mais nervoso ao perceber que
você o está avaliando, isso pode gerar alteração no resultado.

14
Referência: Andrade, ED; Rinali, J. Emergências Médicas em Odontologia. 3ª Edição. Artes Médicas 2011.
SINAIS VITAIS

FREQUÊNCIA CARDÍACA

A Frequência Cardíaca normal de um adulto em repouso


encontra-se na faixa de 60 a 100 batimentos por minuto, sendo
geralmente mais baixa em um atleta bem condicionado.

Bebês 100-170
Crianças de 2 a 10 anos 70-120
Crianças > 10 anos e adultos 60-100

TEMPERATURA

É o nível de calor distribuído pelo corpo, equilíbrio.


Locais: axilar, oral, inguinal, retal.

Hipotermia: >35C
Afebril: 36 a 37C
Estado febril: 37,5 a 37,8C
Hipertermia: 38 a 40C
Pirexia: 40C
Hiperpirexia: <40C

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Referência: Andrade, ED; Rinali, J. Emergências Médicas em Odontologia. 3ª Edição. Artes Médicas 2011.
SINAIS VITAIS

PRESSÃO ARTERIAL
1. Coloque o paciente sentado;
2. Deixe-o descansar por 5 minutos em ambiente calmo e de temperatura
agradável;
3. Explique o procedimento;
4. Certifique-se de que o paciente não esteja com a bexiga cheia e não tenha, nos
últimos 30 minutos: praticado exercícios físicos; ingerido café, bebidas
alcoólicas ou alimentos em excesso ou fumado.
5. Localize a Artéria Braquial por palpação;
6. Prenda o manguito firmemente cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital,
centralizando a bolsa de borracha sobre a Artéria Braquial;
7. Mantenha o braço do paciente na altura do coração;
8. Palpe o pulso radial, posicione o estetoscópio sobre a Artéria Braquial e infle o
manguito até o desaparecimento do som;
9. Faça a deflação com uma velocidade constante de 2 a 4 mmHg/segundo;
10. Determine a pressão sistólica máxima no momento do aparecimento do primeiro
som;
11. Determine a pressão diastólica mínima no momento do desaparecimento do som;
12. Registre os valores das pressões sistólica e diastólica, o braço em que foi feito o
exame e o horário.
13. Se necessário nova avaliação, aguarde 2 minutos.

Classificação Sistólica Diastólica

Normal Menor que 130 Igual ou menor que 85

Normal limítrofe 130-139 85-89

hipertensão estágio 1 (leve) 140-159 90-99

hipertensão estágio 2 (moderada) 160-179 100-109

Hipertensão estágio 3 (Grave) Maior ou igual a 180 Maior ou igual a 110

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Referência: III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial.
SINAIS FLOGÍSTICOS
Temos 5 sinais flogísticos: calor, rubor, edema, dor e limitação funcional.

DOR
Um dos mais importantes, pois afeta diretamente a qualidade de vida do indivíduo.
Uma das causas da dor é o edema que pode comprimir estruturas nervosas e gerar tal
quadro doloroso.Outro fator muito importante é a liberação de algumas substâncias que
provocam uma hiperalgesia, ou seja, aumento da sensibilidade dolorosa, e assim ocorre
a dor.

CALOR
O calor local é uma manifestação presente em processos inflamatórios, e que
acontece por causa da vasodilatação, gerando maior fluxo sanguíneo na região e
ocasionando o aumento local da temperatura.

EDEMA
Uma das substâncias liberadas durante o aumento da impermeabilidade celular é o
fluido, que sai do vaso e se dirige em direção ao tecido e ali se acumula provocando
aumento de volume, ocasionando o edema. Esse fluido pode conter substâncias como
água e proteínas.

RUBOR
O rubor, que é a vermelhidão, é também uma consequência da vasodilatação e com o
aumento do diâmetro do vaso e consequente aumento do fluxo sanguíneo local, é
gerada essa hiperemia.

LIMITAÇÃO FUNCIONAL
Se dá por uma união de fatores como a dor e o edema, principalmente, que acabam
dificultando o indivíduo a realizar suas atividades. E o tipo de limitação varia de
acordo com a localização da dor, por exemplo, se o problema é no pé, pode haver
dificuldade para andar.

17
Referência: III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
É a porta de entrada para o contato da medicação com o organismo.
Abaixo temos exemplos de vias de administração e suas classificações.

