Você está na página 1de 144

CENTRO DE ENSINO E TREINAMENTO EM

ANESTESIOLOGIA DO HOSPITAL DA
RESTAURAÇÃO

GUIA PRÁTICO DO
RESIDENTE DE
ANESTESIOLOGIA

Autor: Lucas Wanderley Lima


GUIA PRÁTICO DO
RESIDENTE DE
ANESTESIOLOGIA

3ª Edição

AUTOR
Lucas Wanderley Lima
• Médico Residente e Discente em Anestesiologia do CET do
Hospital da Restauração, Recife-PE
COAUTORA
Jane Auxiliadora Amorim
• Título superior em Anestesiologia- TSA/SBA
• Corresponsável pelo CET dos Hospitais da Restauração,
Getúlio Vargas e Oswaldo Cruz - Recife/PE
• Doutora em Anestesiologia pela Universidade Federal de
Pernambuco

RECIFE
2016
APRESENTAÇÃO

Antes mesmo da concepção da ideia, eram apenas anotações das


aulas e fruto do estudo de um incipiente médico residente em
anestesiologia. Registro das drogas usadas em anestesia, seus nomes
comercias, suas formas de apresentação e dosagens - aquelas que no
começo da residência achávamos que nunca iríamos memorizar. Já no
final do primeiro ano de residência, pensei em como poderia ajudar os
futuros residentes com o material que tinha em mãos. Daí veio a ideia
despretenciosa de criar um pequeno guia contendo apenas aquelas
anotações.
Com o passar do tempo, o guia foi tomando corpo. Várias outras
informações foram sendo acrescentadas a partir de conversas com
outros residentes, preceptores, mas principalmente a partir da minha
vivência no, até então, desconhecido mundo da anestesia. O medo, a
ansiedade e a insegurança, vez por outra, fizeram parte da minha rotina.
Esses sentimentos, entretanto, me motivaram a continuar escrevendo
um guia ainda mais completo.
Surgiu assim o Guia Prático do Residente de Anestesiologia. E é
com imensa satisfação que o disponibilizo para meus colegas médicos
residentes, acreditando no bom proveito de sua utilização no dia a dia da
prática anestésica.
Espero que a ideia deste guia possa encorajar outros serviços de
residência em anestesiologia a criarem um material mais personalizado
e adequado a sua realidade, visando ao melhor aproveitamento de seus
residentes.
Meu sincero agradecimento a minha chefe de residência, Dra. Jane
Amorim, que desde o início acreditou nessa ideia e me incentivou a
continuar desenvolvendo este trabalho. Sem sua orientação, talvez nada
disso fosse possível. Agradeço também a meus colegas de residência e
preceptores do Hospital da Restauração, que compartilharam seus
conhecimentos, contribuindo para o enriquecimento deste guia.
Gostaria de agradecer, enfim, a minha esposa, família e amigos por
sempre confiarem no meu potencial e me darem forças para não desistir
dos meus objetivos.
Obrigado!
Desejo a todos uma boa leitura.
Lucas Wanderley Lima
SUMÁRIO

PREFÁCIO………………………………………………………………………………… 9
..

INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………… 10

CAPÍTULO 01
AVALIAÇÃO PRÉ
ANESTÉSICA………………………………………………………… 11
CAPÍTULO 02
ROTINA NA SALA DE
CIRURGIA……………………………………………………….. 27
Preparo da Sala de 28
Cirurgia…………………………………………………………….

Anestesia 30
Geral…………………………………………………………………………..

Anestesia no 30
Neuroeixo…………………………………………………………………

Bloqueio de Nervo 31
Periférico……………………………………………………………

CAPÍTULO 03
PRÉ
OXIGENAÇÃO……………………………………………………………………….. 33
Técnicas de Pré 34
Oxigenação…………………………………………………………..

CAPÍTULO 04
VENTILAÇÃO SOB MÁSCARA
FACIAL……………………………………………….. 36
Técnica de Ventilação sob Máscara 37
Facial……………………………………………

CAPÍTULO 05 39
OTIMIZAÇÃO DA LARINGOSCOPIA
DIRETA………………………………………….

Posição Olfativa 40
Ótima…………………………………………………………………..

Laringoscopia 42
bimanual…………………………………………………………………

CAPÍTULO 06
TÉCNICAS DE
INTUBAÇÃO…………………………………………………………….. 43
Técnica de Intubação 44
Orotraqueal……………………………………………………..

Técnica de Intubação 44
Nasotraqueal…………………………………………………..

CAPÍTULO 07
TÉCNICA DE INDUÇÃO EM SEQUÊNCIA
RÁPIDA……………………………..…… 46
CAPÍTULO 08
FÁRMACOS USADOS EM
ANESTESIA……………………………………………….. 48
Hipnóticos e 49
Sedativos…………………………………………………………………..

Benzodiazepínicos………………………………………………………………… 50
…….

Opioides……………………………………………………………………………… 51
…..

Bloqueadores 52
Neuromusculares……………………………………………………….

Reversores do Bloqueio 53
Neuromuscular………………………………………………

Agentes 54
Inalatórios………………………………………………………………………

Anestésicos 55
Locais………………………………………………………………………

Agonistas Alfa-2- 57
adrenérgicos………………………………………………………….

Antieméticos………………………………………………………………………… 58
……

Analgésicos…………………………………………………………………………… 59
….

Drogas 60
Vasoativas……………………………………………………………………….

Antibióticos…………………………………………………………………………… 62
…..

Antiarrítmicos……………………………………………………………………… 64
……..

Cristaloides e 65
Coloides………………………………………………………………….

Soluções e 66
Eletrólitos……………………………………………………………………

Hemocomponentes………………………………………………………………… 67
……

Hemoderivados……………………………………………………………………… 68
…..

Anticoagulantes e 69
antifibrinolíticos……………………………………………………..

Outros…………………………………………………………………………………… 71
..

CAPÍTULO 09
TÉCNICAS DE
EXTUBAÇÃO……………………………………………………………. 76
Extubação de baixo 77
risco………………………………………………………………..

Extubação “sob 78
risco”……………………………………………………………………
CAPÍTULO 10
RECUPERAÇÃO PÓS
ANESTÉSICA…………………………………………………… 80
CAPÍTULO 11
PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE COMPLICAÇÕES EM
ANESTESIA……… 85
Hipertermia 86
Maligna……………………………………………………………………..

Parada 88
Cardiorrespiratória……………………………………………………………..

Intoxicação Sistêmica por Anestésicos 92


Locais……………………………………….

CAPÍTULO 12
EQUAÇÕES, FÓRMULAS E VALORES
IMPORTANTES……………………………. 94
Peso Corporal e Doses 95
Corrigidas……………………………………………………..

Monitorização em 96
Anestesia……………………………………………………………

Distúrbios 98
Hidroeletrolíticos……………………………………………………………..

Distúrbios Ácido 10
Base………………………………………………………………….. 1

Estratégias Perioperatórias de Reposição 10


Volêmica……………………………….. 3
PREFÁCIO

Bons alunos escondem certas intenções, mas alunos fascinantes são transparentes.

Bons jovens têm sonhos ou disciplina. Jovens brilhantes têm sonhos e disciplina. Pois
sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas, que nunca transformam seus
sonhos em realidade, e disciplina sem sonhos produz servos, pessoas que executam
ordens, que fazem tudo automaticamente e sem pensar.

A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem
consciência que não sabe. O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão
de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios
caminhos.

É assim que descreve o nosso brilhante residente de Anestesiologia Lucas Lima.

Jane Amorim

12
INTRODUÇÃO

A anestesiologia foi uma especialidade negligenciada durante


minha graduação em medicina. O mesmo ocorre em diversas faculdades
médicas não somente no Brasil, mas em outros países. Ainda assim
quando abordada, tanto a teoria quanto a prática são insuficientes para
dimensionar a área de atuação do anestesiologista. Essa deficiência
torna-se um empecilho à real percepção da vasta abrangência da
anestesiologia, bem como à escolha consciente desta especialidade
como futura profissão.

Escolhi a anestesiologia durante o internato no meu rodízio


opcional. Aquele primeiro contato com a prática anestésica me deixou
impressionado com o profundo conhecimento em anatomia, fisiologia e
farmacologia, a versatilidade e destreza necessárias ao anestesista,
visando sobretudo à segurança do paciente. E justamente esse, até
então, misterioso mundo da anestesia despertou em mim curiosidade
suficiente para desmistificar essa especialidade de peculiaridades
únicas.

Apesar de já conhecer o hospital de ensino onde realizei minha


residência médica, outros colegas desconheciam-no, pois vieram de
outros estados. Esta é a realidade de centenas de especializandos que
optam por fazer residência em anestesiologia fora de sua cidade natal
ou da cidade em que cursaram a faculdade. Digo isso porque, ao
contrário do que se imagina, nossas atividades não se restringem
apenas ao bloco cirúrgico. Atuamos também nas salas de recuperação
pós anestésica, unidades de terapia intensiva, enfermarias, nos
ambulatórios e setores de imagem e radiologia intervencionista.
Portanto, necessitamos conhecer a estrutura física e organizacional do
hospital de ensino ao qual pertencemos, permitindo assim maior
mobilidade no serviço.

Quando ingressamos

Conhecer os objetivos de aprendizagem e competências…

13
A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) supervisiona os Centros
de Ensino e Treinamento (CETs) mediante um regulamento, o qual
precisa ser conhecido e seguido pelo especializando. Cada CET, por sua
vez, deverá possuir seu próprio manual ou guia prático contendo
informações mais personalizadas a respeito das peculiaridades de cada
centro como, por exemplo, o elaborado pelo Serviço Médico de
Anestesia do Hospital Sírio-Libanês. Essas publicações são essenciais
para o conhecimento do Programa de Residência Médica (PRM) em
anestesiologia e adaptação do especializando.

Afora todas as novidades que permeiam essa fase de transição entre a


faculdade e a residência…

Adicionalmente, no início da residência médica em anestesiologia,


o especializando se vê perdido em meio a drogas nunca antes vistas, a
procedimentos com os quais não estava habituado e a uma rotina
complexa e minuciosa. O ingresso em um ambiente desconhecido pode
gerar uma série de sinais, sintomas e sentimentos desagradáveis ao ME,
que podem dificultar o aprendizado do médico residente principalmente
no primeiro ano da residência e conduzi-lo a situações adversas.
Situações que, por sua vez, são indesejáveis no ambiente anestésico
cirúrgico, onde se exige alta vigilância visando primordialmente à
segurança do paciente.

Diante desse contexto, faz-se necessário dar uma maior atenção


ao processo de adaptação do especializando à residência médica em
anestesiologia e avaliar a necessidade de se criarem instrumentos que
visem familiarizar o especializando ao hospital de ensino, ao PRM e
principalmente à prática anestésica.

14
Capítulo 01
AVALIAÇÃO
PRÉ
ANESTÉSICA

15
AVALIAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA

Após anamnese e exame físico do paciente, o médico residente


terá que preencher a ficha de avaliação pré anestésica do serviço e esta
deverá ser anexada ao prontuário. A seguir são apresentadas algumas
instruções e variáveis que deverão ser consideradas durante a
entrevista.

Geral

Tabela 1.1 - Classificação do estado físico (P) da ASA*

Mortalidade
P Definição †

1 Paciente sadio e sem doença orgânica, bioquímica ou 0,06-0,08%


psiquiátrica.

2 Paciente com doença sistêmica branda (p. ex., asma leve ou 0,27-0,4%
hipertensão bem controlada). Ausência de impacto significativo
sobre as atividades diárias.
Impacto improvável sobre a anestesia e a cirurgia.

3 Doença sistêmica significativa ou grave, que limita a atividade 1,8-4,3%


normal (p. ex., insuficiência renal em diálise ou insuficiência
cardíaca congestiva classe II).
Impacto significativo sobre a anestesia e a cirurgia.

4 Doença grave que representa ameaça constante à vida ou que 7,8-23%


exige terapia intensiva (p. ex., infarto agudo do miocárdio,
insuficiência respiratória com necessidade de ventilação
mecânica). Limitação severa das atividades diárias.
Impacto considerável sobre a anestesia e a cirurgia.

5 Paciente moribundo, que provavelmente morrerá nas próximas 9,4-51%


24 horas com ou sem cirurgia.

6 Doador de órgão com morte encefálica.

ASA = American Society of Anesthesiologists.


* O “E" adicionado à classificação indica uma cirurgia de emergência (dobrar a taxa de
mortalidade).

Fonte do Hospital Sírio-Libanês, São Paulo1.
Adaptado de: Bases da Anestesia, 6ª edição, 20122.

16
Tabela 1.2 - Tempo de jejum pré operatório

Tipo de alimento Tempo de jejum

Líquidos claros (p. ex., água, chá, café, suco sem grumos) 2 horas

Leite materno 4 horas

Fórmula infantil, leite não materno ou refeição leve (p. ex., chá
6 horas
com torradas)

Refeições sólidas 8 horas

Adaptado de: Educação Continuada em Anestesiologia, SBA, 2011 3.

Estado Condição ou doença Exames pré operatórios


físico associada

P1 Idade > 45 anos (homem) Eletrocardiograma (ECG)

Idade > 55 anos (mulher)

Idade > 60 anos Glicemia e creatinina

Idade > 65 anos Hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht)

P2 Diabetes mellitus ECG, glicemia, creatinina, Hb, Ht, Na+,


K+

Doença cardiovascular ECG, creatinina e considerar radiografia


de tórax

Uso de diuréticos Na+ e K+

Doença pulmonar ECG e radiografia de tórax

Tabagismo crônico (> 20


maços/ano)

P3 Diabetes mellitus, doença ECG, glicemia, creatinina, Hb, Ht, Na+,


cardiovascular ou respiratória K+, radiografia de tórax

P2 e P3 Com outras doenças Exames de acordo com a doença

P1, P2 e P3 História suspeita de anemia Hb e Ht

Cirurgias de grande porte

Cirurgias de grande porte Coagulograma

Cirurgias com risco


aumentado de sangramento

História de sangramentos

Uso de anticoagulantes

17
Estado Condição ou doença Exames pré operatórios
físico associada

Uso de fitoterápicos

Quadro 1.1 - Diretrizes para solicitação de exames pré operatórios.


Fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia, volume 61, 2011 4.

Tabela 1.3 - Esquema pré operatório de insulina na manhã da cirurgia

Diabetes Mellitus Esquema pré operatório

Tipo 1 Tomar 1/2 a 1/3 da insulina de ação intermediária a prolongada


(NPH).

Tipo 2 Tomar 1/2 da insulina de ação prolongada ou preparações


combinadas.
Adaptado de: Bases da Anestesia, 6ª edição, 20122.

Tabela 1.4 - Instruções para medicações de uso contínuo

Classe do fármaco Estratégia pré operatória

Ácido acetilsalicílico (AAS®, Suspender 5-7 dias antes da cirurgia se profilaxia


Aspirina®, Somalgin® Cardio) primária (sem doença vascular comprovada) ou
profilaxia secundária em cirurgia intracraniana ou
de câmara posterior do olho.

Clopidogrel (Plavix®) Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia,


nos pacientes com stent farmacológico por < 12
meses, stent metálico simples por < 1 mês ou antes
da cirurgia de catarata (na ausência de bloqueio
bulbar). Avaliar risco benefício da cirurgia.

Varfarina (Marevan®) Suspender 5 dias antes da cirurgia. Seriar


coagulograma.

Bloqueadores do canal da Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.


cálcio

Bloqueadores β₁-adrenérgicos Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia, se


paciente em tratamento para angina, arritmias
sintomáticas ou hipertensão.

Inibidores da ECA e Considerar a suspensão 12-24 horas antes da


bloqueadores do receptor de cirurgia se a medicação for tomada apenas por
angiotensina II causa de hipertensão arterial.

Diuréticos Suspender na manhã da cirurgia.

Estatinas Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.

Agonistas β₂-adrenérgicos Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.


inalatórios

Anticolinérgicos inalatórios Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.

18
Tabela 1.4 - Instruções para medicações de uso contínuo

Classe do fármaco Estratégia pré operatória

Anticonvulsivantes Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.

Antidepressivos tricíclicos Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.

Inibidores da recaptação de Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.


serotonina

Inibidores da MAO Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.

Hipoglicemiantes orais Suspender qualquer classe na manhã da cirurgia.

Hormônios tireoidianos Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.

Anticoncepcionais orais Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.

Metotrexato Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia,


exceto se houver risco de insuficiência renal.

Etanercept (Enbrel®), infliximab Suspender na manhã da cirurgia. Checar com o


(Remicade®) e adalimumab médico que prescreveu.
(Humira®)

Narcóticos para dor ou vício Manter a medicação, inclusive no dia da cirurgia.

Efedra Suspender 1 dia antes da cirurgia.

Alho Suspender 7 dias antes da cirurgia.

Ginko Biloba Suspender 36 horas antes da cirurgia.

Ginseng Suspender 7 dias antes da cirurgia.

Kava-kava Suspender 1 dia antes da cirurgia.

Erva-de-São-João Suspender 5 dias antes da cirurgia.

ECA = enzima conversora da angiotensina; MAO = monoaminoxidase.


Adaptado de: Bases da Anestesia, 6ª edição, 20122; Educação Continuada em Anestesiologia, SBA, 20113.

Figura 1.1 - Algoritmo do manejo pré operatório de pacientes sob terapia


antiplaquetária.
IAM = infarto agudo do miocárdio; SCA = síndrome coronariana aguda; AVE = acidente
vascular encefálico; DAP = doença arterial periférica; ICP = intervenção coronariana
percutânea.

19
* Stents longos (> 36 mm), proximais, sobrepostos ou múltiplos; stents em oclusões
totais crônicas ou em pequenos vasos ou lesões bifurcadas.

> 3 meses após instalação de stent metálico, IAM sem complicações, ICP sem
colocação de stent.

Neurocirurgia intracraniana, cirurgia de canal intramedular, cirurgia oftálmica na
câmara posterior.
Adaptado de: British Journal of Anesthesia, volume 99, 2007 5.

Você pode… Você pode…


1 MET Cuidar de si mesmo? 4 METs Subir um lance de escadas?

Comer, vestir-se ou usar o Correr curtas distâncias?


banheiro?
Realizar atividades
Circular pela casa? domésticas pesadas como
esfregar o chão ou mover ou
Andar uma quadra? levantar móveis pesados?
4 METs
Realizar atividades domésticas Participar de atividades
leves como varrer o chão ou recreacionais moderadas
lavar os pratos? como golfe, boliche, dança,
> 10 tênis de dupla?
METs
Participar de esportes
extenuantes como natação,
tênis individual, basquete,
futebol?

Quadro 1.2 - Equivalentes metabólicos de capacidade funcional.


MET = equivalente metabólico (1 MET = consumo de 3,5 ml de O ₂/min/kg de peso
corporal).
Fonte: Circulation, volume 116, 20076.

Via Aérea

Tabela 1.5 - Classificação de Samsoon e Young para o teste de Mallampati

Classes Visualização

0 Palato mole, fauce, úvula, pilares e epiglote

I Palato mole, fauce, úvula e pilares

II Palato mole, fauce e úvula

III Palato mole e base da úvula

IV Palato duro apenas

Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20127.

20
Figura 1.2 - Classificação de Samsoon e Young para o teste de Mallampati.
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20127.

Tabela 1.6 - Antecipação da ventilação sob máscara facial difícil

Parâmetros Preditores de VMFD* Preditores de VMFD✝

Barba Presente 1) Alterações do pescoço por radiação

Dentição Ausente 2) Sexo masculino

Roncos Presentes 3) Síndrome da apneia obstrutiva do sono


(roncos)

IMC Maior que 26 kg/m² 4) Mallampati III ou IV

Idade Maior que 55 anos 5) Presença de barba

Mallampati Classe maior ou igual a III

VMFD = ventilação sob máscara facial difícil; IMC = índice de massa corpórea.
* Se 2 ou mais preditores estiverem presentes, provavelmente a ventilação sob
máscara facial será difícil.

Em ordem decrescente de importância.
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20127.

Tabela 1.7 - Avaliação pré anestésica das vias aéreas

Parâmetros Preditores de via aérea difícil

1) Comprimentos dos incisivos Relativamente longos


superiores

2) Relação entre os incisivos Arcada superior protrusa (incisivos


maxilares e mandibulares durante o maxilares anteriores aos mandibulares) -
fechamento normal da mandíbula retrognatismo

3) Relação entre os incisivos Paciente não consegue trazer os incisivos

21
Tabela 1.7 - Avaliação pré anestésica das vias aéreas

Parâmetros Preditores de via aérea difícil

maxilares e mandibulares durante mandibulares adiante (ou em frente) dos


protrusão voluntária da mandíbula incisivos maxilares

4) Distância interincisivos Menor do que 3 cm

5) Visibilidade da úvula Mallampati classe maior que II

6) Conformação do palato Altamente arqueado ou muito estreito


(ogival)

7) Complacência do espaço Firme, endurecido, ocupado por massa ou


mandibular não elástico

8) Distância tireomentoniana Menor do que a largura de 3 dedos médios (≅


5 cm)

9) Cumprimento do pescoço Curto

10) Largura do pescoço Grosso

11) Extensão do movimento de cabeça Paciente não consegue tocar a ponta do


e pescoço queixo no tórax (flexão < 35°) ou não
consegue estender o pescoço (extensão <
80°)

Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20118.

