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Produtos monofásicos – PIS COFINS – O que mudou?

Comentários sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal


Recurso Extraordinário n. 1.199.021 SC – Tema em Repercussão Geral n. 1.050 Material elaborado por
Profa Ana Paula Bismara
1. Contexto discutido nos autos do RE n. 1.199.021 SP – Medicamentos, perfumaria, toucador Profa Maira Silvestri
e higiene pessoal (Lei n. 10.147/2000 – artigo 2º parágrafo único) Setembro/2020

2. Produtos monofásicos abrangidos na decisão: medicamentos (baixar planilha disponibilizada pela ABMAX) e
perfumaria, cosméticos, toucador e higiene pessoal: perfumes e águas de colônia, produtos de maquiagem para lábios,
sombra, delineador, lápis para sobrancelhas, rímel, pó compacto, produtos para manicure e pedicure, cremes de beleza e
cremes nutritivos, preparados bronzeadores e protetores solar, shampoos e condicionadores, preparações para
alisamento ou ondulação, pastas de dente, fios dentais, preparações para barbear, etc.

3. Não são produtos monofásicos: sabões de toucador, escovas de dente, papel higiênico (observar a previsão da Lei n.
10.925/2004 – alíquota zero – aplicável apenas às empresas do lucro presumido ou lucro real)

4. Produtos monofásicos X produtos alíquota zero: importante compreender a diferença. Ex.: carne bovina, suína, aves,
peixes, queijo, leite, farinha de trigo, óleo, café, papel higiênico, etc. são produtos de alíquota zero – SIMPLES NACIONAL
não pode usufruir do benefício da alíquota zero.

5. São produtos monofásicos e não foram tratados na decisão do STF: combustíveis (gasolina, óleo diesel, etanol
*inclusive álcool doméstico), GLP (gás liquefeito de petróleo *inclusive gás doméstico), gás natural, autopeças,
pneumáticos (pneus novos e câmaras de ar de borracha), bebidas frias
Produtos monofásicos – PIS COFINS – O que mudou?
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O que significa ser monofásico e ser alíquota zero ? Qual é a diferença? Profa Ana Paula Bismara
Profa Maira Silvestri
Setembro/2020
REAL | PRESUMIDO | SN REAL | PRESUMIDO | SN
MONOFÁSICO PIS 2,20% COFINS 10,30% PIS 0,00% COFINS 0,00%
CONCENTRADO

FABRICANTE VAREJISTA
DISTRIBUIDOR CONSUMIDOR FINAL
IMPORTADOR

PIS 0,00% COFINS 0,00% PIS 0,00% COFINS 0,00%


ALÍQUOTA ZERO REAL | PRESUMIDO REAL | PRESUMIDO

FABRICANTE
DISTRIBUIDOR VAREJISTA CONSUMIDOR FINAL
IMPORTADOR
Produtos monofásicos – PIS COFINS – O que mudou?
Comentários sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal
Recurso Extraordinário n. 1.199.021 SC – Tema em Repercussão Geral n. 1.050 Material elaborado por
EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO E O PAPEL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Profa Ana Paula Bismara
Profa Maira Silvestri
Setembro/2020

Constituição Federal de 1988


Art. 146. Cabe à lei complementar:
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte,
inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art.
195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos
impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003
I - será opcional para o contribuinte; II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; III -
o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes
federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança
poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.
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Lei ordinária federal n. 10.147/2000 (efeitos a partir de 01/05/2001)

Art. 2. São reduzidas a zero as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta
decorrente da venda dos produtos tributados na forma do inciso I do art. 1o, pelas pessoas jurídicas não enquadradas na
condição de industrial ou de importador.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às pessoas jurídicas optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de
Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples.
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Profa Maira Silvestri
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Lei ordinária federal n. 9.317/1996 (tratava do regime tributário diferenciado – SIMPLES NACIONAL)
Lei ordinária federal n. 9.841/1999 (tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido – arts. 170/179 CF)

Leis ordinárias federais revogadas pela LEI COMPLEMENTAR n. 123/2006

Alteração da LC 123/2006 – Redação anterior à Lei Complementar n. 147/2014:


Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte, optante pelo Simples Nacional, será determinado mediante aplicação das
alíquotas constantes das tabelas dos Anexos I a VI desta Lei Complementar sobre a base de cálculo de que trata o § 3o deste artigo, observado o disposto no § 15 do
art. 3o.
§ 4o O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento:
I - as receitas decorrentes da revenda de mercadorias;
II - as receitas decorrentes da venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte;
III - as receitas decorrentes da prestação de serviços, bem como a de locação de bens móveis;
IV - as receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária e tributação concentrada em uma única etapa
(monofásica), bem como, em relação ao ICMS, antecipação tributária com encerramento de tributação;
V - as receitas decorrentes da exportação de mercadorias para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou da sociedade de
propósito específico prevista no art. 56 desta Lei Complementar.
Produtos monofásicos – PIS COFINS – O que mudou?
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Profa Maira Silvestri
Setembro/2020
Redação atual da Lei Complementar n. 123/2006 (vigente a partir de 2014):
Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será
determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos
Anexos I a V desta Lei Complementar, sobre a base de cálculo de que trata o § 3o deste artigo, observado o disposto no § 15 do
art. 3o.
§ 4o-A. O contribuinte deverá segregar, também, as receitas: (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
I - decorrentes de operações ou prestações sujeitas à tributação concentrada em uma única etapa (monofásica), bem como, em
relação ao ICMS, que o imposto já tenha sido recolhido por substituto tributário ou por antecipação tributária com
encerramento de tributação; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
II - sobre as quais houve retenção de ISS na forma do § 6o deste artigo e § 4o do art. 21 desta Lei Complementar, ou, na hipótese
do § 22-A deste artigo, seja devido em valor fixo ao respectivo município;
III - sujeitas à tributação em valor fixo ou que tenham sido objeto de isenção ou redução de ISS ou de ICMS na forma prevista
nesta Lei Complementar; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
IV - decorrentes da exportação para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou da sociedade
de propósito específico prevista no art. 56 desta Lei Complementar; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
V - sobre as quais o ISS seja devido a Município diverso do estabelecimento prestador, quando será recolhido no Simples
Nacional.
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Enfim? O que mudou? Profa Ana Paula Bismara
Profa Maira Silvestri
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Para a legislação vigente hoje:


PROJETOS DE REVISÃO TRIBUTÁRIA PIS COFINS
Nada mudou!

Lei Lei
Complementar Complementar
123/2006 147/2014
SIMPLES Segregação de
Lei NACIONAL Receitas SC COSIT
MANDADO DE SEGURANÇA Favoráveis à segregação
10.147/2000 N.2008.72.03.001184-4 (SC)
Restrição ao 173/2014
Data de autuação: 202/2014
uso da alíquota 16/05/2008
zero pelo SN 111/2015
01/2016
Trata da legislação 225/2017
vigente até 2008

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