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Hoje, vamos falar de três verbos que atrapalham muita gente na hora da redação: 

TER, HAVER eEXISTIR.
Sabemos que, na redação dissertativa argumentativa, devemos seguir a norma padrão, ou seja, culta.
Nesse contexto, respeitar as regras de concordância verbal é fundamental. Preparados?!
VERBO TER
Vejam a tirinha a seguir do famoso personagem Garfield:

No segundo quadrinho, podemos perceber uma fala envolvendo o verbo “ter”:

“Eu sei onde tem doces.”


A frase em questão apresenta um erro comum: usar o “ter” com sentido de “existir”. Esse emprego é
considerado coloquial, portanto, em uma redação, não deve ser feito.
Reescrevendo a frase, de acordo com a norma culta, teríamos:
Eu sei onde há doces.
ou

Eu sei onde existem doces.
 

VERBO HAVER
 Quando for usado no sentido de existir, é impessoal (mantém-se sempre no singular):
Havia muitas pessoas no colégio. (CORRETO)
Haviam muitas pessoas no colégio. (INCORRETO)
 No caso de locuções verbais, tendo o verbo haver sentido de existir, o auxiliar mantém-se impessoal:
Deve haver muitas pessoas insatisfeitas com a situação. (CORRETO)
Devem haver muitas pessoas insatisfeitas com a situação. (INCORRETO)
 Quando indicar tempo decorrido, o verbo haver também é impessoal:
Há dois meses não o vejo.
 Quando equivaler a “ter”, o verbo haver é conjugado normalmente, concordando com o sujeito:
Elas haviam chegado cedo.
 

VERBO EXISTIR
 O verbo existir não é impessoal, concordando normalmente com o sujeito da oração:
Existiam muitas pessoas insatisfeitas. (CORRETO)
Existia muitas pessoas insatisfeitas. (INCORRETO)
 A mesma regra de pessoalidade se aplica nas locuções verbais:
Devem existir muitos alunos na escola ainda. (CORRETO)
Deve existir muitos alunos na escola ainda. (INCORRETO)

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