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Passo a passo
Nomeação do inventariante
A família deve nomear um inventariante, que será a pessoa que
administrará os bens do espólio (conjunto de bens deixados pelo
falecido). Ele ficará responsável por encabeçar todo o processo
e pagar eventuais dívidas, por exemplo. “O inventariante
costuma ser a esposa ou o filho”, afirma Rodrigo Barcellos.
Pagamento do imposto
Para que o processo do inventário seja finalizado e oficializado
no cartório, é preciso pagar o Imposto de Transmissão Causa
Mortis e Doações (ITCMD), imposto estadual cuja alíquota varia
de estado para estado, podendo chegar a até 8%.
“A grande dificuldade do inventário extrajudicial é o pagamento
do ITCMD, porque ele que só acontece se estiver tudo
resolvido”, diz Rodrigo da Cunha Pereira.
Por isso, nesta fase, a divisão de bens já deve ter sido acordada
com a família, os registros e certidões negativas devem ter sido
providenciados, e as informações sobre os herdeiros e a partilha
devem ter sido reunidas.
Encaminhamento da minuta
Com a declaração do ITCMD finalizada e todos os documentos
reunidos, o cartório ou o advogado envia a minuta da escritura,
que é um esboço do inventário, à procuradoria estadual.
Lavratura da Escritura
Depois de recebida a autorização da procuradoria e entregue
toda a documentação, é agendada no cartório uma data para a
lavratura da Escritura de Inventário e Partilha pelo tabelião, que
encerra o processo.
Todos os herdeiros e respectivos advogados devem estar
presentes, munidos de uma série de documentos (veja a lista
completa), tais como: a certidão de óbito; documentos de
identidade das partes e do autor da herança; as certidões do
valor venal dos imóveis; certidão de regularidade do ITCMD etc.
Prazo
Segundo o artigo 983 do Código de Processo Civil, o processo de
inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 dias a contar
da abertura da sucessão (falecimento).
Mas, conforme afirma o presidente da Anoreg, o prazo é
dificilmente cumprido na prática. “Pelo Código de Processo
Civil existe o prazo de 60 dias, mas ele não é cumprido e não tem
muita jurisdição sobre isso. Muitas famílias procuram o
advogado depois de seis meses e até hoje eu nunca vi nenhum
juiz estipular multas por isso”, diz.
Existem também prazos para o pagamento do ITCMD, que
variam de acordo com o estado. Em São Paulo, por exemplo, se
a declaração do ITCMD não for feita dentro de 60 dias após a
data do óbito, o imposto é calculado com o acréscimo de multa
equivalente a 10% do valor do tributo, e se o atraso exceder 180
dias, a multa é de 20%.