EPIDURAL RESPIRATÓRIA

RETAL SUBCUTÂNEA
OCULAR, NASAL E AURICULAR

ORAL ENTERAL PARENTERAL ENDOVENOSA


RESPIRATÓRIA

INTRADÉRMICA
SUBLINGUAL
TÓPICA
INTRAMUSCULAR

Via Oral
As drogas administradas por via oral podem exercer um efeito local no trato
gastrointestinal ou ser absorvidas pela mucosa gastrointestinal, atingindo o sangue ou
a linfa e exercendo efeitos sistêmicos. (WHALEN et al., 2016; SILVA, 2010)
Sublingual
Permite a retenção do fármaco por tempo mais prolongado. Propicia uma rápida
absorção de pequenas doses de alguns fármacos, devido à vasta vascularização
sanguínea e a pouca espessura da mucosa sub-lingual, permitindo a absorção direta na
corrente sanguínea (LIMA, 2008).
Via Retal
É uma via alternativa da via oral para crianças, doentes mentais, comatosos e aqueles
que apresentam vômitos e náuseas. Certas drogas, que provocam irritação
gastrointestinal excessiva ou sofrem elevado metabolismo hepático de primeira
passagem, podem ser favoravelmente administradas por via retal (SILVA, 2010).
Intravenosa (IV)
A via IV permite um efeito rápido e um grau de controle máximo sobre a quantidade de
fármaco administrada. A via deve ser manipulada com muito cuidado, pois há chances
de infecção no local, além dos efeitos serem difíceis de reverter e ter possibilidade de
dor e se tornar incômodo quando necessária a aplicação por inúmeras vezes.
Intramuscular (IM)
A absorção da droga por via intramuscular é usualmente completa, mas pode variar em
decorrência das propriedades físico-químicas das drogas.
Fármacos administrados por via IM podem estar em soluções aquosas, que são
absorvidas rapidamente, ou em preparações especializadas de depósito, que são
absorvidas lentamente (WHALEN et al., 2016).

18
Fonte: WHALE et al., 2016.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
É a porta de entrada para o contato da medicação com o organismo.
Abaixo temos exemplos de vias de administração e suas classificações.

Subcutânea
A administração subcutânea consiste na injeção de pequeno volume ( < 2 mL) de
solução ou suspensão aquosa no tecido intersticial frouxo, abaixo da pele no braço,
antebraço, coxa, abdome ou região glútea. O local da injeção deve ser variado quando
houver necessidade de aplicações frequentes (SILVA, 2010).
Vias tópica e transdérmica
Os alvos para as drogas aplicadas à pele pelos seus efeitos locais são a superfície da
pele, o estrato córneo, a epiderme viável, a derme e os anexos, isto é, unhas, glândulas
sudoríparas e sebáceas e folículos pilosos. A presença de uma rede vascular eficiente na
derme permite que as drogas que atravessam o estrato córneo e a epiderme sejam
prontamente absorvidas, produzindo efeitos sistêmicos (SILVA, 2010).
Os medicamentos são apresentados em forma de pomadas, géis ou cremes e devem ser
administrados somente no local onde há a lesão no caso do uso tópico.
Vias ocular, nasal e auricular
Para utilização desta via os medicamentos devem ser de aplicação local. Os
medicamentos para a via ocular se apresentam sob a forma de colírio ou pomadas. Já os
medicamentos utilizados por via nasal se apresentam na forma de solução (como os
descongestionantes nasais); os medicamentos administrados pela via auricular são
apresentados na forma de solução otológica.
Via respiratória
A administração de drogas por inalação representa uma modalidade conveniente de
introduzir medicamentos diretamente na árvore respiratória para o tratamento de
doenças broncopulmonares. A via inalatória também é usada em anestesiologia quando
se empregam anestésicos gerais gasosos, administração de drogas pela via respiratória
pode visar à atividade local ou sistêmica. (SILVA, 2010).
Via epidural
O espaço peridural está situado entre a dura-máter anteriormente e as paredes ósseas e
ligamentosas do canal espinhal posteriormente. Está limitado cefalicamente pelo forame
magno, onde a dura-máter se funde com o periósteo do crânio, e caudalmente, pela
membrana sacrococcígea. A via peridural é usada para administração de anestésicos
locais e analgésicos (morfina).

19
Fonte: WHALE et al., 2016.
TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA,
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO E
ABERTURA DE AMPOLA

PUNÇÃO VENOSA SEM EXTRAVASAMENTO SANGUÍNEO

Após finalizar a punção e verificar o refluxo sanguíneo, oriente o paciente para abrir a
mão, e introduza delicadamente o corpo do cateter e retirar o mandril (agulha). Solte o
garrote e pressione levemente 3 dedos acima do local da punção afim de minimizar o
fluxo de sangue, levante o braço da aplicação acima da linha do coração e siga com o
procedimento padrão.

