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2º ano Projeto de Vida 25 de outubro

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PROFISSÕES DO FUTURO E AS ATIVIDADES QUE PODEM DESAPARECER

Conheça as profissões do futuro e as atividades que podem desaparecer


Para quem sempre está reclamando que o trabalho é repetitivo, que executa
muitas tarefas manuais e usa pouco sua criatividade, cuidado: seu posto de trabalho
pode estar com os dias contados. Dentro de alguns anos, robôs ou dispositivos
de Inteligência Artificial (IA) devem substituir algumas funções.
Um estudo recente da Universidade de Brasília (UnB) sobre o avanço da
tecnologia no mercado de trabalho brasileiro mostra que boa parte das ocupações
conhecidas serão radicalmente transformadas, ou mesmo extintas, para dar lugar a
dispositivos dotados de IA. A notícia boa é que outras profissões serão criadas e
algumas, mantidas com adaptações.
Para levantar os dados, o Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças
e Organizações (Lamfo), da UnB, avaliou 2.062 ocupações. O levantamento concluiu
que 25 milhões de empregos (ou 54% do total) estão alocados em funções com
probabilidade alta (de 60% a 80%) ou muito alta (80%) de automação. Sobreviverá por
mais tempo o que depender de empatia, cuidado ou interpretação subjetiva, como
assistentes sociais, babás e psicanalistas.
Com apenas variações de velocidade, as máquinas vão seguir otimizando
produções e substituindo profissionais, mesmo qualificados, mas que vão se tonando
obsoletos. Há pouco tempo, a automação eliminava atividades de baixa qualificação. O
que há de novo é que robôs dotados de inteligência podem substituir ao menos parte
das funções exercidas por advogados, engenheiros e médicos.
Um exemplo: em Cingapura, o hospital Mount Elizabeth Novena adotou
“enfermeiras-robôs” para monitorar os sistemas vitais dos pacientes em sua unidade
de terapia intensiva. Outro: 13 tribunais de Justiça no Brasil, entre eles o Supremo
Tribunal Federal (STF), instalaram IA para reduzir o volume de trabalho. No TJ do Rio
Grande do Norte, o robô “Clara” lê documentos, sugere tarefas e até recomenda
decisões.
No Brasil e no mundo

A ameaça a alguns empregos, representada pela robotização, é um fenômeno


mundial. Relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE) chamado “O Futuro do Trabalho” estima que 14% dos empregos entre os 36
países que formam o bloco têm alta probabilidade (70%) de automação. Outros 32%
serão “radicalmente transformados” e têm de 50% a 70% de chances de serem
robotizados.
Um outro estudo, do McKinsey Global Institute, mostra que essas mudanças
vão ganhar intensidade rapidamente, e a tecnologia vai afetar as carreiras de 25% dos
profissionais até 2030. De acordo com o levantamento, operadores de maquinário
devem perder 40% das vagas.
Por outro lado, os novos postos de trabalho para humanos devem ser mais
produtivos, pagar melhor e trazer mais satisfação ao trabalhador. Mas, para ocupar
uma dessas vagas, os profissionais devem adquirir habilidades técnicas de bom
relacionamento com a tecnologia. E os contratantes devem exigir mais habilidades
cognitivas, como pensamento crítico e interação interpessoal.
No Brasil, o cenário é particularmente desafiador para o trabalhador, que, além
de enfrentar a economia estagnada depois da pior recessão da história do país, ainda
corre o risco de se ver obsoleto daqui a não muito tempo.

