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Cidades da Floresta: Urbanização, Desenvolvimento, e Globalização na


Amazônia Brasileira (review)

Article  in  Journal of Latin American Geography · January 2009


DOI: 10.1353/lag.0.0029

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Antoinette M. G. A. WinklerPrins
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Cidades da Floresta: Urbanização, Desenvolvimento, e Globalização
na Amazônia Brasileira
Antoinette M.G.A. WinklerPrins

Journal of Latin American Geography, Volume 8, Number 1, 2009,


pp. 198-199 (Review)

Published by Conference of Latin Americanist Geographers


DOI: 10.1353/lag.0.0029

For additional information about this article


http://muse.jhu.edu/journals/lag/summary/v008/8.1.winklerprins.html

Access Provided by Michigan State University at 07/05/11 12:52PM GMT


198 Journal of Latin American Geography

Cidades da Floresta: Urbanização, Desenvolvimento, e Globalização na Amazônia Brasile-


ira. John O. Browder e Brian J. Godfrey. (Tradução de Gisele Vieira Goldstein
com colaboração de Jocilene Souza.) Manaus: Editora da Universidade Federal do
Amazonas, 2006. Pp. 384, mapas, figuras, tabelas. Papel (ISBN: 85-7401-183-5).

A concepção de uma Amazônia urbanizada ainda parece paradoxal para quem


não conheça a região. Browder e Godfrey afirmam que: “Perdido na visão popular desta
região perturbada da floresta tropical está o paradoxo da atual urbanização da Amazônia”
(p. 19). E esse paradoxo foi a motivação central para os autores escreverem esse livro.
O livro é o estudo mais significativo sobre o processo de urbanização da região, e o
será por muito tempo. Estou feliz que tenha sido traduzido para o português. O livro
apareceu pela primeira vez em 1997 como Rainforest Cities: Urbanization, Development, and
Globalization of the Brazilian Amazon. (New York: Columbia University Press, 1997), e se
tornou um livro indispensável para pesquisadores interessados em assuntos ligados ao
desenvolvimento da Amazônia.
Esta é a tradução do original, com poucas revisões além da atualização dos dados
do censo de 1991 para o censo de 2000. A maioria dos mapas e texto que acompanham
são ainda de 1991 (ex. os mapas urbanos da região e o texto do capítulo 1). Isso é uma
pena. Embora muito interessante, retornar ao campo para atualizar os dados teria sido
um esforço tremendo (a pesquisa original foi realizada em 1990). Os autores decidiram
não fazê-lo. O que permanece, portanto, é um texto preso à visão da Amazônia dos
meados dos anos 90, mesmo que mais de uma década tenha passado e muito tenha
mudado na região. Felizmente o capítulo sobre o sul do Pará (Cap. 7) apresenta texto
novo, porque a região é a mais dinâmica da Amazônia, mas esta parte é a única que
eu identifiquei que foi revisada. Algumas histórias para animar os capítulos empíricos
(capítulos 6 e 7) teriam ajudado a convencer o leitor que o material permanece relevante.
A atualização da bibliografia poderia ter sido feita facilmente, mas não a foi. Muito tem
sido escrito desde a publicação do original, mas nenhum trabalho recente é citado na
versão brasileira do livro.
Outras mudanças no livro incluem a eliminação de um capítulo, a ausência do
índice e o Apêndice Técnico (métodos). Uma vez que os autores não escreveram uma
nova introdução ou prefácio para apresentar essa edição do seu livro, não está claro
porque essas partes do livro foram removidas. A omissão do Capítulo 10 original “A Ur-
banização da Fronteira e Mudanças Ambientais na Amazônia” é desconcertante, já que
este foi o capítulo que vinculou o processo urbano da região com assuntos ambientais
que frequentemente formam o centro do debate e o foco principal da literatura. Talvez
seja nesta parte que a maioria das mudanças tenha ocorrido desde 1990, e presumo que
os autores decidiram que seria melhor tirar o capítulo todo. Por último, as notas do
final foram convertidas a notas de pé de página. Aplaudo esta mudança, pois ela torna a
leitura mais fácil porque as notas são muito esclarecedoras.
Apesar de desatualizado, o livro continua sendo uma contribuição importante
para os estudos da Amazônia e geografia urbana. Suas discussões teóricas extensivas
(Capítulo 2, e parte de 10), embora exaustivas, podem ser muito valiosas para o público
brasileiro. A interpretação da historia amazônica (Capítulo 3) continua sendo uma plata-
forma útil para a contribuição significativa que o livro oferece. As contribuições originais
à teoria (Capítulo 4), da urbanização da Amazônia, o que os autores chamam de ‘urban-
ização desarticulada,’ continuam importantes. Essas idéias podem ser aplicadas a outras
áreas do mundo em desenvolvimento, onde o processo de urbanização está procedendo
de forma diferente dos processos observados na Europa e nos Estados Unidos. Suas
reflexões nos ajudam a reformular nossos conceitos sobre o processo de urbanização. A
Book Reviews 199