COMO ABRIR UMA AMPOLA SEM SE CORTAR

Uma das dificuldades mais comuns no inicio do estágio é a abertura das ampolas de
medicação sem que ocorra risco de corte. Isso é normal e acontece muitas vezes pela
falta de prática. No mercado existem alguns dispositivos que auxiliam o profissional ou
estudante a abrir ampolas e outros frascos de medicamentos. Mas a forma mais
econômica e fácil é utilizando um chumaço de algodão ou a embalagem descartável da
seringa que virá a ser utilizada. Basta envolver a parte superior da ampola com uma
das opções citadas acima e fazer o movimento de quebra como de costume.

TRUQUE DE APLICAÇÃO IM - GLÚTEO

A melhor maneira de administrar uma medicação na região glútea é relaxando a região.


A medicação deve ser injetada com o paciente em pé, no quadrante superior externo,
com os pés virados para dentro (encostando um dedão no outro) e com os joelhos
levemente flexionados. Sendo assim, diminuindo a contração muscular e minimizando a
dor.

20
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
1 gota = 3 microgotas
1 ml = 20 gotas e 60 microgotas
1 horas = 60 minutos
V = volume
T = tempo
3, 20, 60 = Constante

FÓRMULA
GOTEJAMENTO MACROGOTAS GOTEJAMENTO MICROGOTAS

HORAS HORAS

VT VT
N gts/min= N mgts/min=
Tx3 T

MINUTOS MINUTOS

Vx20 Vx20
N gts/min= N mgts/min=
T T

EXEMPLO
(FAUEL/2015) Caso a prescrição médica seja de 500ml de soro fisiológico, para correr em 6 horas, deverá
instalar o soro com gotejamento aproximado de:

RESPOSTA

21
Referência: Enfermagem ilustrada
MEDICAÇÕES MAIS UTILIZADAS
E INFORMAÇÕES
Aminofilina – Ampola de 10 ml com 240mg (24mg/ml).
Ação: Dilatação dos brônquios e dos vasos pulmonares, através do relaxamento da
musculatura lisa; Dilatação das artérias coronárias e aumento do débito cardíaco e da
diurese; Estímulo do centro respiratório.
Diluir em SF 0,9% ou SG 5%.
Administração intravenosa lenta (10 a 20 min).
Não misturar ou infundir no mesmo acesso venoso: Adrenalina, cálcio, dobutamina,
dopamina, fenitoína, prometazina, meperidina, morfina, cefalosporinas em geral.

Atropina – Ampola de 1 ml com 0,5mg.


Ação: Parassimpaticolítico: aumenta a freqüência cardíaca; Broncodilatação; Midríase;
Redução de salivação; Antídoto na intoxicação por organofosforados.
Dose máxima em adultos: 2mg/dose.
Administração intravenosa: Pode ser feita sem diluir e em bólus rápido.
Administração endotraqueal: diluir para 3 a 5ml em soro fisiológico.

Bicarbonato de sódio – Ampola de 10ml a 8,4%.


Indicação: Acidose metabólica; Hipercalemia; Hipermagnesemia; Intoxicações por
antidepressivos tricíclicos, cocaína ou bloqueadores dos canais de cálcio.
Na emergência: Diluir a ampola a 1:1 com ABD e administrar a dose em, no mínimo, 2
minutos, direto na veia.
Fora das emergências: Correr em 1-2 horas em bomba de infusão.
Lavar o acesso venoso com 3 a 5ml de SF imediatamente antes e imediatamente depois
da administração em bólus.

Cloreto de potássio (KCl) – Ampola de 10 ml a 10%.


Indicação: Reposição e prevenção de deficiência.
Deve ser diluído antes de administrar.

Diazepam Ampola de 1 ml com 10 mg; Ampola de 2 ml com 10 mg.


Ação: Sedativo de ação longa (sem efeito analgésico); Ansiolítico; Anticonvulsivante;
Miorelaxante esquelético.
Administrar em Bólus ou EV contínua;
Não se administra IM em caso de emergência, a mesmo que seja para manutenção;
Não misturar com nenhuma droga na mesma seringa;
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PEDROSO, E.R.P.; OLIVEIRA, R.G. Blackbook Clínica Médica: medicamentos e rotinas médicas. 1ª ed. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2007.
MEDICAÇÕES MAIS UTILIZADAS
E INFORMAÇÕES
Dopamina / Revivan – Ampola de 10 ml com 50mg (5mg/ml).
Catecolamina endógena;
Ação: Inotrópica; Vasoconstritora sistêmica (pressora em doses altas);
Vasodilatadora renal (em doses baixas).
Geralmente usada diluindo-se uma ampola de 10ml com 5mg/ml em 240ml de SGI.
Paciente de 60 kg: infusão de 60 gotas/minuto = 180 ml/hora.
Pode ser misturada na mesma solução com dobutamina, adrenalina, noradrenalina,
lidocaína, vecurônio ou atracurônio.
Não infundir junto com bicarbonato.

