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Curso Prático
de direito
Previdenciário
6ª EDIÇÃO
IVAN KERTZMAN
• Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil;
• Mestrando em Direito Público da Universidade Federal da Bahia – UFBA;
• Bacharel em Direito pela Universidade Católica do Salvador;
• Administrador de Empresas pela Universidade Federal da Bahia – UFBA;
• Pós-Graduado em Finanças Empresariais pela USP;
• Professor Coordenador da Especialização em Direito Previdenciário do JusPodivm;
• Professor de Direito Previdenciário de Cursos Preparatórios
para Concursos Públicos e de Cursos de Especialização.
E-mail: ivankertzman@bol.com.br
ATUALIZAÇÃO DO
Curso Prático
de direito
Previdenciário
6ª EDIÇÃO
2010
www.editorajuspodivm.combr
1ª edição: 2.000 exemplares
1ª edição – 2ª tiragem: 925 exemplares
2ª edição: 1.935 exemplares
3ª edição: 2.500 exemplares
4ª edição: 2.250 exemplares
4ª edição – 2ª tiragem: 1.700 exemplares
4ª edição – 3ª tiragem: 1.150 exemplares
5ª edição: 3.000 exemplares
5ª edição – 2ª tiragem: 2.000 exemplares
6ª edição – 1ª tiragem: 4.000 exemplares
6ª edição – 2ª tiragem: 2.500 exemplares
Conselho Editorial
Dirley da Cunha Jr. Nestor Távora
Leonardo de Medeiros Garcia Robério Nunes Filho
Fredie Didier Jr. Roberval Rocha Ferreira Filho
José Henrique Mouta Rodolfo Pamplona Filho
José Marcelo Vigliar Rodrigo Reis Mazzei
Marcos Ehrhardt Júnior Rogério Sanches Cunha
OBJETIVO
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Para deixar mais claro o texto legal, consideremos uma empresa que te-
nha gerado a receita total de R$ 500.000 (livre de tributos sobre as vendas)
no período de 01/01/09 a 31/12/2010, sendo R$ 300.000 referentes à receita
de exportação. Neste caso, a proporção de exportação em relação ao total
de receita é de 60%, gerando uma redução de alíquota de 6% (1/10 x 60%).
Logo, ao invés de esta empresa pagar um percentual de 20% de contribuição
patronal, pagaria apenas 14% (20% - 6%). Este percentual valeria até o final
do primeiro trimestre de 2010, devendo ser recalculado para aferição da
redução do segundo trimestre, considerando a receita compreendida entre
01/04/2009 a 31/03/2010.
A intenção da Lei é, claramente, a de incentivar a exportação brasileira de
tecnologia da informação e de comunicação.
No caso de empresa em início de atividade, a apuração da redução poderá
ser realizada com base em período inferior a doze meses, observado o mínimo
de três meses anteriores.
Para efeito da redução, consideram-se serviços de TI e TIC:
I – análise e desenvolvimento de sistemas;
II – programação;
III – processamento de dados e congêneres;
IV – elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos ele-
trônicos;
V – licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de compu-
tação;
VI – assessoria e consultoria em informática;
VII – suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e
manutenção de programas de computação e bancos de dados; e
VIII – planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas ele-
trônicas.
A redução pode também ser aplicada para empresas que prestam serviços
de call center.
Os valores das contribuições devidas a terceiros, denominados outras en-
tidades ou fundos, com exceção do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação - FNDE ficam também reduzidos no mesmo percentual de redução
referente à parte patronal.
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Felizmente o texto legal foi alterado, prevalecendo hoje uma redação muito
mais adequada. No texto atual, note-se que o inválido não perde a condição de
dependente, exceto se a invalidez ocorrer após a maioridade ou após qualquer
situação causadora de sua emancipação, exceto a colação de grau.
ABORTO E NATIMORTO
Até a edição da IN 27/08, o art. 236, § 2°, da IN 20/07 considerava parto,
para fins de concessão de salário-maternidade, o evento ocorrido a partir da
23ª semana (6º mês) de gestação, inclusive em caso de natimorto, ou seja, caso
a segurada perdesse o feto a partir deste prazo, seria garantido o recebimento
do benefício integral de 120 dias (art. 236, art. 238, IN 20/07 – INSS/PRES).
Antes deste prazo, a perda do feto seria considerada aborto.
Com a revogação deste dispositivo, não existe mais limite temporal pré-
fixado pela legislação previdenciária que diferencie parto de aborto, devendo
ser observada a descrição constante do atestado médico.
Assim, caso o atestado médico indique que houve situação de natimorto,
será garantido o salário-maternidade pelo prazo de 120 dias, independente-
mente do período gestacional em que ocorreu o evento.
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ADOÇÃO
O salário-maternidade é devido a todas as categorias de seguradas da Pre-
vidência Social que adotarem criança ou obtiverem guarda judicial, para fins
de adoção. Até a edição da Lei 12.010, de 03/08/09, com vigência a partir de
02/11/2009, não havia dúvidas de que o prazo de duração do salário mater-
nidade da mãe adotante variava em função da idade da criança adotada, nos
seguintes termos:
a) até um ano completo - 120 dias;
b) a partir de um ano, até quatro anos completos – 60 dias
c) a partir de quatro anos, até completar a criança oito anos - 30 dias.
Estes limites de idade estavam dispostos tanto nos §§ 1° a 3°, do art. 392-A,
da CLT, quanto no art. 71-A, da Lei 8.213/91. Ocorre que, com a edição da Lei
12.010/09, os §§ 1° a 3°, do art. 392-A da CLT foram revogados. A Lei, todavia,
não revogou expressamente o art. 71-A, da Lei 8.212/91. Assim, restou a dúvida
acerca da duração, do ponto de vista previdenciário, do salário-maternidade da
mãe adotante (se de 120 dias para a adoção de criança de qualquer idade, ou
se continua válido o art. 71-A, da Lei 8.212/91).
Há quem defenda que, como a Lei 12.010/09 não revogou o art. 71-A, da
Lei de Benefícios da Previdência Social, os prazos de concessão do salário-
maternidade da adotante continuam sendo escalonados a depender da idade
da criança. Neste caso, a revogação do texto da CLT somente teria efeitos
trabalhistas, impondo às empresas a concessão da licença-maternidade de 120
dias, sem prejuízo da remuneração. A previdência social, entretanto, continu-
aria pagando o salário-maternidade escalonado, devendo a diferença ser paga
diretamente pela empresa. Existiria, assim, um período de suspensão contratual
e outro de interrupção.
Entendemos que o raciocínio acima exposto, apesar de possível, não é o
que melhor se coaduna com as diretrizes constitucionais. Valendo-se de uma
interpretação sistemática e histórica, é razoável concluir que o art. 71-A, da
Lei 8.213/91 foi revogado tacitamente pela Lei 12.010/09.
Note-se que foi a mesma lei que acrescentou o artigo 71-A à Lei 8.212/91 e
o artigo 392-A à Lei 8.212/91, dando o direito ao salário-maternidade às ado-
tantes. Não faria sentido a revogação de apenas um destes dispositivos, já que
tiveram origem no mesmo momento e com a mesma finalidade. Do ponto de
vista sistemático, entendemos que haveria flagrante inconstitucionalidade em
onerar as empresas nos casos de licença-maternidade, pois isso feriria frontal-
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