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Amar o próximo como o bom Pastor as


amou!
Rev. Fábio Henrique do Nascimento Costa

Introdução/Elucidação

O tema principal do cap. 18 de Mateus é sobre o


relacionamento entre os cidadãos do reino dos
céus.

Sendo que Mateus fala do mesmo tema


abordando várias situações.

Vamos nos lembrar o que já vimos até aqui.

Nos vv. 1-6 Jesus trata a respeito de quem deve


ser o maior no reino de Deus. E, Jesus deixa
claro que no reino de Deus, o maior é o menor,
isso para ensinar aos discípulos que os valores
do reino de Deus são totalmente contrários aos
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valores do mundo. Ele deixa claro que a


verdadeira humildade define a grandeza do reino
de Deus.

A segunda seção que está nos vv. 7-11. Onde


Jesus diz que para ser grande no reino de Deus
tem que ter cuidado e zelo pelo outro e por nós.
Não podemos ser pedras de tropeço para
ninguém, então, o altruísmo precisa ser
aplicado.

Você precisa viver sua vida de tal maneira, que


nã o seja um impedimento para que eles vivam a
vida cristã .

Já nos versículos 12 a 14, Mateus usa da metá fora


que Deus o Pai é como um pastor que cuida até
mesmo de uma ovelha errante, embora
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comparativamente essa ovelha possa parecer


muito menos valiosa do que as 99 que ainda
estã o no aprisco. O Pai ama tanto todos os
membros de Seu reino, Ele os valoriza e cuida
tanto deles, que Ele estende a mã o para
reivindicar o amor mesmo para aqueles que estã o
errantes. E, temos que ser semelhante ao Pastor
supremo.

Agora nos vv. 15-20 Jesus troca a metáfora, ele


troca a ovelha errante pelo irmão que lhe
ofendeu.

Jesus traz essa metáfora justamente porque


acabara de presenciar o conflito que foi
deflagrado por causa da ambição de
superioridade dos discípulos, Mt. 18. 1-6.
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O jeito que eu quero que vocês vivam uns com os


outros, é ver uns aos outros como irmã os, e
mesmo quando seu irmã o te ofende, eu quero
você o ame da mesma forma que o Pastor amado
lhe amou, Mt. 18. 12-14.

Tema: Amar o próximo como o bom


Pastor as amou!

Desenvolvimento

I. Pecado contra irmãos é uma realidade


dentro da igreja.

Antes de tudo, veja as palavras de Jesus no


versículo 15, se seu irmã o pecar, vá e mostre a ele
a culpa dele em particular, se ele te ouvir, você
ganhou seu irmã o. A primeira coisa que
aprendemos nesta passagem é que todos os que
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sã o membros de uma igreja, nã o devem se


surpreender quando outro membro possa pecar
contra ele, e devem até mesmo esperar que o
pecado seja uma realidade contínua no convívio
dos crentes. Nesses anos de ministério, vi muitos
crentes dar os seus primeiros passos no
evangelho, isto com zelo, fidelidade, nã o apenas
professando a fé, mas também professando a fé
nã o apenas verbalmente, e sim de forma prá tica.
Vi muito desses serem alvos de pecados
horrendos praticado por crentes já antigos na
fé. Eles nã o podem acreditar que um crente
maduro na fé teria feito isso com eles, e pensam:
“Bem, talvez tudo isso seja apenas uma
farsa. Acho que ele nã o é crente, a igreja nã o
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passa de um teatro, uma encenaçã o”. Jesus está


nos advertindo nesta passagem que iremos
contra irmã os nesta vida, até mesmo irmã os que
amamos. Temos que entender que a fé nã o nos
deixa imune ao pecado. O pecado se intrometerá
fazendo feridas e trazendo dores para quebrar a
comunhã o, em irmã os, famílias e igrejas”. O
objetivo desse texto é nos ensinar que mesmo
quando sofremos ou praticamos algo que fere
outros, a comunhã o nã o pode ser quebrada. Um
desejo fraterno de reconciliaçã o pode impedir
que os pequeninos de Deus se afastem Dele.

É tã o importante que nã o fiquemos surpresos ou


fatalmente desencorajados quando os cristã os
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pecam contra nó s, que precisamos estar prontos


para essas situaçõ es. O Senhor Jesus nos alerta
que isso aconteceria, de fato, Ele nos alerta
quanto a isso, nã o apenas aqui em Mateus 18,
mas em outros lugares, nos ensinando como
devemos agir quando isso acontecer. E assim fica
claro que Jesus espera que isso aconteça. Isso nã o
refuta o cristianismo, isso nã o refuta a realidade
do Espírito Santo na vida das pessoas, isso nã o
refuta as afirmaçõ es de Cristo ou o poder do
evangelho ou o poder do Espírito Santo. Isso
apenas diz que o que Jesus disse que iria
acontecer, acontece, e precisamos estar prontos
para responder a isso da maneira
adequada. Entã o essa é a primeira liçã o que
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podemos tirar dessa passagem, precisamos estar


preparados quando formos feridos.

II. Mesmo quando ofendidos, os cristãos


devem procurar o ofensor.

O segundo princípio que o Senhor nos ensina aqui


é que o ofendido que tem que procurar o
ofensor. Devemos pensar o bem do outro, dar-lhe
o benefício da dú vida. Caso confirme a
ofensa devemos procurar o irmã o em particular e
tratar o problema a luz das Escrituras, e se o fato
foi pú blico é imprescindível que o irmã o se
retrate em pú blico. O que nã o pode é deixar o
pecado sem tratamento. 

