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VIVER A VIDA DO REINO

Mateus 18:15-22 revela como podemos viver a vida do reino. Os versículos 15 a 17 dizem: “Além do mais, se teu
irmão pecar, vai e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma contigo mais
uma ou duas pessoas, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra se estabeleça. E, se ele recusar ouvi-los,
dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, seja ele para ti como gentio e cobrador de impostos.” . Se esse pecador
não escutar nem a igreja, o que deveríamos fazer? O texto diz que deveríamos considerá-lo como gentio e
cobrador de impostos, isto é, como uma pessoa não salva, que está de fora da comunhão da igreja.
O versículo 18 então diz: “Em verdade vos digo: Tudo o que amarrardes na terra terá sido amarrado no céu, e tudo o que
soltardes na terra terá sido solto no céu.”. Precisamos ver a conexão entre os versículos 17 e 18. O versículo 17 é tão
baixo, dizendo que deveríamos considerar o pecador que não escutar a igreja como gentio e cobrador de
impostos. Mas o versículo 18 diz que deveríamos alcançar o céu por nossa oração amarradora e libertadora. Esta
é a oração do grupo vital. O versículo 19 diz: “Em verdade ainda vos digo que, se dois dentre vós sobre a terra
concordarem a respeito de qualquer coisa que pedirem, ser-lhe-á feita por meu Pai que está nos céus.”. Esta é a prática de
um grupo vital de dois ou três em harmonia tocando o verdadeiro Deus no céu. Esses são os dois ou três
mencionado no versículo 16: “se, porém, não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas...” Esses são os membros
de um grupo vital.

Se um irmão peca contra nós, precisamos lidar com ele primeiro em amor. Se não obtivermos resultado, devemos
trazer conosco mais um ou dois para contatá-lo. Se ainda não obtivermos resultado, devemos dizer isso à igreja,
e se a igreja ainda não conseguir, então o irmão pecador perderá a comunhão da igreja. Mas isso não é tudo.
Temos então que orar de forma a amarrar e soltar, e precisamos orar em harmonia. O que quer que oremos,
nosso Pai no céu irá realizar para ganhar essa pessoa. O versículo 20 diz: “Pois onde se acham dois ou três reunidos
em meu nome, aí estou Eu no meio deles.”. Esta é a realidade dos grupos vitais. Estes dois ou três se reúnem no
nome do Senhor para Seu propósito, não em seus nomes para seus propósitos. Muitas vezes sentimos que
certo irmão é um caso perdido, e paramos com esse sentimento em favor dele em nossos grupos pequenos. Não
tomamos Cristo como a escada divina do versículo 18 para subir até os céus com oração que amarra Satanás e
liberta o irmão pecador. Nós e a igreja podemos não ver caminho com esse irmão, mas deveríamos desistir dele?
O Senhor Jesus disse que deveríamos considerá-lo como um gentio e cobrador de impostos. Mas o Senhor
continuou a dizer que precisamos amarrar Satanás. Precisamos amarrar o amarrador e libertar o amarrado
orando juntos em harmonia. Não deveríamos trazer quaisquer opiniões que exponham a condição caída daquele
para quem estamos orando.

Depois que o Senhor falou esta palavra, Pedro veio a Ele para fazer-Lhe uma pergunta. Os versículos 21 e 22
dizem: “Então Pedro, aproximando-se, Lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim,
e eu lhe hei de perdoar? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo até sete vezes; mas até setenta vezes
sete.”. Pode ter parecido que Pedro era contra o irmão pecador. Ele não queria perdoar esse irmão novamente,
então ele perguntou ao Senhor: “Quantas vezes eu devo o perdoar? Sete vezes?”. O Senhor disse que Pedro
deveria perdoá-lo setenta vezes sete, ou quatrocentas e noventa vezes. Se tivermos um espírito para perdoar
um pecador até quatrocentas e noventa vezes, seguramente ele se recuperará.

Nós que estamos participando nos grupos vitais temos tal espírito? Nosso grupo vital pode estar reduzindo em
vez de aumentando. Onde estão os outros? Talvez alguns se degradaram ou apostataram e outros estão
ofendidos. Podemos ter uma razão para cada um não mais reunir conosco, mas o Senhor concordaria com nosso
arrazoamento? O Senhor perguntaria: “Onde está seu irmão?”. Em outras palavras, o Senhor permitiria que
desistíssemos das pessoas. Esse é o modo da vida do reino em Mateus 18, mas nós não praticamos isto. Quando
as pessoas pecam contra nós, conversamos com nosso cônjuge ou outros santos sobre o assunto. Isto está
errado. A primeira lição que devemos aprender como membros dos grupos vitais é não expor as debilidades das
pessoas. Precisamos evitar esse tipo de falar expositor. Nosso falar expositor é um defeito que matará nossos
grupos vitais. Devemos aprender a cobrir os outros.

Paulo, em 1 Coríntios 5 repreendeu os crentes coríntios e os encarregou de afastar um pecador de seu meio (v.
13). Mas em 2 Coríntios Paulo estava tenro, cauteloso, e considerando acerca desse pecador. Depois que Paulo
disse aos santos para afastá-lo, ele não teve paz, então enviou Tito para ver a situação. Tito retornou com as
boas notícias de que aquele homem se arrependera (7:6-13). Então Paulo disse que os santos deveriam perdoar
e confortar esse irmão. Caso contrário, Satanás poderia tirar proveito da situação (2:6-11). Um grupo vital é uma
representação real da igreja. A igreja deve aprender com o exemplo de Paulo a como lidar com um pecador.
Paulo não teve paz quando esse pecador foi afastado, então ele ainda fez algo para cuidar da situação. O mais
importante é nutrir e perdoar. Visitar é nutrir. Paulo enviou Tito para visitar Corinto a fim de nutrir os coríntios.
Então Paulo disse-lhes que perdoassem. O perdão deve seguir o nutrir. Então podemos recuperar e ganhar as
pessoas.

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