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A história

da meditação
A história da meditação

A história da meditação remete às tradições filosóficas orientais, sendo que foram as culturas
chinesas e hindu, as que melhor descreveram as práticas meditativas da civilização.
Segundo vários autores a história da meditação tem raízes pré-históricas e é uma arte ancestral que
remonta à origem do homem.
Segundo Willard Johnson, em seu livro Do Xamanismo à Ciência: Uma História da Meditação, a
descoberta do fogo, o exercício da caça, a experiência sexual e o trauma podem ter sido os primeiros
fatores que levaram ao estado meditativo espontâneo, há 800 mil anos atrás.
Ao ficar durante horas contemplando as chamas do fogo sem outros estímulos sensoriais, o
indivíduo atingiria um estado alterado de consciência, mais calmo e sereno. Ao caçar, precisariam
estar em alerta, totalmente focados em sua atividade e, assim, silenciar na mente todos os
pensamentos. 
Ou mesmo os homens das cavernas, depois de passarem muitas horas sozinhos no escuro,
atingiriam esse mesmo estado de consciência. Assim, eles teriam sido os primeiros a colocar em
prática o exercício de manter a atenção fixa em um determinado objeto.
Para esse autor a meditação não teria sido descoberta por um povo ou uma religião, e sim passada
através do tempo por todos os povos e culturas. No entanto, essas são apenas especulações.

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Primeiras provas físicas da
meditação

Voltando às origens da meditação da cultura oriental, sabe-se que na antiga China a literatura taoísta já mostrava
exercícios meditativos de forma estruturada, por volta de 3000 a.C. Da mesma maneira que a literatura mística do
norte da Índia, entre 1500 e 1000 a.C.
As provas físicas mais antigas que se tem conhecimento da meditação e ioga datam de 3000-5500 a.C.
Arqueólogos encontraram gravuras em forma de pinturas nas paredes de cavernas, mostrando pessoas com os olhos
semicerrados, sentadas em posturas que sugerem práticas de meditação e ioga.
No entanto há muitas pessoas que discordam desse fato, pois argumentam que estas gravuras não
indicam posturas de yoga ou meditação, mas sim simplesmente um indivíduo sentado ou de cabeça
para baixo, uma vez que naquela época não existiam cadeiras e estas posturas não são exclusivas do
yoga ou da meditação.

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Os primeiros povos
a usarem a meditação

Mas como a prática da meditação chegou até nós? Existem registros escritos contendo várias práticas para
objetivos diversificados que remontam às primeiras civilizações da Ásia, inclusive a Índia.
Antropólogos descobriram uma tribo no deserto de Kalahari, na África, que sobrevivem até hoje com tradições que
remontam a Idade da Pedra. Uma ou duas reuniões semanais são feitas pelo grupo com o objetivo de curar, além
de buscar conservar a saúde e bem estar de seus membros.
Esta prática é transmitida para as gerações seguintes.
Acredita-se que a meditação tenha se desenvolvido na Índia, entre 5000 a 3500 a.C., pois data desse período as
evidências documentadas mais antigas que se tem conhecimento, as pinturas nas paredes.
Os primeiros registros históricos que temos das práticas meditativas são de quando ela ainda era associada a
religiões orientais. Entre as primeiras referências escritas sobre a meditação estão os Vedas Hinduístas.
O primeiro texto que traz referências às práticas meditativas é o Rig-Veda, composto entre os anos 1500 a.C. e
1000 a.C., no qual encontram-se menções ocasionais de técnicas que levavam a um estado alterado de
consciência. O termo sânscrito encontrado nessas escrituras sagradas Vedas para o que chamamos hoje de
meditação é dhyana,e representa a manutenção da mente no objeto escolhido para a concentração.
A prática meditativa obteve seu auge na Índia com a fundamentação do budismo, após a morte do Buda histórico.
Praticantes budistas começaram a se disseminar por outros países asiáticos e chegaram à China no início da era
cristã.

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Utilizada principalmente nas práticas religiosas, como o Hinduísmo e o Budismo, também foi praticada
no Ocidente pelos cristãos. Inácio de Loyola e Teresa de Ávila, no século XVI, desenvolveram a prática da
meditação cristã por meio da leitura, reflexão, oração e contemplação de temas religiosos.
Conforme anteriormente exposto, a meditação é uma prática muito antiga que está intrinsecamente
ligada às filosofias do yoga e do budismo sendo considerada uma das terapias mente-corpo mais antigas
e praticada no mundo todo. Logo é muito difícil datar as primeiras práticas de meditação.
Com o tempo, a maioria das principais religiões do mundo ajustou os aspectos básicos da meditação e
incorporou-os na sua prática.  As maiores religiões do mundo, como o hinduísmo, o budismo, o judaísmo,
o cristianismo e o islamismo, têm as suas próprias práticas de meditação como o canto e a oração no
judaísmo, cristianismo e islamismo, e o yoga e a meditação no hinduísmo e no budismo. 
No entanto, a maioria das técnicas de meditação que praticamos hoje (cerca de 112 técnicas de
meditação) são derivadas das tradições hindus do Vedantismo, escola indiana de prática religiosa e
espiritual que remonta a 3500 anos atrás.
Levou milhares de anos para a meditação transformar-se na prática estruturada que conhecemos hoje.
Ela é o resultado de muitas adaptações das práticas “originais”. Por isso não importa qual a técnica de
meditação você escolher praticar, porque todas levam a um mesmo propósito que é se concentrar no
seu eu interior, expandindo a si mesmo e a sua consciência.

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Proibida a cópia ou distribuição.

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