Você está na página 1de 8

CONTABILIDADE NO BRASIL

AULA 2

🔴 Base Legal
 Lei Complementar 123/2006
 Resolução CGSN 140/2018
 Lei Kandir (Lei Complementar 87/96)
 Convênio 142/2018 (Substituição Tributária)
 Lei n° 9.718/98
 Lei n° 10.147/2000
 Anexos I e II da Lei n° 10.485/2002,
 Lei n° 10.485/2002
 Lei n° 13.097/2015

🔴 DIFAL / DIFAL / DIFAL no Simples Nacional


Foi explicado durante a aula que empresas do Simples Nacional também estão obrigadas ao
Diferencial de Alíquotas, ou DIFAL, ou DIFA, ou Antecipação do ICMS ou Equalização de Alíquotas,
o Professor Arthur deixou claro que existem diferentes nomes em diferentes estados mas todos
possuem o mesmo princípio que é a tributação sobre a diferença da alíquota vinda de outro
estado com a alíquota do estado do comprador da mercadoria.

O professor deixou claro que existem tipos diferentes de DIFAL com legislações (base legal)
diferentes, são elas:

🔴 DIFAL (Compra de Mercadoria Uso e Consumo e Imobilizado – CFOP 2.556 e 2.551)

As empresas Optantes pelo Simples Nacional são obrigadas a recolher o ICMS relativo à diferença
entre a alíquota interna (praticada no Estado destinatário) e a alíquota interestadual nas seguintes
operações e prestações:

a) na entrada, de mercadorias de outra Unidade da Federação destinadas para uso e consumo;


CONTABILIDADE NO BRASIL

b) na entrada, de mercadorias de outra Unidade da Federação destinadas para o ativo


imobilizado;

🔴 DIFAL / Antecipação Tributária (Compra de Mercadorias para Revenda em Outro


estado – CFOP 2.102)

Alguns estados (eu diria muitos estados) cobram das empresas do Simples Nacional a Diferença
entre alíquota interna do estado destino (alíquota do estado da empresa do Simples Nacional) e
a alíquota do estado de origem (alíquota do estado da empresa do fornecedor)

Observe a Legislação do seu estado e veja se esse DIFAL é aplicável também no seu estado e qual
o percentual desse DIFAL, já que alguns estados aplicam percentual próprio e não a própria
Diferença de Alíquotas

🔴 DIFAL /Antecipação ICMS / DIFA / Equalização

Somente alguns estados não obrigam as empresas contribuintes do ICMS optantes do Simples
Nacional a recolherem a Diferença de Alíquota ou Antecipação do ICMS sobre as compras
interestaduais para revenda.

Porém é preciso verificar na legislação do seu estado além da incidência desse DIFAL a forma de
tributação, já que a mesma muda de estado para estado.

🔴 DIFAL (Revenda de Mercadoria para não Contribuinte em outro Estado)

As empresas do Simples Nacional estão dispensadas de recolherem o DIFAL do Convênio


93/2015 porque a Clausula Nona deste convênio foi suspensa pelo STF

🔴 Substituição Tributária
🔴 Substituto

É aquele que por força de Lei tem a responsabilidade de reter e recolher o ICMS próprio e de
todos os da cadeia do ICMS

Em regra geral o Contribuinte Substituo é o Industrial, o importador e a empresa que possui


Regime Especial de Tributação.

🔴 Substituído

É aquele cuja a Lei designou outro como responsável pelo recolhimento do Tributo.

Importante ressaltar que mesmo que todas as mercadorias da empresa sejam da Substituição
Tributária o Substituto permanece com todas as obrigações acessórias previstas na legislação.
CONTABILIDADE NO BRASIL

🔴 Benefício Fiscal no Simples Nacional


Empresa optante pelo Simples Nacional não pode aproveitar isenções/reduções e outros
Benefícios Tributários, como alíquota zero, concedidos a não optantes pelo Simples Nacional

As isenções/reduções de ICMS concedidas genericamente (sem que esteja a frase, “inclusive


empresas optantes do Simples Nacional) não se aplicam às empresas optantes pelo Simples
Nacional.

Empresa optante pelo Simples Nacional que revende mercadorias sujeitas à tributação
monofásica de PIS e COFINS, estando no PGDAS-D, não deve marcar "tributação monofásica de
PIS e COFINS” pois não se trata de benefício.

Da mesma forma, se revende mercadorias sujeitas à Substituição Tributária deve marcar


“Substituição Tributária”

🔴 Conceito de Produtos Monofásicos


A tributação monofásica é um tratamento tributário diferenciado do PIS/COFINS, incidentes sobre
a receita bruta decorrente da venda de grupo de produtos específicos, com a finalidade em
concentrar a tributação nas etapas de produção e importação, em via de regra, e
desonerando/desobrigados as etapas subsequentes.

