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JUSTIFICATIVA TÉCNICA:

Introdução:
O direito ao reequilíbrio econômico-financeiro não está condicionado à demonstração
da onerosidade excessiva provocada no âmbito da execução do contrato. O que interessa, neste
particular, é a Demonstração da variação extraordinária no preço do insumo. Uma vez
comprovada esta variação, os prejuízos gerados deverão ser compensados, qualquer que seja a
sua dimensão no valor global do contrato ou em sua estrutura de custos.

Nossa empresa não está reivindicando o reajuste ou realinhamento do contrato e sim o


REEQUILIBRIO ECONOMICO FINANCEIRO do mesmo.

O Reajuste de preços objetiva compensar os efeitos da desvalorização da moeda nos custos de


produção ou dos insumos utilizados, reposicionando os valores reais originais pactuados. O
índice já deve estar previsto em edital e/ou contrato. Os índices variam tais como: IGP-M, IPCA,
IGP-DI, dentre outros. Não há um índice pré determinado, devendo utilizar o que for usual para
o objeto do contrato.

O reequilíbrio econômico financeiro, por sua vez é medida excepcional, deve ser utilizado
somente em situações que fogem à normalidade, situações que não poderiam ser
previstas ou ainda que previsíveis não fosse possível, à época da formulação da proposta,
calculá-las. Como por exemplo, o impacto causado pela pandemia do covid-19 que
atingiu com força, todos os setores da economia, inclusive o setor da construção civil.
Deste o modo o crucial neste caso é compreender os motivos do aumento de preços e uma vez
demonstrada a imprevisibilidade pleitear reequilíbrio considerando todo o montante que
desequilibrou a relação, inclusive eventuais tributos (encargos sociais e Bdi).

Como condição necessária precisa demonstrar que o fato que resultou desequilíbrio na relação
ocorreu após a formulação da proposta, conforme o art. 65, II, d’o direito de reequilíbrio nasce
“na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado”.
Se a condição já existia na época que a proposta foi formulada você não terá tal requisito,
indispensável para que ocorra o reequilíbrio.

Cabe salientar que de acordo com os artigos 11 e 12 da Lei 8880, que disciplina o Programa de
Estabilização Econômica, o reajuste não poderá ocorrer em um período inferior a doze
meses.

Já o reequilíbrio econômico-financeiro poderá ser solicitado a qualquer tempo desde que ocorra
um evento que afete a equação econômico-financeira do contrato, ou seja, desequilibre o
contrato. Outro fato importante é que a comprovação da variação no preço de insumos não
deve estar amparada em indicações subjetivas do contratado, como notas fiscais etc, mas em
verificação objetiva de variação de preços. Pesquisas de mercado, consolidadas em relatórios
técnicos produzidos por entidade com capacidade técnica e credibilidade institucional. No
âmbito federal, o SINAPI (e o SICRO, conforme o caso) são sistemas referenciais para a
formação do orçamento público, podendo se prestar também, a depender de sua atualidade e
nível de detalhamento, a referenciar a variação no preço de insumos do setor de construção
(vide Decreto 7.983/2013).
 Índices de Referencia utilizados no reequilíbrio financeiro do contrato

A presente abordagem busca examinar a hipótese de que esta variação extraordinária nos
preços dos insumos utilizados nas composições de preços unitários (CPU) responsáveis pela
formação do PREÇO FINAL DE VENDA, seja a causa do desiquilíbrio econômico financeiro
por conta alta nos preços de alguns insumos relevantes.
Em nota no Painel S.A. da Folha de S.Paulo desta terça-feira (08/06), o presidente da
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, aponta o
desespero do setor da construção com a nova alta dos custos da construção civil em maio.

Dados do Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), divulgados nesta terça (8) pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), indicam um crescimento superior a 15%, no acumulado dos
últimos 12 meses, o maior para o período desde novembro de 2003.

