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Procedimento

Operacional Padrão
POP/UNIDADE DE
REABILITAÇÃO/004/2017
Fisioterapia Hospitalar no Paciente Neonatal
Condutas para Reabilitação Respiratória
Versão 1.0

UNIDADE DE REABILITAÇÃO
Procedimento Operacional
Padrão

POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/004/2017
Fisioterapia Hospitalar no Paciente Neonatal
Condutas para Reabilitação Respiratória

Versão 1.0
® 2017, Ebserh. Todos os direitos reservados
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh
www.Ebserh.gov.br

Material produzido pela Unidade de Reabilitação do Hospital Universitário Maria Aparecida


Pedrossian -UFMS / Ebserh
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais.

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação

POP: Fisioterapia Hospitalar no Paciente Neonatal – Condutas para


Reabilitação Respiratória – Unidade de Reabilitação do Hospital
Universitário Maria Aparecida Pedrossian/UFMS – Campo Grande/MS:
EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2017. 53p.

Palavras-chaves: 1 – POP; 2 – Fisioterapia; 3 – Reabilitação respiratória;


4 – Neonatal.
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH
HOSPITAL UNIVERITÁRIO MARIA APARECIDA PEDROSSIAN
Avenida Senador Filinto Muller, 355
Cidade Universitária, Vila Ipiranga | CEP: 79080-190 | Campo Grande-MS |
Telefone: (67) 3345-3000 | Site: www. ebserh.gov.br

JOSÉ MENDONÇA BEZERRA FILHO


Ministro de Estado da Educação

KLEBER DE MELO MORAIS


Presidente da Ebserh

ANDRÉIA CONCEIÇÃO MILAN BROCHADO ANTONIOLLI SILVA


Superintendente do HUMAP/Filial Ebserh

LUIS HENRIQUE SANTOS COELHO


Gerente Administrativo do HUMAP /Filial Ebserh

ANA LÚCIA LYRIO DE OLIVEIRA


Gerente de Atenção à Saúde do HUMAP /Filial Ebserh

DÉBORA MARCHETTI CHAVES THOMAZ


Gerente de Ensino e Pesquisa do HUMAP /Filial Ebserh

RONALDO PERCHES QUEIROZ


Chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HUMAP/Filial Ebserh

VANESSA PONSANO GIGLIO


Chefe do Setor de Apoio Terapêutico do HUMAP/Filial Ebserh

IGOR KAORU NAKI


Chefe da Unidade de Reabilitação do HUMAP /Filial Ebserh

EXPEDIENTE

Unidade de Reabilitação do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian


Produção
HISTÓRICO DE REVISÕES

Autor/responsável por
Data Versão Descrição Gestor do POP
alterações

Aline Battini Basso,


Paulo Muleta , Douglas
Fernandes Orikassa,
Danielle Clementino de
Trata da padronização das
condutas da fisioterapia para Mendonça, Mariane de
18/01/2016 1.0 Igor Kaoru Naki Oliveira Nunes Reco,
reabilitação respiratória no
paciente neonatal. Mercia Cristina de
Oliveira Nantes/

Kelen Yumi Hattori


Thays M. de Ávila Vieira
SUMÁRIO
OBJETIVO ......................................................................................................................................7

CAMPO DE APLICAÇÃO .............................................................................................................7

GLOSSÁRIO ...................................................................................................................................7

INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................9

POP 004-01 AUMENTO DO FLUXO EXPIRATÓRIO ..............................................................10

POP 004-02 DRENAGEM AUTÓGENA ASSISTIDA ...............................................................13

POP 004-03 DESOBSTRUÇÃO RINOFARÍNGEA RETRÓGRADA........................................16

POP 004-04 EXPIRAÇÃO LENTA PROLONGADA .................................................................19

POP 004-05 ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA IOT EM NEONATOLOGIA ................22

POP 004-06 REANIMAÇÃO NEONATAL .................................................................................24

POP 004-07 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA POR PRESSÃO POSITIVA ............................26

POP 004-08 VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA ..............................................................29

POP 004-09 DESMAME VENTILATÓRIO ................................................................................34

POP 004-10 EXTUBAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO .................................................................37

POP 004-11 OXIGENOTERAPIA HALO/CAPACETE/CAPUZ/(CAIXA DE HOOD) ............39

POP 004-12 OXIGENOTERAPIA CATETER SUBNASAL/CÂNULA NASAL ......................42

POP 004-13 OXIGENOTERAPIA CATETER NASOFARÍNGEO ............................................45

POP 004-14 OXIGENOTERAPIA TENDA DE OXIGÊNIO ......................................................48

REFERENCIAIS TEÓRICOS.......................................................................................................50

ANEXO .........................................................................................................................................52

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OBJETIVO
Padronizar as condutas da reabilitação respiratória realizadas por fisioterapeutas em
pacientes neonatais internados no HUMAP-UFMS.

CAMPO DE APLICAÇÃO
Nos setores da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Unidade de Cuidados
Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo) e da Unidade de Cuidados Intermediários
Neonatal Canguru (UCINCa) do HUMAP-UFMS, tendo como responsável pela execução deste
POP o fisioterapeuta.

GLOSSÁRIO
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
HUMAP – Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian

UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

POP – Procedimento Operacional Padrão

UCINCo – Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional

UCINCa – Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru

UTI – Unidade de Terapia Intensiva

VRE: Volume de reserva expiratório

CPT: Capacidade pulmonar total

DRR – Desobstrução Rinofaríngea Retrógrada


RN – Recém nascido
O 2 – oxigênio
FiO 2 – fração inspirada de oxigênio

PaO 2 – pressão arterial de oxigênio

SpO 2 – saturação periférica de oxigênio

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CCIH - Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

AFE – Aumento do Fluxo Expiratório

VM Ventilação Mecânica

CPAP – Pressão positiva contínua em vias aéreas

CNE – Cateter nasal

VAS – Vias aéreas superiores

PaCO 2 – Pressão arterial de gás carbônico

IOT – Intubação orotraqueal

TOT – Tubo orotraqueal

T2/T3 – Vértebras torácicas número 2 número 3.

FC – Frequência Cardíaca

VPP – Ventilação por pressão positiva

VNI – Ventilação Não Invasiva

VNIPP – Ventilação Não Invasiva Por Pressão Positiva

NIPPV – Ventilação por pressão positiva intermitente nasal

SIMV – Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada

PS – Pressão de Suporte

IMV – Ventilação Mandatória Intermitente

PEEP – Pressão positiva expiratória final

PIP – Pico de Pressão Inspiratória

AC – Ar comprimido

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INTRODUÇÃO

O Procedimento Operacional Padrão é um recurso essencial nos trabalhos executados


pelos profissionais de saúde da área hospitalar, uma vez que auxilia a realização de condutas
padronizadas gerando mais segurança ao paciente, melhores resultados e qualidade do serviço
oferecido.
Neste aspecto, a Unidade de Reabilitação do HUMAP-UFMS elaborou os POP’s de
acordo com os vários temas específicos da prática clínica das profissões que compões a Unidade
(Educação Física/Fisioterapia/Fonoaudiologia/Terapia Ocupacional).
Neste trabalho serão encontrados os temas específicos da Fisioterapia Hospitalar no
Paciente Neonatal voltado para as condutas de Reabilitação Respiratória. Estes procedimentos
são realizados em pacientes internados na UTI Neonatal, Unidade de Cuidados Intermediários e
Unidade Canguru. Com intuito de tratar e prevenir complicações pulmonares, em pacientes
submetidos à ventilação mecânica invasiva e não invasiva, em ventilação espontânea com
oxigenoterapia ou não, pacientes que tem grandes chances de apresentar atrasos no
desenvolvimento neuropsicomotor e danos metabólicos.
Este POP de Fisioterapia faz parte da Unidade de Reabilitação e tem duração de dois
anos, necessitando de revisão bianual.

