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Poderá a máquina

substituir o homem
no trabalho?
ESCOLA SECUNDÁRIA DANIEL FARIA, BALTAR
REALIZADO POR: RODRIGO CARVALHO, 11B, Nº21
Este ensaio tem como função discutir o problema de saber em que condições a
máquina poderá substituir o homem no trabalho.
Neste ensaio defendo a proposição que reitera que: “A máquina não poderá
substituir o homem em circunstância alguma.”
A possibilidade de substituição do homem pela máquina é uma das questões de
fundo da atualidade. Sabemos que os avanços da tecnologia já permitem que os
robôs, ou soluções de inteligência artificial, sejam hoje uma peça-chave nos
processos de recrutamento e também de despedimento.
A minha tese vai assentar principalmente no conceito de máquina automatizada,
unidades com características mecânicas, elétricas, hidráulicas ou pneumáticas,
que realizam uma função e contém múltiplas funções sem necessitar de
interferências do ser humano na operação.
Em primeiro lugar, é um facto que a inserção das máquinas automatizadas não
é uma batalha por empregos entre homens e máquinas, como o assunto é
tratado diversas vezes. A tecnologia tem como objetivo apenas suprir as tarefas
maçantes e desgastantes desempenhadas pelos humanos. Deste modo, as
pessoas podem se dedicar a atividades que exigem a criatividade e habilidade
social, características que apenas a nossa espécie possui. Por exemplo, em vez
de gastar tempo a cortar tecidos e a cometer inúmeros erros e desperdícios de
material passíveis de acontecer, é possível dar esse trabalho a um sistema
especializado e passar um maior período de tempo a criar novos designs.
Por outro lado, mesmo que seja apenas para desempenhar as tarefas mais
repetitivas e suscetíveis ao erro, as máquinas já estão a tirar os postos de
trabalho das pessoas que antes realizavam esse tipo de serviço.
Em resposta à ideia anterior, surge uma resposta de Finneran, a qual passarei a
citar: “A tecnologia não deve substituir os seres humanos, mas melhorá-los e
melhorar a sua condição”. Ou seja, será possível reconciliar ambas as realidades
de modo vantajoso, com melhores resultados organizacionais e maior satisfação
dos trabalhadores. A mudança tecnológica deve ser feita com prudência, uma
vez que pode não ser aceite pelos trabalhadores, tendo então efeitos negativos
muito consideráveis para as organizações.
Em segundo lugar, e segundo o historiador Jacob Gorender, da USP de São
Paulo, num artigo publicado em 1996, intitulado Globalização, tecnologia e
relações de trabalho, a revolução tecnológica já começou á mais de 40 anos e
tem sido inclusive retratada como grande responsável pelas baixas taxas de
desemprego, como exemplo do Japão. Jacob Gorender afirma que: “Se
relacionarmos a revolução tecnológica informacional e a organização japonesa
do trabalho à deflagração do desemprego estrutural a partir da década de 70,
somos obrigados a constatar que precisamente o Japão pôde registrar taxas
muito baixas de desemprego nos últimos 20 anos.”
Porém, hoje em dia a tecnologia está muito mais presente na sociedade do que
á 40 anos, esta mesma tecnologia evolui a uma velocidade cada vez mais rápida.

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Um relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial diz que metade de das
tarefas de trabalho serão realizadas por máquinas até ao final de 2025 e devido
a rápida evolução das máquinas e dos algoritmos, os trabalhos manuais e
rotineiros que envolvam administração e processamento de dados serão
automatizados.
No entanto, todo o processo de modernização envolve a criação de novos postos
de trabalho, sendo que as máquinas sempre serão dependentes do seu criador
– do homem. Em qualquer caso de avaria, mal funcionamento ou até mesmo
manutenção, apenas o homem será capaz de detetar e corrigir o erro. Deste
modo, serão criados novos empregos relacionados com a tecnologia, atenuando
ou eventualmente ultrapassando os lugares retirados anteriormente pela
maquinaria.
Em suma, por tudo que foi explicitado, reitero a minha posição de que a máquina
jamais será capaz de substituir totalmente o homem, primeiro porque a
tecnologia nunca conseguirá programar integralmente a inteligência humana na
sua vertente emocional e, segundo, por que por mais sofisticados que sejam os
programas informáticos, jamais irão replicar a nossa plasticidade e capacidade
de adaptação.

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WEBGRAFIA
https://cotecportugal.pt/pt/2020/08/31/vamos-ser-substituidos-por-maquinas/
https://leitor.expresso.pt/semanario/semanario2463-1/html/revista-e/-e/vou-ser-
substituido-por-um-robo-
https://www.automacaoindustrial.info/e-bom-as-maquinas-substituirem-o-
trabalho-do-homem/
https://remay.com.br/2020/12/03/as-maquinas-vao-substituir-o-homem-no-
mercado-de-trabalho/
https://rhmagazine.pt/artigo-podem-os-robos-substituir-o-homem/
https://www.uol/tecnologia/especiais/inteligencia-artificial-vai-acabar-com-
empregos-.htm#e-inevitavel
https://www.oecd-ilibrary.org/employment/automation-skills-use-and-
training_2e2f4eea-en
https://fcem.com.br/noticias/o-futuro-do-trabalho-voce-sera-substituido-por-
maquinas/
https://www.pharmaceutical-technology.com/news/poll-on-technology-replacing-
human-jobs-invokes-mixed-response/

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