Tabela 1.8 - Questionário STOP-BANG

Sigla Pergunta*

S (snoring) Você ronca alto o suficiente para se escutar atrás da porta?

T (tired) Você com frequência se sente cansado, fatigado ou sonolento


durante o dia?

O (observed) Alguém já observou você parar de respirar durante o sono?

P (pressure) Você tem ou está sendo tratado para hipertensão arterial?

B (body mass index) IMC > 35 kg/m2?

A (age) Idade > 50 anos?

N (neck) Circunferência do pescoço > 40 cm?

G (gender) Gênero masculino?

* Se 3 ou mais respostas afirmativas, alto risco de apneia obstrutiva do sono.


Fonte: Anesthesiology, volume 108, 20089.

22
No encontro de preditores de ventilação sob máscara facial ou
intubação difícil, o médico residente deverá discutir com o
anestesiologista responsável a abordagem da via aérea previamente à
indução anestésica.

23
Figura 1.3 - Algoritmo de via aérea difícil da American Society of Anesthesiologists
(ASA).
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 201210.

Sistema Cardiovascular

Tabela 1.9 - Comparação entre estágios de insuficiência cardíaca da ACCF/AHA e


classificação funcional da NYHA

Estágios de IC da ACCF/AHA Classificação funcional da NYHA

A Alto risco para IC, mas sem Nenhu


doença cardíaca estrutural ou m
sintomas de IC

B Doença cardíaca estrutural, I Sem limitação para atividade física.


mas sem sinais ou sintomas Atividades habituais não causam
de IC sintomas de IC

C Doença cardíaca estrutural II Limitação leve para atividades físicas.


com sintomas de IC prévios ou Confortável em repouso, mas atividades
atuais habituais causam sintomas de IC

III Limitação importante para atividades


físicas. Confortável em repouso, mas
atividades com intensidades inferiores às
habituais causam sintomas de IC

IV Incapacidade de realizar qualquer


atividade física sem sintomas de IC ou
sintomas em repouso

D IC refratária com necessidade IV Incapacidade de realizar qualquer


de intervenções atividade física sem sintomas de IC ou
especializadas sintomas em repouso

ACCF = American College of Cardiology Foundation; AHA = American Heart Association;


NYHA = New York Heart Association; IC = insuficiência cardíaca.
Adaptado de: Circulation, volume 128, 201311.

Tabela 1.10 - Estratificação do risco cardíaco* para procedimentos cirúrgicos não


cardíacos

Estratificação de risco Exemplos de procedimentos

Alto Cirurgias aórticas ou outras cirurgias vasculares


(risco cardíaco importantes
geralmente relatado > Cirurgias vasculares periféricas
5%) Grandes cirurgias de emergência, principalmente em
idosos

24
Tabela 1.10 - Estratificação do risco cardíaco* para procedimentos cirúrgicos não
cardíacos

Estratificação de risco Exemplos de procedimentos

Intermediário Endarterectomia de carótidas


(risco cardíaco Cirurgias intraperitoneais ou intratorácicas
geralmente relatado de Cirurgias de cabeça e pescoço
1% a 5%) Cirurgias ortopédicas
Cirurgias prostáticas

Baixo† Procedimentos endoscópicos


(risco cardíaco Procedimentos superficiais
geralmente relatado < Cirurgia de catarata
1%) Cirurgia de mama
Cirurgia ambulatorial

* Incidência combinada de morte cardíaca e infarto do miocárdio não fatal.



Esses procedimentos geralmente não exigem a realização de testes cardíacos pré
operatórios adicionais.
Adaptado de: Circulation, volume 116, 20076.

Tabela 1.11 - Preditores clínicos de risco cardiovascular* aumentado em cirurgias


não cardíacas

Risco Preditores clínicos

Alto† Síndromes coronarianas instáveis:


- IAM recente (há > 7 dias e ≤ 30 dias)
- Angina instável ou severa (CCS classes III ou IV)
ICC descompensada (classe funcional NYHA IV)
Valvopatia severa:
- Estenose aórtica severa (área valvar < 1 cm², gradiente de pressão >
40 mmHg)
- Estenose mitral sintomática (dispneia progressiva aos esforços,
lipotímia, ICC)
Arritmias significativas:
- Bloqueio atrioventricular Mobitz II
- Bloqueio atrioventricular total
- Arritmias ventriculares sintomáticas
- Arritmias supraventriculares com frequência ventricular não
controlada
- Bradicardia sintomática
Intermediár IAM prévio (há > 1 mês)
io Angina moderada (CCS classes I ou II)
IC compensada
Diabetes mellitus
Insuficiência renal (creatinina > 2 mg/dL)

Baixo Idade avançada


Eletrocardiograma alterado (p. ex., hipertrofia de ventrículo esquerdo)

25
Tabela 1.11 - Preditores clínicos de risco cardiovascular* aumentado em cirurgias
não cardíacas

Risco Preditores clínicos

Ritmo não sinusal (p. ex., fibrilação atrial)


Hipertensão arterial sistêmica não controlada
Acidente vascular cerebral prévio

CCS = Canadian Cardiovascular Society; ICC = insuficiência cardíaca congestiva.


* Infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e morte.

Condições cardíacas ativas.
Fonte: Circulation, volume 116, 20076.

Tabela 1.12 - Intervalos preconizados entre a revascularização miocárdica e a


cirurgia não cardíaca*

Tipo de revascularização Intervalo mínimo Intervalo ideal

Cirúrgica Variável (condições do 30 dias


paciente)

Angioplastia sem stent 7 dias 14 dias

Stent convencional 14 dias > 6 semanas

Stent farmacológico 1 ano Indefinido

* Nos casos de stent, esse intervalo compreende o tempo de suspensão do clopidogrel


(5 dias).
Fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia, volume 96, 2011 12.

26
Figura 1.4 - Avaliação cardíaca e algoritmo de cuidados para cirurgias não cardíacas
baseado em condições clínicas ativas, doenças cardiovasculares conhecidas ou
fatores de risco cardíacos para pacientes com idade maior ou igual a 50 anos.
* Fatores de risco clínicos incluem doença cardíaca isquêmica, insuficiência cardíaca
compensada ou prévia, diabetes mellitus, insuficiência renal ou doença
cerebrovascular.􏰀

Considerar uso perioperatório de beta bloqueadores para populações nas quais têm
se mostrado redução da morbimortalidade cardíaca.
Adaptado de: Circulation, volume 116, 20076.

Nas cirurgias de médio e grande porte, checar necessidade de:

• Acesso venoso central;


• Linha arterial;
• Reserva de hemocomponentes;
• Vaga em UTI.

27
Sistema Respiratório

Parâmetros Fator de risco

Relacionados ao Doença pulmonar obstrutiva crônica


paciente
Idade avançada (> 60 anos)

Estado físico da ASA (≥ P2)

Tabagismo ativo

Insuficiência cardíaca congestiva

Dependência funcional

Relacionados à Cirurgias abdominal, torácica, neurocirurgia, cabeça e


cirurgia pescoço e vascular

Cirurgias de emergência

Tempo cirúrgico prolongado (> 3-4 horas)

Relacionados à Anestesia geral, uso de pancurônio


anestesia

Quadro 1.3 - Fatores de risco para complicações pulmonares pós operatórias.


Adaptado de: Revista Brasileira de Clínica Médica, volume 7, 200913.

Ponto
Parâmetro Fator de risco
s

Espirometria CVF < 50% previsto 1

VEF1/CVF entre 65-75% 1

VEF1/CVF entre 50-65% 2

VEF1/CVF < 50% 3

Idade > 65 anos 1

Índice de massa > 45 kg/m2 (obesidade mórbida) 1


corpórea

Local da cirurgia Torácica ou abdominal alta 2

Outro 1

História pulmonar Tabagismo ativos (últimos 2 meses) 1

Sintomas respiratórios (tosse, expectoração ou 1


doença pulmonar)

28
Pontuaçã Complicações Óbit
Risco
o pulmonares o

0-3 Baixo 6,1% 1,7%

4-6 Modera 23,3% 6,3%


do

7-12 Alto 35,0% 11,7


%

Quadro 1.4 - Escore preditivo de complicações pulmonares pós operatórias de


Torrington e Henderson.
CVF = capacidade vital forçada; VEF1 = volume expiratório forçado no 1º segundo.
Adaptado de: Revista Brasileira de Clínica Médica, volume 7, 200913; Jornal Brasileiro de Pneumologia,
volume 31, 200514.

Parâmetro Fator preditivo pré operatório Pontos

Tipos de cirurgia Aneurisma de aorta abdominal 27

Cirurgia torácica 21

Neurocirurgia, cirurgia abdominal alta ou vascular 14


periférica

Cirurgia de pescoço ou cirurgia de emergência 11

Albumina Hipoalbuminemia (< 3 g/dL) 9

Ureia Uremia (> 30 mg/dL) 8

Dependência Parcial ou total 7


funcional

História pulmonar História de DPOC 6

Idade ≥ 70 anos 6

Entre 60 e 69 anos 4

Classe Pontuaçã Probabilidade de


s o IRPO

1 ≤ 10 0,5%

2 11-19 2,2%

3 20-27 5%

4 28-40 11,6%

5 > 40 30,5%

Quadro 1.5 - Escore preditivo de risco para IRPO de Arozullah e col.

29
DPOC = doença pulmonar obstrutiva crônica; IRPO = insuficiência respiratória pós
operatória.
Adaptado de: Revista Brasileira de Clínica Médica, volume 7, 2009 13.

Sistema Renal

Tabela 1.13 - Estadiamento da lesão renal aguda da AKIN

Estági
Creatinina sérica Débito urinário
o

1 Aumento ≥ 1,5x da creatinina basal ou ≥ 0,3 mg/dl < 0,5 ml/kg/h por 6-12h
em 48h

2 Aumento ≥ 2x da creatinina basal < 0,5 ml/kg/h por ≥ 12h

3 Aumento ≥ 3x da creatinina basal ou ≥ 4 mg/dl ou < 0,3 ml/kg/h por ≥ 24h


Início da terapia de substituição renal ou Anúria por ≥ 12h

AKIN = Acute Kidney Injury Network.


Fonte: Kidney International Supplements, volume 2, 2012 15.

Tabela 1.14 - Classificação de RIFLE da lesão renal aguda

Classificação Taxa de filtração glomerular Débito urinário

Risco Aumento de 1,5x da creatinina sérica ou < 0,5 ml/kg/h por 6h


Diminuição > 25% da taxa de filtração
glomerular (TFG)

30
Tabela 1.14 - Classificação de RIFLE da lesão renal aguda

Classificação Taxa de filtração glomerular Débito urinário

Injúria Aumento de 2x da creatinina sérica ou < 0,5 ml/kg/h por


Diminuição > 50% da TFG 12h

Falência Aumento de 3x da creatinina sérica ou < 0,3 ml/kg/h por


Diminuição > 75% da TFG ou 24h ou
Creatinina sérica ≥ 4 mg/dl Anúria por 12h

Perda Falência renal aguda persistente = perda completa da função renal >
4 semanas

Estágio Doença renal em estágio terminal (> 3 meses)


terminal

Fonte: Kidney International Supplements, volume 2, 2012 15.

Tabela 1.15 - Categorias da taxa de filtração glomerular na doença renal crônica

Categori Taxa de filtração glomerular


Termos
a (ml/min/1,73m2)

G1 ≥ 90 Normal ou aumentada

G2 60-89 Levemente diminuída

G3a 45-59 Leve a moderadamente


diminuída

G3b 30-44 Moderada a severamente


diminuída

G4 15-29 Severamente diminuída

G5 < 15 Falência renal

Fonte: Kidney International Supplements, volume 3, 201316.

Sistema Hepático

Pontuação*
Parâmetro
1 2 3

Ascite Ausente Leve a Tensa

31
Pontuação*
Parâmetro
1 2 3

moderada

Bilirrubina (mg/dl) <2 2-3 >3

Albumina (g/dl) > 3,5 2,8-3,5 < 2,8

Tempo de protrombina (segundos do <4 4-6 >6


controle) ou < 1,7 1,7-2,3 > 2,3
International Normalised Ratio (INR)

Encefalopatia Ausente Grau I-II Grau III-IV

Quadro 1.6 - Classificação de Child-Turcotte-Pugh.


* Classe A = 5-6 pontos; Classe B = 7-9 pontos; Classe C = 10-15 pontos.
Fonte: Miller’s Anesthesia, 8ª edição, 201517.

Referências Bibliográficas

1. SIMÕES, Cláudia. Estratificação de Risco Cirúrgico e Anestésico.


Hospital Sírio-Libanês, São Paulo. Disponível em:
<http://pt.slideshare.net/anestesiasegura/estratificao-de-risco-
cirrgico-e-anestsico-dra-cludia-marques-simes-2681103>. Acesso em:
27 de Março de 2014.
2. SWEITZER, Bobbie. Avaliação e Medicação Pré-operatória. In:
MILLER, Ronald; JÚNIOR, Manuel. Bases da Anestesia. 6. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2012. p. 153-175.
3. MANSANO, André. Avaliação Pré-anestésica. In: ASSAD, Alexandra; et
al. Educação Continuada em Anestesiologia. Rio de Janeiro: SBA,
2011. v. 1. p. 25-42.
4. ISSA, Márcia; ISONI, Núbia; SOARES, Alessandra; et al. Avaliação Pré-
Anestésica e Redução dos custos do Preparo Pré-Operatório. Revista
Brasileira de Anestesiologia. v. 61, p. 60-71, 2011.
5. CHASSOT, PG; DELABAYS, A; SPAHN, DR. Perioperative antiplatelet
therapy: the case for continuing therapy in patients at risk of
myocardial infarction. British Journal of Anesthesia, v. 99, p. 316-28,
jul. 2007.
6. LEE, Fleisher; et. al. ACC/AHA 2007 Guidelines on Perioperative
Cardiovascular Evaluation and Care for Noncardiac Surgery: A Report
of the American College of Cardiology/American Heart Association

32
Task Force on Practice Guidelines. Circulation. v. 116, p. 418-500, set.
2007.
7. ORTENZI, Antonio. Como Reconhecer uma Via Aérea Difícil. In:
MARTINS, Márcio; MORAIS, José Mariano; PIRES, Oscar. Controle da
Via Aérea. Rio de Janeiro: SBA, 2012. p. 21-29.
8. ORTENZI, Antonio. Avaliação Pré-anestésica. In: CANGIANI, Luiz; et
al. Tratado de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 2. p.
1299-1322.
9. CHUNG, Frances; YEGNESWARAN, Balaji; LIAO, Pu; et al. STOP
Questionnaire. A Tool to Screen Patients for Obstructive Sleep Apnea.
Anesthesiology. v. 108, p. 812-21, 2008.
10. NEKHENDZY, Vladimir; TANAKA, Pedro. Análise do Algoritmo da
ASA para a Via Aérea Difícil. In: MARTINS, Márcio; MORAIS, José
Mariano; PIRES, Oscar. Controle da Via Aérea. Rio de Janeiro: SBA,
2012. p. 31-38.
11. YANCY, Clyde; et al. ACCF/AHA 2013 Guideline for the Management
of Heart Failure: A Report of the American College of Cardiology
Foundation/American Heart Association Task Force on Practice
Guidelines. Circulation. v. 128, p. 240-327, out. 2013.
12. CASTRO, Iran; et al. II Diretriz de Avaliação Perioperatória da
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de
Cardiologia. v. 96, p. 1-68, 2011.
13. SILVA, Denise; BAGLIO, Pierângelo; GAZZANA, Marcelo; et al.
Avaliação pulmonar e prevenção das complicações respiratórias
perioperatórias. Revista Brasileira de Clínica Médica. v. 7, p. 114-23,
2009.
14. STANZANI, Fabiana; OLIVEIRA, Maria; FORTE, Vicente; et al.
Escalas de risco de Torrington e Henderson e de Epstein:
aplicabilidade e efetividade nas ressecções pulmonares. Jornal
Brasileiro de Pneumologia. v. 31, p. 292-9, 2005.
15. ELLUM, John; et al. KDIGO Clinical Practice Guideline for Acute
Kidney Injury. Kidney International Supplements. v. 2, p. 124-38, mar.
2012.
16. EKNOYAN, Garabed; et al. KDIGO 2012 Clinical Practice Guideline
for the Evaluation and Management of Chronic Kidney Disease.
Kidney International Supplements. v. 3, p. 19-62, jan. 2013.
17. ROTHENBERG, David; O’CONNOR, Christopher; TUMAN, Kenneth.
Anesthesia and the Hepatobiliary System. In: MILLER, Ronald;
33
COHEN, Neal; ERIKSSON, Lars; et al. Miller’s Anesthesia. 8. ed.
Elsevier, 2015.

34
Capítulo 02
ROTINA NA SALA
DE CIRURGIA

35
ROTINA NA SALA DE CIRURGIA

Preparo da Sala de Cirurgia

Ao chegar na sala de cirurgia, o residente de anestesiologia


deverá:

1. Checar fontes de oxigênio (verde), ar comprimido (amarelo) e óxido


nitroso (azul), assim como suas conexões e seus manômetros.

Pressão oscilante nos manômetros: 45-55 psig (≅ 3-4 kPa x 100)

Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20101.

2. Preparar o aparelho de anestesia com os seguintes itens


esterilizados:

• Ramos inspiratório e expiatório;


• Dispositivo em Y;
• Traqueia;
• Látex.

3. Testar aparelho de anestesia e ajustar parâmetros ventilatórios.

Volume corrente (VC): 6-8 ml/kg


Frequência respiratória (FR): 10-16 ipm (adulto) ou 16-30 ipm (crianças)
Positive end expiratory pressure (PEEP): 3-5 cmH₂O

Fonte: Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, AMIB e SBPT, 2013 2.

4. Preparar e organizar mesa do aparelho de anestesia com:

• 4 metais: cabo e lâminas do laringoscópio, fio guia e pinça de Magill;

Cabo e lâmina MONTADOS E TESTADOS

36
• 4 plásticos: KT-5™ (balão, entrada de gases e válvula unidirecional),
máscara facial, cânula faríngea e tubo endotraqueal (2 diâmetros
diferentes pelo menos).

Diâmetro interno do tubo


Sexo Diâmetro interno do tubo orotraqueal
nasotraqueal*

Home
8,0 ± 0,5 mm com cuff ≤ 7,5 mm com cuff
m

Mulher 7,5 ± 0,5 mm com cuff ≤ 7,0 mm com cuff

Quadro 2.1 - Tamanho dos tubos endotraqueais para adultos.


* De preferência, usar tubos aramados.
Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20103.

Idade Diâmetro interno do tubo orotraqueal

Prematuro com < 1.000 g 2,5 mm

Prematuro com 1.000 a 2.000 g 3,0 mm

Neonato até 6 meses 3,0-3,5 mm

Lactente entre 6 meses e 1 ano 3,5-4,0 mm

Lactente entre 1 a 2 anos 4,0-4,5 mm

Acima de 2 anos (Idade [em anos] + 16) / 4 mm

Quadro 2.2 - Tamanho dos tubos endotraqueais para crianças.


Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20124.

Cânula orofaríngea (Guedel)

Distância da rima labial ao lobo da orelha

Quadro 2.3 - Tamanho adequado da cânula orofaríngea.


Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20125.

5. Checar monitorização básica:

• Capnógrafo;
• Cardioscópio;
• Oxímetro de pulso;
• Estetoscópio precordial;

37
• Pressão arterial não invasiva (PNI).

Outros monitores disponíveis:


- Sonda vesical: monitorização do débito urinário
- Índice biespectral (BIS): monitorização da profundidade anestésica
- Train-of-four (TOF): monitorização do grau de bloqueio neuromuscular
- Pressão arterial invasiva (PAI): monitorização instantânea da pressão arterial
- Termômetros (nasofaríngeo, esofágico, timpânico): monitorização da temperatura

6. Montar aspirador e checar seu funcionamento.

7. Montar equipo com cristalóide e equipo multivias (Polifix®) e/ou


torneira de 3 vias (Discofix® C) (se necessário).

8. Separar material para acesso venoso periférico (se necessário):

• Jelco;
• Gaze com antisséptico;
• Esparadrapo, fita médica microporosa (Micropore™) e/ou fixador
estéril para cateter periférico (IV Fix™).

Anestesia Geral

• Cortar esparadrapo e/ou separar fita cardíaca ou fixador para tubo


endotraqueal.

