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Master Engenharia

em Geotecnia

Disciplina:
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de
Mineração

1º Semestre 2022
1
Apresentação
• CONTEÚDO AULA 2:

• Visão sistêmica de uma unidade de mineração;


• Processos de geração de rejeitos;
• Tipos e características dos rejeitos;
• Caracterização Tecnológica de Rejeitos;
• Métodos de disposição de rejeitos: em polpa bombeada; espessados; e filtrados. Sistemas
de disposição de rejeitos: construção, operação, manutenção e desativação;
• Transporte de Rejeitos.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL
• Definições:
• Os estéreis constituem todo o material, momentaneamente sem valor
econômico, extraídos na operação da lavra com o intuito de possibilitar o
aproveitamento do minério. Normalmente é composto por rochas ou solos
provenientes do decapeamento da jazida;

• O rejeito é o material descartado resultante do processo de beneficiamento do


minério (lavagem, moagem, britagem, tratamento químico, etc.), geralmente
dispostos em barragens;

• Termos correlacionados ao rejeitos:


• Lama: mistura segregável da fração fina do rejeito e água;
• Rejeito de flotação: mistura segregável da fração granular do rejeito e
água;
• Polpa: mistura segregável da lama e rejeito de flotação.

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL

• Britagem;
• Moagem;

• Peneiramento;
• Classificação;

• Seleção Manual;
• Separação Gravimétrica;
• Separação por Meio Denso;
• Separação Magnética;
• Separação Eletrostática;
• Flotação;
• Lixiviação;
• Aquecimento;

• Sedimentação;
• Filtragem;
• Centrifugação; 15
• Secagem.
Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL
• Cominuição:

Britagem (Ex.: britador de mandíbulas) Moagem (Ex.: moinho de bolas) 16


Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL

• Britagem;
• Moagem;

• Peneiramento;
• Classificação;

• Seleção Manual;
• Separação Gravimétrica;
• Separação por Meio Denso;
• Separação Magnética;
• Separação Eletrostática;
• Flotação;
• Lixiviação;
• Aquecimento;

• Sedimentação;
• Filtragem;
• Centrifugação; 22
• Secagem.
Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL
• Classificação:

(Ex.: peneira vibratória) (Ex.: classificador espiral) (Ex.: hidrociclones)

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL

• Britagem;
• Moagem;

• Peneiramento;
• Classificação;

• Seleção Manual;
• Separação Gravimétrica;
• Separação por Meio Denso;
• Separação Magnética;
• Separação Eletrostática;
• Flotação;
• Lixiviação;
• Aquecimento;

• Sedimentação;
• Filtragem;
• Centrifugação; 33
• Secagem.
Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL
• Concentração:

(Ex.: Separação por meio denso) (Ex.: Separação magnética) (Ex.: Flotação)

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
Liberação:

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

REQUISITOS PARA A FLOTAÇÃO

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 1 – Beneficiamento de Minério
Concentração
Separação Gravimétrica
Quartzo/SiO2
Jigue
Hematita /Fe

Esfera Metálica

Separação entre dois ou mais minerais de


densidades diferentes por meio da ação da força
gravitacional. O processo de separação baseia- Rejeito
se no movimento relativo destes minerais em
resposta a força de gravidade, conjugada com
outras forças de diferentes origens. Concentrado

A concentração é obtida pela estratificação das partículas, baseada no movimento


de pulsação da água que gera correntes verticais. A estratificação faz com que as
partículas se arranjem em camadas, com densidade crescente de cima para baixo.
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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração
Separação Magnética

Concentração Magnética: É o processo que explora as diferenças na susceptibilidade magnética dos


minerais presentes na polpa para promover a sua separação.
A concentração magnética é uma das operações unitárias utilizada para concentração de minérios finos
(abaixo de 1,0 mm).

Os minerais são classificados como:


Minerais Ferromagnéticos: minerais atraídos fortemente pelo campo magnético (magnetita).
Minerais Paramagnéticos: minerais atraídos fracamente pelo campo magnético (hematita).
Minerais Diamagnéticos: minerais repelidos pelo campo magnético (quartzo e caulinita).
Atraído Atraído Atraído
Fortemente Fracamente Fracamente

repelido

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração
Formação de um Não magnéticos
Distribuição Ação do campo leito coeso próximo formam um fluxo Injeção de água
Separação Injeção de água para remoção
uniforme do fluxo magnético atrai os à superfície da contínuo que são
Magnética de alimentação minerais de ferro matriz descartados remove médios de concentrado

1 2 3 4 5 6

2
3

Quartzo/SiO2
Hematita/Fe2O3

6 5
DESCARGA 4
REJEITO DESCARGA CONCENTRADO DESCARGA MÉDIO 44
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração
Separação Magnética

WD – Rolos com baixo campo


magnético até 2.000 Gauss.