Epinefrina / Adrenalina – Ampola 1mg/1ml.


Ação: Inotrópico (aumenta a contratilidade miocárdica); Cronotrópico (aumenta a
freqüência cardíaca); Aumenta a resistência vascular periférica; Aumenta a PA
(melhorando a perfusão coronariana). EV: 1 ampola por dose a cada 3 minutos.
Preferencialmente em veia central em acesso exclusivo;
Não associar com bicarbonato na mesma via.

Hidantal / Fenitoína sódica – Ampola de 5ml a 5% (50mg/ml).


Ação: Anticonvulsivante; Antiarrítmico.
Não infundir junto com glicose, amicacina, aminofilina, bicarbonato, dobutamina,
cálcio, heparina, hidrocortisona, lidocaína, morfina.
Diluir em SF para 1 a 10mg/ml para evitar flebite;
Infundir em 20 a 30 minutos;
Após a infusão, lavar equipo e cateter com SF;
Usar em 1 hora após diluição.

Amiodarona / Ancoron – Ampola de 3 ml com 150mg (50mg/ml).


Ação: Antiarrítmico.
EV: preferir fazer em bólus direto, lento (5 minutos), e evitar correr em equipo (devido
a liberação de substância tóxica em contato com plásticos).
Não misturar ou infundir no mesmo acesso:
Aminofilina, Bicarbonato de sódio, cefazolina, cloreto de sódio e heparina.

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PEDROSO, E.R.P.; OLIVEIRA, R.G. Blackbook Clínica Médica: medicamentos e rotinas médicas. 1ª ed. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2007.
MEDICAÇÕES MAIS UTILIZADAS
E INFORMAÇÕES

Fentanil – Frasco de 10 ml com 0,0785 mg/ml.


Ação:
Analgésico opióide 100 vezes mais potente que a morfina.
EV: bólus lento (3 minutos). Injeção muito rápida pode provocar rigidez torácica e
muscular, broncoconstrição ou laringoespasmo. Não misturar na mesma seringa ou na
mesma linha com fenobarbital ou pentobarbital.

Gardenal / Fenobarbital – Ampola de 1 ml com 200mg.


Indicação: Profilaxia e tratamento das crises tônico-clônicas generalizadas, crises
parciais simples.
EV: infusão lenta (1mg/kg/min);
Diluir em qualquer tipo de soro.
Verificar se a apresentação é para uso EV.

Furosemida / Lasix – Ampola de 2ml com 20mg (10mg/ml).


Diurético de alça.
Indicações: ICC; Hipertensão; Hipervolemia; Edema por insuficiência renal.
EV sem diluir ou diluída a 1mg/ml. Não misturar com cálcio, cefalosporinas, dopamina,
dobutamina, hidrocortisona, gentamicina, midazolan, morfina.

Prometazina / Fenergan – Ampola de 2 ml com 50mg.


Ação: Anti-histamínico H1 com ação antialérgica, antivertiginoso, antiemético e sedativo
hipnótico; Uso EV: infundir sem diluir em 3 minutos sem deixar extravasar (necrose de
subcutâneo). Injeção acidental em artéria causa lesão grave na extremidade.

Sulfato de magnésio – Ampola de 10ml a 50%.


Anticonvulsivante;
Uso EV ou IM.

Hidrocortisona / Solu-cortef – Frasco-ampola com 500mg + diluente (2ml).


Ação: Glicocorticóide. Usado na asma grave, reposição hormonal na insuficiência supra
renal e doenças inflamatórias;
Uso EV.

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PEDROSO, E.R.P.; OLIVEIRA, R.G. Blackbook Clínica Médica: medicamentos e rotinas médicas. 1ª ed. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2007.
MEDICAÇÕES MAIS UTILIZADAS
E INFORMAÇÕES

Heparina / Liquemine – Frasco 5 ml; Ampola de 0,25ml com 500UI.


Anticoagulante; Uso subcutâneo: recomenda-se não aspirar e não massagear o local da
aplicação para evitar trauma do tecido.

Midazolan / Dormonid – Ampola de 3 ml com 15mg. Ampola de 1 ml com 5mg.


Agente indutor do sono, sedativo e anticonvulsivante; Uso EV contínua (bomba de
infusão) ou bólus lento em 2 a 3 min; pode ser IM quando o paciente estiver sem acesso
venoso.

Adalat / Nifedipina – Cápsula sublingual 10mg – Anti-hipertensivo e


antiarrítmico;
Uso sublingual: Deve-se furar a cápsula, colocar na boca e morder devagar para expelir
o conteúdo, deixá-la debaixo da língua e depois engolir.

Isordil – Cápsula sublingual 10mg.


Vasodilatador coronariano;
Uso sublingual: não mastigar.

Gluconato de cálcio – Frasco-ampola com 10ml a 10% (100mg/ml).