• Separar seringa para insuflar o cuff.

TESTAR o cuff com cufômetro (se disponível)

• Separar seringas para aspiração das drogas.

38
• Identificar cada seringa e/ou bomba de infusão contínua (BIC) com
caneta marcador permanente (Pilot®) ou etiqueta.

• Calcular doses das drogas baseadas no peso corporal do paciente


(vide sessão Peso Corporal e Doses Corrigidas em Equações,
Fórmulas e Valores Importantes).

• Discutir com anestesiologista responsável as classes de drogas


(sedativo, opioide, hipnótico, bloqueador neuromuscular) que serão
utilizadas na indução anestésica.

Anestesia Geral Balanceada


• Abastecer vaporizador com o agente inalatório.

Anestesia Geral Venosa Total


• Montar sistema automatizado de infusão alvo controlada (Diprifusor®,
Terufusion®, Perfusor® Space) com seringa própria (Propofol PFS® 1%
ou 2%) ou descartável e extensor apropriado.

• Configurar sistema automatizado de infusão alvo controlada com


dados do paciente.

• Preparar BIC com equipo próprio para infusão de opioide (se


necessário).

Cálculo da
V (ml/h) = D (mg/kg/h) x P (kg) / C (mg/ml)
vazão*

* Se dose em ml/min, multiplicar vazão por 60 (minutos).


V = vazão; D = dose; P = peso corporal; C = concentração da solução.

Anestesia no Neuroeixo

• Montar mesa estéril com:


- Cuba rim e pinça, luvas, compressas, gazes e solução antisséptica;

39
- Seringas de 1, 5 e 10 ml para raquianestesia e de 3, 5, 10 e 20 ml
para peridural.

Raquianestesia
• Separar agulha de punção raquidiana com desenho de bisel (p. ex.
Quincke) e diâmetro (p. ex. 25 ou 27 G) a critério do anestesiologista
responsável.

• Aspirar solução para o botão anestésico (p. ex. lidocaína a 2% sem


vasoconstritor) na seringa de 10 ml (se necessário).

• Aspirar solução anestésica/analgésica (p. ex. bupivacaína


hiperbárica a 0,5%) na seringa de 5 ml (anestesia/analgesia).

• Aspirar adjuvantes (p. ex. opioides) na seringa de 1 ml (se


necessário).

Peridural Simples
• Separar seringa de perda da resistência (vidro ou plástico) de 10 ou
20 ml.

• Separar agulha de punção peridural com desenho de bisel (p. ex.


Tuohy) e diâmetro (p. ex. 18 ou 20 G) a critério do anestesiologista
responsável.

• Aspirar solução analgésica/anestésica na seringa de 20 ml


(analgesia/anestesia).

• Aspirar solução para o botão anestésico (p. ex. lidocaína a 1% sem


vasoconstritor) na seringa de 10 ml.

• Aspirar dose teste (p. ex. lidocaína 2% com vasoconstritor) na


seringa de 5 ml.

• Aspirar adjuvantes (p. ex. opioides) na seringa de 3 ml (se


necessário).

Peridural Contínua
• Solicitar kit de peridural (seringa de perda da resistência, agulha e
cateter peridural).

40
• Aspirar solução analgésica/anestésica na seringa de 20 ml
(analgesia/anestesia).

• Aspirar solução para o botão anestésico (p. ex. lidocaína a 1% sem


vasoconstritor) na seringa de 10 ml.

• Aspirar dose teste (p. ex. lidocaína 2% com vasoconstritor) na


seringa de 5 ml.

• Aspirar adjuvantes (p. ex. opioides) na seringa de 3 ml (se


necessário).

Bloqueio de Nervo Periférico

• Montar mesa estéril para o bloqueio com gazes, compressas e


solução antisséptica.

• Aspirar solução analgésica/anestésica em seringas plásticas de 10


ml para pacientes adultos e de 5 ml para crianças ou depositar
volume total da solução em cuba rim.

Bloqueio com Estimulador de Nervos Periféricos


• Separar estimulador de nervos periféricos (Stimuplex®) e ajustar
seus parâmetros de acordo com a profundidade do bloqueio.

• Utilizar agulha eletroestimulável nos tamanhos:


- A 25 mm: para bloqueios superficiais em crianças;
- A 50 mm: para bloqueios profundos em crianças ou superficiais em
adultos;
- A 100 ou 150 mm: para bloqueios profundos em adultos.

Bloqueio Guiado por Ultrassonografia


• Configurar o aparelho de ultrassonografia.
• Selecionar o transdutor mais adequado (reto ou curvo) para o
bloqueio.

• Realizar antissepsia do transdutor com água e sabão e cobri-lo com


invólucro estéril.
41
• Utilizar gel estéril.

Referências Bibliográficas

1. BROCKWELL, Russell; ANDREWS, J. Jeff. Inhaled Anesthetic Delivery


Systems. In: MILLER, Ronald; ERIKSSON, Lars; FLEISHER, Lee; et al.
Miller’s Anesthesia. 7. ed. Elsevier, 2010.
2. Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB); Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Diretrizes Brasileiras
de Ventilação Mecânica. 2013. p.19-22.
3. HENDERSON, John. Airway Management in the Adult. In: MILLER,
Ronald; ERIKSSON, Lars; FLEISHER, Lee; et al. Miller’s Anesthesia. 7.
ed. Elsevier, 2010.
4. CARMONA, Bruno; COUCEIRO, Léa; SILVA, Waston. Pré-oxigenação e
Laringoscopia Direta Otimizada. In: MARTINS, Márcio; MORAIS, José
Mariano; PIRES, Oscar. Controle da Via Aérea. Rio de Janeiro: SBA,
2012. p. 65-89.
5. MIECZNIKOWSKI, Rosalice; CARMONA, Bruno; CERQUEIRA, Macius.
Ventilação sob Máscara Facial. In: MARTINS, Márcio; MORAIS, José
Mariano; PIRES, Oscar. Controle da Via Aérea. Rio de Janeiro: SBA,
2012. p. 91-102.

42
Capítulo 03
PRÉ
OXIGENAÇÃO

43
PRÉ OXIGENAÇÃO

Técnicas de Pré Oxigenação

A eficácia e eficiência das diversas técnicas de pré oxigenação


são apresentadas em vários estudos. A desnitrogenação deve ser
garantida mediante à oferta de oxigênio a 100% antes da indução
anestésica. A seguir são mostradas as técnicas de pré oxigenação
didaticamente divididas.

Tabela 3.1 - Técnica de pré oxigenação por respirações com volume corrente

Respirações com volume corrente por 3-5 minutos (tradicional)

1 capacidade vital seguida de 1 respiração com volume corrente

Tabela 3.2 - Técnica de pré oxigenação por respirações profundas

1 respiração com capacidade vital

4 respirações profundas (4 respirações com capacidade inspiratória)

8 respirações profundas (8 respirações com capacidade inspiratória)

12-16 respirações profundas (12-16 respirações com capacidade inspiratória)

1 capacidade vital seguida de uma respiração profunda

44
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.
Figura 3.1 - Tempo de dessaturação da oxi hemoglobina em apneia após
concentração alveolar de oxigênio de 87%.
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20122.

Referências Bibliográficas

1. CARMONA, Bruno; COUCEIRO, Léa; SILVA, Waston. Pré-oxigenação e


Laringoscopia Direta Otimizada. In: MARTINS, Márcio; MORAIS, José
Mariano; PIRES, Oscar. Controle da Via Aérea. Rio de Janeiro: SBA,
2012. p. 65-89.
2. MIECZNIKOWSKI, Rosalice; CARMONA, Bruno; CERQUEIRA, Macius.
Ventilação sob Máscara Facial. In: MARTINS, Márcio; MORAIS, José
Mariano; PIRES, Oscar. Controle da Via Aérea. Rio de Janeiro: SBA,
2012. p. 91-102.

45
Capítulo 04
VENTILAÇÃO
SOB MÁSCARA
FACIAL

46
VENTILAÇÃO SOB MÁSCARA FACIAL

Técnica de Ventilação sob Máscara Facial

O melhor acoplamento da máscara facial é conseguido com o


polegar e o indicador, em forma de “C”, ao redor do conector, fazendo
pressão no meio da máscara. O terceiro dedo deve ser posicionado sob o
queixo do paciente, enquanto o quarto e quinto dedos ficam sob a
mandíbula, tomando o formato da letra “E”. O nariz é selado pela pressão
feita pelo polegar. Para selar o queixo, a mandíbula é prensada com os

dedos e faz-se uma rotação superior do punho, ao mesmo tempo em que


se faz o movimento do selamento da parte superior da máscara.

Figura 4.1 - Acoplamento correto da máscara facial.


Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.

Manobras Indicações Contraindicações Complicações

Hiperextensã Obstrução da via aérea Lesão da coluna Dor no pescoço,


o da cabeça superior por tecido cervical, síndrome da pinçamento de
mole artéria basilar, nervo
crianças pequenas

Elevação do Alternativa à elevação As mesmas anteriores As mesmas


mento do pescoço para a anteriores
hiperextensão da
cabeça

47
Manobras Indicações Contraindicações Complicações

Protrusão da Quando a Mandíbula fraturada, Deslocamento da


mandíbula hiperextensão da mandíbula deslocada, mandíbula, trauma
cabeça está paciente acordado dentário
contraindicada ou foi
ineficaz

Quadro 4.1 - Manobras de desobstrução da via aérea.


Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.

Figuras 4.2 e 4.3 - Manobra de hiperextensão da cabeça e elevação do mento (à


esquerda) e manobra de protrusão da mandíbula (à direita) respectivamente.
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.

Tabela 4.1 - Dificuldade de ventilação sob máscara facial (Escala de Han e col.)

Grau Descrição
s

I Ventilação sem dificuldades

II Ventilação com cânula oral associada ou não a relaxante muscular

III Ventilação inadequada para manter a oxigenação; instável; requer dois


profissionais

IV Ventilação impossível, notada pela ausência de CO2 expirado e pela falta de


movimentos perceptíveis da caixa torácica, mesmo com o emprego de VPP;
apesar de auxiliares

VPP = ventilação com pressão positiva.


Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20122.

48
Referências Bibliográficas

1. MIECZNIKOWSKI, Rosalice; CARMONA, Bruno; CERQUEIRA, Macius.


Ventilação sob Máscara Facial. In: MARTINS, Márcio; MORAIS, José
Mariano; PIRES, Oscar. Controle da Via Aérea. Rio de Janeiro: SBA,
2012. p. 91-102.
2. ORTENZI, Antonio. Como Reconhecer uma Via Aérea Difícil. In:
MARTINS, Márcio; MORAIS, José Mariano; PIRES, Oscar. Controle da
Via Aérea. Rio de Janeiro: SBA, 2012. p. 21-29.

49
Capítulo 05
OTIMIZAÇÃO DA
LARINGOSCOPIA
DIRETA

50
OTIMIZAÇÃO DA LARINGOSCOPIA DIRETA

Posição Olfativa Ótima

Figura 5.1 - Posição olfativa ótima.

OA = eixo oral; PA = eixo faríngeo; LA = eixo laríngeo.


Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.

Figura 5.2 - Classificação de Cormack e Lehane modificada por Cook.


Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.

Grau Preditores de laringoscopia


Visualização
s direta

1 Comissuras anterior e posterior e cartilagens Fácil


aritenoides

2A Comissura posterior e cartilagens aritenoides

2B Apenas cartilagens aritenoides Moderado

51
Grau Preditores de laringoscopia
Visualização
s direta

3A Epiglote passível de elevação

3B Epiglote aderida à faringe Difícil

4 Apenas base da língua

Quadro 5.1 - Classificação de Cormack e Lehane modificada por Cook.


Adaptado de: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.
Figura 5.3 - Manobra BURP.
BURP = backward-upward-rightward pressure.
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.

Tabela 5.1 - Manobra BURP

Sigla Compressão da cartilagem cricoide

B Posteriormente contra as vértebras cervicais

U Superiormente tanto quanto possível

R Lateralmente para a direita

P Pressão

Adaptado de: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.

52
Um auxiliar deve executar uma força de
10 Newton (N) sobre a cartilagem cricoide e
aumentar para 30 N após a perda da
consciência do paciente, ocluindo o esôfago
até que o tubo endotraqueal tenha sido
inserido corretamente e seu cuff esteja
insuflado. Todavia, sua utilização é
atualmente controversa. Na presença de
dificuldade de intubação traqueal, a pressão
deve ser reduzida, ajustada ou liberada. Esta
manobra está contraindicada na presença de
vômitos ativos (risco de ruptura de esôfago),
fratura de coluna cervical e faringe.
Sellick, em seu trabalho original,
recomenda que a sonda gástrica seja retirada
antes da indução anestésica.

Figura 5.4 - Manobra de Sellick.


Adaptado de: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.

Laringoscopia Bimanual

1) Manipulação da cartilagem tireoide pelo laringoscopista com a mão


direita.
2) Otimização da laringoscopia através de visualização direta.
3) Aposição da mão de um assistente sobre a cartilagem tireoide para
manutenção do melhor posicionamento possível.
4) Liberação da mão direita do laringoscopista para introdução do tubo
endotraqueal.

53
54
Figura 5.5 - Manobra de laringoscopia bimanual.
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.

Referências Bibliográficas

1. CARMONA, Bruno; COUCEIRO, Léa; SILVA, Waston. Pré-oxigenação e


Laringoscopia Direta Otimizada. In: MARTINS, Márcio; MORAIS, José
Mariano; PIRES, Oscar. Controle da Via Aérea. Rio de Janeiro: SBA,
2012. p. 65-89.

55
Capítulo 06
TÉCNICAS DE
INTUBAÇÃO

56
TÉCNICAS DE INTUBAÇÃO

Técnica de Intubação Orotraqueal

1) Posicionar a cabeça do paciente (posição olfativa ótima).


2) Realizar pré oxigenação sob máscara facial.
3) Proceder a indução anestésica.
4) Segurar o laringoscópio com a mão esquerda.
5) Introduzir a lâmina do laringoscópio pelo lado direito da boca do
paciente.
6) Realizar luxação da língua para a esquerda.
7) Centralizar a lâmina.
8) Visualizar estruturas da faringe (dorso e base da língua, epiglote).
9) Posicionar a ponta da lâmina na valécula.
10) Tracionar a lâmina para frente e para cima.
11) Visualizar estruturas da faringe (vide figura 5.2 e quadro 5.1).
12) Retrair a comissura labial para melhorar o campo visual.
13) Inserir o tubo endotraqueal.
14) Posicionar cordas vocais entre a demarcação especificada no tubo
endotraqueal.
15) Insuflar o cuff.
16) Confirmar intubação:
I. Visualização direta da passagem do tubo endotraqueal pelas
cordas vocais;
II. Curva da capnografia;
III. Ausculta pulmonar simétrica;
IV. Expansão torácica bilateral;
V. Condensação no interior do tubo endotraqueal.
17) Fixar o tubo endotraqueal com esparadrapo, fita cardíaca ou
fixador próprio.

Técnica de Intubação Nasotraqueal

1) Posicionar a cabeça do paciente (posição olfativa ótima).


2) Realizar pré oxigenação sob máscara facial.
3) Proceder a indução anestésica.
57
4) Realizar anestesia tópica da narina com melhor patência.
5) Introduzir pela narina selecionada o tubo endotraqueal com bisel
voltado para o septo nasal até sua passagem pelos cornetos.
6) Segurar o laringoscópio com a mão esquerda.
7) Introduzir a lâmina do laringoscópio pelo lado direito da boca do
paciente.
8) Realizar luxação da língua para a esquerda.
9) Centralizar a lâmina.
10) Visualizar estruturas da faringe (dorso e base da língua, epiglote) e
a ponta do tubo endotraqueal no assoalho da orofaringe.
11) Posicionar a ponta da lâmina na valécula.
12) Tracionar a lâmina para frente e para cima.
13) Visualizar estruturas da faringe (vide figura 5.2 e quadro 5.1).
14) Direcionar a ponta do tubo endotraqueal para a fenda glótica com a
ajuda da pinça de Magill (evitar preensão do cuff).
15) Progredir o tubo endotraqueal com a ajuda de um auxiliar.
16) Posicionar cordas vocais entre a demarcação especificada no tubo
endotraqueal.
17) Insuflar o cuff.
18) Confirmar intubação.

19) Fixar o tubo endotraqueal com esparadrapo, fita cardíaca ou


pontos de sutura.

Figura 6.1 - Intubação nasotraqueal com pinça de Magill.


58
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121.

Referências Bibliográficas

1. CARMONA, Bruno; COUCEIRO, Léa; SILVA, Waston. Pré-oxigenação e


Laringoscopia Direta Otimizada. In: MARTINS, Márcio; MORAIS, José
Mariano; PIRES, Oscar. Controle da Via Aérea. Rio de Janeiro: SBA,
2012. p. 65-89.

59
Capítulo 07
TÉCNICA DE
INDUÇÃO EM
SEQUÊNCIA RÁPIDA

60
TÉCNICA DE INDUÇÃO EM SEQUÊNCIA RÁPIDA

Após revisão de literatura de todos os aspectos técnicos


relacionados à indução em seqüência rápida (ISR) em pacientes

considerados de estômago cheio, foi elaborado pelo CET dos Hospitais


da Restauração, Getúlio Vargas e Oswaldo Cruz (Recife/PE) um protocolo
de técnica de ISR.
Figura 7.1 - Protocolo de técnica de indução em seqüência rápida.
Elaborado por Barbosa Júnior, S. e Abreu Júnior, V1.

Referências Bibliográficas

1. BARBOSA JÚNIOR, Severino; ABREU JUNIOR, Valdelucio. Avaliação


da Técnica de Indução em Sequência Rápida entre os Residentes e
Médicos Anestesiologistas do Hospital da Restauração. Hospital da
Restauração. Recife, 2014.

61
Capítulo 08
FÁRMACOS
USADOS EM
ANESTESIA

62
FÁRMACOS USADOS EM ANESTESIA

Hipnóticos e Sedativos

Diluições
Nomes Apresentações Doses e
Drogas (concentraçõe
comerciais (volumes) vias de administração
s)

Cetamin Ketalar® FA 50 mg/ml 100 mg + AD 8 Analgesia: 0,1-0,5 mg/kg IV


a Ketamin® (10 ml) ml ou
Clortamina® (10 mg/ml) 2-4 mg/kg IM
Indução: 1-3 mg/kg IV ou
4-6 mg/kg IM
Manutenção: 15-90
µg/kg/min IV

Etomidat Etomidato® Amp. 2 mg/ml 20 mg + AD 10 Sedação: 0,03-0,05 mg/kg


o Hypnomida (10 ml) ml (1 mg/ml) IV
te® Indução: 0,2-0,3 mg/kg IV

Propofol PFS® Seringa 1% ou Sedação: 25-75 µg/kg/min


2% IV
(50 ml) Indução:
Adulto: 1-2,5 mg/kg
Diprivan® Amp. ou FA 1% IV
Propofol® (20 ml) Criança: 2,5-3,5
Propovan® mg/kg IV
Manutenção: 0,1-0,2
mg/kg/min
Laringoespasmo: 0,5 mg/kg
IV
Antiemético: 10-20 mg
bolus IV
Antipruriginoso: 10 mg
bolus IV
Convulsão: 1 mg/kg IV

Tiopenta Thiopentax FA 0,5 ou 1 g 0,5 g + AD 20 Indução: 3-5 mg/kg IV


®
l (pó) ml Convulsão: 50-100 mg IV
(25 mg/ml)

Quadro 8.1 - Drogas hipnóticas e sedativas.


FA = frasco-ampola; IV = intravenoso; IM = intramuscular.
Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20111,2; Bases da Anestesia, 6ª edição, 20123.

Características Propofol Tiopental Cetamina Etomidato

Duração de ação (min) 3-8 5-10 5-10 3-8

63
Características Propofol Tiopental Cetamina Etomidato

Ligação proteica (%) 97 83 12 77

Vdee (L/kg) 2-10 2,5 3,1 2,5-4,5

t ½ α (min) 2-4 2-4 11-16 2-4

t ½ β (h) 4-23 11 2-4 2,9-5,3

Quadro 8.2 - Características farmacológicas das drogas hipnóticas e sedativas.


Vdee = volume de distribuição no estado de equilíbrio; ½ α = tempo de meia-vida de
distribuição; t ½ β = tempo de meia-vida de eliminação.
Fonte: Bases da Anestesia, 6ª edição, 20123.

