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10/11/19 06:00

Robôs ou humanos? Veja as profissões que


devem sumir ou estar em alta nas próximas
décadas

A área de telemarketing é apontada como a de maior risco


de substituição de mão de obra

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Patricia Valle e Pollyanna Brêtas

A tecnologia tem mudado drasticamente a forma como as


pessoas vivem no dia a dia e, assim, está revolucionando
pouco a pouco o mercado de trabalho. Pesquisas das
universidades Coppe/ UFRJ, FGV e da consultoria McKinsey
apontam que mais da metade dos postos de trabalho no Brasil
correm alto risco de serem automatizados nas próximas
décadas. Veja como se preparar para atravessar essas
mudanças.

Depois da revolução tecnológica no trabalho agrícola e


industrial, os especialistas apostam que a nova onda de
automação afetará os trabalhos ligados a prestação de
serviços, majoritário nas grandes cidades. Algoritmos e a
inteligência artificial já conseguem realizar algumas tarefas
simples, e assim, cargos administrativos, burocráticos e
padronizados são os mais ameaçados. Dados da pesquisa da
Coppe/UFRJ mostram que o cargo de assistente administrativo
e auxiliar de escritório, que empregam mais de 4 milhões de
pessoas no país, tem 96% de risco de serem automatizados
na próxima década, e o profissional de telemarketing, 99% de
risco. Para as empresas, isso representa uma redução nos
custos, para os trabalhadores, um enorme desafio de continuar
útil.

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— Fizemos a pesquisa adequando indicadores de risco de


automação descobertos pela universidade de Oxford para o
Brasil. Na conclusão da análise dos dados, vimos que os
cargos mais afetados serão os com os menores salários e
menor nível de escolaridade — afirma Yuri Lima, pesquisador
do estudo.

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SAIBA MAIS

Esse processo está ocorrendo em todo o mundo. O estudo da


consultoria McKinsey estima que entre 3% a 14% dos
trabalhadores terão que mudar de área de atuação até 2030.
No Brasil, a estimativa é de até 10%.

— Em outros países, a automação está mais avançada, mas a


diferença é que em países desenvolvidos, diferente do Brasil, a
população está diminuindo e possui um alto grau de educação
— afirma Björn Hagemann, sócio sênior da McKinsey.

Bruno Ottoni, pesquisador do FGV IBRE e Idados, ressalta


experiências nos Estados Unidos com a criação agências de
emprego para redirecionar as pessoas para novos cargos.

— Será preciso ser muito eficiente em tirar trabalhadores de


onde os empregos estão desaparecendo e realocar a mão de
obra em atividade que estão surgindo.

Os especialistas em Recursos Humanos alertam que os


trabalhadores devem ficar atentos se a sua área de atuação
está ameaçada de automação. Além disso, desenvolver mais
habilidades de relacionamento, como simpatia e
convencimento.

— Com o avanço tecnológico o risco é se tornar um inútil para


o mercado. É preciso ficar atento as tendências e ver o que
surge de oportunidade com essa transformação. Mas, o que se
entende, é que as empresas vão valorizar mais do que nunca
a relação humana e a capacidade de se adaptar e aprender—
afirma Antonio linhares, Diretor da Associação Brasileira de
Recursos Humanos do Rio de Janeiro.

Autoatendimento no varejo
Nos Estados Unidos, o Walmart e a Amazon, as duas maiores
varejistas, estão implementando lojas que funcionam sem
nenhum atendente. O comprador registra e paga sozinho pelos
produtos.

— O varejo será uma das áreas mais impactadas com a


substituição do atendimento pelo autoatendimento, o
crescimento do E-commerce e a própria digitalização dos
processos — afirma Yuri Lima, pesquisador da Coppe/UFRJ,
cuja pesquisa aponta um alto risco de automação de cerca de
três milhões de cargos da área no país.

No Brasil, não se espera o fim do atendimento humano tão


cedo, mas que o consumidor tenha a escolha entre fazer o seu
pedido em uma máquina ou com um atendente.

Para Aldo Gonçalves, presidente do Sindicato dos Lojistas do


Comércio do Rio de Janeiro, o atendente estará presente de
outra forma:

— As lojas serão “showrom” para apresentar os produtos.


Somente o atendente humano pode convencer o consumidor
do valor do produto e converter em compra.

Redes de fast food já oferecem a escolha entre o pedido no


caixa e autoatendimento Foto: Fernando Lemos / Agência O
Globo

Setor de serviço na berlinda


O impacto da automação e da tecnologia no mercado de
trabalho já acendeu o alerta em diversas categorias. entre as
atividades econômicas que serão severamente atingidas pela
substituição de humanos pelas máquinas estão os operadores
de telemarketing. Para eles, as transformações já começaram
há mais de cinco anos, levando à demissão de milhares de
trabalhadores. Neste período, uma das maiores empresas do
setor reduziu de 130 mil para 20 mil o número de funcionários
contratados para esta função.

Ricardo Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de


Telemarketing (Sinntel), observa que os bancos e empresas de
telefonia que tradicionalmente são os maiores contratantes
cortaram as vagas. Segundo ele, cresce o número de
operadores que desempenham dupla função, o que pode
comprometer a qualidade do serviço prestado ao consumidor:

— Antes havia no mercado o operador ativo — aquele que liga


para o cliente e vende produtos e serviços — ou o receptivo —
que atende e auxilia os clientes na solução de problemas.
Agora, nós temos os operadores híbridos que desempenham
as duas funções — ressalta.

No setor bancário, uma das estratégias das instituições


financeiras para reduzir custos é o fechamento de agências
físicas e o incentivo ao uso de processos digitais. Para a
presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana
Nalesso, a qualificação para atuação no mercado financeiro é
uma saída.

— É um momento desafiador. O caminho é a capacitação e


certificações para atuar no mercado financeiro, com a
expansão das fintechs, blockchain e moedas virtuais.

O que fazer para não ser


automatizado
Ser mais humano

Muitas profissões irão ser parcialmente automatizadas, como o


varejo, que dará a escolha de atendimento automático ou
pessoal. Assim, quem estiver nesses cargos precisa dar um
atendimento mais humano. As empresas irão buscar as
pessoas mais simpáticas, amigáveis, que sugerem soluções e
conseguem incentivar a compra de produtos não pensados.

Não pare de estudar

O conhecimento será mais valorizado do que nunca, mas ele


também mudará cada vez mais rápido. É preciso estar sempre
se atualizando e estudando, seja em cursos online ou em
cursos de networking de trabalho. Também serão mais
valorizados os especialistas, por isso, invista em uma área
para se aprofundar sempre.

Veja se não é preciso mudar de área

Algumas áreas de fato estarão mais suscetíveis à automação,


não adianta ir contra a evolução. Fique atento ao mercado e,
se estiver em uma área dessas, considere mudar e veja que
outras habilidades pode oferecer.

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