Segundo Martins, os preços internacionais dos insumos, como aço e cobre, estão acima do
normal, e o Brasil tem travas que dificultam a importação, com altos tributos e barreiras
técnicas. “Fica difícil até de saber se esses preços praticados são verdadeiros ou não”, diz

Aumento no custo da construção não dá trégua


Em maio/2021, o INCC aumentou 2,22%. De janeiro a maio de 2021, o índice acumulou
7,41%, a maior alta para o período desde 2003. De junho/2020 a maio/2021 o incremento
registrado foi de 15,26%.

O custo com a mão de obra apresentou alta de 1,92% no mês de referência, em função de
aumentos observados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador.

Já o custo com materiais, pelo 11º mês consecutivo, apresentou alta expressiva de 2,81%. Nos
primeiros cinco meses deste ano o aumento foi de 14,09%%, o maior para o período desde o
início da divulgação da sua série histórica (1996).

“Em 12 meses, o aumento é de inacreditáveis 32,81%, ou seja, mais um recorde para o


incremento nos custos com insumos do setor na avaliação em 12 meses”, ressalta a economista
do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos.
Destacaram-se a elevação de preços nos seguintes insumos;

As maiores influências positivas no aumento dos custos com materiais e equipamentos em


fevereiro/2021, conforme o INCC/FGV foram:

 vergalhões e arames de aço ao carbono (21,34%)


 tubos e conexões de ferro e aço (11,56%)
 tubos e conexões de PVC (7,39%)
 tijolo/telha cerâmica (2,57%)
 condutores elétricos (10,98%)

ÍNDICE NACIONAL DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Acumulado
Índice do Acumulado
Mês/Ano últimos 12
mês (em %) no ano (em %)
meses (em %)

jul/21 Não digulgado até o momento pelo órgão responsável.

jun/21 2,16 9,7228 17,348


mai/21 2,22 7,4029 15,2574
abr/21 0,9 5,0704 12,9798
mar/21 1,3 4,1332 12,2183
fev/21 1,89 2,7968 11,0662
jan/21 0,89 0,89 9,3658
dez/20 0,7 8,8129 8,8129
nov/20 1,28 8,0565 8,2834
out/20 1,73 6,6909 6,9577
set/20 1,16 4,8765 5,328
ago/20 0,72 3,6739 4,5992
jul/20 1,17 2,9328 4,2876

Cálculo do percentual utilizado no reequilíbrio econômico do contrato:

RESUMO:

VALOR CONTRATUAL: -----------------------------------------------------R$742.060,82

VARIAÇÃO ECONÔMICA MÉDIA JAN A JUN-------------------------13.03%

VALOR CONTRATUAL REEQUILIBRADO-----------------------------R$838.751,34

VALOR DO SALDO DO CONTRATO NA DATA DO PEDIDO----R$499.665,15

VALOR REEQUILIBRADO DE SALDO CONTRATUAL------------R$564.771,51

Conclusão:
A definição da metodologia para orientar a quantificação do desequilíbrio financeiro do referido
contrato observou a indicação de normas legais e regulamentares, a disciplina do contrato e ao
conhecimento técnico cientifico. A quantificação do valor de reequilíbrio econômico-financeiro
também levou em consideração:
(i) os preços inscritos na composição de custos apresentada com a proposta no âmbito da
licitação;
(ii) a variação extraordinária objetivamente demonstrada e
(iii) o quantitativo de insumo utilizado no adimplemento da parcela da execução do contrato.
Sobre o preço do insumo constante da composição de custos apresentada na licitação deverá
ser aplicado o percentual de variação no preço do insumo, calculado entre a data da
apresentação da proposta na licitação e a data do reequilíbrio financeiro em questão
produzidos por entidades de capacidade técnica e credibilidade institucional como o SINAPI

Marabá, 30 de Junho de 2021.

SERRANO
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E CONTRATOS

Emitido em 30/06/2021

JUSTIFICATIVA Nº 97/2021 - DEPSET-I (11.25.07)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 02/08/2021 10:11 )


VANILSON SANTOS DE SOUZA
ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO
3031151

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número: 97, ano: 2021, tipo: JUSTIFICATIVA, data de emissão: 02/08/2021 e o código de verificação:
3b4126c2da

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