64
Benzodiazepínicos

Nomes
Apresentaçõ Diluições Doses e
Drogas comercia
es (volumes) (concentrações) vias de administração
is

Diazepam Diazepam Amp. 5 mg/ml 10 mg + AD 8 ml Sedação: 1-2 mg IV


®
(2 ml) (1 mg/ml) Indução: 0,3-0,5 mg/kg IV ou
Valium® 0,05-0,1 mg/kg IM
Tétano: 2-20 mg/kg IV de
8/8h
Convulsão: 10-20 mg IV

Flumazen Lanexat® Amp. 0,1 0,5 mg + AD 5 ml Antídoto: 0,1-0,2 mg (até 3


il mg/ml (5 ml) (0,1 mg/ml) mg) IV
BIC: 30-60 µg/kg/min IV

Midazola Dormonid Amp. 5 mg/ml 5 mg + AD 4 ml Pré-anestésico: 0,04-0,08


®
m (3 ml) (1 mg/ml) mg/kg IV
Dormire® ou 0,4-0,8 mg/kg VO
Amp. 5 mg/ml 100 mg + SF Sedação: 0,03-0,1 mg/kg IV
(10 ml) 0,9% 80 ml (1 Indução: 0,15-0,4 mg/kg IV
mg/ml) Convulsão: 2-5 mg IV

Amp. 1 mg/ml
(5 ml)

Xarope 2
mg/ml
(10 ml)

Lorazepa Lorax® Amp. 2 mg/ml Sedação: 0,25 mg IV


m (1 ou 10 ml) Indução: 0,1 mg/kg IV

Amp. 4 mg/ml
(1 ou 10 ml)

Quadro 8.3 - Benzodiazepínicos.


VO = via oral; SF 0,9% = soro fisiológico a 0,9%.
Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 2011 4; Manual de Fármacos para Anestesia,
SBA, 20065.

Características Midazolam Diazepam Lorazepam

Duração de ação
15-20 15-30 60-120
(min)

Ligação proteica
94 98 98
(%)

Clearance
5,8-9,0 0,2-0,5 0,8-1,5
(ml/kg/min)

65
Características Midazolam Diazepam Lorazepam

Vdee (L/kg) 1,1-1,7 0,7-1,7 0,8-1,3

t ½ α (min) 7-15 10-15 3-10

t ½ β (h) 1,7-2,6 20-50 11-22

Quadro 8.4 - Características farmacológicas dos benzodiazepínicos.


Fonte: Bases da Anestesia, 6ª edição, 20123.

66
Opioides

Nomes
Apresentaçõ Diluições Doses e
Drogas comercia
es (volumes) (concentrações) vias de administração
is

Alfentanil Alfast® Amp. 0,5 1 mg + AD 8 ml Analgesia: 10-20 µg/kg IV


Rapifen® mg/ml (5 ou (100 µg/ml) Indução: 25-50 µg/kg IV
10 ml) Manutenção: 0,5-2
µg/kg/min IV

Fentanil Fentanil® Amp. 50 Analgesia: 1-3 µg/kg IV


Fentanes µg/ml (2 ou 5 Indução: 2-6 µg/kg IV
t® ml) Manutenção: 0,5-5 µg/kg/h
Unifental IV
® FA 50 µg/ml 1 mg + SF 0,9% Raquianestesia: 5-25 µg
(10 ml) 80 ml (10 µg/ml) Peridural: 50-100 µg

Meperidina Dolantina Amp. 50 Analgesia: 0,1-1 mg/kg IV ou


®
Petidina mg/ml (2 ml) 50-75 mg IM ou SC
Dolosal® Tremor: 12,5-50 mg IV

Metadona Metadon® Amp. 10 Analgesia: 10-20 mg IV ou


mg/ml (1 ml) 0,1-0,2 mg/kg SC

Morfina Dimorf® Amp. 0,2 Analgesia: 0,05-0,2 mg/kg IV


Sulfato mg/ml (1 ml) Raquianestesia: 0,1-0,3 mg
de Amp. 1 mg/ml Peridural: 1-5 mg
morfina® (2 ml)

Nalbufina Nubain® Amp. 10 Adultos: 5-10 mg IV


mg/ml (1 ml) Crianças: 0,1-0,2 mg/kg IV

Naloxone Narcan® Amp. 0,4 0,4 mg + AD 9 ml Antídoto: 0,04-0,08 mg IV


mg/ml (1 ml) (0,04 mg/ml)

Remifenta Ultiva® FA 1, 2 ou 5 2 mg + SF 0,9% Indução: 1-2 µg/kg IV


nil mg (pó) 110 ml (18,2 Manutenção: 0,1-1
µg/ml) µg/kg/min IV

Sufentanil Fastfen® Amp. 5 µg/ml Analgesia: 0,1-0,3 µg/kg IV


Sufenta® (2 ml) Indução: 0,3-1 µg/kg IV
Manutenção: 0,5-1,5 µg/kg/h
Amp. 10 IV
µg/ml (1 ou 5 Raquianestesia: 2,5-10 µg
ml) Peridural: 5-50 µg

Quadro 8.5 - Opioides.


SC = subcutâneo.
Adaptado de: Manual de Fármacos para Anestesia, SBA, 20065; Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20106,7;
Anesthesiology, 1ª edição, 20088; Clinical Anesthesia, 6ª edição, 20099,10.

67
Morfin Fentan Sufentan Alfentan Remifenta Meperidin
Características
a il il il nil a

pKa 8,0 8,4 8,0 6,5 7,1 8,5

% não ionizada (pH 7,4) 23 8,5 20 90 58 7,0

Ligação proteica (%) 20-40 84 93 92 80 70

Coeficiente de partição
1,4 813 1778 145 17,9
octanol-água

Vdee (L/kg) 3,0-5,0 3,0-5,0 2,5-3,0 0,4-1,0 0,2-0,3

Quadro 8.6 - Características farmacológicas dos opioides.


Fonte: Bases da Anestesia, 6ª edição, 201211; Manual de Anestesiologia Clínica, 6ª edição, 201112.

68
Bloqueadores Neuromusculares

Nomes
Apresentaçõ Diluições
Drogas comercia Doses intravenosas
es (volumes) (concentrações)
is

Atracúrio Tracrium Amp. 10 25 mg + AD 2,5 DE95: 0,2 mg/kg


®
mg/ml ml IET: 0,5 mg/kg
(2,5 ml) (5 mg/ml) BIC: 4-12 µg/kg/min

Cisatracúri Nimbium® Amp. 2 mg/ml DE95: 0,05 mg/kg


o (5 e 10 ml) IET: 0,1-0,2 mg/kg
BIC: 1-2 µg/kg/min
FA 5 mg/ml
(30 ml)

Mivacúrio Mivacron Amp. 2 mg/ml DE95: 0,08 mg/kg


®
(10 ml) IET: 0,15 mg/kg
BIC: 3-15 µg/kg/min

Pancurônio Pancuron Amp. 2 mg/ml DE95: 0,06 mg/kg


®
(2 ml) IET: 0,12 mg/kg
Pavulon®

Rocurônio Esmeron® FA 10 mg/ml 200 mg + SF DE95: 0,3 mg/kg


(5 ml) 0,9% 180 ml (1 IET: 0,6 mg/kg
mg/ml) Sequência rápida: 0,9-1,2
mg/kg
BIC: 9-12 µg/kg/min

Suxametôni Quelicin® FA 100 mg 100 mg + AD 10 DE95: 0,5 mg/kg


o Succitrat (pó) ml IET:
®
(10 mg/ml) Adulto: 1 mg/kg
Succinil- Criança: 2-2,5 mg/kg
Colin® Laringoespasmo: 0,1 mg/kg
Convulsão persistente: 50
mg

Vecurônio Vecuron® FA 4 ou 10 10 mg + AD 10 DE95: 0,05 mg/kg


mg ml IET: 0,1 mg/kg
(pó) (1 mg/ml) BIC: 0,8-1 µg/kg/min

Quadro 8.7 - Bloqueadores neuromusculares.


DE95 = dose efetiva em 95% dos casos; IET = intubação endotraqueal.
Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201113; Anestesia Venosa Total, SBA, 201114.

Pancurôni Rocurôni Cisatracúr Mivacúri


Características Atracúrio
o o io o

Início da depressão máxima 3-5 1-2 3-5 3-5 2-3


da contração (min)

69
Pancurôni Rocurôni Cisatracúr Mivacúri
Características Atracúrio
o o io o

Duração do retorno a ≥ 25% 60-90 20-35 20-35 20-35 12-20


(min)

Excreção renal (% 80 10-25 NS NS NS


inalterado)

Degradação hepática (%) 10 10-20 NS NS NS

Excreção biliar (% 5-10 50-70 NA NS NS


inalterado)

Hidrólise plasmática Não Não ENZ + ESP ENZ


ESP

Quadro 8.8 - Características farmacológicas dos bloqueadores neuromusculares.


NS = não significativo; NA = não aplicável; ENZ = enzimática; ESP = espontânea.
Fonte: Bases da Anestesia, 6ª edição, 201215.

70
Reversores do Bloqueio Neuromuscular

Nomes Apresentações Doses e


Drogas
comerciais (volumes) vias de administração

Edrofônio Tensilon®* Amp. 10 mg/ml Reversão do bloqueio: 0,5-1,5


(1 ml) mg/kg IV

Fisostigmina Antilirium®* Amp. 1 mg/ml Síndrome anticolinérgica: 15-40


(1 ml) µg/kg IV
Tremor: 0,04 mg/kg IV

Neostigmina Normastig® Amp. 0,5 mg/ml Reversão do bloqueio:


Prostigmine® (1 ml) Adulto: 0,06-0,08 mg/kg IV
Criança: 0,05-0,06 mg/kg IV
Raquianestesia: 6,25-50 µg
Peridural: 1-4 µg/kg

Piridostigmina Mestinon® Comp. 60 mg Miastenia gravis: 60-180 mg VO


Reversão do bloqueio: 0,2 mg/kg
Amp. 5 mg/ml* IV

Sugamadex Bridion® FA 100 mg/ml Reversão do bloqueio:


(2 ml) Superficial: 0,2 mg/kg IV
Moderado: 2 mg/kg IV
Profundo: 4 mg/kg IV
Sequência rápida ou anafilaxia
por rocurônio: 16 mg/kg IV

Quadro 8.9 - Reversores do bloqueio neuromuscular.


Comp. = comprimido.
*Formulações não comercializadas no Brasil.
Adaptado de: Manual de Fármacos para Anestesia, SBA, 2006 5; Anesthesiology, 1ª edição, 20088; Tratado de
Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201113; Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201016;

A atropina deve ser administrada imediatamente antes da maioria


dos reversores a fim de bloquear os receptores muscarínicos e assim
evitar os efeitos deletérios da ativação destes receptores (bradicardia,
sialorreia, broncoconstricção). Age, portanto, como adjuvante na
reversão do bloqueio neuromuscular.

Nomes Apresentações
Drogas Doses intravenosas
comerciais (volumes)

Atropina Pasmodex® Amp. 0,25 mg/ml Bolus: 25-30 µg/kg (1 minuto


Atropion® (1 ml) antes da
Santropina® neostigmina) ou 7-10
µg/kg (em combinação

71
Nomes Apresentações
Drogas Doses intravenosas
comerciais (volumes)

com o edrofônio)

Quadro 8.10 - Adjuvante na reversão do bloqueio neuromuscular.


Fonte: Manual de Fármacos para Anestesia, SBA, 20065; Manual de Anestesiologia Clínica, 6ª edição, 201117.

72
Agentes Inalatórios

Nomes Apresentaçõ
Drogas CAM (%) Doses
comerciais es (volumes)

Desflurano Desforane® Frasco 100 6,0 DE95: 7,8%


Suprane® ou 250 ml

Enflurano Etrane® Frasco 100, 1,7 DE95: 2,184%


125 ou 240
ml

Halotano Halotano® Frasco 100 0,7 DE95: 0,975%


Fluothane® ou 250 ml

Isoflurano Forane® Frasco 100 1,17 DE95: 1,495%


ou 250 ml

Sevoflurano Sevorane® Frasco 100 1,9 DE95: 2,65%


Sevocris® ou 250 ml

Quadro 8.11 - Agentes inalatórios.


CAM = concentração alveolar mínima.
Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201118.

Isofluran Halotan Desfluran Sevofluran Óxido


Características Enflurano
o o o o nitroso

Coeficiente de
partição

Sangue-gás 1,46 1,9 2,5 0,45 0,65 0,46

Cérebro-sangue 1,6 1,5 1,9 1,3 1,7 1,1

Gordura-sangue 45 36 51 27 48 2,3

Pressão de vapor a 240 172 244 669 160 39000


20℃ (mmHg)

Ponto de ebulição 48,5 56,5 50,2 23,5 58,5 -88


(℃)

Peso molecular (g) 184 184 197 168 200 44

Metabolização (%) 0-0,2 15-40 0-0,2 5-8

Quadro 8.12 - Características farmacológicas dos agentes inalatórios.


Fonte: Bases da Anestesia, 6ª edição, 201219.

73
Anestésicos Locais

Epinefrin
Nomes Apresentaçõ
Baricida a Doses e
Drogas comerciai es
de 1:200.00 vias de administração
s (volumes)
0

Bupi- Neocaína Isobárica Não Amp. 0,5% Raquianestesia: 5-20 mg


®
vacaína (4 ml) Peridural: 40-225 mg
Marcaína Máxima: 3 mg/kg
®
FA 0,25 a (infiltração ou
0,75% bloqueio periférico)
(20 ml)

Sim FA 0,25 a
0,75%
(20 ml)

Hiperbári Não Amp. 0,5%


ca (4 ml)

Lidocaín Lidojet® Isobárica Não Amp. 2% Bolus: 1-2 mg/kg IV


a Xylocaína (5 ml) (indução)
®
BIC: 2-3 mg/kg/h IV
Xylestesi FA 1 ou 2% Máxima: 7 mg/kg IV
n® (20 ml) (infiltração
Hypocaín ou bloqueio
a® periférico)

Sim FA 1 ou 2% Peridural: 150-300 mg


(20 ml) Máxima: 10 mg/kg
(infiltração
ou bloqueio
periférico)

Hiperbári Não Amp. 5% Raquianestesia: 30-100


ca (2 ml) mg

Levobupi Novabupi Isobárica Não Amp. 0,5% Raquianestesia: 15-20


®
-vacaína (4 ml) mg
Peridural: 40-250 mg
FA 0,25 a Máxima: 3 mg/kg
0,75% (infiltração ou
(20 ml) bloqueio periférico)

Sim Amp. 0,25%


(4 ml)

FA 0,25 a
0,75%
(20 ml)

Ropi- Ropi® Isobárica NA FA 0,2 a 1% Raquianestesia: 15-20


vacaína Naropin® (10 ou 20 ml) mg

74
Epinefrin
Nomes Apresentaçõ
Baricida a Doses e
Drogas comerciai es
de 1:200.00 vias de administração
s (volumes)
0

Peridural: 40-250 mg
Máxima: 3 mg/kg
(infiltração ou
bloqueio periférico)

Quadro 8.13 - Anestésicos locais.


Adaptado de: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201032.

Solução sem epinefrina Solução com epinefrina


Anestésicos Concentraçã
locais o Dose Duração Dose Duração
máxima máxima

Lidocaína 0,5-1% 300 mg 30-60 min 500 mg 120 min

Bupivacaína 0,25-0,5% 175 mg 120-240 min 200 mg 180-240 min

Ropivacaína 0,2-0,5% 200 mg 120-240 min 250 mg 180-240 min

Quadro 8.14 - Características da infiltração anestésica.


Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201020.

Solução sem epinefrina Solução com


Anestésicos Concentraçã epinefrina
locais o
Volume Dose* Duração Duração

Lidocaína 1% 5-20 ml 50-200 mg 60-120 120-180 min


min

Bupivacaína 0,25-0,5% 5-20 ml 12,5-100 180-360 240-420 min


mg min

Ropivacaína 0,2-0,5% 5-20 ml 10-100 mg 180-360 240-420 min


min

Quadro 8.15 - Características do bloqueio de nervos periféricos menores.


* Doses referentes a um adulto de 70 kg.
Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201020.

Solução com epinefrina


Anestésicos Concentraç
locais ão Volume Dose Início de Duração
máxima* ação

Lidocaína 1-2% 30-50 ml 500 mg 10-20 min 120-240 min

Bupivacaína 0,25-0,5% 30-50 ml 225 mg 20-30 min 360-720 min

75
Solução com epinefrina
Anestésicos Concentraç
locais ão Volume Dose Início de Duração
máxima* ação

Levobupivacaín 0,25-0,5% 30-50 ml 225 mg 20-30 min 360-720 min


a

Ropivacaína 0,2-0,5% 30-50 ml 250 mg 20-30 min 360-720 min

Quadro 8.16 - Características do bloqueio de nervos periféricos maiores.


* Doses referentes a um adulto de 70 kg.
Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201020.

Ésteres Amidas
Características Procaín Tetracaí Lidocaín Mepivacaí Bupivacaín Ropivacaí
a na a na a na

pKa 8,9 8,5 7,9 7,6 8,1 8,1

Fração não 3 7 24 39 17 17
ionizada
(pH 7,4)

Ligação proteica 6 94 64 77 95 94
(%)

Solubilidade 100 5822 366 130 3420 775


lipídica

Potência relativa 0,3 2 1 1,4 4 2,9


de toxicidade no
SNC

Proporção da 3,7 7,1 7,1 2 2


dose necessária
para toxicidade
SNC:SCV

Quadro 8.17 - Características farmacológicas dos anestésicos locais.


SNC = sistema nervoso central; SCV = sistema cardiovascular.
Fonte: Bases da Anestesia, 6ª edição, 201221; Manual de Anestesiologia Clínica, 6ª edição, 201122.

76
Agonistas Alfa-2-adrenérgicos

Nomes Diluições
Apresentaçõ Doses e
Drogas comercia (concentraçõe
es (volumes) vias de administração
is s)

Clonidina Clonidin® Amp. 150 150 µg + AD 14 Pré-anestésico: 0,5-2


µg/ml (1 ml) ml µg/kg IV
(10 µg/ml) ou 2-4 µg/kg VO
Raquianestesia: 15-45 µg
Atensina® Comp. 100, Peridural: 150 µg
150 ou 200
µg

Dexmedetomidi Precedex FA 100 µg/ml 200 µg + SF Ataque: 1 µg/kg em 10


®
na (2 ml) 0,9% 200 ml (1 min IV
µg/ml) Manutenção: 0,2-0,7
µg/kg/h

Quadro 8.18 - Agonistas alfa-2-adrenérgicos.


Adaptado de: Anesthesiology, 1ª edição, 20088; Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201123.

Características Clonidina Dexmedetomidina

Seletividade dos receptores α2/α1 220/1 1.620/1

Ligação proteica (%) 20 97,3

Vdee (L/kg) 1,7-2,5 2,85

Depuração (ml/kg/min) 1,9-4,3 0,5

t ½ β (h) 6-23 2-3

Metabolização Hepática Hepática

Excreção Renal Renal

Quadro 8.19 - Características farmacológicas dos agonistas alfa-2-adrenérgicos.


Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201123.

77
Antieméticos

Nomes Apresentaçõ
Drogas Doses intravenosas
comerciais es (volumes)

Dexametason Decadron® Amp. 4 mg/ml Adulto: 5-10 mg (antes da indução)


a (2,5 ml) Criança: 0,15 mg/kg (até 5 mg)

Difenidramina Difenidrin® Amp. 50 Adulto: 25-50 mg


mg/ml Criança: 1-1,5 mg/kg
(1 ml)

Dimenidrinato Dramin® B6 Amp. 3 mg/ml Adulto: 1-2 mg/kg (final da cirurgia)


DL (10 ml) Criança: 0,5 mg/kg (até 25 mg)

Droperidol Droperdal® Amp. 2,5 Adulto: 0,625-1,25 mg (final da cirurgia)


mg/ml Criança: 10-15 µg/kg (até 1,25 mg)
(1 ml)

Metocloprami Plasil® Amp. 5 mg/ml Adulto: 10 mg (final da cirurgia)


da (2 ml) Criança:
< 6 anos: 0,1 mg/kg
6-14 anos: 2,5-5 mg

Ondansetrona Nausedron® Amp. 2 mg/ml Adulto: 4-8 mg (final da cirurgia)


Vonau® (2 ml) Criança: 0,05-0,1 mg/kg (até 4 mg)
Zofran®

Prometazina Fenergan® Amp. 25 Adulto: 12,5-25 mg (final da cirurgia)


Pamergan® mg/ml
(2 ml)

Quadro 8.20 - Drogas antieméticas.


Adaptado de: Manual de Anestesiologia Clínica, 6ª edição, 201117; Educação Continuada em Anestesiologia,
SBA, 201324; Anestesia Venosa Total, SBA, 201125.

Fatores de risco Incidência cumulativa de NVPO

Sexo feminino 20%

Não fumantes 40%

História de NVPO ou cinetoses 60%

Uso de opioides 80%

Quadro 8.21 - Critérios de Apfel et al. para estratificação do risco de náuseas e vômitos
pós-operatórios (NVPO) em adultos.
Adaptado de: Anestesia Venosa Total, SBA, 201125.