Minerais Ferromagnéticos - Magnetita

WDRE – Rolos com campo magnético


médio até 7.000 Gauss.

Minerais Ferromagnéticos – Magnetita


Relictual

Concentrador de alta intensidade magnética com campo


variando de 7.000 a 15.000 Gauss. Aplicado para minérios
paramagnéticos.(WHC / JONES / G3600)

9.000 a 13.000 Gauss: Hematitas


Maior que 13.000 Gauss: Goethitas

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério
Concentração - Flotação

No minério de ferro, atualmente, a rota estabelecida industrialmente é a flotação catiônica


reversa de minério de ferro. Nesta, a sílica sob a forma de quartzo é flotada por coletores
catiônicos do tipo amina e o minério de ferro sob a forma de hematita, predominantemente,
permanece na polpa auxiliado pelo depressor amido de milho.
Neste contexto, a flotação seletiva entre quartzo e hematita aplicada no beneficiamento de
minério de ferro, utiliza o amido como depressor da hematita e a amina como coletor do
quartzo, sendo:
✓ O amido altamente eficiente na depressão da hematita. Ele adsorve-se preferencialmente
sobre a hematita, em relação ao quartzo;
✓ A densidade de adsorção da amina sobre o quartzo é maior que a densidade de adsorção
deste reagente sobre a superfície da hematita;
✓ Os óxidos de ferro são deprimidos por amidos e seus derivados com mecanismos de
depressão, como os listados abaixo:
o Hidrofilização das superfícies ;
o Maior afinidade dos reagentes pelos óxidos de ferro do que pelo quartzo;
o Interação da amilose com o coletor.

Lopes, G. M, 2009 Maeda, J.M.M, 2014 47


Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério
Concentração - Flotação
Equipamentos para Flotação: Na prática industrial são utilizadas as células mecânica de flotação.
A coluna de flotação tem grande aplicação no beneficiamento do minério de ferro no Brasil.

Célula mecânica de flotação.

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério
Concentração – Coluna de Flotação

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https://w ww.youtube.com/w atch?v=4lMsE7XV-RU
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL

• Britagem;
• Moagem;

• Peneiramento;
• Classificação;

• Seleção Manual;
• Separação Gravimétrica;
• Separação por Meio Denso;
• Separação Magnética;
• Separação Eletrostática;
• Flotação;
• Lixiviação;
• Aquecimento;

• Sedimentação;
• Filtragem;
• Centrifugação; 50
• Secagem.
Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL
• Desaguamento:

(Ex.: Espessador) (Ex.: Filtro de Disco Cerâmico)

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(Ex.: Filtro Horizontal de Correia) (Ex.: Filtro Prensa) Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL
• Exemplo de Fluxograma de Processo:

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL
• Britagem;
• Moagem;

• Peneiramento;
• Classificação;

• Seleção Manual;
• Separação Gravimétrica;
• Separação por Meio Denso;
• Separação Magnética;
• Separação Eletrostática;
• Flotação;
• Lixiviação;
• Aquecimento;

• Sedimentação;
• Filtragem;
• Centrifugação; 55
• Secagem.
Fonte: IBRAM, 2016.
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

Características dos Rejeitos

Granulometria % de
Características %Fe Manuseio
Predominante Sólidos
Rejeito de Jigue 15% a 50% -8,0 + 1,0mm >85% Granel

Rejeito da Concentração Magnética 15% a 25% -1,0 + 0,15mm 10% a 85% Granel ou
Polpa
Rejeito das Espirais Concentradoras 15% a 25% -1,0mm 10% a 85% Granel ou
Polpa
Rejeito de Flotação 8% a 50% -0,15mm 30% a 85% Granel ou
Polpa
Rejeito da Concentração Magnética 8% a 12% -,015mm 15% a 85% Granel ou
(Flotação) Polpa
Lamas 38% a 62% -0,010mm 1% a 55% Polpa ou
Pasta

