Você está na página 1de 13

07/03/2010

Introdução
Nas plantas industriais é comum o emprego
de gases, vapores e líquidos inflamáveis, e a
CURSO DE ANALÍTICA possibilidade de vazamento sempre existe.

Há uma responsabilidade muito grande


Gases e Vapores envolvida e pode ocorrer eventuais acidentes
com grandes conseqüências.
Inflamáveis
Por os detectores tem um papel muito
importante para minimizar a possibilidades de
acidente.
IFES Campus Serra 1

Fatores de Explosividade Limites de Explosividade dos


• Limites de Explosividade dos Materiais no ar materiais

• Temperatura

• Teor de Oxigênio no a

• Energia de Ignição

• Instantânea

• Superfícies Quentes

1
07/03/2010

Influência do Teor de Oxigênio


Energia de Ignição (Faísca)
Sobre os Limites de Explosividade
• Energia Liberada de Forma Instantânea
A energia mínima que pode provocar
uma ignição de uma mistura explosiva
varia muito com o produto.

Produto Temperatura de ignição


Superfícies Quentes Acetileno 305°C

Experimentalmente determinou-se que a Butano 365°C

temperatura mínima de uma superfície capas Hidrogênio 560°C


de provocar a ignição de um determinado
combustível no ar. Metano 595°C

Monóxido de carbono 605°C

Esta temperatura é chamada de Propano 470°C


temperatura espontânea de Ignição, T.E.I.
Bissulfeto de carbono 95°C

2
07/03/2010

Detectores Infravermelhos
Detectores Catalíticos • A medição depende da freqüência emitida para
a quantidade de gases serem identificados
• Durante muitos anos
dominou o mercado
• Vantagem: sensível a • Vantagens: Ocorre falhas seguras, em caso de
qualquer gás ou vapor. defeito, um alarme é ativado.
• Desvantagem: Não Tem elevada estabilidade, imunes a
apresentam condição de envenenamento, não tem corta-chamas.
falha segura
São imunes a altas concentrações de gases e
estrutura interna: termistor
vapores inflamáveis.
Sensor catalítico
• Desvantagem: Não detecta hidrogênio e outros
gases e vapores que não absorvem o I.V.

Detectores de gases por Princípio de Funcionamento de um


Infravermelho detector infravermelho
Estes são usados em medições de
câmaras fechadas.

3
07/03/2010

Posicionamento do Detector
Critérios:
• Empírico;
• Levantamento no com tracer gas e/ou smoke tubes;
• Levantamento e simulação com software próprio;
• Trabalho de consultores.
Detector em câmara Detector em câmara
Fechada Aberta Os locais de instalações dos instrumentos devem ser
determinados para o sistema de alarme proporcionar
informações seguras em um tempo que permita ações
eficazes.

Cuidados com a Densidade O tempo de Resposta


Tf = tempo entre o início do
No momento das instalações dos vazamento e formação de
detectores é muito importante considerar uma mistura superior a L.E.L
a densidade, devido a possibilidade de o
Td = tempo decorrido do início
gás não ser medido. do vazamento até o sensor
com a concentração
suficiente.
Por exemplo, numa esfera que contém
metano, visto que o metano é mais leve Tr = tempo de resposta
que o ar deve-se instalar o detector na
parte superior da esfera. Tm = tempo necessário para as
medidas de proteção serem
ativadas.

4
07/03/2010

Calibração Detectores atuais


• Ajuste do span e do zero.

• O zero é ajustado com o gás nitrogênio ou


o ar atmosférico não contaminado.

• O span é ajustado com um gás padrão


certificado.

• A calibração é especifica para o gás que


se deseja detectar.

CURSO DE ANALÍTICA

Gases Tóxicos

IFES Campus Serra

5
07/03/2010

Introdução Objetivos do Monitoramento


Muitas plantas industriais processam produtos,  Identificar e quantificar substâncias
na forma de gases e vapores, que representam transportadas pelo ar;
maior ou menor toxidade e, portanto, periculosidade
para o ser humano.
 Verificar o cumprimento de normas e
Estes produtos estão sempre sujeitos a padrões;
vazamentos acidentais, e no caso de produtos
perigosos, podem levar a níveis inadmissíveis do
ponto de vista ambiental e/ou de segurança do  Quantificar nível e extensão de danos
trabalho.
causados por poluentes liberados;
A tolerância do organismo a diferentes produtos
depende de seus teores e variam muito dependendo  Localizar fontes de contaminantes;
da substância envolvida. Hoje sabemos
perfeitamente que “somente na dose está o veneno”.
 Verificar necessidade de atuação médica.