Profissões do futuro

Nessa nova onda de transformação, o mercado de trabalho caminha para a era


da convergência entre mundo físico e virtual. As profissões que estão surgindo são as
que vão alavancar ou ajudar a construir essas ideias.
O ser humano não vai competir com as máquinas ou ser substituído totalmente
pelos robôs. Muito pelo contrário. Habilidades tipicamente humanas, como
criatividade, comunicação, colaboração (criação de comunidades e conexões) vão se
tornar essenciais para os profissionais, independentemente da área de atuação.
Antes de mostrar as profissões abertas por esse futuro, vale a pena dar uma
passada em algumas que ganharam força nesse mundo cheio de conexões. É crescente
a demanda por antropólogos, etnógrafos e psicólogos para entender como as pessoas
estão se comportando ante o avanço das tecnologias.
Por exemplo, as empresas que desenvolvem carros autônomos contratam
antropólogos e psicólogos para entender como as pessoas reagem dentro de um carro
desses.
Agora, sim, vamos às dez profissões

• Compliance de algoritmos de inteligência artificial


A inteligência artificial está a cada dia tomando mais decisões pelas pessoas. Em algum
momento, podem ocorrer falhas e danos. Nessas horas, alguém precisa olhar para a
questão do ponto de vista jurídico e definir qual foi o racional por trás de uma decisão
da máquina, ou seja, os aspectos éticos, morais e legais.
• Engenheiro de holograma ou realidade mista
Em novembro do ano passado, o Imperal Colege de Londres ministrou sua primeira
aula por meio de holograma. Para este ano, estão previstos diversos shows usando
esse tipo de tecnologia. Consequentemente, tende a crescer a procura por
profissionais capazes de desenvolver sistemas e apresentações que utilizem
hologramas, como ocorreu (e ainda ocorre) com os cientistas de dados.
• Engenheiro de tráfego multidimensional
O espaço aéreo já é dominado por aviões e helicópteros. Ate aí, nada de novo. Mas
como será daqui a alguns anos, com o avanço de drones ou mesmo carros projetados
para voar? Nos Estados Unidos, empresas começaram a testar drones para transportar
amostras de sangue ou fazer entregas, por exemplo. Profissionais capazes de organizar
essa frota aérea vão ser cada vez mais demandados.
• Designer/arquiteto de realidade virtual
As soluções que utilizam realidade virtual têm aumentado. Os videogames já
proporcionam essa experiência. Mas a tendência é que outras áreas adotem a
tecnologia. Daí surgirá a necessidade de profissionais especializados em projetar e criar
os ambientes de realidade virtual. E não deve demorar a chegar o dia em que um
profissional de marketing precisará ter especialização nessa área.
• Personal trainer/nutricionista de dados pessoais
Assim como as pessoas convivem com os excessos da alimentação, também há o
excesso de compartilhamento de dados. Por conta disso, surgirão profissionais que
farão o papel de coaches em determinar para quais mídias, softwares, aplicativos e
redes sociais cada pessoa deve direcionar maior ou menor atenção.
• Psicólogo/psiquiatra especialista em transtornos digitais
Mais de dois terços dos brasileiros têm smartphones e gastam, em média, nove horas
na internet todos os dias, conforme o relatório Brazil Digital Report, divulgado nesse
mês pela McKinsey. Com as pessoas cada vez mais viciadas em tecnologia, a
capacidade de concentração passa a ficar menor. Isso fará com que os profissionais da
área de psicologia e medicina se inovem para poder auxiliar nesse tipo de transtorno.
• Assessor de privacidade
Com a quantidade imensa de dados e informações circulando por notebooks,
smartphones e outros dispositivos, a tendência é que surja um profissional para ajudar
a lidar com toda essa exposição no ambiente on-line. O assessor de privacidade vai
entender quais dados estão expostos ou como evitar mostrar demais. E isso vale tanto
para pessoas físicas quanto empresas.
• Detetive de dados
Assim como hoje existem cientistas, arquitetos e analistas de dados, no futuro próximo
haverá o detetive de dados. Teremos tanta informação que será necessário investigar
os dados. É o profissional que vai realizar esse trabalho de investigação mais profunda.
• Advogados especializados em digital
Apesar de o direito digital já existir, a previsão é que a área ganhe ainda mais força no
futuro. Isso porque o aumento no volume de dados tem um lado negativo: o
crescimento dos ataques por hackers. Com disputas de transações feitas de forma
digital, é natural que os advogados também tenham que intervir mediando e julgando
as relações entre pessoas e empresas.
• Engenheiro genético
Essa já é uma área bastante regulamentada e com uma série de restrições. E os
especialistas apontam que a tendência é o surgimento de profissões ligadas à genética.
• Carreiras em perigo
Assim como o futuro do trabalho prevê o surgimento de profissões, outras
carreiras podem simplesmente desaparecer ou ganhar novos contornos com o avanço
da tecnologia. Estão ameaçadas atividades que exigem competências como trabalho
repetitivo, coleta e processamento manual, concordam especialistas em carreira e
inovação.
Entre os profissionais com os dias contados estão funcionários em fábricas de
maneira geral, contadores, atendentes, operadores de call center, caixas de
supermercados e outros tipos de estabelecimentos comerciais.
Pessoas que trabalham recebendo dinheiro em bancos também vão sumir. Mesmo o
caminhoneiro, na esteira dos veículos autônomos, tende a perder espaço.
É possível que exista risco de diminuição de profissões ligadas a atividades de
manutenção, como mão de obra em fábricas. Também estão na berlinda os guias de
museus, ameaçados por tutores virtuais.
Em contrapartida, empregos que lidam com imprevisibilidade têm chance
pequena de desaparecer. É o caso de bombeiros, cuidadores de idosos ou profissionais
da saúde. Os computadores podem elaborar diagnósticos, mas a capacidade de análise
do médico e a empatia são competências difíceis de substituir, assim como o tato
humano.
A reinvenção vai ser algo fundamental para a maioria das carreiras, incluindo
atividades tradicionais, como advogados, professores, corretores de seguros e
médicos. A tendência é que profissões que requerem criatividade, resiliência e
pensamento crítico ganhem mais força.