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POP 004-01 AUMENTO DO FLUXO EXPIRATÓRIO (AFE)

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Mobilizar, carrear e eliminar as secreções brônquicas. A variação do fluxo nas vias aéreas
proporciona uma mudança na geologia do muco deixando-o mais fluído, além disso, a aceleração
do fluxo auxilia no carreamento da secreção para as vias aéreas mais proximais facilitando a
eliminação de secreções. Tudo isso auxilia na manutenção da perviedade das vias aéreas,
melhorando a mecânica ventilatória, diminuindo o gasto energético do RN além de prevenir
complicações como atelectasias e infecções.

DEFINIÇÕES
AFE é uma técnica a fluxo de desobstrução brônquica, de caráter passivo no RN e no
lactente. A desinsuflação é realizada através de uma compressão bimanual que se inicia no platô
inspiratório e prolonga a expiração até o fim da expiração respeitando a resistência da parede
torácica e dos pulmões. Essa técnica varia de acordo com a velocidade, podendo ser rápida ou
lenta, a AFE rápida age nas regiões brônquicas proximais enquanto a AFE lenta nas regiões mais
distais.

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Higienizar as mãos conforme orientações da CCIH
 Posicionar o RN em decúbito dorsal.
 Avaliar estado geral e sinais vitais.
 Realizar ausculta de VAS e Ausculta Pulmonar.
 Posicionar envolvendo as últimas costelas e todo o abdômen como se fosse uma ponte e
posicionar a borda cubital da outra mão na altura da linha supramamária.

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 Realizar uma compressão suave do tórax que deve ser iniciada no platô inspiratório e ir
até o final da expiração, enquanto a mão abdominal mantém um apoio estático.
 A manobra pode também ser realizada em decúbito lateral, a mão de apoio será
posicionada nas costas enquanto a mão que realizará a pressão fica posicionada no
esterno. Ou ainda, o bebê pode ser colocado em uma posição elevada a mais ou menos
60º graus, com uma mão apoiando nas costas enquanto a outra envolve as costelas
realizando a pressão (AFE transversa).
 A compressão torácica pode variar em velocidade, quando realizada de forma lenta irá
carrear secreções de vias aéreas distais e mediais, já de forma rápida serão drenadas as
secreções de vias aéreas proximais.
 Podem ser realizadas 5 a 10 manobras sucessivas com tempo de repouso, o total de
manobras varia de acordo com a resposta do paciente. Se a criança estiver taquipneica
poderá ser feita a cada 2 ou 3 ciclos respiratórios.
 Se não houver tosse eficaz espontânea ou provocada, eliminação via nasal por espirro,
sinal de deglutição da secreção ou melhora da ausculta respiratória a técnica deve ser
seguida de aspiração de vias aéreas superiores.
 Avaliar estado geral, sinais vitais e ausculta respiratória.
 Posicionar o neonato no leito e acalmá-lo com o toque e o som da sua voz.
 Higienizar as mãos conforme orientações da CCIH e fazer anotações relativas ao
procedimento.

PERIODICIDADE
Conforme avaliação do profissional habilitado.

RECURSOS NECESSÁRIOS
 Humanos: Paciente/Fisioterapeuta.

 Materiais/Equipamentos: Luva de procedimento.

 Ferramentas e instrumentos: Protocolo de avaliação.

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CUIDADOS ESPECIAIS
INDICAÇÕES:

Em RN com peso ≥ 1500g e idade gestacional ≥ 32 semanas que estiverem em CPAP,


HOOD, CNE ou em ar ambiente e nos neonatos em VM ou abaixo dessa faixa a critério do
Fisioterapeuta de Plantão que apresentarem:
 queda nos índices de saturação de oxigênio
 piora do esforço respiratório
 ausculta pulmonar diminuída ou compatível com presença de secreções brônquicas
 em caso de ausculta normal para verificar a presença ou não de secreções, uma vez que a
ausculta torácica pode ser normal mesmo na presença de obstrução importantes.

DESVIOS E AÇÕES NECESSÁRIAS


Deverá ser respeitado um período mínimo de 40 minutos após a dieta.
A técnica deverá ser realizada preferencialmente quando o bebê estiver nos estados 3 e 4 de
Brazelton, se estiver em sono profundo o profissional deverá através do som da sua voz e do
toque trazer o bebê para um estado mais alerta.

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POP 004-02 DRENAGEM AUTÓGENA ASSISTIDA

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Promover o aumento da velocidade do fluxo de ar irá mobilizar as secreções através do
atrito com a parede brônquica transportando-as das vias aéreas periféricas até a boca.

DEFINIÇÕES
É a adaptação da drenagem autógena, técnica ativa desenvolvida por Jean Chevalier em
1967, para recém-nascidos, lactentes e crianças pequenas que não são capazes de realizar a
técnica ativa. Constitui-se de uma rotina de respirações que visam atingir um volume expiratório
ótimo que atinja todas as gerações brônquicas evitando o colapso. A inspiração é mais profunda
e a expiração é gentil, porém ativa. Vai de volume de reserva expiratório (VRE) até capacidade
pulmonar total (CPT).

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Higienizar as mãos conforme orientações da CCIH.
 Posicionar o RN em decúbito dorsal.
 Avaliar estado geral e sinais vitais.
 Realizar ausculta de VAS e Ausculta Pulmonar.
 Posicionar envolvendo as últimas costelas e todo o abdômen como se fosse uma ponte e
posicionar a borda cubital da outra mão na altura da linha supramamária.
 Realizar uma compressão suave do tórax que aumente a velocidade do fluxo expiratório e
prolongue a expiração até VRE. Manter a pressão de 5 a 6 ciclos respiratórios. Soltar e
observar a mudança de padrão. O RN irá realizar uma inspiração profunda até atingir
CPT.
 O número de manobras é determinado de acordo com a resposta e a tolerância do RN.

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 Deve-se evitar força excessiva.
 Se não houver tosse eficaz espontânea ou provocada, sinal de deglutição da secreção ou
melhora da ausculta respiratória a técnica deve ser seguida de aspiração de vias aéreas
superiores.
 Avaliar estado geral, sinais vitais e ausculta respiratória.
 Posicionar o neonato no leito e acalmá-lo com o toque e o som da sua voz.
 Higienizar as mãos conforme orientações da CCIH e fazer anotações relativas ao
procedimento.

PERIODICIDADE
Conforme avaliação do profissional habilitado.

RECURSOS NECESSÁRIOS
 Humanos: Fisioterapeuta paciente.

 Materiais/Equipamentos: Luva de procedimento.

 Ferramentas e instrumentos: Protocolo de avaliação.

CUIDADOS ESPECIAIS
INDICAÇÕES:

Em RN com peso ≥ 1000g e idade cronológica ≥ 32 semanas que estiverem em CPAP,


HOOD, CNE ou em ar ambiente ou abaixo dessa faixa a critério do Fisioterapeuta de Plantão
que apresentarem:
 queda nos índices de saturação de oxigênio;
 presença e ou piora do esforço respiratório;
 ausculta pulmonar diminuída ou compatível com presença de secreções brônquicas;
 em caso de ausculta normal para verificar a presença ou não de secreções, uma vez que a
ausculta torácica pode ser normal mesmo na presença de obstrução importantes.