78
Fatores de risco Incidência cumulativa de VPO

Cirurgia ≥ 30 minutos 10%

Idade ≥ 3 anos 30%

Cirurgia de estrabismo 55%

História de VPO ou de NVPO dos pais 70%

Quadro 8.22 - Critérios de Eberhart et al. para estratificação do risco de vômitos pós-
operatórios (VPO) em crianças.
Adaptado de: Anestesia Venosa Total, SBA, 201125.

79
Analgésicos

Nomes Diluições
Apresentações Doses e
Drogas comercia (concentrações
(volumes/área) vias de administração
is )

Cetoprofen Profenid® FA 100 mg 100 mg + SF Adulto: 100 mg IV


o Artrinid® (pó) 0,9% 100 ml (1 Criança:1-2 mg/kg IV
mg/ml)

Cetorolaco Toradol® Amp. 30 mg/ml Adulto: 15-30 mg IV ou


(1 ml) VO
Criança:
Toragesi Comp. 10 mg > 2 anos: 0,25-1
c® mg/kg IV ou SL

Codeína Codein® Comp. 30 ou 60 Adulto: 15-120 mg VO


Tylex® mg Criança: 1 mg/kg VO

Dipirona Dipifarma Amp. 500 mg/ml Adulto: 0,5- 2 g IV (final


®
(2 ml) da
Novalgin cirurgia)
a® Criança: 12,5-30 mg/kg IV
ou
VO

Fentanil Durogesi Adesivo 12-100 Adulto: 12-100 µg TD


c® D- µ/h
Trans (5,25-42 cm²)

Morfina Dimorf® Amp. 10 mg/ml Adulto: 10-15 mg IM ou


Sulfato (1 ml) 30-120 mg VO
de Criança: 0,05-0,2 mg/kg
morfina® Comp. 10 ou 30 IV ou
mg 0,3-0,5 mg/kg VO

Parecoxibe Bextra® FA 40 mg 40 mg + AD 10 Adulto: 40 mg IV


(pó) ml
(4 mg/ml)

Tenoxicam Tilatil® FA 20 mg 20 mg + AD 10 Adulto: 20-40 mg IV


(pó) ml Criança:
(2 mg/ml) > 12 anos: 0,4
mg/kg IV

Tramadol Tramal® Amp. 50 mg/ml 100 mg + SF Adulto: 50-100 mg IV


(2 ml) 0,9% 100 ml (1 Criança: 0,7-2 mg/kg IV
mg/ml)

Quadro 8.23 - Analgésicos.


SL = sublingual; TD = transdérmico.
Adaptado de: Manual de Fármacos para Anestesia, SBA, 2006 5; Educação Continuada em Anestesiologia,
SBA, 201226.

80
Dor forte

Dor moderada Opioides fortes (p. ex.


morfina, fentanil,
Dor fraca Opioides fracos (p. ex. metadona)
Não opioides (p. ex. tramadol, codeína)
dipirona, paracetamol,
AINEs) ± Não opioides ± Não opioides

± Adjuvantes

Figura 8.24 - Escala analgésica da Organização Mundial da Saúde (OMS).


AINEs = antiinflamatórios não-esteroidais.
Fonte: Diretriz de Tratamento Farmacológico da Dor, Hospital Israelita Albert Einstein, 2012 27.

81
Drogas Vasoativas

Diluições
Nomes Apresentaçõe
Drogas (concentrações Doses intravenosas
comerciais s (volumes)
)

Adrenalina Adren® Amp. 1 mg/ml 1 mg + AD 19 BIC: 0,01-0,3 µg/kg/min


(1 ml) ml Anafilaxia grave: 0,1 mg
(50 µg/ml)

Amrinona Inocor® Amp. 5 mg/ml 300 mg + SF Bolus: 750 µg/kg em 2-3


(20 ml) 0,9% 240 ml (1 min
mg/ml) BIC: 5-10 µg/kg/min

Dobutamina Dobutrex® Amp. 12,5 250 mg + SF BIC: 2-20 µg/kg/min


mg/ml 0,9% 230 ml (1
(20 ml) mg/ml)

Dopamina Revivan® Amp. 5 mg/ml 250 mg + SF BIC: 2-20 µg/kg/min


(10 ml) 0,9% 200 ml (1
mg/ml)

Efedrina Efedrin® Amp. 50 50 mg + AD 9 Bolus: 5-25 mg


mg/ml ml
(1 ml) (5 mg/ml)

Etilefrina Efortil® Amp. 10 10 mg + AD 9 Bolus: 1-2 mg


Etilefril® mg/ml ml
(1 ml) (1 mg/ml)

Isoproterenol Isuprel® Amp. 0,2 1 mg + SF 0,9% BIC: 0,1-1 µg/kg/min


mg/ml 245 ml (4
(1 ml) µg/ml)

Fenilefrina Fenilefrin® Amp. 10 10 mg + AD 9 Bolus: 50-200 µg


mg/ml ml BIC: 0,15-0,75 µg/kg/min
(1 ml) (1 mg/ml)

Fenoldopam Corlopam® Amp. 10 10 mg + SF BIC: 0,1-1,6 µg/kg/min


mg/ml 0,9% 250 ml
(1 ou 2 ml) (40 µg/ml)

Levosimendan Simdax® FA 2,5 mg/ml 25 mg + SG 5% Bolus: 12-24 µg/kg


(5 ou 10 ml) 240 ml (0,1 BIC: 0,1-0,2 µg/kg/min
mg/ml)

Metaraminol Aramin® Amp. 10 10 mg + AD 19 Bolus: 0,5-1 mg


mg/ml ml
(1 ml) (1 mg/ml)

Milrinona Primacor® FA 1 mg/ml 20 mg + SG 5% Bolus: 50 µg/kg (em 10


IV (10 ou 20 ml) 180 ml (0,1 min)
mg/ml) BIC: 0,375-0,75
µg/kg/min

82
Diluições
Nomes Apresentaçõe
Drogas (concentrações Doses intravenosas
comerciais s (volumes)
)

Nitroglicerina Tridil® Amp. 5 mg/ml 25 mg + SF BIC: 0,5-5 µg/kg/min


(5 ou 10 ml) 0,9% 245 ml
(0,1 mg/ml)

Nitroprussiato Nipride® Amp. 25 50 mg + SF BIC: 0,5-5 µg/kg/min


mg/ml 0,9% 248 ml
(2 ml) (0,2 mg/ml)

Noradrenalina Hyponor® Amp. 1 mg/ml 20 mg + SF BIC: 0,1-1 µg/kg/min


Norepine® (4 ml) 0,9% 180 ml
(0,1 mg/ml)

Quadro 8.25 - Drogas vasoativas.


Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201128; Suporte Avançado de Vida em
Anestesia, SBA, 201129,30; Clinical Anesthesia, 7ª edição, 201331,32.

Vasoconstritores Metabolismo t 1/2 Início Duração Eliminaçã


o

Adrenalina MAO e COMT 1 min Imedia < 2 min Renal


to

Dobutamina Hepático 2 min 1-2 min < 5 min Renal

Dopamina Hepático, renal e 2 min 5 min < 10 min Renal


plasmático por MAO e
COMT

Efedrina Hepático 180-360 1-2 min 1h Renal


min

Fenilefrina Hepático e NR Imedia 5-20 min NR


gastrintestinal to

Isoproterenol Hepático e pulmonar NR < 5 min 10 min NR

Metaraminol Hepático NR 1-2 min 20-60 NR


min

Noradrenalina Hepático, renal e 1 min Rápido 1-2 min Renal


plasmático por MAO e
COMT

Quadro 8.26 - Características farmacocinéticas das drogas vasoativas.


COMT = catecol-O-metiltransferase; NR = não relatado.
Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 2011 28.

83
Vasoconstritores α β1 β2 Ação DC FC RVS FSR

Adrenalina + ++ ++ D ++ ++ + --

Dobutamina 0 +++ ++ D +++ + - ++

Dopamina ++ ++ + D +++ + + +++

Efedrina ++ + + D, I ++ ++ + --

Fenilefrina +++ 0 0 D - - +++ ---

Isoproterenol + +++ +++ D +++ +++ - -

Metaraminol ++ + + D, I - - +++ ---

Noradrenalina +++ ++ 0 D - - +++ ---

Quadro 8.27 - Efeitos das principais drogas vasoativas.


0 = sem efeito; + = pequeno aumento; ++ = aumento moderado; +++ = aumento
importante; - = redução mínima; -- = redução moderada; --- = redução importante; D =
direta; I = indireta; DC = débito cardíaco; FC = freqüência cardíaca; RVS = resistência
vascular sistêmica; FSR = fluxo sanguíneo renal.
Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 2011 28.

84
Antibióticos

Nomes Diluições
Apresentaçõ
Drogas comerciai (concentraçõ Doses intravenosas
es (volumes)
s es)

Amicacina Bactomici Amp. 50 SF 0,9% ou 5-7,5 mg/kg de 8/8h


n® mg/ml SG 5% 100- (correr em 30-60 min)
Novamin® (2 ml) 200 ml
(2,5-5 mg/ml)
Amp. 250
mg/ml
(2 ml)

Ampicilina + Unasyn® FA 1,5 ou 3 g SF 0,9% ou 1,5-12 g/dia de 6/6h ou 8/8h


Sulbactam (pó) SG 5% 50-100 (correr em 15-30 min)
ml

Anfotericina Anforicin® FA 50 mg SG 5% 500 ml 0,25-1,5 mg/kg/dia


B B (pó) (0,1 mg/ml) (correr em 2-6h)

Anfotericina Ambisom FA 50 mg SG 5% 250 ml 3-5 mg/kg/dia


B lipossomal e® (pó) (0,2 mg/ml)

Cefalotina Keflin® FA 1 g 1 g + AD 10 Adulto: 0,5-2 g de 4/4h ou


(pó) ml 6/6h
Criança: 75-125 mg/kg/dia

Cefazolina Kefazol® FA 0,5 ou 1 g 1 g + AD 10 Adulto: 0,25-2 g de 6/6h ou


(pó) ml 8/8h
Criança: 25-100 mg/kg/dia

Cefepima Maxcef® FA 1 g SF 0,9% ou 1-2 g de 12/12h


(pó) SG 5% (1-40 (correr em 30 min)
mg/ml)

Ceftazidima Fortaz® FA 1 ou 2 g SF 0,9% ou 0,5-2 g de 8/8h ou 12/12h


(pó) SG 5% (1-40
mg/ml)

Ceftriaxona Rocefin® FA 0,5 ou 1 g 1 g + AD 10 1-2 g de 12/12h ou 24/24h


(pó) ml

Ciprofloxacin Cipro® Frasco 2 200-400 mg de 12/12h


o mg/ml (correr em 30-60 min)
(200 ml)

Clindamicina Clindarix® Amp. 150 SF 0,9% ou 0,6-2,7 g/dia de 6/6h ou


Dalacin® C mg/ml SG 5% 50-100 8/8h (correr em 10-60 min)
(2, 4 ou 6 ml) ml

Ertapenem Invanz® FA 1g 1 g + AD 10 1g de 24/24h


(pó) ml (injeção em 3-5 min)

Fluconazol Zoltec® Frasco 2 50-400 mg/dia de 24/24h


mg/ml (correr em 15-30 min)

85
Nomes Diluições
Apresentaçõ
Drogas comerciai (concentraçõ Doses intravenosas
es (volumes)
s es)

(100 ml)

Gentamicina Garamicin Amp. 40 SF 0,9% ou 1-2,5 mg/kg/dose


a® mg/ml SG 5% 50-200 (correr em 30-120 min)
(1, 1,5 ou 2 ml
ml) (1 mg/ml)

Imipenem + Tienam® Frasco 5 SF 0,9% ou 500 mg de 6/6h, 8/8h ou


Cilastatina mg/ml SG 5% 70-100 12/12h
(100 ml) ml (correr em 30-60 min)

Levofloxacin Levoxin® Frasco 5 250-500 mg de 12/12h ou


o Levaquin® mg/ml 24/24h
(100 ml) (correr em 60 min)

Linezolinda Zyvox® Frasco 2 600 mg de 12/12h


mg/ml (correr em 30-120 min)
(300 ml)

Nomes Diluições
Apresentaçõe
Drogas comerciai (concentrações Doses intravenosas
s (volumes)
s )

Meropenem Meronem® FA 0,5 ou 1 g SF 0,9% ou SG 1-2 g de 8/8h


(pó) 5% (1-20 (correr em 15-30 min)
mg/ml)

Metronidazo Flagyl® Frasco 5 500 mg de 8/8h ou 6/6h


l mg/ml (correr em 15-30 min)
(100 ml)

Micafungina Mycamine FA 50 mg SF 0,9% ou SG 50-100 mg/dia


®
(pó) 5% 100 ml (correr em 60 min)

Moxifloxacin Avalox® Frasco 400 400 mg de 24/24h


o mg (correr em 60 min)
(250 ml)

Oxacilina Oxacilina® FA 0,5 g SF 0,9% ou SG 0,25-2 g/dose de 4/4h ou


sódica (pó) 5% (0,5-2 6/6h
mg/ml) (correr em 10 min)

Piperacilina Tazocin® FA 2,25 ou SF 0,9% ou SG 4,5 g de 8/8h


+ 4,5 g 5% 20-150 ml (correr em 30 min)
Tazobactam (pó)

Polimixina B Polytek® B FA 500.000 UI SG 5% 15.000-25.000 UI/kg/dia


(pó) 300-500 ml (correr em 60-90 min)

Teicoplanin Targocid® FA 0,2 ou 0,4 SF 0,9% ou SG 400-800 mg/dia de 12/12h


a g (pó) 5% 50-100 ml ou 24/24h (correr em 30
min)

86
Nomes Diluições
Apresentaçõe
Drogas comerciai (concentrações Doses intravenosas
s (volumes)
s )

Vancomicin Vancocid® FA 0,5 ou 1 g 1 g + SF 0,9% 10-15 mg/kg/dose de


a (pó) 100-200 ml 12/12h
(2,5-5 mg/ml) (correr em 60 min)

Quadro 8.28 - Antibióticos.


Adaptado de: Guia Farmacêutico, Hospital Sírio-Libanês, 2012-201333.

87
Antiarrítmicos

Nomes
Apresentaçõe Doses e
Drogas comerciai Diluições
s (volumes) vias de administração
s

Adenosina Adenocar Amp. 3 mg/ml TPSV: 6 mg (pode repetir 12


d® (2 ml) mg) IV

Adrenalina Adren® Amp. 1 mg/ml 1 mg + AD 19 Parada cardiorrespiratória


(1 ml) ml (PCR):
(50 µg/ml) Adulto: 1 mg IV ou IO ou
2-2,5 mg ET
Criança: 0,01 mg/kg IV
ou IO ou 0,1 mg/kg ET

Amiodaron Ancoron® Amp. 50 300 mg + SG Ataque: 150 mg em 10 min IV


a mg/ml 5% 294 ml (1 Manutenção: 1mg/min IV por
(3 ml) mg/ml) 6h, em
seguida 0,5 mg/min por
18h
PCR:
Adulto: 300 mg (1ª dose)
+ 150 mg (2ª dose) IV
Criança: 5 mg/kg IV

Atropina Pasmode Amp. 0,25 0,5 mg + AD 3 Bradicardia:


x® mg/ml ml Adulto: 0,5-1 mg (dose
(1 ml) (0,1 mg/ml) máxima de 3 mg) IV
Criança: 0,02 mg/kg
(dose máxima de 1 mg)
IV

Diltiazem Balcor® FA 25 ou 50 AD 5-10 ml Ataque: 0,25 mg/kg em 2 min


Cardizem mg (5 mg/ml) IV
®
(pó) Manutenção: 0,15 mg/kg/h IV

Esmolol Brevibloc Amp. 10 2,5 g + SF Ataque: 200 mg ou 0,5-1


®
mg/ml 0,9% 240 ml mg/kg IV
(10 ml) (10 mg/ml) Manutenção: 0,1-0,3
mg/kg/min IV
FA 250 mg/ml
(10 ml)

Lidocaína Xylocaína Amp. 20 PCR:


®
mg/ml Adulto: 1-1,5 mg/kg IV
(5 ml) (dose inicial) + 0,5-0,75
mg/kg IV (doses
subsequentes)
Criança: 1 mg/kg IV

Metoprolol Seloken® Amp. 1 mg/ml Bolus: 2,5-5 mg lentamente


(5 ml) até
efeito desejado (dose

88
Nomes
Apresentaçõe Doses e
Drogas comerciai Diluições
s (volumes) vias de administração
s

máxima de 15-20 mg) IV

Vasopres- Encrise® Amp. 20 U/ml 20 U + SF PCR: 40 U IV (em substituição


sina (1 ml) 0,9% 199 ml à 1ª
(0,1 U/ml) ou 2ª dose de
adrenalina)
BIC: 1-4 U/h IV

Verapamil Vasoton® Amp. 2,5 Bolus: 2,5-5 mg IV em 2 min +


mg/ml 5-10 mg (≅ 0,15 mg/kg)
(2 ml) entre 15-30 min após
dose inicial (dose
máxima de 20 mg)

Quadro 8.29 - Antiarrítmicos.


TPSV = taquicardia paroxística supraventricular; IO = intraósseo; ET = endotraqueal.
Adaptado de: Manual de Anestesiologia Clínica, 6ª edição, 201117; Suporte Avançado de Vida em Anestesia,
SBA, 201129,30; Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201034.

89
Cristaloides e Coloides

Concentraçõ
Apresentaçõ
Soluções es Doses intravenosas
es (volumes)
(moléculas)

Gelafundin® Frasco 40 mg/ml Expansão volêmica: 50 ml/kg/dia


(500 ml) (succinilgelat
ina)

Ringer Frasco Vide abaixo Expansão volêmica: vide Estratégia


lactato (500 ml) Perioperatória de Reposição
Volêmica em Equações, Fórmulas
e Valores Importantes

Solução Frasco 0,9% Vide abaixo Expansão volêmica: vide Estratégia


salina (100, 250, Perioperatória de Reposição
500 ou 1000 Volêmica em Equações, Fórmulas
ml) e Valores Importantes

Soro Frasco 5% 500 mg/dL Profilaxia da cetose de jejum: 2.000


glicosado (250 ou 500 (glicose) ml/dia
ml)

Frasco 10% 1.000 mg/dL Profilaxia da cetose de jejum: 1.000


(250 ou 500 (glicose) ml/dia
ml)

Voluven® 6% Bolsa 60 mg/ml Expansão volêmica: 50-70 ml/kg


(500 ml) (HEA 130/0,4)

Quadro 8.30 - Soluções cristaloides e coloides.


HEA = hidroxietilamido.
Adaptado de: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201035; Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201136.

Lactat
Na+ Cl- K+ Ca2+
Tonicidade o Glicose
Soluções (mEq/ (mEq/ (mEq/ (mEq/
(mOsm/L) (mEq/ (g/L)
L) L) L) L)
L)

Soro glicosado Hiposmolar


0 0 0 0 0 50
5% (252)

Isosmolar
Ringer Lactato 130 109 4 3 28 0
(273)

Solução salina Isosmolar


154 154 0 0 0 0
0,9% (308)

Hiperosmol
Solução salina
ar 513 513 0 0 0 0
3%
(1026)

Solução salina Hiperosmol 855 855 0 0 0 0

90
Lactat
Na+ Cl- K+ Ca2+
Tonicidade o Glicose
Soluções (mEq/ (mEq/ (mEq/ (mEq/
(mOsm/L) (mEq/ (g/L)
L) L) L) L)
L)

ar
5%
(1710)

Quadro 8.31 - Composição das soluções cristaloides.


Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201136.

Solução salina Concentração de Na+ Modo de preparo

NaCl 0,45% 78 mEq/L AD 500 ml + NaCl 20% 11,5 ml

NaCl 3% 513 mEq/L SF 0,9% 450 ml + NaCl 20% 50 ml

Quadro 8.32 - Preparação das soluções salinas.

91
Soluções e Eletrólitos

Soluções Apresentaçõ Concentrações


Doses intravenosas
(fórmulas) es (volumes) (eletrólitos)

Bicarbonato Amp. 8,4% 1 mEq/ml Acidose metabólica: vide


de sódio (10 ml) (HCO₃⁻) Distúrbios
(NaHCO₃) Hidroeletrolíticos em
Frasco 8,4% Equações, Fórmulas e
(250 ml) Valores Importantes

Cloreto de Amp. 10% 1,36 mEq/ml ou Hipocalcemia: vide Distúrbios


cálcio (10 ml) 27,2 mg/ml Hidroeletrolíticos em
(CaCl2) (Ca2+) Equações, Fórmulas e
Valores Importantes
Amp. 20% 2,72 mEq/ml ou
(10 ml) 54,4 mg/ml
(Ca2+)

Cloreto de Amp. 10% 1,34 mEq/ml Hipocalemia: vide Distúrbios


potássio (10 ml) (K⁺) Hidroeletrolíticos em
(KCl) Equações, Fórmulas e
Amp. 19,1% 2,56 mEq/ml Valores Importantes
(10 ml) (K⁺)

Cloreto de sódio Amp. 10% 1,7 mEq/ml Hiponatremia: vide Distúrbios


(NaCl) (10 ml) (Na⁺) Hidroeletrolíticos em
Equações, Fórmulas e
Amp. 20% 3,4 mEq/ml Valores Importantes
(10 ml) (Na⁺)

Glicose Amp. 25% 2,5 g/dL Hipoglicemia: 3-5 amp.


