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CONSUMIDOR NO
TRANSPORTE AÉREO
Comissão de
Direito Aeronáutico
MATO GROSSO DO SUL
ELABORAÇÃO
DIRETORIA
Mansour Elias Karmouche (Presidente)
Walfrido Ferreira De Azambuja Junior (Vice-Presidente designado)
Stheven Razuk (Secretário Geral)
Eclair Nantes (Secretária Geral Adjunta)
Marco Aurélio De Oliveira Rocha (Diretor-Tesoureiro)
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO
2. CUIDADOS ANTES DE
COMPRAR UMA PASSAGEM AÉREA
5. SOLUÇÃO DE CONFLITOS
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APRESENTAÇÃO
No início da pandemia do coronavírus (covid-19), muitas pessoas
resolveram remarcar ou cancelar suas passagens, sofrendo, a partir disso,
com altíssimas tarifas e multas das empresas de transporte, alcançando,
1.
a depender do contrato, até 100% do valor cobrado inicialmente.
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CUIDADOS ANTES DE
COMPRAR UMA
PASSAGEM AÉREA
2.
1. Pesquisa. O preço de uma passagem aérea é dinâmico, variando conforme um
grande número de fatores, ajustáveis a todo momento pelas companhias aéreas, desde
o canal de compra utilizado, o perfil da tarifa ofertada (econômica, executiva, etc),
antecedência de compra em relação ao voo, cotação do dólar (diretamente ligado ao
preço do combustível), entre outros. Por isso, é muito importante a pesquisa com
antecedência, pois ajudará o consumidor a economizar e também representar fonte de
concorrência ao setor aéreo.
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2.
5. Dados pessoais. A passagem aérea é pessoal e intransferível. Assim, todo
cuidado é necessário ao preencher nome completo e outros dados pessoais. Em caso de
erro, a correção poderá ser realizada sem cobrança de taxa se comunicada à companhia
aérea até a realização do check-in para voos domésticos (art. 8º da Res. Anac 400/2016).
Em voos internacionais envolvendo mais de uma companhia aérea, poderá haver
cobrança pela correção.
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DIREITOS DO
PASSAGEIRO
PRÉ-EMBARQUE
3.
A fase pré-embarque. representa desde o momento da passagem de transporte
aéreo pelos portais das companhias aéreas ou agências de viagem até o momento do
check-in, sendo de maior destaque os seguintes direitos e deveres.
Optando pelo reembolso, este deverá ser realizado de forma integral pela empresa
no prazo de até 12 meses, contados da data que o voo estava previsto e observando o
meio em que foi realizado o pagamento (dinheiro, cartão de crédito ou milhas, por
exemplo) para reembolso da mesma forma.
No caso das milhas ou pontos, elas deverão ter seu prazo de expiração prorrogado,
também sem penalização ao titular.
Se a opção for pelo crédito, o consumidor poderá usá-lo em até 18 meses, contados
do seu recebimento.
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Se inferior a 4 horas, é sempre bom relembrar que,
a depender da categoria da passagem emitida, penalidades
contratuais podem ser cobradas. Por isso, optar pela
disponibilidade de créditos pode se revelar a opção menos custosa.
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4. Indenização material e moral. Os danos materiais
sempre deverão ser demonstrados, sendo então imprescindível
ao consumidor reunir provas dos seus prejuízos. O dano moral
presumia-se em caso de simples atraso ou cancelamento de voo pela
companhia aérea, o que já não mais prevalece. Caso o passageiro se
sinta lesado, poderá acionar o Poder Judiciário, sendo, no entanto,
3.
necessário comprovar a efetiva ocorrência do dano, que poderá advir da ausência de
assistência material, de omissão em prestar informações claras, no descaso com o
consumidor, dentre outras possíveis.
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DIREITOS DO
PASSAGEIRO
PÓS-EMBARQUE
Esta fase compreende tanto o voo como a chegada ao destino final.
4.
1. Passageiro indisciplinado. As instruções da equipe do aeroporto e da
tripulação da aeronave visam não só a organização dos serviços aeroportuários e do
transporte, mas principalmente a segurança operacional. Logo, é imprescindível que
o consumidor respeite as normas que lhe forem repassadas, pois, do contrário,
perturbando a ordem e a disciplina, poderá ser reconhecido como um passageiro
indisciplinado. Neste caso, o comandante da aeronave detém autoridade máxima
para determinar a contenção de passageiro que desrespeite regras capazes de
comprometer a segurança do voo, inclusive, determinar seu desembarque
compulsório, para que seja recepcionado pela polícia federal.
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(RIB) com a própria companhia aérea. Tal documento é de
extrema importância para formalizar sua reclamação,
iniciando-se os trâmites administrativos perante a companhia aérea,
além de servir de subsídio para eventual ação judicial, se necessário.
4.
Por isso, sempre é muito importante guardar o comprovante de despacho de
bagagem e o bilhete, além do RIB para, caso não seja resolvido extrajudicialmente, o
passageiro possa demandar judicialmente a companhia aérea para obter a reparação
pelos danos.
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5.
Em caso de conflito, embora não seja obrigatório, é sempre recomendável que o
consumidor acione os canais de atendimento da companhia aérea para buscar uma
solução, bem como tentar a negociação extrajudicial através de reclamação na
plataforma www.consumidor.gov.br (canal disponibilizado pela Senacon e apoiado
pela Anac) ou mesmo pessoalmente através do PROCON do seu Estado.
Se ainda assim persistir o litígio, o consumidor poderá propor uma ação perante o
Poder Judiciário perante o Juizado Especial ou pela Justiça Comum.
É preciso ressaltar que, nos casos de compra de passagem aérea via agências de
turismo, as regras podem mudar, sendo necessária consultar a Lei n. 14.046/2020,
que traz regras específicas.
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