Limites Toleráveis Definições e Parâmetros


Dentre os produtos tóxicos e cancerígenos,
encontramos desde os que mesmo em baixas O TLV – threshold limit value - é a máxima
concentrações produzem efeitos letais dentro de poucos concentração admissível de um produto na
segundos até aqueles cujos efeitos cumulativos podem atmosfera no ambiente de trabalho. A NR15
levar ao aparecimento de tumores malignos, problemas prevê uma exposição de até 48 horas semanais.
sanguíneos ou pulmonares após anos de exposição.

A NR 15 do Ministério do Trabalho trata dos agentes


químicos e seus limites de tolerância no local de O IDLH – immediately dangerous to life and
trabalho, e tem força de Lei em nosso país. healf – é a concentração que apresenta perigo
imediato à saúde, ou mesmo perigo de morte.
Também usamos limites estabelecidos por órgãos Um vazamento no qual a concentração se
americanos como o NIOSH – Instituto Nacional para a aproxime do IDLH de um produto exige a
Segurança e Saúde Ocupacionais e o OSHA – imediata evacuação da área afetada.
Administração da Segurança e Saúde Ocupacionais.

6
07/03/2010

As Células Eletroquímicas Diagrama de uma Célula Eletroquímica

Podemos imaginar uma célula eletroquímica


como sendo uma pilha incompleta, na qual um
dos reagentes necessários a completar a reação
de oxiredução é o gás, que garante o surgimento
de uma diferença de potencial entre os eletrodos.

Uma corrente proporcional à concentração do


gás a ser medido circula externamente por um
resistor. Essa proporcionalidade é garantida por
uma barreira de difusão que limita o fluxo de gás
a ser medido para o interior da célula.

7
07/03/2010

Tipos de Barreiras de Difusão


1) Membranas especiais, indicadas no caso de
concentrações elevadas;
2) Tubos capilares, também indicados em casos
de concentrações elevadas;
3) Placas perfuradas;
4) Materiais porosos.

O correto dimensionamento da barreira de


difusão leva a célula eletroquímica à operação
conforme a seguir, onde observamos que cada
concentração do gás corresponde a um valor de
corrente constante, independente da tensão.

Células com 3 Eletrodos Diagrama da Célula com 3 Eletrodos

A inclusão de um terceiro eletrodo auxilia na


estabilização da tensão e permite que a célula
opere com a tensão ideal para cada gás,
reduzindo a ação dos interferentes.

O terceiro eletrodo permite ainda a realização


uma análise polarográfica (polaridade entre os
eletrodos), que viabiliza o diagnóstico da célula
sem requerer um gás padrão na detecção de
falhas.

8
07/03/2010

Compensação da Temperatura Influência da Umidade


Embora a célula apresente excelente
A temperatura da célula influi sobre a cinética da vedação, em relação ao vazamento ou entrada
reação química e também sobre a constante de de líquidos, moléculas de vapor de água
difusão, e seus efeitos devem ser compensados. conseguem atravessar a barreira de difusão e
penetrar na mesma.

Uma maneira de se efetuar esta compensação é


a inclusão de um NTC no interior da célula, No caso de células cujo eletrólito é uma
conectado a um estágio amplificador, de maneira solução de ácido sulfúrico, podemos ter reação
a alterar o ganho do mesmo. do vapor com o ácido e conseqüente aumento de
volume do eletrólito. Assim a célula deve
apresentar condições internas para absorver
esse volume extra, chamado de reservatório
pulmão.

Compensação da Pressão Construção Interna da Célula


A pressão no interior da célula pode sofrer
elevação em função da absorção de umidade ou
da elevação da temperatura devido à exposição
ao sol no campo. Qualquer sobre-pressão que
venha a ocorrer na célula é aliviada através de
um invólucro de teflon.