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CONSIDERAÇÕES:
 Deverá ser respeitado um período mínimo de 40 minutos após a dieta.
 A técnica deverá ser realizada preferencialmente quando o bebê estiver nos estados 3 e 4
de Brazelton, se estiver em sono profundo o profissional deverá através do som da sua
voz e do toque trazer o bebê para um estado mais alerta.

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POP 004-03 DESOBSTRUÇÃO RINOFARÍNGEA RETRÓGRADA

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Desobstruir a rinofaringe.

DEFINIÇÃO
Desobstrução Rinofaríngea Retrógrada (DRR) é uma manobra inspiratória forçada
destinada a desobstrução da rinofaringe, acompanhada ou não de uma instilação local de soro
fisiológico a 0,9%.

II DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Higienizar as mãos conforme orientação da CCIH.
 Reunir todo o material necessário.
 Posicionar o RN em decúbito dorsal e realizar a ausculta de VAS e a ausculta pulmonar.
 Higienizar as mãos conforme orientação da CCIH.
 Aspirar SF 0,9 % com uma seringa de 1 ml, que devem estar em temperatura ambiente.
 Instilar 20 unidades em uma narina, massagear com a ponta do dedo a narina e ocluir a
outra narina e a boca tentando levar a língua até o céu da boca, dessa forma o RN será
induzido a realizar uma inspiração rápida e profunda. Realizar o mesmo procedimento na
outra narina. A manobra poderá ser precedida de desinsuflação torácica.
 Auscultar novamente o paciente e repetir o procedimento se for necessário, não instilar
mais de 1 ml em RN abaixo de 2kg.
 Se ocorrer um breve episódio de sufocação, sentar o paciente.

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 Caso não houver tosse eficaz espontânea ou provocada, eliminação via nasal por espirro,
sinal de deglutição da secreção ou melhora da ausculta respiratória a técnica deve ser
seguida de aspiração de vias aéreas superiores.
 Avaliar estado geral, sinais vitais e ausculta respiratória.
 Posicionar o neonato no leito e acalmá-lo com o toque e com o som da sua voz.
 Guardar o material que poderá ser utilizado no próximo atendimento e descartar o que
não poderá ser utilizado.
 Higienizar as mãos conforme orientação da CCIH e fazer anotações relativas ao
procedimento.

PERIODICIDADE
Conforme avaliação do profissional habilitado.

RECURSOS NECESSÁRIOS
 Humanos: Fisioterapeuta/paciente.

 Materiais/Equipamentos: seringa de 1 ml, luva de procedimento.

 Ferramentas e instrumentos: Protocolo de avaliação.

CUIDADOS ESPECIAIS
INDICAÇÕES:

Indicados para RN com peso ≥ 1000g e idade gestacional ≥ 32 semanas que estiverem em
CPAP, HOOD, CNE ou em ar ambiente e em RN abaixo dessa faixa e apresentar:
 queda nos índices de saturação de oxigênio;
 piora do esforço respiratório;
 ausculta de roncos em VAS;
 ausculta pulmonar com sons respiratórios compatíveis com roncos de propagação ou
ausculta pulmonar de sons respiratórios diminuído;
 em caso de ausculta normal para verificar a presença ou não de secreções, uma vez

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que a ausculta torácica pode ser normal mesmo na presença de obstrução importantes.
Conforme avaliação e critério do fisioterapeuta de plantão.

CONTRAINDICAÇÕES E LIMITAÇÕES:
 Atresia de esôfago operado;
 Mal formações cardíacas;
 Acometimentos neurológicos centrais;
 Síndromes abdominais não identificadas;
 Tumores abdominais;
 Broncoespasmo;
 Refluxo gastroesofágico.

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POP 004-04 EXPIRAÇÃO LENTA PROLONGADA (ELPR)

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Promover o aumento do fluxo expiratório prolongando a expiração até volume residual,
melhorando a depuração de secreções da periferia bronco-pulmonar. A desinsuflação pulmonar
global através da expiração completa encontra-se favorecida pela complacência tóraco-pulmonar
elevada dessa faixa etária.

DEFINIÇÃO
Técnica passiva de ajuda expiratória aplicada ao lactente, obtida por meio de uma pressão
tóraco abdominal lenta que se inicia ao final de uma expiração espontânea e prossegue até o
Volume Reserva expiratório, opondo-se a 2 ou 3 tentativas inspiratórias. Pode ser realizada
associando vibrações e a DRR.

II DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Higienizar as mãos conforme orientação da CCIH.
 Posicionar o RN em decúbito dorsal.
Avaliar estado geral e sinais vitais.
 Realizar ausculta de VAS observando a qualidade do fluxo aéreo da criança e Ausculta
Pulmonar.
 Posicionar a borda cubital de uma mão entre a fúrcula esternal e a linha intermamária e a
outra na região abdominal abaixo do umbigo.
 Promover uma pressão tóraco-abdominal suave a partir do início da expiração mantendo
a mesma ao longo de 3 tentativas de inspiração promovidas pela criança. Após esse
período, liberar o tórax observando a reexpansão pulmonar.

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 Durante a inspiração profunda que ocorrerá após a compressão torácica, poderá ser
realizada a DRR potencializando assim a desobstrução de VAS.
 O número de manobras é determinado de acordo com a resposta e a tolerância do RN.
 Se não houver tosse eficaz espontânea ou provocada, sinal de deglutição da secreção ou
melhora da ausculta respiratória a técnica deve ser seguida de aspiração de vias aéreas
superiores.
 Avaliar estado geral, sinais vitais e ausculta respiratória.
 Posicionar o neonato no leito e acalmá-lo com o toque e o som da sua voz.
 Higienizar as mãos conforme orientação da CCIH e fazer anotações relativas ao
procedimento.

PERIODICIDADE
Conforme avaliação do profissional habilitado.

RECURSOS NECESSÁRIOS
Humanos: Fisioterapeuta / paciente.

Materiais/Equipamentos: Luva de procedimento.

 Ferramentas e instrumentos: Protocolo de avaliação.

CUIDADOS ESPECIAIS
INDICAÇÃO:

Indicado em RN termo no período neonatal tardio que estiverem em CPAP, HOOD, CNE
ou em ar ambiente e apresentarem:

 queda nos índices de saturação de oxigênio;


 piora do esforço respiratório;
 tosse úmida e produtiva;
 ausculta pulmonar diminuída ou compatível com presença de secreções brônquicas;
 em caso de ausculta normal para verificar a presença ou não de secreções, uma vez que a
ausculta torácica pode ser normal mesmo na presença de obstrução importantes.

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CONTRAINDICAÇÕES E LIMITAÇÕES:

 Atresia de esôfago operado;


 Mal formações cardíacas;
 Acometimentos neurológicos centrais;
 Síndromes abdominais não identificadas;
 Tumores abdominais;
 Broncoespasmo;
 Refluxo gastroesofágico.

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POP 004-05 ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA IOT EM NEONATOLOGIA

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Estabelecer, sistematizar e padronizar as diretrizes para a atuação do fisioterapeuta no
procedimento de intubação orotraqueal em recém-nascidos (RN).

DEFINIÇÃO
A intubação, fixação e órtese endotraqueal é ato médico, porém o fisioterapeuta é parte
atuante do processo, pois geralmente é o responsável pela ventilação e posicionamento do
paciente durante o procedimento.