Na parada cardiorespiratória tem importância secundária e deve ser usado só nos casos
com hipocalcemia.
Uso EV por bólus: deve ser lenta no máximo de 0,5ml/min;
Não deve ser infundido ou diluído com bicarbonato, pois precipita. Lavar com soro
fisiológico a via antes e depois de se infundir; Se infiltrar provoca esclerose da veia e
necrose tecidual.

Glicose hipertônica – Ampola de 20ml a 50%.


A glicose é importante na reanimação e nas emergências como choque, parada cardíaca,
coma e insuficiência respiratória grave e durante convulsões;
É preferencial que seja realizada uma glicemia capilar antes de se administrar a
glicose. O uso de soluções acima de 25% em bólus ou de 12,5% em infusão contínua por
tempo prolongado pode levar a esclerose e trombose de veias.

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PEDROSO, E.R.P.; OLIVEIRA, R.G. Blackbook Clínica Médica: medicamentos e rotinas médicas. 1ª ed. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2007.
CARRINHO DE EMERGÊNCIA
ORGANIZAÇÃO PADRONIZADA

PRATELEIRA SUPERIOR
MATERIAL QUANTIDADE

1. Desfibrilador com cabo sincronismo 01

2. Gel 01

3. Laringoscópico com lâmina N°3, 4, 5 01 (para cada)

1° GAVETA - MEDICAÇÕES
MATERIAL QUANTIDADE MATERIAL QUANTIDADE
1. Acido Acetil Salicílico 100mg 2 1. Furosemida 20mg/2ml 10

2. Adenosina 6mg/mL 5 2. Glicose hipertônica 50%10ml 10

3. Água bidestilada 10mL 10 3. Gluconato de cálcio 10% 0,5 10ml 2

4. Atropina, sulfato 0,25mg/1 ml 15 4. Haloperidol 5mg/ml 1ml 20

5. Amiodarona 150mg/mL 3mL 5 5. Heparina sódica 5000ui 0,25ml 3

6. Bicarbonato de sódio 8,4% 10 6. Hidrocortisona succinato 100mg 3

7. Clopidogrel 75mg 8 7. Hidrocortisona succinato 500mg 2

8. Diazepam 10mg/2ml 10 8. Isossorbida, dinitrato 5mg(sublingual) 2

9. Deslanosideo 0,2mg/mL 2mL 2 9. Lidocaína sem vaso 2%20ml 1

10. Dextrocetamina 50mg/mL 10mL 2 10. Metropolol 5mg/5ml 2

11. Dobutamina, cloridrato 20ml 2 11. Midazolam 50mg/5ml 4

12. Dopamina, cloridrato 10ml 5 12. Midazolam 15mg/3ml 2

13. Epinefrina 1mg/ml (adrenalina) 20 13. Naxolona 15mg/3ml 2

14. Etomidato 1ml 2 14. Nitroglicerina 50mg/10ml 2

15. Fetoína sódica 5% 5ml 5 15. Nitroprusseto de sódico 25mg/2ml 2

16. Fenobarbital sódico 100mg/2ml 2 16. Norepinefrina (nora) 8mg/4ml 8

17. Fentanila 0,05mg/ml 2ml 2 17. Prometazina 25mg/ml 2ml 5

18. Fentanila 0,05mg/ml 10ml 4 18. Protamina 1000ui/ml 1

19. Flumazenil 0,5mg/ml 2 19. Succinilcolina, 500mg 2

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Referência:Procedimento operacional padrão carro de emergência no Univasf,2020
CARRINHO DE EMERGÊNCIA:

2° GAVETA - CIRCULAÇÃO E VIAS AÉREAS


MATERIAL QUANTIDADE MATERIAL QUANTIDADE

1. Cateter periférico nº 14 a 22 2 cada 1. Ambu 1


2. Scalp n°19 / 21 2 cada 2. Umidificador 1
3. Agulha 13x4,5 2 3. Máscara de oxigênio 1
4. Agulha 25x7 10 4. cateter nasal 2
5. Agulha 30x8 10 5. látex 2
6. Agulha 40x12 10