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Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério
Características dos Rejeitos

Tamanho das
partículas
aumentada
250 vezes

Tamanho das
partículas
aumentada
250 vezes

Rejeito
Arenoso
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Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério
Circuitos de Rejeitos
Granulometria
Características %Fe % de Sólidos Manuseio
Predominante
Rejeito da Concentração Magnética 15% a 25% -1,0 + 0,15mm 10% a 85% Granel ou Polpa

Rejeito das Espirais Concentradoras 15% a 25% -1,0mm 10% a 85% Granel ou Polpa

Diluição do Filtragem
Ciclonagem Espessador
Equipamento /Empilhamento

% de Sólidos: 10 a 25 % de Sólidos: 45 a 60 % de Sólidos: 45 a 60 % de Sólidos: ~85%

❑ O rejeito das espirais e concentração magnética possuem o mesmo comportamento nas etapas de separação sólido/líquido.

Fonte: Michelle Marques 58


Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério
Circuitos de Rejeitos
Granulometria
Características %Fe % de Sólidos Manuseio
Predominante
Rejeito de Flotação 8% a 50% -0,15mm 30% a 85% Granel ou Polpa

Rejeito da Concentração Magnética (Flotação) 8% a 12% -,015mm 15% a 85% Granel ou Polpa

Diluição do Filtragem
Ciclonagem Espessador
Equipamento /Empilhamento

% de Sólidos: 30 a 50 % de Sólidos: 45 a 55 % de Sólidos: 45 a 65 % de Sólidos: ~85%

✓ O rejeito proveniente da operação unitária de flotação não pode ser bombeado em função da grande presença de
espumas. Para que esse fluxo seja bombeável é necessário primeiramente alimentá-lo em um espessador , ou utilizar
um reagente anti-espumante.
✓ O rejeito de flotação / concentração magnética possuem boa drenabilidade.
Fonte: Michelle Marques 59
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério
Circuitos de Rejeitos
Granulometria
Características %Fe % de Sólidos Manuseio
Predominante
Lamas 38% a 62% -0,010mm 1% a 55% Polpa ou Pasta

Diluição do Espessador Espessador Hi Filtragem


Equipamento Hi Capacity Density / Pasta /Empilhamento

% de Sólidos: 1 a 6 % de Sólidos: 20 a 45 % de Sólidos: 35 a 55 % de Sólidos: ?

✓ O percentual de sólidos máximo atingível em um espessador depende das características de cada minério.
✓ A solução de filtragem para as lamas ainda não é algo viável economicamente .e possui grande risco técnico.

Fonte: Michelle Marques 60


Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

Características dos Rejeitos

LAMA

REJEITO
TOTAL
S.M JIGUE

Espiral
FLOTAÇÃO

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

Características dos Rejeitos

LAMA

S.M JIGUE

Espiral
FLOTAÇÃO

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

Características dos Rejeitos

LAMA

REJEITO
TOTAL

FLOTAÇÃO

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Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

Características dos Rejeitos

LAMA

FLOTAÇÃO

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Fonte: Michelle Marques
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL
• Geração de rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
PROCESSO MINERAL
• Características dos Rejeitos na Geotecnia

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
CARACTERIZAÇÃO DOS REJEITOS

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
CARACTERIZAÇÃO DOS REJEITOS

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
CARACTERIZAÇÃO DOS REJEITOS

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
CARACTERIZAÇÃO DOS REJEITOS
• A natureza dos rejeitos varia em função do minério de origem e do processo de
beneficiamento empregado. Em função disso, normalmente os rejeitos são
diferenciados utilizando índices como: granulometria; densidade relativa dos grãos; e
plasticidade;
• Rejeitos finos e arenosos são normalmente diferenciados a partir da peneira 200
(0,074mm). Passantes são finos e retidos são arenosos;
• Outro aspecto importante que decorre das características dos rejeitos é o tipo de
efluente líquido dele oriundo. Via de regra o pH é o parâmetro mais utilizado
indicador para classificar este efluente. As características deste efluente pode ter
implicações ambientais, relacionadas com o risco de contaminações, ou mesmo no
comportamento geotécnico dos rejeitos e das estruturas que os contém.