Confira agora cinco profissões seriamente ameaçadas de extinção pelo


avanço tecnológico

• Cartorário
Os registros começam a ser feitos por meio da tecnologia blockchain, e o Brasil
já passou a ter jurisprudência a esse respeito. A tendência natural é que essa profissão
desapareça não mais no longo prazo, mas no médio prazo.
• Copiloto de avião
Hoje, piloto e copiloto são redundantes. A tendência é caminhar para ter apenas um
profissional na cabine. Há até empresas fazendo testes com aviões autônomos, ou
seja, sem piloto. O ato de pilotar também está se tornando automático, e o
profissional só será indispensável por alguns minutos, durante a decolagem e
aterrissagem.
• Engenheiro calculista (civil, elétrico, mecânico, etc.)
Toda a tarefa de cálculos, sejam estruturais ou de sistemas elétricos, é algo que está
deixando de fazer sentido em razão do uso cada vez maior de softwares específicos
que conseguem prever uma série de variáveis.
• Profissionais de estoques/inventários
Os estoques estão se tornando robotizados e automatizados, a exemplo do que a
Amazon tem feito. Uma fabricante chinesa passou a vender, neste ano, 100 mil robôs
para atuar em estoques e armazéns. No Vale do Silício foi demonstrado um robô
estoquista que acompanha todo o inventário.
• Gestor de compras
Esse profissional, que passa o dia fazendo inúmeras cotações, também está
desaparecendo. O que estamos vendo agora é a integração entre empresas, ou seja,
uma conexão digital entre quem tem a demanda e quem possui a oferta. O processo
de decisão em relação aos melhores fornecedores, portanto, passa a ser cada vez mais
digital, com o uso de softwares especializados.

Responda as questões:

1- E aí, você concorda que essas e outras profissões vão mudar muito ou até mesmo
desaparecer completamente nos próximos anos? Comente aqui o que você acha que
vai acontecer no futuro em, no mínimo, 2 parágrafos.
R:
2- Você pensa em seguir qual profissão? Você acha que essa profissão tem um futuro
promissor?
R:

3- Você já parou para pensar se essa profissão irá lhe trazer benefícios no que diz
respeito a bom salário e prazer nas suas funções? Fale sobre isso.
R:

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