A concentração da tributação ocorre com a aplicação de alíquotas maiores do no início da cadeia


e deixando de tributar as demais fases. Sendo assim, na tributação monofásica, o importador
e/ou o fabricante são responsáveis em recolher com alíquotas majoradas do PIS/COFINS,
desonerando então o restante da cadeia, como o comerciante atacadista/varejista.
CONTABILIDADE NO BRASIL

No entanto, tem-se uma exceção a essa regra, para o álcool e as bebidas frias relacionadas no
artigo 14 da Lei n° 13.097/2015, em que o distribuidor e o atacadista, respectivamente, também
são responsáveis pelo recolhimento do PIS/Pasep e a COFINS.

🔴 Produtos Sujeitos a incidência MONOFÁSICA de PIS/COFINS no


Simples Nacional mais Comuns.
 Gás de Cozinha (GLP) (Lei n° 9.718/98, artigos 4°, incisos I a III, e 5°)
 Produtos Farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal; (Lei n°
10.147/2000, artigo 1°, inciso I, alíneas "a" e "b")
 Autopeças relacionadas nos Anexos I e II da Lei n° 10.485/2002,
 Pneus novos de borracha; câmaras-de-ar de borracha (Lei n° 10.485/2002, artigo 5°)
 Bebidas Frias (Cervejas, Refrigerantes, Energéticos, Isotônicos (Lei n° 13.097/2015, artigo
14)

🔴 Produtos Farmacêuticos

Para os produtos farmacêuticos, de perfumaria, toucador e higiene pessoal, a incidência

monofásica do PIS/Pasep e da COFINS será aplicada sobre (Lei n° 10.147/2000, artigo 1°,

inciso I):

a) produtos farmacêuticos classificados nas posições 30.01, 30.03, exceto no código

3003.90.56, 30.04, exceto no código 3004.90.46, nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3,

3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2 e nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92,

3002.90.99, 3005.10.10, 3006.60.00:

b) produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal, classificados nasposições

33.03 a 33.07, exceto na posição 33.06, e nos códigos 3401.11.90, exceto 3401.11.90 Ex 01,

3401.20.10 e 96.03.21.00.

🔴 Produtos de Higiene Pessoal


CONTABILIDADE NO BRASIL

Os produtos de higiene pessoal estão sujeitos à sistemática de tributação concentrada


relativamente ao PIS/Pasep e à COFINS sobre a receita bruta do produtor ou importador,
conforme o artigo 1° da Lei n° 10.147/2000.

Porém cuidado com a finalidade, por exemplo no que se refere ao produto dentifrício
(produto para fazer a higiene dos dentes) para uso exclusivo em animais, não se

caracteriza como produto de higiene pessoal para fins da incidência monofásica do


PIS/Pasep e da COFINS sobre a receita bruta de vendas do produtor ou importador regulada
pela Lei n° 10.147/2000, devendo ser submetido à sistemática de apuração das referidas
contribuições de acordo com a modalidade de tributação adotado, cumulativo ou não
cumulativo.

Esse é o entendimento exposto pela RFB através da Solução de Consulta COSIT n° 113/2019.

🔴 Autopeças

As autopeças que possuem incidência monofásica para o PIS/Pasep e COFINS são as citadas
nos Anexos I e II da Lei n° 10.485/2002.

Se pelas dimensões, finalidades e outras características, for possível excluir a possibilidade


de uso no setor automotivo, mesmo que o código de NCM conste dos Anexos I e II da Lei n°
10.485/2002, não cabe a aplicação da sistemática de incidência concentrada prevista para o
setor automotivo (Solução de Consulta COSIT n° 55/2018, itens 26 a 30 do relatório
complementar).

Desta forma, deverão ser aplicadas as alíquotas gerais de acordo com a sistemática de
tributação do vendedor, Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional.

Caso contrário, sendo aplicado o referido produto no setor automotivo, deve-se observar as
disposições contidas na Instrução Normativa RFB n° 1.911/2019.

🔴 Pneus e Câmaras de Ar

As pessoas jurídicas fabricantes e as importadoras dos produtos classificados nas posições


40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13 (câmaras-de-ar de borracha), da TIPI, ficam sujeitas
ao recolhimento do PIS/Pasep e da COFINS na incidência monofásica, ou seja, com alíquotas
maiores do que as usualmente aplicadas (Lei n° 10.485/2002, artigo 5°).