7. Seringa 1 ml e 3 ml 2 cada

8. Seringa 5 ml/10 ml/20 ml 5 cada

9. Equipo fotoprotetor bic 2

10. Equipo parenteral bic 4

11. Equipo macrogotas 4

12. Multivias 2

13. Torneira de três vias 2

14. Fio nylon 3-0 2

15. Fio de sutura algodão 0.2 2 cada

16. Fio de sutura polipropileno 2 cada

17. Lâmina de bisturi nº 11 a 24 10

18. Eletrodo 1

19. Condutor 1

20. Esparadrapo 2 cada

21. Luva estéril 6,5/7,0/7,5/8,0 1 cada

22. Cânula orofaríngea n° 4 e 5 2 cada

23. Endotraqueal nº 7,0/7,5/8,0/8,5/9,0 1 cada

24. Cânula de traqueostomia nº 7,0/8,5 2

25. Fixador de tubo 1

26. Fio guia 1

27. Cateter de aspiração n°12 ou n°14 2

27
Referência:Procedimento operacional padrão carro de emergência no Univasf,2020
CARRINHO DE EMERGÊNCIA:
ORGANIZAÇÃO

3° GAVETA - CATETERISMO 4° GAVETA - SOLUÇÕES


MATERIAL QUANTIDADE MATERIAL QUANTIDADE
1. Cateter gástrico n°18 2 1. Solução fisiológico 0,9% 500 ml 2

2. Cateter gástrico n°20 2 2. Bicabornato de sódio 8,4% 250 ml 2

3. Cateter foley n°14/16/18 1 cada 3. Ringer lactato 2

4. Lidocaína gel 1 4. Solução glicosada 5% 500 ml 2

5. Coletor de urina aberto 1

6. Coletor de urina fechado 1

7. Luvas de procedimento 5 pares

RESPONSABILIDADES DO ENFERMEIRO

1. Controlar, repor e conferir o carro de emergência;


2. Realizar a testagem funcional do laringoscópio e do desfibrilador diariamente, no
momento de início do plantão;
3. Conferir os lacres do carro de emergência diariamente, no momento de início do
plantão;
4. Registrar em Formulário de Conferência do lacre e Testagem
5. Listar, quantificar e repor os medicamentos e materiais do carro de emergência e
que foram utilizados;
6. Controlar os materiais contidos no carro quanto a sua presença, quantidade e
validade;
7. Registrar em Formulário de Controle de Conferência do Carro de Emergência;
8. Elaborar escala de serviço para limpeza do carro de emergência e de seus
componentes acessórios, delegando e supervisionando o Técnico de Enfermagem
escalado;
9. Monitorar o cumprimento das atividades do Técnico de Enfermagem, conforme
escala de serviço;
10. Fazer notificação de qualquer evento adverso ou quase erro no Vigihosp (Aplicativo
de Vigilância em Saúde e Gestão de Riscos Assistenciais Hospitalares).

28
Referência:Procedimento operacional padrão carro de emergência no Univasf,2020
SONDAS

NASOGÁSTRICA E NASOENTERAL
A passagem das sondas naso gástrica e enteral é um procedimento privativo do
enfermeiro, no qual é introduzida a sonda por via nasal ou oral e chega até o
estômago ou intestino (duodeno ou jejuno), dependendo da indicação do paciente.

A sondagem nasogástrica, também conhecida como sonda de levine é usada para a


descompressão do estômago. Utiliza-se para tratar a atonia gástrica, íleo paralítico
ou obstrução; remover toxinas ingeridas, administrar antídotos (p. ex., carvão
ativado) ou ambos; obter amostra do conteúdo gástrico para análise (volume,
conteúdo ácido, sangue); e suplementar nutrientes. Por esta sondagem é realizado
lavagens gástricas, na preparação de cirurgias, para estancamento de hemorragias
e na drenagem de líquidos. A ponta da sonda vai até o estômago. Esta sonda possui
material de PVC, transparente e atóxica, não possui fio-guia e não requer exame de
raio x.

A sondagem nasoenteral é indicado em casos em que a alimentação não pode ser


administrada pelo método convencional, ou seja, ingestão via oral, sendo necessário
introdução de um tubo flexível no nariz até até duodeno ou jejuno. Esta sonda
possui calibre fino, fio-guia maleável no seu interior, tarja radiopaca que permite
controle radiológico e sistema de fechamento exclusivo. Para esse tipo de sonda, é
necessário fazer um exame de raio X para verificação do posicionamento correto

MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Luva de procedimentos;
2. Sonda gástrica ou enteral;
3. Seringa de 3 ml (para RN e lactente);
4. Seringa de 5 ml (crianças maiores);
5. Seringa 20 ml (adulto);
6. Fita microporosa;
7. Gazes;
8. Estetoscópio;
9. Lubrificante hidrossolúvel (lidocaína gel 2%);