INDICAÇÕES
Apneia e hipoventilação, Insuficiência respiratória ou cardiovascular com necessidade de
pressão positiva, Pós-operatório de grandes cirurgias, Alterações da função da caixa torácica,
Obstrução da via aérea superior, Controle da PaCO2.

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Quando na vigência de uma IOT, o fisioterapeuta pode auxiliar no procedimento ficando
responsável pela ventilação do RN antes da introdução da cânula, para isso, o
fisioterapeuta deve estar munido de um balão de oxigênio e máscaras adequadas de
acordo com a idade (tamanho para RN de termo e pré-termo), e uma fonte de O2.
 Acoplar devidamente a máscara a face do paciente e ventilá-lo de maneira a permitir a
expansibilidade e oxigenação adequada do paciente, evitando a hiperventilação.
No RN utiliza-se TOT sem cuff;
 Logo após a IOT, o fisioterapeuta deve checar, pela ausculta pulmonar, se ambos os
pulmões estão sendo ventilados adequadamente para posterior fixação do TOT;

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 A profundidade do TOT também pode seguir a seguinte orientação: 6 cm mais o peso em
quilos arredondados para mais;
 Ainda assim deve-se checar o posicionamento do TOT após radiografia de tórax
(extremidade da cânula entre as vértebras T2 e T3), que geralmente é feita após a IOT, e
caso necessário o fisioterapeuta pode auxiliar no reposicionamento do TOT.
 Após a intubação cortar a cânula sempre que o comprimento entre o final da cânula e a
boca exceder 4 cm.

PERIODICIDADE
Apenas em caso de necessidade.

RECURSOS NECESSÁRIOS
 Humanos: Fisioterapeuta / Equipe de Enfermagem / Equipe Médica.
 Materiais/Equipamentos: AMBU + máscara para RN de termo e pré-termo; fonte de
O2 com fluxômetro; aspirador a vácuo com manômetro, máscara cirúrgica, luva de
procedimento, sondas para aspiração traqueal (n° 6, 8 e 10), estetoscópio, capote.

CUIDADOS ESPECIAIS
Certificar-se de que há disponível o mínimo de material necessário para realizar
principalmente a ventilação adequada e monitorização.

DESVIOS E AÇÕES NECESSÁRIAS


O fisioterapeuta deve sempre comunicar a equipe multidisciplinar quando observar algo
que não esteja ocorrendo conforme o preconizado durante o procedimento ou qualquer tipo de
intercorrência.

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POP 004-06 REANIMAÇÃO NEONATAL

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Reanimar paciente neonato.

DEFINIÇÃO
Na reanimação cardiopulmonar ocorrerá massagem cardíaca + ventilação positiva (ambú ou
respirador). Na reanimação respiratória, proceder somente ao suporte ventilatório.

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Colocar paramentação.
 Iniciar manobra de reanimação se FC ˂ 60 bpm ou respiração irregular ou ausente;
 Posicionar o RN em decúbito dorsal plano.
 Se não intubado aplicar POP de intubação orotraqueal no RN.
 Iniciar a ventilação com o balão de reanimação, com fonte de oxigênio 5 l/min.
 Auxiliar na massagem cardíaca: considerar relação 1:3 (uma ventilação para três
massagens) mantendo o ritmo.
 A compressão cardíaca deve ser realizada no 1/3 inferior do esterno logo abaixo da linha
intermamilar e acima do apêndice xifóide, evitando a compressão deste.
 Existem duas técnicas de massagem cardíaca: a dos polegares sobrepostos e a dos dois
dedos (pontas dos dedos médio e indicador). O tórax deve ser comprimido cerca de 1/3
da porção antero-posterior. É importante comprimir e liberar o esterno sem retirar os
dedos do ponto de referência.
 Monitorar frequência cardíaca do RN e manter monitoração contínua.
 Monitorar o tempo e administrar medicações conforme solicitação médica, lembrando
que a adrenalina só pode ser repetida a cada 3 a 5 minutos.

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 A melhora é considerada quando, após VPP acompanhada de massagem cardíaca o RN
apresenta FC˃60 bpm. Neste momento, interrompe-se a massagem cardíaca. Caso o RN
atinja FC˃100 bpm, deve-se também suspender a ventilação.
 Na eficácia do procedimento posicionar o RN adequadamente e registrar no prontuário.

RECURSOS NECESSÁRIOS
 Humanos: Médico, enfermeiro, fisioterapeuta e paciente.

 Materiais/Equipamentos: Aspirador, sonda de aspiração, laringoscópio, cânulas


traqueais, Fonte de 02 com fluxometro, bolsa-valva-máscara-máscara para RN termo e
prematuro, sondas gástricas, maternal para intubação traqueal, Adrenalina, soro
fisiológico, bicarbonato, glicose hipertônica, água destilada, naloxone, seringas e buretas
de microgotas, Luvas, material de fixação, pilhas, material para cateterismo umbilical,
material para drenagem torácica, estetoscópio, monitor cardíaco, oximetro de pulso,
bomba de infusão.

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POP 004-07 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA POR PRESSÃO POSITIVA

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Estabelecer critérios para indicação, contraindicação, monitorização, riscos,
complicações, insucessos e manejo da VNI. Com objetivo de prevenir intubação, diminuir a
morbidade, diminuir o trabalho muscular respiratório, diminuir sinais de desconforto
respiratório/dispneia, estabilização da caixa torácica, aumento da capacidade residual funcional,
reversão de shunt pulmonar e melhora da ventilação alveolar e das trocas gasosas. (este seria um
objetivo do POP de VNI).

DEFINIÇÃO
Ventilação não invasiva com pressão positiva é uma técnica de ventilação alveolar com
pressão positiva, sem o uso de uma prótese endotraqueal. A VNIPP utiliza os modos
ventilatórios NIPPV ou CPAP. O modo CPAP apresenta o mesmo nível de pressão positiva nas
vias aéreas durante a expiração e a inspiração, não havendo ajuste da frequência respiratória. O
modo NIPPV tem dois níveis de pressão positiva nas vias aéreas, tendo uma maior na fase
inspiratória e outra menor na fase expiratória. O disparo do ciclo é dado pelo esforço do paciente
ou por ajuste da frequência respiratória.

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO

Após a escolha da interface, do aparelho, do modo e da modalidade ventilatória, é preciso


ajustar os parâmetros desejados. Assim como na ventilação mecânica invasiva, deve-se iniciar
com baixos níveis pressóricos, e ajustar a menor sensibilidade possível para o paciente
desencadear a fase inspiratória sem que haja autodisparo, a pressão inspiratória conforme a
expansibilidade torácica e o volume corrente, a pressão expiratória e a fração inspirada de

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oxigênio conforme a saturação de oxigênio, uma frequência respiratória mínima para garantir
uma ventilação minuto adequada, o tempo e a rampa inspiratória conforme a doença de base, e a
sincronia com o aparelho de ventilação.

PERIODICIDADE
Conforme avaliação do profissional habilitado.

RECURSOS NECESSÁRIOS
 Humanos: Paciente/Fisioterapeuta
 Materiais/Equipamentos: Luva de procedimento, Kit VNI composto por circuitos,
pronga e touca de tamanho adequado, placa de hidrocoloide na região nasal, e ventilador
mecânico com modo VNI.