abordagem pluralista dos autores não é tão inovadora quanto era nos anos noventa, já
que hoje representam o padrão acadêmico mais comum.
Embora esteja um pouco decepcionada com o fato de que a versão por-
tuguesa do livro não tenha sido atualizada, reconheço que o esforço necessário para
traduzir um livro é tremendo, e elogio os autores por terem encomendado o tra-
balho. A tradução foi bem feita, prestando atenção às diferenças entre inglês e portu-
guês na apresentação do material, e também corrigiu alguns erros que foram cometi-
dos no original. A tradução traz as contribuições do livro para muitas pessoas além
de geógrafos, inclusive um grande contingente de pesquisadores e outros que tra-
balham com vários aspectos da Amazônia, que agora podem dialogar com o material.

Antoinette M.G.A. WinklerPrins


Geography Department
Michigan State University

Atlas Electoral Latinoamericano. Salvador Romero Ballivián, editor. La Paz:


Corte Nacional Electoral, República de Bolivia, 2007. 52 graphs, 57
maps, 37 tables, bibliog. Free distribution (ISBN 978-99905-928-0-1).

It happens frequently that, when traveling through Latin America, we find our-
selves hard-pressed trying to sort out who is the momentary señor Presidente, is, which
were the constituencies that brought her/him to power, which parties are at the helm,
and which issues dominate the political discourse of the respective countries. While we
can glean some information from the newspapers about the current political debate and
on the achievements or the failures of the party that won the last presidential election, we
are usually in a fog as to the location of the strongholds of the incumbent government
and the bastions of the opposition.
To fill this information gap the Atlas Electoral Latinoamericano comes in handy.
It provides a wealth of information about recent elections in twelve countries, span-
ning from Mexico to Argentina. The work is the product of French political scientists
and Latin American co-authors for whom ideology is not the only motivator of voting
decisions, but who also recognize the influence of place and locale on electoral choices.
Socio-geographical traits of a population, such as education, employment, income, gen-
der, male/female ratio, age, place of residence, or quality of life, play a decisive role in
electoral decision-making, transcending- at times - ideology alone. Identifying the weight
of these non-ideological variables has been hampered by the lack of suitable statistics,
and thus, their role has been neglected in the analyses of Latin American elections. Most
political analysts limit their discussions to national results -- leading their audiences to
infer a monolithic response by the national electorate – disregarding the fact that disag-
gregation into regions is more helpful in revealing particular demographic and socio-eco-
nomic characteristics. Through the use of those regional indicators, political geographers
are opening avenues of analysis that were not considered in previous studies on voters’
behavior.
The Atlas is a collection of monographs on presidential and congressional con-
tests held in Argentina, Bolivia, Brazil, Chile, Colombia, Costa Rica, Ecuador, El Salva-
dor, Honduras, Mexico, Nicaragua and Peru, from 2003 through 2006. Although the
snapshots are not suitable for establishing trends among voters, they are a first step in
establishing tendencies in the regional support for any specific political current. Never-
theless, the large number of maps illustrating the backing of candidates or coalitions, or

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