(C6H12O6) (10 ml) (glicose)

Amp. 50% 5 g/dL


(10 ml) (glicose)

Gluconato de Amp. 10% 0,46 mEq/ml ou Hipocalcemia: vide Distúrbios


cálcio (10 ml) 9,3 mg/ml Hidroeletrolíticos em
(C12H22CaO14) (Ca²⁺) Equações, Fórmulas e
Valores Importantes
Hipercalemia: 10-20 ml (proteção
da célula
miocárdica)

Manitol Frasco 20% 200 mg/ml Edema cerebral: 0,5-1 g/kg


(C6H14O6) (250 ou 500 (manitol)
ml)

Sulfato de Amp. 10% 0,8 mEq/ml Ataque: 30-50 mg/kg bolus


magnésio (10 ml) 9,8 mg/ml Manutenção: 20-40 mg/kg/h
(MgSO₄) (Mg²⁺) Torsades de pointes: 1-2 g
Hipomagnesemia: vide Distúrbios
Amp. 50% 4,0 mEq/ml Hidroeletrolíticos em
(10 ml) 49 mg/ml Equações, Fórmulas e
(Mg²⁺)

92
Soluções Apresentaçõ Concentrações
Doses intravenosas
(fórmulas) es (volumes) (eletrólitos)

Valores Importantes

Quadro 8.33 - Soluções e eletrólitos.


Adaptado de: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201035; Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201136.

93
Hemocomponentes

Apresentaçõ
Soluções Características Doses intravenosas
es (volumes)

Concentrado Bolsas T℃ conservação = 4° ± 2℃ Adulto: 1 U eleva o Ht em


de hemácias 200-300 ml Validade = 35-42 dias 3% e
(CH) Ht = 50-75% a Hb em 1 g/dL
(correr em 60-120
min)
Criança: 5-15 ml/kg
(correr em 2-4h)

Concentrado Bolsas T℃ conservação = 22° ± Adulto: 1 U/10kg


de plaquetas 200-300 ml 2℃ (correr em 30 min)
Validade = 2-5 dias Criança: 5-10 ml/kg

Plasma fresco Bolsas T℃ conservação = -30° a - Adulto: 10-20 ml/kg eleva


congelado 250-300 ml 20℃ 20-30% dos fatores
Validade = 12-24 meses de coagulação
(correr em no
máximo 1h)
Criança: 10-15 ml/kg
eleva
15-20% dos fatores
de coagulação

Crioprecipitad Bolsas T℃ conservação = -30° a - Adulto: 1 U/5kg


o 15-20 ml 20℃ Hipofibrinogenemia: 4
Validade = 12-24 meses U/10kg
Criança: 1-2 U/10kg

Quadro 8.34 - Hemocomponentes.


T℃ = temperatura; Ht = hematócrito; Hb = hemoglobina.
Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201137; Guia para o Uso de Hemocomponentes,
Ministério da Saúde, 200938.

Dias de estocagem
Propriedades
0 35 (sangue total) 35 (CH)

pH 7,55 6,73 6,71

Hb sérica (mg/dL) 0,50 46,00 246,00

Potássio sérico (mEq/L) 4,20 17,20 76,00

Sódio sérico (mEq/L) 169,00 153,00 122,00

Dextrose sanguínea
440,00 282,00 84,00
(mg/dL)

2,3-DPG (µM/mL) 13,20 1,00 1,00

94
Dias de estocagem
Propriedades
0 35 (sangue total) 35 (CH)

ATP (%) 100 50 50

Quadro 8.35 - Propriedades das concentrações de sangue total e concentrado de


sangue conservados em citrato-fosfato-dextrose (CPD).
2,3-DPG = 2,3-difosfoglicerato; ATP = adenosina trifosfato.
Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201039.

Hemoderivados

Diluições
Nomes Apresentaçõ
Drogas (concentraçõ Doses intravenosas
comerciais es (volumes)
es)

Albumina Albumax® FA 200 mg/ml Paracentese: 6-8 g/L


humana Albiomin® (50 ou 100 de ascite drenada (>
20% Plasbumin® ml) 5L)

Complexo Beriplex® P/N FA 250, 500 Diluente 10, INR 2.0-3.9: 25 UI/kg
protrombíni ou 1000 UI 20 ou 40 ml INR 4.0-6.0: 35 UI/kg
co (pó) (25 UI/ml) INR > 6.0: 50 UI/kg

Prothromplex FA 600 UI Diluente 20 ml Bolus: 10 UI/kg


®
T (pó) (30 UI/ml)

Fator VIIa NovoSeven® FA 1,2, 2,4 Diluente 2, 4 Bolus: 80-90 µg/kg de


recombinant ou 4,8 mg ou 8 ml 2/2h
e (pó) (0,6 mg/ml) (1 µg = 0,05 kUI)

Fator XIII Fibrogammin FA 250 ou Diluente 4 Bolus: 35-40 UI/kg


®
P 1250 UI ou 20 ml
(pó) (62,5 UI/ml)

Fibrinogênio Haemocom- FA 1 ou 2 g Diluente 50 Adulto: 1-2 g ou 30


humano plettan® P (pó) ou 100 ml mg/kg
(20 mg/ml) Criança: 20-30 mg/kg

Quadro 8.36 - Hemoderivados.


Fonte: Clinical Anesthesia, 7ª edição, 201340; CSL Behring, 201341; Baxter AG, 201242; Novo Nordisk, 199943;
CSL Behring, 201244; CSL Behring, 200745.

Cálculo

Dose inicial Unidades requeridas = peso (kg) x aumento desejado* (%)


x 1,2

Quadro 8.37 - Cálculo da dose de Prothromplex® T.

95
* A dosagem requerida calculada para tratamento é baseada em achados empíricos
que:
1 UI de fator IX por kg de peso aumenta a atividade do fator IX do plasma em 0,8%
1 UI de fator VII por kg de peso aumenta a atividade do fator VII do plasma em 2,0%
1 UI de fator II ou X por kg de peso aumenta a atividade do fator II ou do fator X do
plasma em 1,5%
Fonte: Baxter AG, 201242.

Valor de referência do fibrinogênio 150-400 mg/dL 1,5-4,0 g/L

96
Anticoagulantes e Antifibrinolíticos

Nomes
Apresentações Doses e
Drogas comerciai
(volumes) vias de administração
s

Ácido ε- Ipsilon® FA 50 e 200 mg/ml Ataque: 100-150 mg/kg IV


aminocaproico (20 ml) Manutenção: 15 mg/kg/h IV

Ácido Transamin Amp. 50 mg/ml Ataque: 10-15 mg/kg IV


®
tranexâmico (1 ou 5 ml) Manutenção: 1 mg/kg/h IV
Trauma: 1 g em 10 min + 1 g em
8h IV

Heparina de baixo Clexane® Seringa 100 mg/ml Profilaxia: 40 mg SC de 24/24h


peso molecular (0,2, 0,4, 0,6 ou 0,8 Terapêutico: 1-1,5 mg/kg SC de
ml) 12/12h

Heparina não Hepamax FA 5.000 UI/ml Profilaxia: 5.000 UI SC de 8/8h


fracionada S® (5 ml) ou 12/12h
Terapêutico: 80 UI/kg IV
Liquemine Amp. 5.000 UI (ataque) +
®
(0,25 ml) 18 UI/kg/h IV
(manutenção)

Protamina Protamina Amp. 10 mg/ml Neutralizar 100 UI de heparina:


®
(5 ml) Imediato: 1-1,5 mg IV
30-60 min: 0,5-0,75 mg IV
> 2h: 0,25-0,375 mg IV

Quadro 8.38 - Anticoagulantes e antifibrinolíticos.


Adaptado de: Bases da Anestesia, 6ª edição, 201246; Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201147.
Health Technology Assessment, volume17, 201348.

Drogas Recomendações

AAS e AINEs Não há indicação de suspensão.

AAS + Se o paciente estiver em uso de stent metálico, aguardar 6


tienopiridínicos semanas.
Se o stent for farmacológico, aguardar 6 meses.

Clopidogrel (Plavix®) Fazer bloqueio ou inserção/retirada de cateter 7 dias após


suspensão.
Em pacientes de alto risco, pode ser feito em 5 dias.

Prasugrel (Effient®) Fazer bloqueio de neuroeixo 7-10 dias após suspensão.

Ticagrelor (Brilinta®) Fazer bloqueio ou inserção/retirada de cateter 5 dias após


suspensão.

Cilostazol Fazer bloqueio ou inserção/retirada de cateter 5 dias após


(Vasogard®) suspensão.

97
Drogas Recomendações

Heparina não Aguardar 4h após a última dose para bloqueio,


fracionada (HNF) retirada/inserção de cateter. Retornar droga 1h após.

Heparina de baixo Doses profiláticas: aguardar 10-12h para fazer bloqueio.


peso molecular Doses terapêuticas: aguardar 24h para fazer bloqueio.
(HBPM) Retirada de cateter 10-12h após última dose. Retornar a
droga 2h após a retirada do cateter.

Cumarínicos Fazer bloqueio 4-5 dias após suspensão. Monitorar INR


(Marevan®) durante peridural.

Rivaroxaban Fazer bloqueio de neuroeixo ou inserção/retirada de cateter


(Xarelto®) 24h após suspensão. Retornar 4-6h após inserção/retirada de
cateter.

Dabigatran Fazer bloqueio de neuroeixo pelo menos 7 dias após


(Pradaxa®) suspensão.

Quadro 8.39 - Recomendações da SBA para segurança na anestesia regional em uso de


anticoagulantes.
Adaptado de: Revista Brasileira de Anestesiologia, volume 64, número 1, 2014 49.

Tempo antes da Tempo após


Drogas punção/inserção ou retirada punção/inserção ou retirada
do cateter* do cateter*

HNF 4-6h 1h
(profilaxia, ≤ 15000
UI/dia)

HNF (tratamento) 4-6h (IV) ou 8-12h (SC) 1h

HBPM (profilaxia) 12h 4h

HBPM (tratamento) 24h 4h

Fondaparinux 36-42h 6-12h


(profilaxia, 2,5 mg/dia)

Rivaroxaban 22-26h 4-6h


(profilaxia, 10 mg/dia)

Apixaban 26-30h 4-6h


(profilaxia, 2,5 mg de
12/12h)

Dabigatran Contraindicada de acordo 6h


(profilaxia, 150-220 mg) com o fabricante

Cumarínicos INR ≤ 1,4 Após remoção do cateter

Hirudina 8-10h 2-4h


(lepirudina, desirudina)

Argatroban 4h 2h

98
Tempo antes da Tempo após
Drogas punção/inserção ou retirada punção/inserção ou retirada
do cateter* do cateter*

AAS Nenhum Nenhum

Clopidogrel 7 dias Após remoção do cateter

Ticlopidina 10 dias Após remoção do cateter

Prasugrel 7-10 dias 6h após remoção do cateter

Ticagrelor 5 dias 6h após remoção do cateter

Cilostazol† 42h 5h após remoção do cateter

AINES Nenhum Nenhum


Quadro 8.40 - Recomendações da European Society of Anaesthesiology (ESA) para
segurança na anestesia regional e agentes antitrombóticos.
*Todos os intervalos de tempo se referem a pacientes com função renal normal.

Intervalo de tempo prolongado em pacientes com insuficiência hepática.
Adaptado de: European Journal of Anaesthesiology, volume 27, 2010 50.

99
Outros

Nomes
Apresentaçõ Doses e
Drogas comerciai Diluições
es (volumes) vias de administração
s

Aminofilina Aminofilin Amp. 24 960 mg + SG Ataque: 6 mg/kg IV em 20


a® mg/ml 5% 200 ml (4 min
(10 ml) mg/ml) Manutenção: 0,5-1 mg/kg/h
IV

Bromoprida Bromogex Amp. 5 mg/ml Bolus: 10 mg IV


®
(2 ml)
Digesan®

Dantrolene Dantrolen FA 20 mg 20 mg + AD 60 Hipertermia maligna: 2,5


®
(pó) ml mg/kg
IV em infusão rápida
(dose máxima de 30
mg/kg) + 1 mg/kg de
6/6h IV por 48h

Emulsão Intralipid® FA 200 mg/ml Intoxicação sistêmica ou


lipídica 20% Lipofundi (100 ml) PCR por anestésicos
n® locais: 1,5 ml/kg
Lipovenos IV em 1 min (repetir
®
dose se necessário)
+ 0,2-0,5 ml/kg/min
por 6h (dose máxima
de 8 ml/kg)

Escopolamin Buscopan Amp. 20 mg Bolus: 20-40 mg IV na


®
a (1 ml) indução
Hioscina ou 10-15 min antes
da extubação

Fenitoina Hidantal® Amp. 50 Completar Ataque: 10-20 mg/kg IV


mg/ml para SG 5% (correr
(5 ml) 250 ml em 30 min)
Manutenção: 100 mg de
8/8h IV

Fenoterol Berotec® Gotas 5 Completar Broncoespasmo:


mg/ml com SF 0,9% nebulização
(20 ml) 3-5 ml com 10-20 gotas

Furosemida Lasix® Amp. 10 Bolus: 10-40 mg IV


mg/ml (máximo de
(2 ml) 1 mg/kg)

Haloperidol Haldol® Amp. 5 mg/ml Psicose ou delírio: 2,5-10


Halo® (1 ml) mg IV
ou IM

100
Nomes
Apresentaçõ Doses e
Drogas comerciai Diluições
es (volumes) vias de administração
s

Hidrocortiso Hidrosone FA 0,1 ou 0,5 100 mg + AD Broncoespasmo: 100-200


®
na g 10 ml (10 mg IV
Cortisona (pó) mg/ml) Insuficiência adrenal: 100
l® mg IV
Solu- Choque séptico: 50 mg IV
Cortef® de
6/6h ou 200 mg em
BIC nas 24h

Ipratrópio Atrovent® Gotas 250 Completar Broncoespasmo:


µg/ml com SF 0,9% nebulização
(20 ml) 3-5 ml com 20-40 gotas

Metilprednis Solu- FA 62,5


o- Medrol® mg/ml
lona (2 ou 8 ml)

Ocitocina Ocitoc® Amp. 5 UI/ml


Oxiton® (1 ml)

Omeprazol Omeprazo FA 40 mg 40 mg + Bolus: 20-40 mg IV


l® (pó) diluente 10 ml
(4 mg/ml)

Ranitidina Antak® Amp. 25 Bolus: 50-100 mg IV


mg/ml
(2 ml)

Salbutamol Aerolin® Gotas 5 Completar Broncoespasmo:


Aerojet® mg/ml para SF 0,9% nebulização
(10 ml) 2-2,5 ml com 10-20 gotas ou
8 µg/kg SC ou IM de
Amp. 500 500 µg + AD 4/4h ou 4 µg/kg IV
µg/ml 9 ml (50 µg/ml)
(1 ml)

Quadro 8.41 - Outras drogas usadas em anestesia.


Adaptado de: Manual de Anestesiologia Clínica, 6ª edição, 201117; Suporte Avançado de Vida em Anestesia,
SBA, 201151,512.

Referências Bibliográficas

1. D’OTTAVIANO, Carlos. Barbitúricos. In: CANGIANI, Luiz; et al. Tratado


de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 2. p. 377-382.
2. OLIVEIRA, Carlos; ELIAS, Luciana. Hipnóticos não Barbitúricos. In:
CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo:
Atheneu, 2011. v. 2. p. 383-400.
101
3. EILERS, Helge. Anestesia Intravenosa. In: MILLER, Ronald; JÚNIOR,
Manuel. Bases da Anestesia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. p.
94-107.
4. SANTOS, Eduardo. Benzodiazepínicos. In: CANGIANI, Luiz; et al.
Tratado de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 1. p.
365-376.
5. VANE, Luiz Antonio. Manual de Fármacos para Anestesia. Rio de
Janeiro: SBA, 2006.
6. FUKUDA, Kazuhiko. Opioids. In: MILLER, Ronald; ERIKSSON, Lars;
FLEISHER, Lee; et al. Miller’s Anesthesia. 7. ed. Elsevier, 2010.
7. HURLEY, Robert; WU, Christopher. Acute Postoperative Pain. In:
MILLER, Ronald; ERIKSSON, Lars; FLEISHER, Lee; et al. Miller’s
Anesthesia. 7. ed. Elsevier, 2010.
8. WARREN, Daniel; LIU, Spencer. Neuroaxial Anesthesia. In:
LONGNECKER, David; BROWN, David; NEWMAN, Mark; et al.
Anesthesiology. 1. ed. McGraw Hill, 2008. p. 978-1008.
9. CODA, Barbara. Opioids. In: BARASH, Paul; CULLEN, Bruce;
STOELTING, Robert; et al. Clinical Anesthesia. 6. ed. Lippincott
Williams & Wilkins, 2009.
10. BRAVEMAN, Ferne; SCAVONE, Barbara; WONG, Cynthia; et al.
Obstetrical Anesthesia. In: BARASH, Paul; CULLEN, Bruce;
STOELTING, Robert; et al. Clinical Anesthesia. 6. ed. Lippincott
Williams & Wilkins, 2009.
11. EGAN, Talmage. Opioides. In: MILLER, Ronald; JÚNIOR, Manuel.
Bases da Anestesia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. p. 108-121.
12. CODA, Barbara. Opioides. In: BARASH, Paul; et al. Manual de
Anestesiologia Clínica. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. p. 268-288.
13. BRAGA, Angélica; POTÉRIO, Glória. Bloqueadores Neuromusculares e
Antagonistas. In: CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de Anestesiologia. 7.
ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 1. p. 707-732.
14. ALMEIDA, Maria Cristina. Bloqueadores Neuromusculares em
Anestesia Venosa Total. In: DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar; NUNES,
Carlos; et al. Anestesia Venosa Total. Rio de Janeiro: SBA, 2011. p.
83-90.
15. MILLER, Ronald. Bloqueadores neuromusculares. In: MILLER, Ronald;
JÚNIOR, Manuel. Bases da Anestesia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2012. p. 133-149.