CUIDADOS ESPECIAIS
INDICAÇÕES:
Síndrome do desconforto respiratório neonatal ou Doença da membrana hialina
Taquipnéia transitória do recém-nascido
Síndrome de aspiração de mecônio
Hipertensão Pulmonar
Edema Pulmonar
Paralisia diafragmática unilateral
Apneia da prematuridade
Desconforto respiratório
Desmame da ventilação

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS E RELATIVAS:


Hérnia diafragmática congênita
Alto risco de broncoaspiração
Episódios recorrentes de apneia
Atresia de esôfago

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Pneumotórax não drenado
Anormalidade da via aérea superior
Atresia de coanas
Fenda palatina
Fístula traqueoesofágica
Instabilidade hemodinâmica
Hipersecretividade
Hemoptise
Arritmia não controlada
Ausência de reflexo de proteção de vias aéreas

PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À VENTILAÇÃO MECÂNICA


NÃO INVASIVA:

Lesão de pele
Conjuntivite
Pneumotórax
Distensão gástrica
Broncoaspiração

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POP 004-08 VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Tratamento da insuficiência respiratória otimizando as trocas gasosas.

DEFINIÇÃO
A VMI consiste em tecnologia de suporte de vida, que visa realizar o trabalho respiratório
de pacientes que estão incapazes de fazê-lo de maneira autônoma. Utiliza-se uma prótese
introduzida na via aérea, isto é, um tubo orotraqueal. Os objetivos gerais da VMI são otimizar a
troca gasosa, reduzir o trabalho respiratório e evitar ou minimizar a lesão pulmonar induzida pelo
ventilador mecânico.

INDICAÇÕES
Insuficiência de oxigenação (hipoxemia)
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo
Pneumonia
Edema pulmonar hidrostático
Exacerbação de asma
Embolia pulmonar
Insuficiência de ventilação (hipercapnia)
Hipoventilação (-diminuição do drive respiratório: intoxicação exógena, traumatismo craniano,
acidente vascular cerebral); (-piora da função da bomba respiratória: fadiga dos músculos
respiratórios, doença neuromuscular, traumatismo torácico/deformidade torácica).
Aumento do espaço morto
Enfisema
Embolia pulmonar
Fibrose cística
Elevação da produção de CO2
Aumento o trabalho respiratório (qualquer causa)

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Febre
Oferta excessiva de carboidratos

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Abrir o manômetro de ar comprimido e oxigênio do respirador depois de conectados ao
respirador, de 3 a 4 cmmg;

 Conectar as traqueias no respirador, ficando atento às saídas de ar inalatório e exalatório;

 Verificar se o termo-umidificador está ligado na rede e funcionante;

 Verificar o funcionamento do respirador;

 Testar com um pulmãozinho, antes de colocar a conexão do respirador no paciente;

 A escolha das estratégias ventilatórias deve ser baseada em princípios fisiológicos que
valorizem as trocas gasosas, os mecanismos pulmonares, o controle da respiração e
injúria pulmonar.

 Estratégia convencional de ventilação:

Usar os respiradores convencionais (Inter3) ou os respiradores com ventilação sincronizada e


assisto controlada (IX 5 Intermed). A modalidade SIMV permite o sincronismo entre a
respiração do RN e o ciclo do respirador. Todos os respiradores com modalidades sincronizadas
e assisto controlada trabalham com sensores de fluxo, quanto menor o RN, menor é a
sensibilidade a ser usada:

Até 1 kg – 0,3 a 0,5

1 a 2 kg - 0,5 a 1,0

2 a 3 kg – 1 a 1,5

Acima de 3 kg – 1,5 a 2,0.

Em ambas as modalidades a escolha da sensibilidade é importante para evitar que


movimentos de água dentro do circuito causem auto-ciclagem.

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A modalidade assisto controlada deve ser usada com cautela em bebês com FR altas porque
pode causar hipocapnia.

 Em relação aos demais ajustes:

- Pico de Pressão Inspiratória (PIP) é a pressão máxima que deve ser exercida internamente na
caixa torácica, depende da complacência do pulmão e da resistência da via aérea (depende da
fisiopatologia da doença). Deve ser ajustada para promover uma boa, mas não demasiada,
expansão torácica, indicando que o volume corrente está adequado;

- Pressão positiva final das vias aéreas (PEEP) é a pressão expiratória final que fica dentro do
alvéolo. Quando um paciente está em um ventilador mecânico, é necessário que a PEEP seja
mantida para evitar o colabamento dos alvéolos. O valor fisiológico da PEEP é de 5 cmH2O e
esse deve ser o valor programado no ventilador.

- Frequência (FR) é a quantidade de ciclos respiratórios realizados em um minuto. É o resultado


do tempo inspiratório (Ti) e o tempo expiratório (Te). Depende da capacidade de respirar
espontaneamente do RN. Inicialmente, a FR é colocada entre 20 e 30 ciclos por minuto e
ajustado para manter a PaCO2 adequada (50 e 60 mmHg - hipercapnia permissiva);

- Fluxo é a velocidade em que o ar será administrado. Usado para promover a saída dos gases,
prevenir a re-inspiração do CO2 e compensar as perdas através do tubo traqueal e conectores. O
Fluxo deve ser o suficiente para gerar o pico de pressão desejado no tempo inspiratório. (Varia
em torno de 4 a 6 l/min);

- FiO2 (concentração de oxigênio) é ajustada para manter a PaO2 entre 50 e 70


mmHg; Inicialmente utiliza-se uma FIO2 de 100%. Esse valor deve ser alterado de
acordo com a evolução do paciente até alcançar os valores de oferta de O2 em ar ambiente, que
é de 21%.

- Tempo inspiratório (Ti) é o tempo em que ocorre a insuflação do pulmão. Depende dos valores
do fluxo. Quanto maior o fluxo, menor será o Ti. Fixado em 0,5 segundo em IMV na fase aguda
da doença, e em torno de 0,4 a 0,45 nos casos crônicos;

- Tempo expiratório (Te) é o tempo de desinsuflamento pulmonar. Pode ser definido


pelas necessidades metabólicas do paciente como através da programação prévia do
ventilador.

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- Relação I:E é a relação entre o tempo inspiratório e o tempo expiratório. Em geral, o valor
normal da relação I:E é de 1:2, podendo ser alterado de acordo com a necessidade do paciente.
Contudo, o tempo inspiratório nunca deve ser maior que o tempo expiratório.

- Sensibilidade é o nível de pressão ou fluxo pré-determinado que deve ser atingido para que seja
feito o disparo que irá iniciar a inspiração. A sensibilidade permite que o paciente entre em
conjunto com a máquina nos disparos inspiratórios. Quanto maior a sensibilidade, maior a
facilidade do paciente realizar um disparo.

-Volume minuto é a quantidade de ar que foi administrado ao paciente durante um minuto. É o


produto do volume corrente pela frequência respiratória.

- Conhecer e observar a fixação do tubo (verificar o número no lábio superior do recém-nascido


sempre que possível evitando desta forma que o tubo enterre ou saia da posição inicial)
- Adaptar a VM ao RN.

 Manutenção do sistema

- Observar os sinais vitais do RN, a oxigenação, a atividade e a irritabilidade;

- Verificar sempre o circuito quanto à umidade, condensações, conexões e escapes;

- Checar e completar a água do umidificador e a temperatura todos os dias no início do plantão e


sempre que necessário;

- Controlar através de controle postural adequado do recém-nascido no leito, a posição do


circuito evitando extubação acidental.

- Viabilizar a otimização das aspirações de TOT do recém-nascido, definindo sob avaliação as


necessidades da realização deste procedimento.