29
Leitão, Fernanda. Sondas nasogástricas e nasoenteral, cursos aprendiz, 2022
SONDAS
APLICAÇÃO DA SONDA NASOGÁTRICA E NASOENTERAL
Identificar-se;
Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto procedimento;
Lavar as mãos, calçar luvas de procedimento;
Utilizar Equipamentos de proteção individual (gorro, máscara cirúrgica e óculos de
proteção, avental ou capote não estéril) caso necessário;
Posicionar paciente em posição semi-fowler; se necessário, realizar contenção;
Caso paciente não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em decúbito dorsal e
inclinando a cabeça para frente até encostar no tórax;
Escolher a via para inserção da sonda (oro ou nasogástrica / entérica) conforme idade
e condições do paciente;
Realizar a medição da sonda, conforme a idade da criança:
Medir a distância da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifóide
para sondagem nasogástrica;
Caso seja enteral adicionar 10 cm ou a distância do apêndice xifóide até o ponto médio
da cicatriz umbilical.
Marcar com micropore ou utilize as medidas que vem em fixações de sonda (os
fixadores prontos para uso tem uma fita própria para marcação da sonda);
Lubrificar a extremidade distal da sonda com lidocaína gel;
Introduzir a sonda pela boca ou narina lentamente, observando as condições do adulto.
Aproveitar o reflexo de deglutição para introduzir a sonda.
Introduzir a sonda até a medida do micropore;
Confirmar posicionamento no estômago:
Preencher a seringa de 10 a 20 ml para adultos, conectá-la à sonda e injetar o ar,
auscultando o ruído na região epigástrica com o estetoscópio. Após o teste retirar o ar
injetado; 2. Aspirar lentamente até verificar o retorno do conteúdo gástrico;
Após confirmação realizar fixação da sonda;
Em caso de sonda nasogástrica, adaptar frasco coletor e/ou realizar lavagem gástrica
Em caso de sonda enteral solicitar RX para confirmar posicionamento;
Retirar o fio guia (se sonda enteral) segurando a sonda para evitar que ela se desloque;
não reintroduzi-lo enquanto a sonda estiver inserida no paciente;
Identificar sonda escrevendo o número do calibre e data da instalação;
Assegurar que o paciente esteja confortável e seguro no leito (grades elevadas);
Descartar o material utilizado em local apropriado;
Registrar em prontuário.
30
Leitão, Fernanda. Sondas nasogástricas e nasoenteral, cursos aprendiz, 2022
SONDAS
VESICAL DE DEMORA E DE ALÍVIO
O objetivo do cateterismo vesical é a drenagem da urina direto da bexiga através
de um cateter. Pode ser feito o cateterismo de alívio (forma intermitente) ou de
demora (longa permanência).

O cateterismo de demora de acordo com a resolução COFEN n. 450/2013 é


privativo do enfermeiro ou médico. Realizado com a sonda de foley, é indicado para
situações como Drenagem vesical por obstrução aguda ou crônica; Disfunção vesical
(bexiga neurogênica); Irrigação vesical; Drenagem vesical após cirurgias urológicas
e pélvicas; Monitoramento do volume urinário em pacientes graves. Incontinência
urinária e assegurar a higiene e a integridade da pele em região perineal.

Já o cateterismo de alívio ou intermitente é realizado com a sonda uretral (ou


cateter de nélaton) e utilizamos para o alívio da retenção urinária aguda;
determinação do resíduo urinário; Obtenção de uma amostra de urina para exame
laboratorial; Instilação intravesical de medicamentos; Exploração da uretra.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
SONDA VESICAL DE DEMORA SONDA VESICAL DE ALÍVIO
1. Cateter vesical de Foley, duplo lúmen 1. Material para higiene íntima: bolas de
2. Coletor de urina de sistema fechado; algodão ou gazes não estéreis; sabão
3. Duas seringas de 20m; líquido neutro; água morna; luva de
4. 20mL de água destilada; procedimento.
5. Uma agulha de 30 × 10 mm; 2. Cateter uretral de Nélaton;
6. Anestésico em gel estéril de uso único; 3. Um par de luvas de procedimento;
7. Antisséptico degermante; 4. Um par de luvas estéril;
8. Solução fisiológica 0,9%; 5. Um pacote de gaze;
9. Fita adesiva; 6. Máscara cirúrgica, óculos e avental;
10. 1 Par de luvas de procedimento e 1 par de 7. Um kit de sondagem vesical: cuba-rim;
luvas estéril. cúpula; pinça cheron; campo estéril
11. Um pacote de gaze (10 unidades); (0,75 m × 0,75 m);
12. Máscara cirúrgica, óculos e avental; 8. Anestésico em gel estéril;
13. Uma comadre não estéril; 9. Antisséptico aquoso (clorexidina)
14. Kit de sondagem vesical: uma cuba-rim, uma
cúpula, uma pinça cheron, um campo estéril
(0,75 × 0,75 m).
31
Liga Acadêmica de Anatomia Humana e Cirúrgica, Resumo: Cateterismo vesical de alívio e de demora, 2021
SONDAS
APLICAÇÃO DA SONDA VESICAL DE ALIVIO
1. Higienização íntima do paciente, antissepsia e uso de EPI, como descrito no
procedimento anterior;
2. Utilizar cateter uretral sem balão de fixação, que pode ser de nylon, silicone, teflon
ou poliuretano. A numeração mais utilizada é de 10 a 14 Fr;
3. Introduzir o cateter no meato urinário até a drenagem da urina e manter o cateter
somente enquanto houver drenagem de urina;
4. Quantificar o débito;
5. Após término de procedimento, realizar higienização adequada e registrar o
procedimento no prontuário, anotando data e hora do cateterismo, tipo e calibre do
cateter, volume de água do balão, quantidade, coloração e características da urina,
bem como reações do paciente decorrentes do procedimento.