102
16. NAGUIB, Mohamed; LIEN, Cynthia. Pharmacology of Muscle
Relaxants and Their Antagonists. In: MILLER, Ronald; ERIKSSON,
Lars; FLEISHER, Lee; et al. Miller’s Anesthesia. 7. ed. Elsevier, 2010.
17. Lista de Fármacos. In: BARASH, Paul; CULLEN, Bruce; STOELTING,
Robert; et al. Manual de Anestesiologia Clínica. 6. ed. Artmed, 2011.
p. 1064-1141.
18. AMARAL, José Luiz. Farmacocinética dos Anestésicos Inalatórios. In:
CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo:
Atheneu, 2011. v. 1. p. 1027-1036.
19. MCKAY, Rachel. Anestésicos inalatórios. In: MILLER, Ronald;
JÚNIOR, Manuel. Bases da Anestesia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2012. p. 74-93.
20. BERDE, Charles; STRICHARTZ, Gary. Local Anesthetics. In: MILLER,
Ronald; ERIKSSON, Lars; FLEISHER, Lee; et al. Miller’s Anesthesia. 7.
ed. Elsevier, 2010.
21. DRASNER, Kenneth. Anestésicos Locais. In: MILLER, Ronald; JÚNIOR,
Manuel. Bases da Anestesia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. p.
122-132.
22. LIU, Spencer; LIN, Yi. Anestésicos Locais. In: BARASH, Paul; et al.
Manual de Anestesiologia Clínica. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
p. 308-322.
23. OLIVEIRA, Carlos; NOGUEIRA, Celso. Fármacos α2-agonistas. In:
CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo:
Atheneu, 2011. v. 1. p. 401-415.
24. BERNARDIS, Ricardo; GLASS, Ivani; LOMBARDI, Emanuela. Profilaxia
e Tratamento de Náuseas e Vômitos em Anestesia Ambulatorial. In:
BAGATINI, Airton; VIANNA, Pedro; ALBUQUERQUE, Marcos; et al.
Educação Continuada em Anestesiologia. Rio de Janeiro: SBA, 2013.
v. 3. p. 175-188.
25. CHAVES, Itagyba; CHAVES, Leandro. Náuseas e Vômitos no Pós-
operatório. In: DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar; NUNES, Carlos; et al.
Anestesia Venosa Total. Rio de Janeiro: SBA, 2011. p. 165-186.
26. GOMES, Daniela; CUMINO, Débora; FERNANDES, Magda. Analgesia
Pós-operatória em Pediatria. In: VOLQUIND, Daniel; VIANNA, Pedro;
ALBUQUERQUE, Marcos; et al. Educação Continuada em
Anestesiologia. Rio de Janeiro: SBA, 2012. v 2. p. 180-200.
27. HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN. Diretriz de Tratamento
Farmacológico da Dor. São Paulo, mar. 2012.
103
28. SLULLITEL, Alexandre; RIBAS JÚNIOR, Paulo. Vasopressores. In:
CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo:
Atheneu, 2011. v. 1. p. 871-887.
29. ROSA, Deise; ABRÃO, Maria Angélica. Suporte Avançado de Vida em
Adultos. In: MARTINS, Márcio; DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar. Suporte
Avançado de Vida em Anestesia. Rio de Janeiro: SBA, 2011. p. 57-86.
30. GOMES, Daniela; DUMARESQ, Danielle; CUMINO, Débora; et al.
Suporte Avançado de Vida em Pediatria. In: MARTINS, Márcio;
DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar. Suporte Avançado de Vida em
Anestesia. Rio de Janeiro: SBA, 2011. p. 105-128.
31. SKUBAS, Nikolaos; LICHTMAN, Adam; SHARMA, Aarti; et al.
Anesthesia for Cardiac Surgery. In: BARASH, Paul; CULLEN, Bruce;
STOELTING, Robert; et al. Clinical Anesthesia. 7. ed. Lippincott
Williams & Wilkins, 2013.
32. GRECU, Loreta. Autonomic Nervous System: Physiology and
Pharmacology. In: BARASH, Paul; CULLEN, Bruce; STOELTING,
Robert; et al. Clinical Anesthesia. 7. ed. Lippincott Williams & Wilkins,
2013.
33. HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS. Guia Farmacêutico. 6. ed. São Paulo,
2012-2013.
34. GLICK, David. The Autonomic Nervous System. In: MILLER, Ronald;
ERIKSSON, Lars; FLEISHER, Lee; et al. Miller’s Anesthesia. 7. ed.
Elsevier, 2010.
35. KAYE, Alan; RIOPELLE, James. Intravascular Fluid and Electrolyte
Physiology. In: MILLER, Ronald; ERIKSSON, Lars; FLEISHER, Lee; et
al. Miller’s Anesthesia. 7. ed. Elsevier, 2010.
36. POTÉRIO, Glória; BRAGA, Angélica; VANE, Luiz; et al. Reposição
Volêmica. In: CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de Anestesiologia. 7. ed.
São Paulo: Atheneu, 2011. v. 1. p. 1243-1266.
37. VANE, Luiz; POTÉRIO, Glória; BRAZ, Leandro. Sangue e Soluções
Carreadoras de Oxigênio. In: CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de
Anestesiologia. 7. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 1. p. 1225-1242.
38. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Especializada. Guia para o Uso de
Hemocomponentes. Brasília, 2009.
39. MILLER, Ronald. Transfusion Therapy. In: MILLER, Ronald; ERIKSSON,
Lars; FLEISHER, Lee; et al. Miller’s Anesthesia. 7. ed. Elsevier, 2010.

104
40. CSETE, Marie; BANKS, Dalia; MANECKE, Gerard; et al. Transplant
Anesthesia. In: BARASH, Paul; CULLEN, Bruce; STOELTING, Robert;
et al. Clinical Anesthesia. 7. ed. Lippincott Williams & Wilkins, 2013.
41. BERIPLEX® P/N: complexo protrombínico. Alemanha: CSL Behring
GmbH, 2013. Bula de remédio.
42. PROTHROMPLEX-T®: complexo protrombínico total. Áustria: Baxter
AG, 2012. Bula de remédio.
43. NOVOSEVEN®: fator de coagulação VIIa recombinante. Dinamarca:
Novo Nordisk, 1999. Bula de remédio.
44. FIBROGAMMIN®: concentrado de fator de coagulação XIII purificado.
Alemanha: CSL Behring GmbH, 2012. Bula de remédio.
45. HAEMOCOMPLETTAN® P: concentrado de fibrinogênio humano.
Alemanha: CSL Behring GmbH, 2007. Bula de remédio.
46. STRATMANN, Greg. Hemostasia. In: MILLER, Ronald; JÚNIOR,
Manuel. Bases da Anestesia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. p.
324-339.
47. LOBO, Francisco. Anticoagulantes. In: CANGIANI, Luiz; et al. Tratado
de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 1. p. 1215-
1224.
48. ROBERTS I; SHAKUR H; COATS T; et al. The CRASH-2 trial: a
randomised controlled trial and economic evaluation of the effects of
tranexamic acid on death, vascular occlusive events and transfusion
requirement in bleeding trauma patients. Heath Technology
Assessment. v. 17(10), mar. 2013.
49. FONSECA, Neuber; ALVES, Rodrigo; PONTES, João Paulo.
Recomendações da SBA para segurança na anestesia regional em
uso de anticoagulantes. Revista Brasileira de Anestesiologia. v. 64, n.
1, p. 1-15, jan-fev. 2014.
50. GOGARTEN, Wiebke; VANDERMEULEN, Erik; VAN AKEN, Hugo; et al.
Regional anaesthesia and antithrombotic agents: recommendations
of the European Society of Anaesthesiology. European Journal of
Anaesthesiology. v. 27, p. 999-1015, 2010.
51. SIMÕES, Cláudia. Reanimação em Situações Especiais IV:
Hipertermia Maligna. In: MARTINS, Márcio; DUARTE, Nádia; PIRES,
Oscar. Suporte Avançado de Vida em Anestesia. Rio de Janeiro: SBA,
2011. p. 365-374.
52. SUDO, Roberto. Intoxicação por Anestésicos Locais - Novos
Conceitos. In: MARTINS, Márcio; DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar.
105
Suporte Avançado de Vida em Anestesia. Rio de Janeiro: SBA, 2011.
p. 375-378.

106
Capítulo 09
TÉCNICAS DE
EXTUBAÇÃO

107
TÉCNICAS DE EXTUBAÇÃO

Extubação de baixo risco

Figura 9.1 - Algoritmo para extubação de baixo risco.


VA = via aérea; VPP = ventilação com pressão positiva
* Técnica avançada, sendo essencial experiência e vigilância até despertar completo.

A técnica de extubação acordado pode variar de acordo com a experiência clínica.
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121 (traduzido da Difficult Airway Society Extubation Guidelines 2).

108
Extubação “sob risco”
Figura 9.2 - Algoritmo para extubação "sob risco".
Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121 (traduzido da Difficult Airway Society Extubation Guidelines 2).

Tabela 9.1 - Técnicas avançadas de extubação de pacientes “sob risco”

Técnica Descrição

Manobra Introdução de dispositivo supraglótico (DSG) com cuff


de Bailey completamente vazio através do tubo traqueal (TT). Insuflação do
cuff e verificação do correto posicionamento. Retirada do TT
(extubação sob anestesia "profunda") e ventilação pelo DSG.

Extubação Manutenção do remifentanil quando já faz parte da técnica


com anestésica ou início da infusão para extubação. Taxa de infusão de
remifentanil cerca de 10% da manutenção (0,014 ± 0,011 µg/kg/min) após
interrupção do agente hipnótico.

Extubação Inserção do cateter trocador de tubo (CTT) lubrificado pelo TT até a


com profundidade preestabelecida (nunca avançar o CTT contra
trocador de resistência). O CTT não deve ser inserido além de 25cm em adultos.

109
Tabela 9.1 - Técnicas avançadas de extubação de pacientes “sob risco”

Técnica Descrição

tubo

Fonte: Controle da Via Aérea, SBA, 20121; Anesthesia and Analgesia, volume 108, 20093.

Referências Bibliográficas

1. MARTINS, Márcio; ABRÃO, Maria. Extubação segura. In: MARTINS,


Márcio; MORAIS, José Mariano; PIRES, Oscar. Controle da Via Aérea.
Rio de Janeiro: SBA, 2012. p. 353-376.
2. POPAT M; MITCHELL V; DRAVID R; et al. Difficult Airway Society
Guidelines for the management of tracheal extubation. Anaesthesia.
v. 67. p. 318-40, 2012.
3. AOUAD MT; AL-ALAMI À; NASR VG; et al. The effect of low-dose
remifentanil on responses to the endotracheal tube during emergence
from general anesthesia. Anesthesia and Analgesia. v. 108(4), p.
1157-60, abr. 2009.

110
Capítulo 10
RECUPERAÇÃO
PÓS
ANESTÉSICA

111
RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA

Segundo a Resolução 1802 de 2006 do Conselho Federal de


Medicina (CFM), artigo 4º, após a anestesia, o paciente deverá ser
transportado para a SRPA ou UTI acompanhado pelo anestesiologista
que realizou o procedimento anestésico.
A seguir estão os estágios de recuperação anestésica e o local de
encaminhamento após o despertar da anestesia (Estágio I).

Tabela 10.1 - Estágios da recuperação anestésica

Estágios Estado Clínico

I Responde a comandos verbais


Despertar da anestesia Mantém vias aéreas pérvias
Saturação de oxigênio (SaO₂) > 94% com ou sem
suplemento de O₂
Mínimas ou sem complicações anestésicas ou cirúrgicas

II Sinais vitais estáveis


Recuperação precoce ou SaO₂ normal em ar ambiente
imediata Retorno dos reflexos de proteção (tosse e deglutição)
Acordado e alerta
EstágioSemIV complicações cirúrgicasEstágio
(p. ex.,IV
sangramento)
Residência Enfermaria
Escala de Aldrete e Kroulik com pontuação maior ou igual
a9

III Preenche os critérios de alta estabelecidos (anestesia


Estágio III Estágio III
Recuperação ambulatorial)
SRPA II Enfermaria
intermediária Levanta e anda sem auxílio (anestesia ambulatorial)
Paciente
(alta anestésica) Ausência de complicaçõesPaciente internado
ou efeitos colaterais
ambulatorial
IV Retorno das funções psicomotoras pré-operatórias
Estágio II
Recuperação tardia Retorno da memória
SRPA I e das funções cognitivas
Retorno da concentração, discriminação e razão
Volta às atividades diárias normais
Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20111.
Estágio I
Sala de cirurgia

112
Figura 10.1 - Fluxograma de encaminhamento após despertar da anestesia.
Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20111.

Na SRPA o paciente ficará sob os cuidados de um médico


plantonista e deverá ser avaliado conforme as seguintes escalas.

Parâmetro
Achados Pontuação*
s

Atividade Movimento voluntário das quatro extremidades 2

Movimento voluntário de duas extremidades apenas 1

Incapacidade de se mover 0

Respiraçã Respiração profunda e tosse 2


o
Dispneia, hipoventilação 1

Apneia 0

Circulação Pressão arterial (PA) ± 20% da pré-anestésica 2

PA ± 20-49% da pré-anestésica 1

PA ± 50% da pré-anestésica 0

Consciênci Totalmente desperto 2


a
Desperta com o mínimo estímulo 1

Não responde ao estímulo doloroso 0

SaO₂ SaO₂ > 92% em ar ambiente 2

SaO₂ > 90% com suplementação de O₂ 1

SaO₂ < 90% mesmo com suplementação de O₂ 0

Quadro 10.1 - Escala de Aldrete e Kroulik revisada.


* Necessária pontuação ≥ 9 para alta da SRPA.
Adaptado de: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20111.

Bloqueio
Graus Critérios
motor

I Move livremente os membros inferiores 0%

113
Bloqueio
Graus Critérios
motor

II Move livremente os pés e flete parcialmente os joelhos 33%

Move livremente os pés, mas é incapaz de fletir os


III 66%
joelhos

IV Não move os membros inferiores 99%

Quadro 10.2 - Escala de Bromage para recuperação de anestesia no neuroeixo.


Fonte: Epidural Analgesia, 1ª edição, 19782.

Parâmetros Achados Pontuação*

PA e FC Variação < 20% dos valores pré-operatórios 2

Variação entre 20% e 40% dos valores pré-operatórios 1

Variação > 40% dos valores pré-operatórios 0

Atividade Suporta ficar em pé sem queixas 2

Necessita ajuda 1

Incapaz de deambular 0

Náuseas e Mínimos: controlados com medicação via oral 2


vômitos
Moderados: controlados com medicação parenteral 1

Contínuos: difícil controle; medicado repetidas vezes 0

Dor Aceitável pelo paciente, controlada com medicação via oral?

Sim 2

Não 1

Sangrament Mínimo: nenhuma troca de curativo 2


o
Moderado: até 2 trocas de curativo 1

Grave: 3 ou mais trocas de curativo 0

*
Quadro 10.3 - Escala de alta pós anestésica (Postanesthesia Discharge Scoring
System)✝.
* Necessária pontuação ≥ 9 para alta da SRPA.

114

Contempla mais amplamente as particularidades dos procedimentos ambulatoriais.
Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20113.

Ainda conforme o artigo 4º da Resolução 1802, a alta da SRPA é de


responsabilidade exclusiva do anestesiologista.
Na SRPA, desde a admissão até o momento da alta, os pacientes
permanecerão monitorados quanto à (ao):

• Circulação, incluindo aferição da PA e dos batimentos cardíacos e


determinação contínua do ritmo cardíaco por meio da cardioscopia;

• Respiração, incluindo determinação contínua da oxigenação do


sangue arterial e oximetria de pulso;

• Estado de consciência e
• Intensidade da dor.

Referências Bibliográficas

1. PORTO, André. Estágios da Recuperação da Anestesia: Aspectos


Clínicos e Critérios de Alta. In: CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de
Anestesiologia. 7. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 2. p. 1723-1729.
2. Bromage PR. Epidural Analgesia. 1. ed. Philadelphia, WB Saunders,
1978;144.
3. MAURO, Gislaine; CARDOSO, Adilson. Cuidados na Recuperação Pós-
Anestésica. In: CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de Anestesiologia. 7.
ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 2. p. 1731-1741.

115
Capítulo 11
PROTOCOLOS DE
TRATAMENTO DE
COMPLICAÇÕES EM
ANESTESIA

116
PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE
COMPLICAÇÕES EM ANESTESIA

Hipertermia Maligna

FASE AGUDA

Solicitar ajuda e comunicar aos cirurgiões

1) Interromper imediatamente a inalação de anestésicos voláteis e/ou


succinilcolina;
2) Hiperventilar o paciente com oxigênio puro (FiO 2 de 100%) a 10 L/min
ou mais;
3) Cancelar o procedimento assim que possível; se for emergência,
trocar por anestésicos venosos;

Utilizar DANTROLENE* na dose de 2,5 mg/kg IV

* Vide Outros em Fármacos Usados em Anestesia.

4) Repetir dose até controle dos sinais da hipertermia maligna; algumas


vezes, mais do que 10 mg/kg (até 30 mg/kg) são necessários;

Resfriar ativamente o paciente

5) Utilizar solução salina fria IV;


6) Realizar lavagem gástrica, vesical, retal e cavidades (peritoneal ou
torácica) eventualmente abertas com NaCl 0,9% gelado; colchão
hipotérmico e aplicação de gelo na superfície corporal até atingir a
temperatura de 38℃ para evitar hipotermia;

Corrigir acidose metabólica

117
7) Utilizar NaHCO3 1-2 mEq/kg IV se a gasometria arterial ainda não
estiver disponível;

Corrigir hipercalemia

8) Tratar com hiperventilação, bicarbonato, glicoinsulinoterapia e


cálcio;

Tratar as arritmias cardíacas

9) Corrigir hipocalemia e acidose;

10)Usar terapia padrão de drogas, exceto bloqueadores do canal de


cálcio, que podem causar hipercalemia e parada cardíaca,
associadas a dantrolene de sódio;

Acompanhar ETCO2, temperatura central, diurese, eletrólitos, gasometria arterial,


coagulograma e CPK

ETCO2 = end-tidal dióxido de carbono; CPK = cretino-fosfoquinase.

11)Manter débito urinário acima de 2 ml/kg/h com hidratação e/ou


diuréticos.

FASE PÓS AGUDA

Encaminhar paciente para UTI

1) Observar o paciente na UTI por pelo menos 24h devido ao risco de


reincidência;

Utilizar DANTROLENE na dose de 1 mg/kg IV de 6/6h

118
2) Administrar dantrolene por pelo menos 36h (futuras doses podem ser
indicadas);

Solicitar controles a cada 6h

3) Acompanhar os sinais vitais (temperatura) e laboratoriais


(gasometria arterial, níveis sanguíneos de CPK, K+ e Ca2+,
coagulograma, mioglobina sérica e urinária);

Orientar o paciente e os familiares acerca da doença

4) Orientar os pacientes e familiares a respeito da hipertermia maligna


e futuras precauções;
5) Encaminhar o paciente para um centro de biópsia muscular mais
próximo para acompanhamento.

ADVERTÊ Este protocolo pode não ser apropriado a todos os


NCIA pacientes.

Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 1; Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Anestesiologia Projeto Diretrizes AMB-CFM, SBA, 2011 2.

119
Parada Cardiorrespiratória

SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM ADULTOS

Figura 11.1 - Algoritmo simplificado de Suporte Básico de Vida (SBV) em


adultos.
Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 3.

Tabela 11.1 - Cadeia de sobrevivência de ACE adulto da AHA

1) Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do Serviço de


Emergência/Urgência;

2) RCP precoce, com ênfase nas compressões torácicas;

3) Rápida desfibrilação;

4) Suporte avançado de vida eficaz;

5) Cuidados pós-PCR integrados.

120
ACE = Atendimento Cardiovascular de Emergência; AHA = American Heart Association;
RCP = ressuscitação cardiopulmonar.
Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 3.

Tabela 11.2 - Reanimação cardiorrespiratória de boa qualidade

• Comprima rápido (mínimo de 100 compressões/min) e forte (profundidade mínima da


CT de 5 cm).

• Minimize as interrupções durante a MCE.

• Permita o retorno total da parede torácica após cada CT.

• Realize uma relação compressão:ventilação de 30:2 para adultos, crianças e bebês


(exceto recém-nascidos), quando a via aérea não está garantida.

• Reveze função de MCE a cada 2 minutos

• Evite hiperventilação.

CT = compressão torácica; MCE = massagem cardíaca externa.


Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 3.

Tabela 11.3 - Sequência para uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

1) Ligue o DEA ou desfibrilador manual e aplique as pás ou adesivos ao tórax da


vítima;

2) Siga as instruções do aparelho ou analise o ritmo;

3) Dispare o choque:
• Bifásico: 120-200 J
• Monofásico: 360 J
4) Reinicie as CTs imediatamente após o choque (minimize interrupções).

Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 3.

121
Figura 11.2 - Sequência do algoritmo de SBV para RCP de adulto.
Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 3.

SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM ADULTOS

122
Figura 11.3 - Algoritmo circular do Suporte Avançado de Vida (SAV).
Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 4.

5 Hs 5 Ts

Hipóxia Toxinas (drogas)

Hipotermia Trombose coronariana

Hipovolemia Tamponamento cardíaco

Hipo/hipercalemia Tensão tórax (pneumotórax)

Hidrogênio alto (acidose) Tromboembolismo pulmonar

Quadro 11.1 - Causas prováveis de PCR.


Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 4.

123
Figura 11.4 - Algoritmo de atendimento do SAV em adultos.
Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 4.

Controle da via aérea e ventilação

A partir da obtenção de uma via aérea avançada, as CTs são realizadas sem
interrupção, numa freqüência mínima de 100 compressões/min, simultâneas com a
ventilação (8 a 10 ventilações/min).

Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 4.

Tabela 11.4 - Retorno da circulação espontânea após RCP

• Presença de pulso e pressão arterial

• Presença de curva espontânea na pressão arterial invasiva

• Aumento abrupto do ETCO2 ≥ 40 mmHg

124
Tabela 11.4 - Retorno da circulação espontânea após RCP

• Pressão arterial diastólica > 20 mmHg

• Pressão de perfusão coronariana = 15-20 mmHg

Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 4.

125
Intoxicação Sistêmica por Anestésicos Locais

TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO

• Suporte básico de vida em adultos.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

• Tratamento de convulsões:
- Diazepam 0,2-0,5 mg/kg IV;
- Tiopental 1,5 mg/kg IV (repetir se necessário).
• Tratamento de arritmias cardíacas:

- Amiodarona 1 mg/kg IV em bolus a cada 5 minutos (repetir até 5


vezes) seguido de infusão de 3-10 µg/kg/min.

Figura 11.5 - Tratamento da intoxicação sistêmica por anestésicos locais com emulsão
lipídica.
Fonte: Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SBA, 2011 5.