RECURSOS NECESSÁRIOS
 Humanos: Fisioterapeuta / Equipe de Enfermagem / Equipe Médica.
 Materiais/Equipamentos: Fontes de oxigênio e ar comprimido; Respiradores
convencionais e sincronizados (fluxo contínuo ciclados a tempo e limitados por pressão);

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 Blender; Circuitos de respiradores (2 traqueias corrugadas longas com reservatório de
água no meio, 1 traqueia corrugada curta, 1 cachimbo para conexão do tubo orotraqueal,
1 chicote de pressão); Termo-umidificador.

CUIDADOS ESPECIAIS
Certificar-se de que há disponível o mínimo de material necessário para realizar
principalmente a ventilação adequada e monitorização.

DESVIOS E AÇÕES NECESSÁRIAS


O fisioterapeuta deve sempre comunicar a equipe multidisciplinar quando observar algo
que não esteja ocorrendo conforme o preconizado durante o procedimento ou qualquer tipo de
intercorrência.

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POP 004-09 DESMAME VENTILATÓRIO

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Retirada da ventilação mecânica.

DEFINIÇÃO
O termo desmame refere-se ao processo de transição da ventilação artificial para a
espontânea em pacientes que permanecem por tempo superior a 24 horas sob ventilação
mecânica. Considera-se como o momento em que o paciente é capaz de realizar as trocas gasosas
em ventilação espontânea. Essa fase também está associada com redução dos parâmetros
ventilatórios; no entanto este não deve ser o único critério a ser considerado no desmame da
VPM. Ao final da descontinuação faz-se a extubação, que é a retirada da via respiratória artificial
(prótese traqueal). O desmame deve ser bem conduzido, e o momento ideal para isto deve estar
de acordo com a estabilidade do quadro clínico do paciente, dos exames clínicos e o desempenho
pulmonar. Quando isto acontece, podem surgir repercussões positivas, como menor índice de
falhas no desmame, menor taxa de re-intubação e diminuição do tempo de internação.

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
Monitorar o paciente (temperatura, PA, FR, FC e SAO2)

 Avaliar resultados gasométricos

 Avaliar os índices preditivos para desmame: # Resolução da causa; # Tosse e deglutição


eficazes; # SaO2, no mínimo de 88% com FIO2 entre 0,4 e 0,5 ou PAO2 > ou igual a 60
mmHg, com FIO2 no máximo 0,4; # Correção dos distúrbios metabólicos; # Estabilidade
cardiovascular, sem uso de medicações vasoativas (ou doses mínimas); # PEEP entre 5 e
8 cmH2O; # PH, no mínimo 7,25; # Nível de consciência adequado sem sedação (ou em

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 dose mínima); # Hemoglobina > ou igual 12g/dl (em RN); # Temperatura corporal < ou
igual a 38,5 ºC; # Sem necessidade de aumento do suporte ventilatório nas últimas 24 h, #
Sem previsão de procedimento cirúrgico com necessidade de intubação nas próximas 12
a 24 h.

 Definir a modalidade de desmame e ajustar (diminuir) os parâmetros do respirador: IMV,


SIMV, SIMV/PS.

Sequencia do desmame:

- diminuir a FiO2;

- se a PaO2 é alta e a PaCO2 é normal: diminuir a PIP, PIP e PEEP ou o TI;

- se a PaO2 é alta e a PaCO2 é baixa: diminuir o PIP e a FR;

- se a PaO2 é alta e a PaCo2 também: diminuir a PEEP ou Ti e/ou aumentar a FR;

- evitar diminuições grandes na PIP em FiO2 altas. Manter o volume alveolar.

(diminuir inicialmente o parâmetro mais prejudicial; escolher um parâmetro por vez; evitar
mudanças drásticas e bruscas; documentar a resposta do paciente a cada mudança).

- Poderá ser realizado o Teste de Respiração Espontânea com o CPAP traqueal com 5 cmH2O
por aproximadamente 20 a 30 min. Na vigência de algum sinal de intolerância*, o TRE deverá
ser suspenso, e o RN submetido às condições ventilatórias prévias, sendo recomendado repouso
muscular por, pelo menos, 24 horas após o TER por meio de um modo ventilatório que ofereça
conforto.

 Sinais de Intolerância* à desconexão da ventilação mecânica: FR maior que 60 rpm em


RNs e lactentes; SpO2 <88-90%; FC diminuição ou aumento de 20% basal; pressão
arterial sistólica >180 e <50 mmHg; sinais e sintomas como agitação, sudorese, alteração
do nível de consciência, sinais de aumento do trabalho respiratório.

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OBSERVAÇÃO
A responsabilidade na execução deste POP é da equipe médica cabendo ao fisioterapeuta
auxiliar no procedimento.

RECURSOS NECESSÁRIOS
 Humanos: Fisioterapeuta / Equipe de Enfermagem / Equipe Médica.
 Materiais/Equipamentos: Estetoscópio, oxímetro, monitor cardíaco.

DESVIOS E AÇÕES NECESSÁRIAS


O fisioterapeuta deve sempre comunicar a equipe multidisciplinar quando observar algo
que não esteja ocorrendo conforme o preconizado durante o procedimento ou qualquer tipo de
intercorrência.

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POP 004-10 EXTUBAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Extubar o RN e estabilizá- lo.

DEFINIÇÃO
Na extubação do RN será retirada a cânula endotraqueal e em seguida será realizada a
montagem do circuito da nova modalidade de oxigenoterapia.

INDICAÇÕES
Respiração espontânea do recém-nascido.
Manutenção adequada das trocas gasosas pelo recém-nascido.

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Colocar paramentação;
Realizar ausculta pulmonar;
Montar o circuito da nova modalidade de oxigenoterapia;
Verificar a funcionalidade do aparelho;
 Observar o horário da alimentação e extubar 1 hora depois;
 Posicionar adequadamente o recém-nascido;
 Retirar a cânula endotraqueal;
 Realizar aerosolterapia com adrenalina e solução fisiológica, conforme prescrição
médica;
 Adequar o recém-nascido à nova modalidade ventilatória- posturar;
 Manter as vias aéreas pérvias e vigilância contínua;
 Na eficácia do procedimento posicionar o RN adequadamente e registrar no prontuário.

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RECURSOS NECESSÁRIOS
 Humanos: Fisioterapeuta / Equipe de Enfermagem / Equipe Médica.
 Materiais/Equipamentos: Aspirador, sonda de aspiração traqueal, estetoscópio, ambú,
solução fisiológica, 0,9%, adrenalina, fonte de vácuo, máscara para aerosolterapia.

CUIDADOS ESPECIAIS
Certificar-se de que há disponível o mínimo de material necessário para realizar o
procedimento.

DESVIOS E AÇÕES NECESSÁRIAS


O fisioterapeuta deve sempre comunicar a equipe multidisciplinar quando observar algo
que não esteja ocorrendo conforme o preconizado durante o procedimento ou qualquer tipo de
intercorrência.

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POP 004-11 OXIGENOTERAPIA NEONATAL – HALO/CAPACETE/CAPUZ
(CAIXA DE HOOD)

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Estabelecer, sistematizar e padronizar as diretrizes e os procedimentos para a aplicação de
oxigenoterapia por meio de capacete, halo ou capuz (Caixa de Hood), a fim de manter adequada
oxigenação arterial e tecidual, sem causar efeitos tóxicos.

DEFINIÇÃO

É um sistema composto por um recipiente cilíndrico de acrílico transparente, com uma


abertura para o pescoço do paciente e uma tampa superior móvel para facilitar o acesso ao
paciente. Permite ofertar FiO 2 de até 100%, a partir de um blender ou da mistura de ar
comprimido e oxigênio a partir de uma fonte de gases. Apresenta-se em 3 tamanhos, com
capacidades de 8, 10 ou 12 L/min.