🔴 Bebidas Frias

São consideradas como bebidas frias e sujeitas à incidência monofásica de PIS/Pasep e


COFINS, os seguintes produtos (Lei n° 13.097/2015, artigo 14):

a) 2106.90.10 Ex 02;

b) 22.01, exceto os Ex 01 e Ex 02 do código 2201.10.00;


CONTABILIDADE NO BRASIL

c) 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do código 2202.90.00; e

d) 22.03.

Em relação às posições 22.01 e 22.02 da TIPI, atinge exclusivamente água e refrigerantes,


chás, refrescos, cerveja sem álcool, repositores hidroeletrolíticos, bebidas energéticas e
compostos líquidos prontos para o consumo que contenham como ingrediente principal
inositol, glucoronolactona, taurina ou cafeína (Lei n° 13.097/2015, artigo 14, parágrafo único).

🔴 Produtos Sujeitos a Substituição Tributária de PIS e COFINS


🔴 Cigarros e Cigarrilhas

Estão sujeitos a substituição tributária do PIS/Pasep e da COFINS, os cigarros e cigarrilhas (Lei


n° 9.715/98, artigo 5°; Lei Complementar n° 70/91, artigo 3°; Lei n° 11.196/2005, artigo 62; Lei
n° 12.402/2011, artigo 6°).

🔴 Motocicletas

Ficam sujeitos a substituição tributária do PIS/Pasep e da COFINS os veículos


autopropulsados, motocicletas, descritos nos códigos 87.11 da TIPI, conforme artigo 43 da
Medida Provisória n° 2.158-35/2001

🔴 Produtos Alíquota Zero PIS e COFINS


Conforme demonstrado pelo Professor Arthur as microempresas (ME) e as empresas de
pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional não podem utilizar de benefícios fiscais
do PIS/Pasep e da COFINS sobre as receitas de vendas de mercadorias, devido à
impossibilidade em utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal. Contudo a
incidência monofásica e a substituição tributária não são benefícios, referem-se à tributação
diferenciada (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 24; Resolução CGSN n° 140/2018, artigo
37).

A permissão para que as empresas do Simples Nacional passassem a não tributar PIS/Pasep
e COFINS sobre produtos com incidência monofásica, iniciou-se a partir de 01.01.2009,
através do artigo 3° da Lei Complementar n° 128/2008.

As empresas do Simples Nacional na condição de varejista, quando obtém receitas da venda


de produtos monofásicos não recolhem o PIS/Pasep e a COFINS sobre estas receitas, pois o
mesmo já foi recolhido antecipadamente pelo produtor ou fabricante.

CST ENTRADA PIS/COFINS


CONTABILIDADE NO BRASIL

Código
Descrição
CST
1. Operações com direito a crédito
50 Vinculada exclusivamente a receita tributada no mercado interno
51 Vinculada exclusivamente a receita não tributada no mercado interno
52 Vinculada exclusivamente a receita de exportação
53 Vinculada a receitas tributadas e não-tributadas no mercado interno
Operação com direito a crédito - vinculada a receitas tributadas no mercado
54
interno e de exportação
Operação com direito a crédito - vinculada a receitas não-tributadas no
55
mercado interno e de exportação
Operação com direito a crédito - vinculada a receitas tributadas e não-
56
tributadas no mercado interno, e de exportação
2. Crédito presumido
Operação de aquisição vinculada exclusivamente a receita tributada no
60
mercado interno
Operação de aquisição vinculada exclusivamente a receita não-tributada no
61
mercado interno
62 Operação de aquisição vinculada exclusivamente a receita de exportação
Operação de aquisição vinculada a receitas tributadas e não-tributadas no
63
mercado interno
Operação de aquisição vinculada a receitas tributadas no mercado interno e
64
de exportação
Operação de aquisição vinculada a receitas não-tributadas no mercado
65
interno e de exportação
Operação de aquisição vinculada a receitas tributadas e não-tributadas no
66
mercado interno, e de exportação
67 Outras operações
3. Operações sem direito a crédito
70 Operação de aquisição sem direito a crédito
71 Operação de Aquisição com Isenção
72 Operação de Aquisição com Suspensão
73 Operação de Aquisição a Alíquota Zero
74 Operação de Aquisição sem Incidência da Contribuição
75 Operação de Aquisição por Substituição Tributária
98 Outras Operações de Entrada

CST SAÍDA PIS/COFINS


CONTABILIDADE NO BRASIL

Código
CST Descrição

01 Operação tributável com alíquota básica

02 Operação tributável com alíquota diferenciada


Operação tributável com alíquota por unidade de medida de
03 produto

04 Operação tributável monofásica - revenda a alíquota zero

05 Operação tributável por substituição tributária

06 Operação tributável a alíquota zero

07 Operação isenta da contribuição

08 Operação sem incidência da contribuição

09 Operação com suspensão da contribuição

49 Outras operações de saída

Você também pode gostar