126
Referências Bibliográficas

1. SIMÕES, Cláudia. Reanimação em Situações Especiais IV: Hipertermia


Maligna. In: MARTINS, Márcio; DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar. Suporte
Avançado de Vida em Anestesia. Rio de Janeiro: SBA, 2011. p. 365-
374.
2. AMARAL, JLG; CUNHA, LBP; BATTI, MACSB; et al. Hipertermia
Maligna. In: DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar. Diretrizes da Sociedade
Brasileira de Anestesiologia Projeto Diretrizes AMB-CFM. Rio de
Janeiro: SBA, 2011. p. 27-46.
3. ABRÃO, Maria Angélica; ROSA, Deise. Suporte Básico de Vida em
Adultos. In: MARTINS, Márcio; DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar. Suporte
Avançado de Vida em Anestesia. Rio de Janeiro: SBA, 2011. p. 25-46.
4. ROSA, Deise; ABRÃO, Maria Angélica. Suporte Avançado de Vida em
Adultos. In: MARTINS, Márcio; DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar. Suporte
Avançado de Vida em Anestesia. Rio de Janeiro: SBA, 2011. p. 57-86.
5. SUDO, Roberto. Intoxicação por Anestésicos Locais - Novos
Conceitos. In: MARTINS, Márcio; DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar.
Suporte Avançado de Vida em Anestesia. Rio de Janeiro: SBA, 2011.
p. 375-378.

127
Capítulo 12
EQUAÇÕES,
FÓRMULAS E
VALORES
IMPORTANTES

128
EQUAÇÕES, FÓRMULAS E VALORES
IMPORTANTES

Peso Corporal e Doses Corrigidas

PESO CORPORAL TOTAL (PCT) OU REAL

Tabela 12.1 - Drogas com doses baseadas no PCT

Fentanil Cisatracúrio

Sufentanil Propofol (manutenção)

Succinilcolina Tiopental

Atracúrio Midazolam

Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20101; Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20112.

PESO CORPORAL IDEAL (PCI)

PCI = 22 x altura²

Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20101.

Tabela 12.2 - Drogas com doses baseadas no PCI

Remifentanil Vecurônio

Alfentanil Propofol (indução)

Rocurônio Volume corrente

Pancurônio

Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20101; Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20112.

PESO CORPORAL CORRIGIDO OU CALCULADO (PCC)

Excesso (E) = PCT - PCI

129
Fonte: Anestesia Venosa Total, SBA, 20113.

PCC = PCI + 0,4 x E

Fonte: Anestesia Venosa Total, SBA, 20113.

130
Monitorização em Anestesia

MONITORIZAÇÃO DA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR

Equações Valores de referência

PP = PAS - PAD 40-50 mmHg

PAM = PAS + (2 x PAD) / 3 ou PAD + (1/3 x PP) 80-120 mmHg

ΔPP = (PP máxima - PP mínima ) / ([PP máxima + PP mínima ] / 2) x 100 13%

DC = FC x VS 4-6 L/min

IC = DC / SCT 3,0-4,5 L/min/m2

RVS = (PAM - PVC / DC) x 80 900-1.500 dinas.s.cm-


5

RVP = (PAPm - POAP / DC) x 80 150-200 dinas.s.cm-5

PA (sistólica / diastólica) = DC x RVS 120-139 / 80-89 mmHg

Quadro 12.1 - Equações e valores de referência da função cardiovascular.


PP = pressão de pulso; PAM = pressão arterial média; PAS = pressão arterial sistólica;
PAD = pressão arterial diastólica; ΔPP = variação da pressão de pulso; DC = débito
cardíaco; FC = frequência cardíaca; VS = volume sistólico; IC = índice cardíaco; SCT =
superfície corporal total; RVS = resistência vascular sistêmica; PVC = pressão venosa
central; RVP = resistência vascular pulmonar; PAPm = pressão arterial pulmonar média;
POAP = pressão de oclusão da artéria pulmonar; PA = pressão arterial.
Adaptado de: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20104; Anesthesiology, 1ª edição, 20085; Tratado de
Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20116.

Valores de referência da função cardiovascular

VS = 60-90 ml POAP = 5-12 mmHg

PVC = 4-8 mmHg SvO2 mista = 70-75%

PAP (sistólica / diastólica) = 15-30 / 6-15 ΔPS = 7-10 mmHg*


mmHg

Quadro 12.2 - Outros valores de referência da função cardiovascular.


* Valores sob ventilação mecânica.
PAP = pressão arterial pulmonar; SvO 2 mista = saturação venosa mista de oxigênio; ΔPS =
variação da pressão sistólica.
Adaptado de: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20104; Anesthesiology, 1ª edição, 20085; Tratado de
Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20116.

Responsividade à volume
131
ΔPP

Se ΔPP > 13%, então paciente responsivo à volume.

Adaptado de: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20104.

ΔPS

Diagnóstico precoce de hipovolemia, pois hipovolemia causa aumento


da ΔPS.

Adaptado de: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20104.

MONITORIZAÇÃO DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA

Equações Valores de referência

CaO2 = (1,34 x Hb x SaO2) + (0,003 x PaO2) 16-20 ml/dL

CvO2 = (1,34 x Hb x SvO2) + (0,003 x PvO2) 13-15 ml/dL

Da-vO2 = CaO2 - CvO2 3-5 ml/dL

DO2 = DC x CaO2 x 10 850-1050 ml/min

VO2 = DC x Da-vO2 x 10 200-250 ml/min

Relação P/F = PaO2 / FiO2 > 300

Quadro 12.3 - Equações e valores de referência da função respiratória.


CaO2 = conteúdo arterial de oxigênio; Hb = hemoglobina; SaO 2 = saturação arterial de
oxigênio; PaO2 = pressão arterial de oxigênio; CvO 2 = conteúdo venoso de oxigênio;
SvO2 = saturação venosa de oxigênio; PvO2 = pressão venosa de oxigênio; Da-vO2 =
diferença arteriovenosa de oxigênio; DO 2 = oferta de oxigênio; VO 2 = consumo de
oxigênio; FiO2 = fração inspirada de oxigênio.
Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20117.

MONITORIZAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBRAL

Valores de referência da função cerebral

FSC global = 45-55 ml/100 g/min PIC = 8-12 mmHg*

TMCO2 = 3-3,5 ml/100 g/min PvcO2 = 32-44 mmHg

RVC = 1,5-2,1 mmHg/100 g/min/ml SvcO2 = 55-70%

132
Quadro 12.4 - Valores de referência da função cerebral.
* Valores na posição supina.
FSC = fluxo sanguíneo cerebral; TMCO2 = taxa metabólica cerebral de oxigênio; RVC =
resistência vascular cerebral; PIC = pressão intracraniana; PvcO 2 = pressão venosa
cerebral de oxigênio; SvcO2 = saturação venosa central de oxigênio.
Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 20108.

133
Distúrbios Hidroeletrolíticos

COMPARTIMENTOS HÍDRICOS DO ORGANISMO

Compartimentos % do peso corporal Volume (L/70


total kg)

Água corporal 60 42
total

Volume 40 28
intracelular

Volume 20 14
extracelular

Volume 16 11
intersticial

Volume 4 3
plasmático

Quadro 12.5 - Composição dos compartimentos hídricos do organismo.


Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20119.

ELETRÓLITOS

Eletrólitos séricos

Na+ = 135-145 mEq/L Ca2+ = 8,5-10,5 mEq/L

K+ = 3,5-5,5 mEq/L Ca2+ corrigido = Ca2+ medido + [(4 - albumina) x


0,8]

Cl- = 95-105 mEq/L Mg2+ = 1,5-2,0 mEq/L

Quadro 12.6 - Valores de referência dos eletrólitos séricos.


Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20119.

OSMOLARIDADE PLASMÁTICA (Osm)

Osm (mOsm/L) = 2 x Na+ + (glicose/18) + (BUN/2,8)

BUN = blood urea nitrogen.

134
Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201010.

• Valor de referência: 275-290 mOsm/kg

ÁGUA CORPORAL TOTAL (ACT)

Homem Jovem 0,6 x peso corporal

Idoso 0,5 x peso corporal

Mulher Jovem 0,5 x peso corporal

Idoso 0,45 x peso corporal

Quadro 12.7 - Cálculo da água corporal total.


Fonte: Anesthesiology, 1ª edição, 200811.

CORREÇÃO DA NATREMIA

Déficit de sódio corporal total

Déficit de [Na⁺] (mEq) = (140 - [Na⁺] sérico) x P (kg) x 0,6

Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 20119.

Fórmula de Adrogué

[Na⁺] solução - [Na⁺] sérico / ACT + 1

Fonte: Anesthesiology, 1ª edição, 200811.

• Cálculo da variação da natremia com a infusão de 1L da solução salina


escolhida

• [Na⁺] solução (vide Soluções e Eletrólitos em Fármacos Usados em


Anestesia)

• Velocidade de infusão = 0,5-1 mEq/kg/h


• Variação máxima da natremia em 24 horas = 10-12 mEq/L
135
CORREÇÃO DA CALEMIA

Hipocalemia

• Cloreto de potássio 19,1%: concentração da solução a ser infundida


em:
- Veia periférica = 40 mEq/L
- Veia central = 80 mEq/L
• Velocidade de infusão = 10-40 mEq/h
• Variação da calemia (velocidade de infusão a 20 mEq/h) ≅ 0,25 mEq/L/h

Hipercalemia

• Glicoinsulinoterapia: insulina regular 10 UI + glicose a 50% 100 ml IV


em 20 minutos
- Início de ação = 15 minutos
- Duração = 4-6 horas
• Beta 2 agonista inalatório: nebulização com 10-20 gotas de fenoterol
(Berotec®)
- Início de ação = 20-30 minutos
- Duração = 2-4 horas
• Diuréticos de alça: furosemida (Lasix®) 0,5-1 mg/kg IV em bolus
- Início de ação = 1-2 horas
- Duração = 4-6 horas
• Gluconato de cálcio 10%: 10 ml IV em 10 minutos (proteção
miocárdica)
- Hipercalemia severa = [K+] sérico > 7 mEq/L ou alterações
eletrocardiográficas
CORREÇÃO DA CALCEMIA

136
Hipocalcemia

• Gluconato de cálcio 10%:


- Ataque = 10 ml IV em 10 minutos (regra dos “10")
- Manutenção = 0,3-2 mg/kg/h IV de cálcio elementar
- Diluição = 1-2 g em 100 ml de SF 0,9% ou SG 5%

Hipercalcemia

• Hidratação venosa: solução salina 0,9% (3-4 L/dia)


• Débito urinário = 200-300 ml/h
• Diuréticos de alça: furosemida (Lasix®) 0,5-1 mg/kg IV em bolus
• Calcitonina 4 UI/kg SC de 12/12h
• Fosfato 1500 mg IV em 6-8 horas

CORREÇÃO DA MAGNESEMIA

Hipomagnesemia

• Sulfato de magnésio 10%:


- Ataque: 8-16 mEq (1-2 g) IV em 1 hora
- Manutenção: 2-4 mEq/h (250-500 mg/h) IV de magnésio elementar
- Diluição = 1g em 100 ml de SF 0,9% ou SG 5%

137
Distúrbios Ácido Base

EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE

Valores de referência do equilíbrio ácido base

pH = 7,40 ± 0,05 HCO₃⁻ atual = 24 ± 2 mEq/L

PaO2 = 96 - (0,4 x idade) mmHg BB ≅ 48 mEq/L

PaCO2 = 40 ± 5 mmHg BE = 0 ± 4

Quadro 12.8 - Valores de referência do equilíbrio ácido base.


BB = buffer base; BE = base excess.
Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201112.

MÉTODO DE STEWART

Método de Stewart

SIDa = (Na+ + K+ + Ca2+ + Mg2+) - (Cl- + lactato)

SIDe = albumina + fosfato

SIG = SIDa - SIDe

Quadro 12.9 - Cálculos do método de Stewart.


SIDa = diferença de íons fortes aparente; SIDe = diferença de íons fortes efetiva; SIG =
gap da diferença de íons fortes.
Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201112.

• SIDa (valor de referência: 40-42 mEq/L):


- Aumentada (cátions > ânions) = alcalose metabólica

- Diminuída (ânions > cátions) = acidose metabólica

• SIDe (valor de referência: 40 mEq/L)


• SIG (valor de referência: 0-2 mEq/L):
- Se SIG < 0 mEq/L, então há acidose metabólica por acidose tubular
renal, diarreia, nutrição parenteral total, infusão excessiva de
solução salina
138
- Se SIG > 2 mEq/L, então há acidose metabólica por cetoacidose
diabética ou alcoólica, acidose lática, uremia, intoxicação por
salicilatos

ACIDOSE METABÓLICA

Ânion gap

AG = [Na+] - ([Cl-] + [HCO₃⁻])

AG corrigido = AG + 2,5 x (4 - albumina)

Quadro 12.10 - Cálculos do ânion gap.


AG = ânion gap.
Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201112.

• AG (valor de referência: 8-12 mEq/L):


- Se AG normal, então há uma acidose metabólica hiperclorêmica por
infusão excessiva de solução salina, diarreia, ileostomia, fístula
pancreática, acidose tubular renal, acetazolamida
- Se AG > 12 mEq/L, então há uma acidose metabólica com AG
aumentado ou normoclorêmica por intoxicação por metanol,
etilenoglicol ou salicilatos, uremia, acidose lática, cetoacidose
diabética ou alcoólica

PCO2 esperada = (1,5 x [HCO₃⁻]) + 8 (± 2) mmHg

Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201112.

• Se a medida de PCO2 > PCO2 esperada, então há uma acidose respiratória


simultânea

• Se a medida de PCO2 < PCO2 esperada, então há uma alcalose respiratória


simultânea

Déficit de bicarbonato

139
Déficit de HCO₃⁻ (mEq) = (HCO₃⁻ desejado - HCO₃⁻ ) x P (kg) x 0,6
atual

Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201112.

• Repor 1/3 a 1/2 da dose calculada com solução de NaHCO₃ em 2 horas.

ALCALOSE METABÓLICA

PCO2 esperada = (0,9 x [HCO₃⁻]) + 16 (± 5) mmHg

Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201112.

• Se a medida de PCO2 > PCO2 esperada, então há uma acidose respiratória


simultânea

• Se a medida de PCO2 < PCO2 esperada, então há uma alcalose respiratória


simultânea

RESPOSTA COMPENSATÓRIA ESPERADA

1º distúrbio 2º distúrbio Resposta esperada

Acidose respiratória Alcalose metabólica ↑ 10 mmHg PCO2 = ↑ 1 mEq/L


aguda HCO₃⁻

Acidose respiratória Alcalose metabólica ↑ 10 mmHg PCO2 = ↑ 4 mEq/L


crônica HCO₃⁻

Alcalose respiratória Acidose metabólica ↓ 10 mmHg PCO2 = ↓ 2 mEq/L


aguda HCO₃⁻

Alcalose respiratória Acidose metabólica ↓ 10 mmHg PCO2 = ↓ 5 mEq/L


crônica HCO₃⁻

Quadro 12.11 - Resposta compensatória esperada do equilíbrio ácido-base.


Fonte: Tratado de Anestesiologia da SAESP, 7ª edição, 201112.

140
Estratégias Perioperatórias de Reposição Volêmica

ESTRATÉGIA LIBERAL

Volume de expansão compensatória (VEC)

VEC (ml) = 5-7 ml/kg

Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201010.

• Repor volume calculado antes ou durante a indução anestésica.

Demanda hídrica de manutenção (regra 4-2-1)

Peso corporal (kg) Taxa de líquido (ml/kg)

≤ 10 4

11-20 2

> 20 1
Quadro 12.12 - Cálculo da demanda hídrica de manutenção (regra 4-2-1).
Fonte: Miller’s Anesthesia, 7ª edição, 201010.

• O volume calculado corresponderá à Taxa de Manutenção em ml/h que


deverá ser reposto durante toda a anestesia.

Déficit de fluidos (DF)

DF (ml) = taxa de manutenção (ml/h) x tempo de jejum pré-operatório


(h)

• Repor ½ volume calculado na 1ª hora e a outra ½ nos próximas 2 horas


da anestesia.
141
Reposição das perdas para o terceiro espaço

Quantidade de exposição
Taxa de reposição
tecidual

Trauma mínimo 2-4 ml/kg/h

Trauma moderado 4-6 ml/kg/h

Trauma extenso 6-12 ml/kg/h

Quadro 12.13 - Cálculo da reposição das perdas para o terceiro espaço.


Fonte: Anesthesiology, 1ª edição, 200811.

Atualmente é questionável a necessidade de reposição das perdas para


o terceiro espaço. Inclusive, segundo Chapell et col., o terceiro espaço
não existe.

Fonte: Anesthesiology, volume 109, número 4, 200813.

Reposição das perdas para o meio externo

• Diurese: repor 1 ml de urina com 1 ml de cristaloide.


• Sangramento: repor 1 ml de sangue com 3 ml de cristaloide ou 1 ml de
coloide.

ESTRATÉGIA GUIADA POR METAS

Parâmetros Metas

Pressão venosa central 8-12 cmH2O

Pressão arterial média > 65 mmHg

Saturação venosa mista de


> 70%
oxigênio

0,7-1,0 ml/kg (peso corporal


Volume sistólico
ideal)

142
Quadro 12.14 - Metas da estratégia de reposição volêmica guiada por
metas.
Fonte: Anesthesiology, 1ª edição, 200811.
Figura 12.1 - Fluxograma de reposição volêmica guiada por metas.
PAS = pressão arterial sistólica; FC = frequência cardíaca; VS = volume sistólico; PVC =
pressão venosa central; PAM = pressão arterial média; SvO 2 = saturação venosa mista
de oxigênio.
Modificado de: Anesthesiology, 1ª edição, 200811.

Referências Bibliográficas

1. SINHA, Ashish; ECKMANN, David. Anesthesia for Bariatric Surgery. In:


MILLER, Ronald; ERIKSSON, Lars; FLEISHER, Lee; et al. Miller’s
Anesthesia. 7. ed. Elsevier, 2010.
2. SIMONI, Ricardo. Anestesia para Cirurgia Bariátrica. In: CANGIANI,
Luiz; et al. Tratado de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo: Atheneu,
2011. v. 2. p. 2013-2033.

143
3. SIMONI, Ricardo. Anestesia Venosa Total na Obesidade Mórbida. In:
DUARTE, Nádia; PIRES, Oscar; NUNES, Carlos; et al. Anestesia
Venosa Total. Rio de Janeiro: SBA, 2011. p. 109-118.6
4. SCHROEDER, Rebecca; BARBEITO, Atilio; BAR-YOSEF, Shahar; et al.
Cardiovascular Monitoring. In: MILLER, Ronald; ERIKSSON, Lars;
FLEISHER, Lee; et al. Miller’s Anesthesia. 7. ed. Elsevier, 2010.
5. BAR-YOSEF, Shahar; SCHROEDER, Rebecca; MARK, Jonathan.
Hemodynamic Monitoring. In: LONGNECKER, David; BROWN, David;
NEWMAN, Mark; et al. Anesthesiology. 1. ed. McGraw Hill, 2008. p.
519-551.
6. CARMONA, Maria José; FERREIRA, Flávio; MALBOUISSON, Luiz.
Monitorização da Função Cardiovascular. In: CANGIANI, Luiz; et al.
Tratado de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 1. p.
805-815.
7. RODRIGUES, Roseny; MALBOUISSON, Luiz; ALVES JÚNIOR, José
Otávio. Transporte de Gases. In: CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de
Anestesiologia. 7. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 1. p. 945-952.
8. PATEL, Piyush; DRUMMOND, John. Cerebral Physiology and the
Effects of Anesthetic Drugs. In: MILLER, Ronald; ERIKSSON, Lars;
FLEISHER, Lee; et al. Miller’s Anesthesia. 7. ed. Elsevier, 2010.
9. ZUCCOLOTTO, Eduardo; MARTINS, Viviane. Equilíbrio
Hidroeletrolítico. In: CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de Anestesiologia.
7. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. v. 1. p. 1175-1188.
10. KAYE, Alan; RIOPELLE, James. Intravascular Fluid and Electrolyte
Physiology. In: MILLER, Ronald; ERIKSSON, Lars; FLEISHER, Lee; et
al. Miller’s Anesthesia. 7. ed. Elsevier, 2010.
11. NELIGAN, Patrick; HORAK, Jiri. Monitoring and Managing
Perioperative Electrolyte Abnormalities, Acid-Base Disorders, and
Fluid Replacement. In: LONGNECKER, David; BROWN, David;
NEWMAN, Mark; et al. Anesthesiology. 1. ed. McGraw Hill, 2008. p.
639-684.
12. BRANDÃO, Antônio; BRANDÃO, Thaína. Equilíbrio Ácido-Base. In:
CANGIANI, Luiz; et al. Tratado de Anestesiologia. 7. ed. São Paulo:
Atheneu, 2011. v. 1. p. 1189-1199.
13. CHAPPELL, Daniel; JACOB, Matthias; HOFMANN-KIEFER, Klaus; et
al. A Rational Approach to Perioperative Fluid Management.
Anesthesiology. v. 109, n. 4, p. 723-740, out. 2008.

144

Você também pode gostar