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Separar capacete de tamanho adequado para o paciente.
 Monitorizar (oxímetro de pulso) e avaliar paciente.
 Checar funcionamento da rede de oxigênio e de ar comprimido.
 Acoplar umidificador de gases em pelo menos um dos fluxômetros previamente instalados na
rede de gases.
 Colocar capacete cobrindo toda a cabeça do paciente.
 Ajustar fluxos de O 2 e AC conforme FiO 2 desejada, seguindo cálculo da FiO 2 em anexo, e
promover a mistura de gases conectando as mangueiras de cada um em um conector “Y” e este
ao capacete.

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 Observação: se houver disponível um ventilador mecânico, preferir o fluxo contínuo do
mesmo, umidificado e aquecido, com FiO 2 regulada no blender do aparelho.
 Certificar-se pela avaliação do paciente de que houve melhora do quadro.
 Registrar no prontuário o início do suporte e o desmame, quando realizado.

HIGIENIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO

Após o uso, higienizar capacete com gaze ou compressa embebida em álcool 70%.

PERIODICIDADE
Indicada para neonatos e lactentes jovens, quando necessário FiO 2 estável e conhecida.

RECURSOS NECESSÁRIOS
Humanos: Fisioterapeuta
 Materiais/Equipamentos: fluxômetro de O 2; fluxômetro de ar comprimido; umidificador
de gases; capacete de 8, 10 ou 12 L/min; oxímetro de pulso; água destilada.

CUIDADOS ESPECIAIS
 Certificar-se de que o equipamento esteja completo e em perfeito estado para sua
utilização.

 Realizar o desmame da oxigenoterapia adequadamente, reduzindo gradativamente o fluxo


de oxigênio ofertado, concomitante ao aumento proporcional do fluxo de ar comprimido.

 Nesse sistema, devem-se utilizar fluxos iguais ou maiores do que 2 a 3 L/kg/min, para
evitar retenção de CO 2 .

 Altos fluxos podem gerar ruídos elevados dentro do capacete.

 Os fluxos não aquecidos podem favorecer hipotermia do paciente.

 Atenção contínua a sinais de toxicidade pelo uso prolongado e/ou em altas concentrações
de oxigênio.

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POP/Unidade de Reabilitação/004/2017 Reabilitação Respiratória
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DESVIOS E AÇÕES NECESSÁRIAS
 Na persistência de baixos níveis de SpO 2 e/ou dispneia, comunicar a equipe médica e
considerar a necessidade de outro sistema ou de suporte ventilatório.
 Em caso de intercorrência clínica, comunicar a equipe médica, e registrar o ocorrido em
prontuário.
 Em caso de não funcionamento adequado do equipamento, cancelar o procedimento e
solicitar troca e/ou reposição do mesmo.

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POP 004-12 OXIGENOTERAPIA NEONATAL – CATETER
SUBNASAL/CÂNULA NASAL

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Estabelecer, sistematizar e padronizar as diretrizes e os procedimentos para a aplicação de
oxigenoterapia por meio de cateter subnasal/cânula nasal, a fim de manter adequada oxigenação
arterial e tecidual, sem causar efeitos tóxicos.

DEFINIÇÃO

Sistema de baixo fluxo, consiste em um dispositivo de plástico ou silicone, composto por


duas pontas que se projetam em direção às narinas. A FiO 2 não é constante, sendo dependente do
fluxo administrado, peso e volume- minuto do paciente, podendo variar de 24 a 40%.

INDICAÇÕES
Apnéia e hipoventilação, Insuficiência respiratória ou cardiovascular com necessidade de
pressão positiva, Pós-operatório de grandes cirurgias, Alterações da função da caixa torácica,
Obstrução da via aérea superior, Controle da PaCO2.

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Separar material a ser utilizado (cateter nasal e esparadrapo para eventual fixação).
 Higienização/lavagem das mãos.
 Monitorizar paciente (oxímetro de pulso).
 Checar funcionamento da rede de oxigênio.
 Acoplar umidificador de gases ao fluxômetro de O 2 previamente instalado na rede de gases.
 Instalar cateter nasal com os orifícios sob o nariz, voltados para as narinas. Ajustar atrás das
orelhas de modo que o cateter fique estável ou fixar com esparadrapo nas bochechas do
paciente.

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 Conectar cateter à mangueira do umidificador e ajustar fluxo de O 2 em no máximo 5L/min.
Não ultrapassar 3 L/min em crianças menores e 2 L/min em neonatos. A FiO 2 ofertada é
aproximadamente 4% maior que o ar ambiente, para cada 1 L/min de O 2 ofertado.
 Reavaliar paciente e manter mínimo fluxo de oxigênio suficiente para manter a SpO 2 > 92%.
 Registrar no prontuário do paciente o início do suporte.

Higienização do Equipamento

O cateter subnasal/cânula nasal é de uso único e individual, devendo ser descartado em


local apropriado após o uso.

PERIODICIDADE
Quando há necessidade de baixa FiO 2 para manter bons valores de oxigenação (por
exemplo, insuficiência respiratória leve, pós-extubação ou pós-operatório) e/ou uso prolongado
de O 2 (como nas doenças pulmonares crônicas).

RECURSOS NECESSÁRIOS
Humanos: Fisioterapeuta
 Materiais/Equipamentos: fluxômetro de O 2 ; umidificador de gases; água destilada;
cateter subnasal/cânula nasal número 6, 8 ou 10; oxímetro de pulso; esparadrapo.

CUIDADOS ESPECIAIS
 Certificar-se de que o equipamento esteja completo e em perfeito estado para sua
utilização.

 Altos fluxos podem gerar desconforto e distensão gástrica.

 O deslocamento constante do cateter (principalmente o do tipo óculos), bem como a


umidificação inadequada, podem ocasionar lesões, ressecamento e sangramento da
mucosa nasal.

 Atenção contínua a sinais de toxicidade pelo uso prolongado e/ou em altas concentrações
de oxigênio.

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Versão 1.0 Página 43 de 53
 Os fluxos não aquecidos podem favorecer hipotermia do paciente.

 Atenção contínua a sinais de toxicidade pelo uso prolongado e/ou em altas concentrações
de oxigênio.

DESVIOS E AÇÕES NECESSÁRIAS


 Se não houver o cateter disponível no setor, confeccioná-lo artesanalmente usando uma
sonda de aspiração número 6, 8 ou 10. Ocluir a ponta da sonda e com o auxílio de um
bisturi estéril, fazer 2 pequenos furos para chegada do fluxo nas narinas.

 Na persistência de baixos níveis de SpO 2 e/ou dispneia, comunicar a equipe médica e


considerar a necessidade de outro sistema de oxigenoterapia.
 Em caso de intercorrência clínica, comunicar a equipe médica, e registrar o ocorrido em
prontuário.
 Em caso de não funcionamento adequado do equipamento, cancelar o procedimento e
solicitar troca e/ou reposição do mesmo.

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POP 004-13 OXIGENOTERAPIA NEONATAL – CATETER NASOFARÍNGEO

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Estabelecer, sistematizar e padronizar as diretrizes e os procedimentos para a aplicação de
oxigenoterapia por meio de cateter nasofaríngeo, a fim de manter adequada oxigenação arterial e
tecidual e reduzir trabalho respiratório, sem causar efeitos tóxicos.