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
MÉTODOS DE DISPOSIÇÃO DE REJEITOS
• A definição do método de disposição de rejeitos a ser adotado depende
fundamentalmente do processo industrial no qual são gerados, uma vez que podem
interferir em características como:
• Quantidade de água no rejeito;
• Granulometria, mineralogia e toxicidade dos rejeitos;
• Dentre outras.

• Além disso, têm influência outros aspectos como:


• Planejamento de lavra, disposição de estéreis e rejeitos;
• Método de transporte dos rejeitos até o local de disposição;
• Legislação aplicável;
• Meio ambiente;
• Relevo;
• Clima;
• Dentre outros.

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
MÉTODOS DE DISPOSIÇÃO DE REJEITOS
• Transporte de Rejeitos:
• Dentre os fatores determinantes da forma como se dará o transporte dessas
polpas destacam-se:
• Topografia da área de manuseio dos rejeitos;
• Volumes a serem depositados (tanto o volume gerado durante o período
de produção como o volume total);
• Distância entre o local de geração e a área de deposição;
• Consistência qualitativa do rejeito; e
• Clima.

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
MÉTODOS DE DISPOSIÇÃO DE REJEITOS
• Transporte de Rejeitos:
• Em função destes fatores o transporte dos rejeitos até o local de disposição
pode considerá-lo na forma sólida (pasta ou a granel) ou fluída (polpa);
• Usualmente o transporte na forma sólida ocorre com uso de caminhões ou
correias transportadoras;

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Fonte: IBRAM, 2016.
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
MÉTODOS DE DISPOSIÇÃO DE REJEITOS
• Transporte de Rejeitos:
• Na forma fluída o transporte pode ocorrer por gravidade, utilizando canais, ou
por meio de tubulações empregando ou não bombeamento em função das
perdas de carga que deverão ocorrer desde o ponto de geração até o de
lançamento dos rejeitos;
• Usualmente o sistema de tubulação é dimensionado com base na velocidade
mínima de fluxo necessária para evitar que as partículas no estado sólido do
rejeito se sedimentem e obstruam a tubulação (V≈1,5 – 3 m/s usual);
• Atualmente se utilizam tubulações de polietileno de alta densidade (HDPE);
• A polpa de rejeitos é usualmente abrasiva e de alta viscosidade;
• A disposição dos resíduos em uma praia de rejeitos pode ser efetuada em um
ou em vários pontos de descarga (spigotting);

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
MÉTODOS DE DISPOSIÇÃO DE REJEITOS
• Transporte de Rejeitos:
• Na forma fluída o transporte pode ocorrer por gravidade, utilizando canais, ou
por meio de tubulações empregando ou não bombeamento em função das
perdas de carga que deverão ocorrer desde o ponto de geração até o de
lançamento dos rejeitos;
• Usualmente o sistema de tubulação é dimensionado com base na velocidade
mínima de fluxo necessária para evitar que as partículas no estado sólido do
rejeito se sedimentem e obstruam a tubulação (V≈1,5 – 3 m/s usual);
• Atualmente se utilizam tubulações de polietileno de alta densidade (HDPE);
• A polpa de rejeitos é usualmente abrasiva e de alta viscosidade;
• A disposição dos resíduos em uma praia de rejeitos pode ser efetuada em um
ou em vários pontos de descarga (spigotting);

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1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos
MÉTODOS DE DISPOSIÇÃO DE REJEITOS
• Lançamento dos Rejeitos – abaixo do NA (submerso):
• Mais comum com rejeitos sulfetados, que não podem ficar expostos ao ar, para
evitar a oxidação e formação de meio ácido;
• Depósitos ficam cobertos de manta líquida (manta de água).

• Lançamento dos Rejeitos – acima do NA (emerso):


• Lançamento de polpa – requer relocação da tubulação de descarga
periodicamente p/ formação de deltas sobrepostos;
• Espigotamento – Canhões espaçados 15-45 m, com válvulas individuais ou
não;
• Ciclonagem – promove uma segregação das partículas dos rejeitos.

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Espigotamento Ciclonagem
1 – Introdução à Geotecnia de Rejeitos

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Métodos de
2 Disposição de
Rejeitos
Descrição e contextualização
As varias metodologias para disposição de rejeitos são técnicas já conhecidas e aplicadas
em diversas localidade no mundo. Sua aplicação depende de vários fatores que serão
abordados aqui.

A crescente produção de minérios e consequentemente a geração de rejeitos impõem a


indústria mineral a necessidade de buscar alternativas para uma operação sustentável.

