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Data: 26/11/22
Disciplina: Comunicação Comparada
Professor (a): Laiza Mangas
Trabalho: Análise comparativa da cobertura jornalística pós-eleiçõespós eleições
realizada pela pagina conta Choquei no Twitter e pelo Jjornal Folha de São Paulo
1) Análise de veículos midiáticos (site, televisão, rádio ou redes sociais) Escolha dois
veículos diferentes – âmbito estadual, regional ou nacional, em seguida, definir um
tema específico, por exemplo “meio ambiente” e observar, durante um dia, como é
divulgado as notícias relacionadas ao tema: o que mais te chamou atenção? Quais as
fontes utilizadas? Quais os recursos multimídias (imagens, sons, vídeos,
infográficos)? Teve algum discurso que te chamou atenção? O que você mudaria na
cobertura jornalística? A ideia é você observar e descrever esses pontos, em
seguida, fazer uma comparação entre os veículos.
O jornalismo na internet vem ganhando cada vez mais espaço com a evolução das
redes sociais. É comum observar que, com o domínio de plataformas como Twitter,
Facebook e Instagram, qualquer pessoa com um número expressivo de seguidores
torna-se uma fonte exclusiva de informação. No momento em que estamos
inseridos, onde o fluxo de notícias e de conhecimento é ágil e em pequenas
quantidades - quanto mais curto e mais rápido for, melhor -, o público opta pela
forma mais simples de consumir a informação e, o que é notícia, se converte em
entretenimento.
Para essa análise, escolhemos 4 tuítes feitos pela Choquei e comparamos com
notícias equivalentes da Folha de São Paulo, onde destacamos os recursos
multimídias e discursos utilizados.
1. Análise Comparativa
O que destaca essa notícia específica pela Choquei, é o vídeo vinculado ao tuíte,
que não só é curto, mas também legendado. A utilização desse recurso de mídia
facilita tanto o público que confirma a veracidade do que está sendo publicado de
forma simplória, quanto para os então repórteres, que não precisam de uma
apuração profunda ou escrever uma matéria para divulgar o acontecimento.
A Folha de São Paulo, por outro lado, adota métodos jornalísticos tradicionais e
usuais para noticiar um fato recente. Na matéria, o repórter descreve o que
aconteceu, como, onde e porque o ministro Alexandre de Moraes fez a declaração.
Por mais que o público esteja ciente dos últimos acontecimentos que levaram o
ministro a fazer essa declaração, em matérias jornalísticas sempre se busca
relembrar os fatos e destrinchar o histórico de acontecimentos até o momento
presente. Dessa forma, o leitor fica ciente do que já aconteceu e o que está
acontecendo, de forma detalhada e com fontes oficiais.
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/11/quem-contesta-eleicao-em-atos-
antidemocraticos-sera-tratado-como-criminoso-diz-moraes.shtml
Aqui já observamos outro recurso utilizado pelo perfil de fofoca que é o discurso,
novamente, como na maioriaem grande parte dos tuítes, se inicia com um tópico de
destaque “Urgente” e em seguida vem a notícia. O perfil optou por utilizar “futuro ex-
presidente” ao se referir a Bolsonaro, a página poucas vezes se posicionou
politicamente, mas pelo conteúdo, público e discurso se percebe a tendência de
oposição. Essa escolha conversa com quem consome o que o perfil produz e, de
certa forma, facilita para maior entendimento sobre o que está acontecendo.
Notícia da Folha:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2022/11/valdemar-pedira-ao-tse-para-
desconsiderar-votos-de-urnas-comprometidas.shtml
1.3 - O resultado das eleições presidenciais nas 100 cidades que mais
recebem o auxílio Brasil.
No caso da folha não encontramos uma matéria no site com o mesmo foco,
porém iremos utilizar uma matéria que tem como manchete “Votação de Bolsonaro
melhora em cidades que mais recebem Auxílio Brasil”, no decorrer desta notícia
podemos ver uma análise mais aprofundada e a exposição de dados que retratam o
resultado do 2º turno das eleições em comparação ao 1º, onde podemos observar
um ganho eleitoral de Bolsonaro (PL), apesar de não superar os votos de seu
adversário.
Notícia da Folha:
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/10/votacao-de-bolsonaro-melhora-em-
cidades-que-mais-recebem-auxilio-brasil.shtml
Neste ultimo caso concreto, optamos por colocar a notícia do Choquei e da Folha
anteriormente para se perceber a semelhança no texto, porém com a clara diferença
da voz passiva e ativa. O foco do Choquei é a obtenção de engajamento, por isso
se utiliza de todos os recursos possíveis para obtê-lo. No caso da Folha,
observamos um foco maior na notícia, justamente por se utilizar dos métodos do
jornalismo tradicional.
No caso da Folha, podemos observar uma matéria completa, com todos os dados e
informações de uma matéria jornalistica, produzida por um jornalista ligado ao
Jornal. Neste caso, o Pierre-Henry Deshayes.
Notícia Folha:
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2022/10/noruega-diz-que-vai-retomar-ajuda-
ao-brasil-contra-o-desmatamento-apos-vitoria-de-lula.shtml
Considerações Finais
A análise demonstra como a formas de se obter informações vem mudado ao
longo destes últimos anos de redes sociais, tudo mais rápido, porém tudo mais raso.
A era da informação, diz respeito a quantidade e não a qualidade, e o recorte
geracional de como se consome informação é muito nítido.
Um estudo da agência Hello, que faz pesquisas na área de mercado e
inteligência, revela que 77% dos jovens tem como sua principal fonte de informação
as redes sociais e o mesmo estudo revela que a redes sociais só possuem 4% de
credibilidade entre os seus 1.410 entrevistados.
A redes sociais não conseguem fornecer informações de qualidade por seguir
uma lógica de clickbaint e engajamento a qualquer custo, o objetivo é ganhar
engajamento e curtidas, não fornecer informação. O oposto dos veículos tradicionais
que possuem um foco na notícia e seguem vários critérios de checagem,
noticiabilidade, fontes e outros recursos do jornalismo tradicional que possibilitam
informações com maior qualidade e aprofundamento.