DEFINIÇÃO

Sistema de baixo fluxo consiste em um tubo de plástico ou silicone, fino e flexível, como
uma sonda de aspiração, com diversos pequenos furos distais. A FiO 2 não é constante, sendo
dependente do fluxo administrado, peso e volume-minuto do paciente, podendo variar de 24 a
40%.

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Separar material a ser utilizado (cateter nasofaríngeo ou sonda de aspiração 4, 6 ou 8; e
esparadrapo para fixação).
 Higienização/lavagem das mãos.
 Monitorizar paciente (oxímetro de pulso).
 Checar funcionamento da rede de oxigênio.
 Acoplar umidificador de gases ao fluxômetro de O 2 previamente instalado na rede de gases.
 Medir comprimento da sonda a ser introduzido, da ponta do nariz ao lóbulo da orelha.
 Introduzir gentilmente a sonda/cateter por uma das narinas, através do assoalho nasal até a
nasofaringe/úvula, logo abaixo do palato mole.
 Fixar a sonda/cateter na bochecha com fita adesiva microporosa e esparadrapo.

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 Conectar sonda à mangueira do umidificador e ajustar fluxo de O 2 em, no máximo, 2 L/min
em neonatos.
 Reavaliar paciente e manter mínimo fluxo de oxigênio suficiente para manter a SpO 2 > 92%.
 Registrar no prontuário do paciente o início do suporte.

Higienização do Equipamento

O cateter nasofaríngeo é de uso único e individual, devendo ser descartado em local


apropriado após o uso.

PERIODICIDADE
Quando há necessidade de baixa FiO 2 para manter bons valores de oxigenação (por
exemplo, insuficiência respiratória leve, pós-extubação ou pós-operatório) e/ou uso prolongado
de O 2 (como nas doenças pulmonares crônicas).

RECURSOS NECESSÁRIOS
Humanos: Fisioterapeuta.
 Materiais/Equipamentos: fluxômetro de O 2 , umidificador de gases, cateter
nasofaríngeo/sonda de aspiração número 4, 6 ou 8; oxímetro de pulso; esparadrapo e fita
adesiva microporosa.

CUIDADOS ESPECIAIS
 Certificar-se de que o equipamento esteja completo e em perfeito estado para sua
utilização.

 É necessária a remoção, a limpeza e a troca de narina do cateter a cada 8-12 horas.

 Altos fluxos podem gerar desconforto, náuseas, distensão gástrica.

 O posicionamento inadequado do cateter pode provocar sintomas de estímulo vagal.

 Pode ocorrer processo inflamatório da mucosa e produção excessiva de secreção.

 O deslocamento constante do cateter, bem como a umidificação inadequada, podem


causar lesões, ressecamento e sangramento da mucosa nasal.

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 Atenção contínua a sinais de toxicidade pelo uso prolongado e/ou em altas concentrações
de oxigênio.

DESVIOS E AÇÕES NECESSÁRIAS


 Na persistência de baixos níveis de SpO2 e/ou dispneia, comunicar a equipe médica e
considerar a necessidade de outro sistema de oxigenoterapia.
 Em caso de intercorrência clínica, comunicar a equipe médica, e registrar o ocorrido em
prontuário.
 Em caso de não funcionamento adequado do equipamento, cancelar o procedimento e
solicitar troca e/ou reposição do mesmo.

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POP 004-14 OXIGENOTERAPIA NEONATAL – TENDA DE OXIGÊNIO

I. INFORMAÇÕES GERAIS

OBJETIVOS
Estabelecer, sistematizar e padronizar as diretrizes e os procedimentos para a aplicação de
oxigenoterapia por meio de tenda de oxigênio, a fim de manter adequada oxigenação arterial e
tecidual, sem causar efeitos tóxicos.

DEFINIÇÃO
É um sistema composto por um recipiente quadrado ou retangular de acrílico
transparente, com abertura frontal para o tórax do paciente, um nebulizador de arrastamento de
ar aquecido ou não (ligada ao oxigênio) e uma extensão que fornecerá ar comprimido ao sistema.
Apresenta-se em 3 dimensões: 12, 14 e 16 litros. Neste sistema, a FiO 2 máxima atingida é de
60%, usando os fluxos máximos de O 2 e AC para cada tenda.

II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

ETAPAS DO PROCEDIMENTO
 Separar tenda a ser utilizada.
 Monitorizar (oxímetro de pulso) e avaliar paciente.
 Checar funcionamento da rede de oxigênio e de ar comprimido.
 Acoplar umidificador de gases no fluxômetro de AC.
 Acoplar nebulizador de arrastamento de ar no fluxômetro de O2 .
 Colocar a tenda cobrindo a cabeça e tórax do paciente.
 Ajustar fluxos de O 2 e AC conforme FiO 2 desejada, seguindo cálculo da FiO 2 em anexo, e
acoplar à tenda as traqueia de O 2 e mangueira de AC.
 Certificar-se pela avaliação do paciente de que houve melhora do quadro.
 Registrar no prontuário o início do suporte e o desmame, quando realizado.

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Higienização do Equipamento

Após o uso, higienizar tenda com álcool 70%.

PERIODICIDADE
Indicada para neonatos e lactentes jovens, quando necessário FiO 2 estável e conhecida.

RECURSOS NECESSÁRIOS
Humanos: Fisioterapeuta.
 Materiais/Equipamentos: fluxômetro de O 2; fluxômetro de ar comprimido; umidificador
de gases; nebulizador de arrastamento de ar; tenda acrílica de 12, 14 ou 16 L/min;
oxímetro de pulso; água destilada.

CUIDADOS ESPECIAIS
 Certificar-se de que o equipamento esteja completo e em perfeito estado para sua
utilização.

 Realizar o desmame da oxigenoterapia adequadamente, reduzindo gradativamente o fluxo


de oxigênio ofertado, concomitante ao aumento proporcional do fluxo de ar comprimido.

 Altos fluxos podem gerar ruídos elevados dentro do capacete.

 Os fluxos não aquecidos podem favorecer hipotermia do paciente.

 Atenção contínua a sinais de toxicidade pelo uso prolongado e/ou em altas concentrações
de oxigênio.

DESVIOS E AÇÕES NECESSÁRIAS


 Na persistência de baixos níveis de SpO 2 e/ou dispneia, comunicar a equipe médica e
considerar a necessidade de outro sistema ou de suporte ventilatório.
 Em caso de intercorrência clínica, comunicar a equipe médica, e registrar o ocorrido em
prontuário.
 Em caso de não funcionamento adequado do equipamento, cancelar o procedimento e
solicitar troca e/ou reposição do mesmo.

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SARMENTO, G. J. V. Fisioterapia respiratória em pediatria e neonatologia. Barueri, SP:


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NASCIMENTO, T. R. Enfermagem na UTI Neonatal: assistência ao RN de alto-risco. 5. Ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: cuidados ao RN de médio e alto


risco/autora e organizadora Aspásia Basile Gesteira Souza. São Paulo: Editora Atheneu, 2015.

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ANEXOS

Cálculo da fração inspirada de oxigênio, por meio da mistura de ar comprimido e oxigênio.

FiO 2 = [(litros O 2 X 1,0) + (litros AC X 0,21)] ou [(litros O 2 X 100%) + (litros AC X 21%)]


(litros O 2 + litros AC) (litros O 2 + litros AC)

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EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH
HOSPITAL UNIVERITÁRIO MARIA APARECIDA PEDROSSIAN
Avenida Senador Filinto Muller, 355
Cidade Universitária, Vila Ipiranga | CEP: 79080-190 | Campo Grande-MS |
Telefone: (67) 3345-3000 | Site: www. ebserh.gov.br

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