A seguir temos a construção interna de uma


célula eletroquímica, onde se destaca o eletrodo
de medição, o de referência, o contra-eletrodo, o
eletrólito, o filtro, o invólucro de teflon, o sensor
de temperatura, a eletrônica do sensor, etc.

9
07/03/2010

Sensores de Oxigênio Estrutura Interna Sensor de Oxigênio

São células eletrolíticas em tamanho reduzido


cujo funcionamento basea-se numa reação de
combustão, usando eletrólito de hidróxido de
potássio e uma membrana permeável às
moléculas de oxigênio.

Estas células são empregadas na proteção


individual contra deficiência de oxigênio e na
monitoração e controle de processos de
inertização (tornar o ambiente seguro quanto ao
risco de explosão).

Detector de Deficiência de O2 Os Filtros de Interferentes


Para aumentar a eficiência das células várias
técnicas são utilizadas, tais como:
 Filtros por absorção (Por exemplo, carvão ativado,
puro ou impregnado com sais);
 Filtros catalíticos (Por exemplo, platina);
 Filtros por Reação (Por exemplo, oxidantes);
 Peneiras moleculares.
Estes filtros podem ter vida útil bastante curta, mas
podem ser substituídos independentemente das
células. Sempre que uma célula for usada com
filtros, ela deve ser submetida a testes freqüentes e
nunca usar um filtro com uma célula diferente da
recomendada pelo fabricante.

10
07/03/2010

Sensores de Gases Tóxicos em Geral Características das Células


As células modernas apresentam um
excelente tempo de resposta e repetibilidade,
proporcionado pela tecnologia das barreiras de
difusão e pelo eletrodo de referência.

Existem células que detectam dois ou mais


produtos quimicamente similares (NH3 e aminas,
etc) e outras que são dedicadas à medição de
uma única substância (CO, NO, etc). As faixas
de medição das células dependem muito da
substância a ser detectada.

Tempo de Resposta das Células Repetibilidade das Células

11
07/03/2010

Localização dos Detectores na Área Critérios Básicos para Localização


Existem quatro critérios básicos na escolha do
Os locais de instalação dos detectores devem posicionamento dos detectores:
ser determinados para que o sistema de alarme  O critério empírico (chute) – pode levar a despesas
elevadas de instalação sem proporcionar a proteção
proporcione informações seguras num tempo que
desejada dos detectores;
permita ações eficazes, como o esvaziamento do
 Levantamento no campo com tracer gas e/ou smoke
local de trabalho. tubes - pode ser demorado e oneroso, mas eficiente. O
tracer gas é um gás com as mesmas características
O correto posicionamento dos detectores daquele que se deseja detectar sem sua toxidade;
pontuais é fundamental, pois evita a possibilidade  Levantamento e simulação com software próprio –
exige especialistas para programar e interpretar os
de se implantar muitos detectores sem
resultados do sistema, definindo localização detectores;
proporcionar a segurança desejada.
 Trabalho de consultores de comprovada experiência e
conhecimento – baseada no currículo dos profissionais.

Os Instrumentos Calibração dos Detectores


Usa-se o ar purificado ou nitrogênio de alta
pureza, para garantir a total ausência do
contaminante a ser detectado, determinando o ponto
de “zero” do instrumento.
Devido às baixíssimas concentrações envolvidas,
a obtenção de misturas certificadas para calibração
pode não ser possível.

Clicar aqui 1) Podemos usar ampolas aferidas, liberando o seu


para acesso
ao site de um conteúdo dentro de frascos aferidos, resultando em
fabricante de
instrumentos. concentrações conhecidas da substância que se
deseja detectar;

12
07/03/2010

Calibração dos Detectores


2) Podemos empregar sacos de polietileno de
volumes conhecidos, que podem ser insuflados com
nitrogênio, e nos quais é injetado um pequeno
volume, de concentração conhecida da substância
tóxica com a qual se quer calibrar o detector;

3) O emprego de tubos permeadores e geradores de


padrões. Os tubos contêm o produto com o qual se
deseja efetuar a calibração, e por uma membrana
permeável obtemos uma pequena vazão padrão,
calculável e estável, que juntamente com o gás
padrão do gerador de padrões resulta em padrões de
calibração na faixa de p.p.m ou p.p.b.

13

Você também pode gostar