Em todos os casos o primeiro passo é buscar a


pessoa em particular, se a querela se deu em
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particular o ofensor tem que ser confrontado com


o pecado cometido, e o mesmo tem que pedir
perdã o. Caso tenha sido em pú blico
obrigatoriamente tem que se retratar
publicamente. Gn. 3.11.

O perdã o deve ser concedido pelo ofendido


quando o ofensor reconhece e pede perdã o.

Existem outras passagens no Novo Testamento


que nos ensinam como lidar com pecados
pú blicos, passagens como Gl 2:11-14, 1 Co. 5:1-5,
e 1 Tm 5:20. 

Jesus diz que devemos ir em privado por


quê? Duas razõ es. Para evitar envergonhar do
nosso irmã o desnecessariamente. E com o
objetivo de ganhar o irmã o. 
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Quando a ofensa é em particular, e nó s a expomos


publicamente, naturalmente traz à tona as
defesas dessa pessoa para pensar sobre o que,
nã o o que ela fez, mas o que você fez a ela. O que
você fez com eles? Você os envergonhou na frente
das pessoas. Agora eles estã o pensando nã o no
que fizeram com você, mas nas pessoas que agora
sabem disso. Eles nã o se concentram em seus
pró prios pecados, porque agora eles estã o
focados em tentar cobrir esse pecado, por isso
que o Senhor Jesus, está dizendo “Vá em
particular”, está pedindo que você os ajude de
todas as maneiras possíveis a se concentrar no
assunto principal, e nã o ser empurrado para
defensiva. Essa é a maneira que o Senhor
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determina que seja a melhor. É um conselho


muito sá bio que o Senhor Jesus está nos dando
aqui ao lidar com esses assuntos. Vá em
particular aos irmã os. 

III. Precisamos confrontar aqueles que pecam


contra nós com seus pecados.

A terceira coisa que nos é ensinado nesta


passagem é que devemos ir até ele e mostrar o
seu pecado quando ele nos ofender. Sendo que
isso é uma coisa muito difícil e complicada de se
fazer. Muitos vã o afirmar que isso é uma coisa
retrograda, bá rbara de se fazer, mas, Jesus está
dizendo que essa é a forma perfeita de se agir
nesses quando aparece os conflitos. 
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Há duas formas pecaminosa de agir quando surge


conflitos. Uma é nã o tratar o problema, a outra é
tratar com base na ira.  

(ILUSTRAÇÃ O DA ESTRADA)

Tratar direto com a pessoa é algo de forma


bíblica é algo quase inexistente em nossos dias. 

Muitos sã o tó xicos, outros irô nicos, já outros sã o


iracundos.

No entanto Jesus que é infinitamente sá bio


determina como é possível manter a paz e a
pureza entre as pessoas, na família e na igreja.

Quero que você entenda que Jesus nã o está


dizendo que você deve ir ao ofensor para
despejar sua ira, usar palavras que vã o ferir (nã o
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é mimimi). Jesus está dizendo: 'Quero que você vá


até seu irmã o por preocupaçã o com o bem-estar
espiritual dele'. Jesus nã o está nos dizendo para
fazer isso como forma de obter satisfaçã o por
uma queixa pessoal, mas como uma forma de
procurar ajudar uns aos outros. Ir, neste caso,
pode significar mais que uma visita, porque o
ponto é que precisamos cuidar dos interesses
espirituais de nossos irmã os, mesmo quando o
irmã o lhe ofendeu.

Ouça o que William Hendriksen diz sobre esta


passagem: “Jesus quer dizer que o irmã o ofendido
deve, no espírito de amor fraterno, ir e mostrar
ao pecador suas faltas e isso certamente nã o com
o propó sito de receber satisfaçã o por uma queixa
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pessoal, mas sim no interesse do ofensor, para


que ele se arrependa, busque e encontre o
perdã o”. A resoluçã o do conflito pessoal nã o é o
ponto principal aqui. Isso é um efeito colateral,
esse é um benefício colateral desse
procedimento.

A principal preocupaçã o que Jesus diz que Ele


quer que você tenha em seu coraçã o, é que seu
irmã o ou irmã nã o seja impedido em seu
crescimento espiritual, que seu irmã o ou irmã
nã o se tornem endurecidos no pecado, que seu
irmã o ou irmã nã o se afastem do caminho da luz
e da verdade. A principal preocupaçã o é com o
bem-estar espiritual do ofensor. Sim, você ouviu
Jesus certo, você se ofende e o que você tem que
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fazer? Pense no bem-estar espiritual da pessoa


que te ofendeu. Agora isso é difícil. 

O que lhe dá a capacidade de amar alguém assim,


de deixar de lado suas querelas, suas má goas, sua
dor, seu ressentimento, sua dor neste incidente
em particular neste pecado contra você é o que o
bom Pastor fez por você. 

O Senhor está dizendo: 'Sua principal


preocupaçã o quando houve essa ruptura na
comunhã o, um pecado grave contra você, é você
se preocupar com o bem-estar espiritual de quem
o ofendeu. Por serem irmã os, eles professam a
mesma fé em Cristo.' Isso é remédio difícil. 
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IV – Os passos para exclusão do ofensor pelo


não arrependimento.

Aplicação

Conclusão

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