Apresentar as diversas técnicas existentes para disposição final de rejeitos e suas aplicações
na cadeia produtiva.
Metodologias para disposição de rejeitos
Aplicável a qualquer tipo de rejeitos,
Métodos Convencionais não é obrigatório separar rejeitos
granulares de lamas, transporte através
•Disposição em barragens e/ou cavas de bombas centrifugas ou por
exauridas gravidade.

Aplicável em rejeitos que possuem areia


Métodos Usuais em sua constituição, necessário a
separação das lamas, instalação de
•Disposição de rejeitos ciclonados; hidrociclones na estrutura para adequar
a drenabilidade do material, transporte
•Empilhamento Drenado através de bombas centrifugas e dutos.

Métodos Alternativos Aplicável a maioria dos rejeitos,


(Desaguamento dos rejeitos) espessamento através de espessadores
ou filtragem, pode haver necessidade
•Espessamento; da separação das lamas, transporte
através de bombas de deslocamento
•Filtragem positivo ou transporte com caminhões.
Métodos
3 Convencionais
TIPOS DE BARRAGENS
Dependendo do material de construção dos maciços, as barragens podem ser classificadas:

Terra
Concreto
(Convencional)

Barragem Itabiruçu - Itabira Hoover DAM - Nevada, EUA

Enrocamento Rejeitos

PDE 03 – São Gonçalo do Rio Abaixo


Dique89
Barragem Doutor – Ouro Preto
TIPOS DE ALTEAMENTOS
(1) Alteamento por Jusante (mais convencional)

(2) Alteamento por Linha de Centro

(3) Alteamento a Montante


ELEMENTOS DE BARRAGEM
Esquema de uma barragem de aterro compactado e seus elementos principais
FUNDAÇÃO

Preparação do terreno para


suportar a estrutura da
barragem.
DRENAGEM INTERNA
“Até o meio da barragem faço tudo para a água não chegar. A partir daí faço tudo para a água
sair da maneira que quero”
“Arthur Casagrande”

Tapete - Composto por


material drenante
(areia e brita)

Reservatório
Maciço

Fundação
DRENAGEM INTERNA
ANÁLISE DE PERCOLAÇÃO
DRENAGEM INTERNA
ALTEAMENTO PARA JUSANTE
MÉTODO DE JUSANTE
ALTEAMENTO PARA JUSANTE
Compactação:
Camadas ~ 20cm
Compactação a 98%

Argila – Solo
Impermeável
ALTEAMENTO PARA JUSANTE
ALTEAMENTO PARA MONTANTE

Método de Montante
ALTEAMENTO PARA MONTANTE
ALTEAMENTO PARA MONTANTE
MÉTODO DE MONTANTE
ALTEAMENTO PARA MONTANTE
ALTEAMENTO LINHA DE CENTRO
MÉTODO DE LINHA DE CENTRO
ALTEAMENTO LINHA DE CENTRO
ALTEAMENTO LINHA DE CENTRO
DISPOSIÇÃO EM CAVAS

906 m

Elev.
906 m
896 m

Nível de Água
852 m
DISPOSIÇÃO EM CAVAS

906 m

Elev.
906 m
896 m

Nível de Água
852 m
DISPOSIÇÃO EM CAVAS

906 m

Elev.
906 m
896 m
DISPOSIÇÃO EM CAVAS
DISPOSIÇÃO EM CAVAS

906 m

Elev.
906 m
896 m

Nível de Água
852 m
4 Métodos Usuais
REJEITOS CICLONADOS
Implantação de um dique de partida em aterro compactado.

Utilização de hidrociclones para a segregação das partículas do rejeito (frações grossas e


frações finas).