APLICAÇÃO DA SONDA VESICAL DE DEMORA


1. Colocar o paciente sobre a comadre e higienizar a área perineal e genital do paciente
com água morna, sabão líquido neutro e secar com gazes;
2. Retirar as luvas e higienizar as mãos;
3. Paramentar-se com os EPI: máscara cirúrgica, óculos e avental de procedimento;
4. Posicionar o paciente: – masculino: decúbito dorsal horizontal com os membros
inferiores afastados; – feminino: posição ginecológica.
5. Abrir o kit de cateterismo vesical com técnica asséptica;
6. Retirar a seringa e a agulha dos seus invólucros e depositá-las no interior do kit de
cateterismo, com cuidado para não os contaminar;
7. Colocar a solução antisséptica na cuba redonda;
8. Colocar lubrificante/anestésico: – feminino: na gaze estéril; – masculino: na seringa.
9. Abrir o invólucro do cateter de Foley e colocá-lo na cuba-rim;
10. Realizar a higiene das mãos com solução antisséptica e calçar as luvas estéreis
segundo técnica preconizada;
11. Conectar a seringa à agulha, solicitando auxílio para aspirar a água destilada contida
na ampola;
12. Testar o balão e a válvula do cateter de Foley, introduzindo a quantidade de água
destilada estéril recomendada pelo fabricante no lúmen do balão e esvaziar o balão;
13. Conectar o cateter de Foley ao coletor em sistema fechado. Lubrificar a sonda por
cerca de 10 cm. Utilizar lubrificante estéril e de uso único para cada paciente;
14. Realizar antissepsia do meato uretral.

32
Liga Acadêmica de Anatomia Humana e Cirúrgica, Resumo: Cateterismo vesical de alívio e de demora, 2021
SONDAS
TÉCNICA CATETERISMO VESICAL FEMININO
1. Utilizar os dedos indicador e polegar da mão não dominante para separar os
pequenos lábios e visualizar o meato uretral;
2. Realizar antissepsia com a pinça e as gazes embebidas em solução antisséptica
degermante, no sentido púbis-ânus e, na sequência, grandes lábios, pequenos lábios,
meato uretral até o períneo;
3. Usar a gaze uma vez e descartá-la;
4. Remover o antisséptico degermante da região com soro fisiológico, obedecendo aos
mesmos princípios de assepsia descritos;
5. Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos;
6. Abrir o campo estéril e calçar as luvas estéreis;
7. Realizar antissepsia como no passo a passo 2
8. Usar a gaze uma vez e descartá-la, mantendo os grandes e pequenos lábios
afastados;
9. Inserir o cateter lubrificado através do orifício uretral;
10. Introduzir o cateter mais 3 a 4 cm, após a urina começar a fluir, a fim de assegurar
que o balão não se encontra na uretra.

TÉCNICA CATETERISMO VESICAL MASCULINO


1. Afastar o prepúcio e segurar o pênis com uma gaze com a mão não dominante,
mantendo-o perpendicular ao abdome;
2. Realizar antissepsia com a pinça e as gazes embebidas em solução antisséptica
degermante, do meato uretral para a periferia;
3. Remover o antisséptico degermante da região com soro fisiológico, obedecendo aos
mesmos princípios de assepsia descritos anteriormente;
4. Retirar as luvas de procedimento, higienizar as mãos, abrir o campo estéril e calçar
as luvas estéreis;
5. Realizar antissepsia com as gazes embebidas em solução antisséptica aquosa, do
meato uretral para a periferia;
6. Manter retraindo o prepúcio e aplicar o lubrificante/anestésico, lentamente, através
do meato uretral com auxílio da seringa. Aguardar alguns segundos e introduzir o
cateter vesical até encontrar resistência;
7. Inclinar o pênis em um ângulo de 45 o em direção ao abdome e continuar
introduzindo o cateter, o que facilita a passagem na uretra bulbar. Introduzir o
cateter até a bifurcação em ‘Y’, 15 a 20 cm, e até o refluxo de urina.
33
Liga Acadêmica de Anatomia Humana e Cirúrgica, Resumo: Cateterismo vesical de alívio e de demora, 2021
EM BREVE

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