A fração grosseira (melhores características de resistência e compressibilidade) é utilizada


como material de construção dos maciços de alteamento.
REJEITOS CICLONADOS
MÉTODO DE LINHA DE CENTRO – REJEITO CICLONADO

Over Under
Água Praia
livre

Praia de rejeito
REJEITOS CICLONADOS
REJEITOS CICLONADOS

MÉTODO DE LINHA DE CENTRO COM REJEITO


REJEITOS CICLONADOS
EMPILHAMENTO DRENADO
EMPILHAMENTO
MONJOLO

EMPILHAMENTO
MONJOLO
EMPILHAMENTO DRENADO
EMPILHAMENTO DRENADO
Métodos
5 Alternativos
(DESAGUAMENTO DE REJEITOS)
Disposição de Rejeitos Desaguados
Outros métodos para a disposição de rejeitos e lamas passa pelo processo industrial. O ponto em
comum entre as metodologias utilizadas é a retirada de água em menor ou maior quantidade a
depender das características reológicas a serem adquiridas
Bombeamento de Rejeito e Lamas
Tipos de Espessadores
Rejeito e Lamas em Pasta
Rejeito Espessado: Arranjo Clássico

Fonte: Study of Tailings Management Technologies


Klohn Crippen Berger 2017
Rejeito Espessado: Arranjo Clássico

Fonte: Study of Tailings Management Technologies


Klohn Crippen Berger 2017
Rejeito Espessado: Arranjo Clássico
Rejeito Espessado: Arranjo Clássico
REJEITOS FILTRADOS

Fonte: Study of Tailings Management Technologies


Klohn Crippen Berger 2017
REJEITOS FILTRADOS
Filtro de disco convencional

Correia horizontal
REJEITOS FILTRADOS

Filtro de disco convencional


REJEITOS FILTRADOS
Correia horizontal
REJEITOS FILTRADOS
MELHOR ALTERNATIVA?

Para a concepção da melhor alternativa a ser aplicada dependerá dos seguintes fatores:

• Características físicas e granulométricas do rejeito;

• Características operacionais de cada site;

• Geomorfologia local;

• Volumes de geração anual;

• Condições climáticas;

• Viabilidade econômica
OPERAÇÕES DE
6 DISPOSIÇÃO DE
REJEITOS
OPERAÇÃO DE BARRAGENS

CITUAÇÃO DA
BARRAGEM ITABIRUÇU
EM 2015.
PRAIA ESTAVA
AVANÇANDO E O
REJEITOS NÃO ESTAVA
OCUPANDO OS BRAÇOS
BARRAGEM ITABIRUÇU PROJETO PARA
OCUPAÇÃO DOS BRAÇOS.

Caminhamento
dos rejeitos

Lago Norte
B2

Lago Norte
B1

Lago Norte Lago Norte


A2 A1
Caminhamento dos
rejeitos

Lago Norte A2
OPERAÇÃO DE BARRAGENS
OPERAÇÃO DE BARRAGENS
BATERIA DE HIDROCICLONES NA BARRAGEM CAMPO GRANDE
OPERAÇÃO DE BARRAGENS
HIDROCICLONE VALE FERTILIZANTES
PILHAS DE REJEITO
PILHAS DE REJEITO
REVEGETAÇÃO PILHAS DE REJEITO
REMINERAÇÃO DE BARRAGENS
REMINERAÇÃO DE BARRAGENS
OPERAÇÕES
7 MUNDO
OPERAÇÕES MRN
OPERAÇÕES MRN

Ciclo de Enchimento Ciclo de Espera


OPERAÇÕES MRN
OPERAÇÕES MRN
OPERAÇÕES MRN
OPERAÇÕES HIGHLAND VALLEY
Rejeitos Ciclonados
OPERAÇÕES RAGLAN MINE
Rejeitos Empilhamento Drenado
OPERAÇÕES MARLIM MINE
Preenchimento de Cava
REJEITOS FILTRADOS
Mantos Blancos Chile Rejeitos Filtrados
REJEITOS FILTRADOS
La Coipa (Chile)
Rejeitos Filtrados
REJEITOS FILTRADOS
Rejeitos Filtrados
Cerro Lindo (Peru)
RESUMO DE PROJETOS DE
REJEITOS NO MUNDO

Fonte: Study of Tailings Management Technologies


Klohn Crippen Berger 2017
RESUMO DE PROJETOS DE
REJEITOS NO MUNDO

Fonte: Study of Tailings Management Technologies


Klohn Crippen Berger 2017
RESUMO DE PROJETOS DE
REJEITOS NO MUNDO

Fonte: Study of Tailings Management Technologies


Klohn Crippen Berger 2017
RESUMO DE PROJETOS DE
REJEITOS NO MUNDO

Fonte: Study of Tailings Management Technologies


Klohn Crippen Berger 2017
RESUMO DE PROJETOS DE
REJEITOS NO MUNDO

Fonte: Study of Tailings Management Technologies


Klohn Crippen Berger 2017

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