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O grupo finalmente havia atravessado a seção das Montanhas Ressonantes a oeste das
ruínas de Kalidnay através da grande Floresta das Montanhas. Eram em seis no total: Toralk o
meio-elfo guerreiro liderando a expedição; Maruna, sua amante mul - uns músculos extras; o
elfo clérigo do ar, Chessun; Karass, o guia halfling para atravessar a Floresta das Montanhas;
Zalan, uma humana ladina de olhos vivos e; Kartan, um mul Tarek ranger usado como guia
extra, além de Karass.
Por dias viajaram, procurando as famosas ruínas de Arka'tur, por um artefato de imenso
poder, um que mudaria o poder dos Planaltos para suas mãos. Cansados e famintos eles se
esforçavam até que finalmente alcançaram a Floresta das Montanhas. Tinham perdido todos os
seus mantimentos e suprimentos num ataque Tari dois dias atrás. Atacaram à noite e pegaram o
grupo de surpresa. Além disso, os Tari tinham superioridade numérica: 5 contra 1. O grupo mal
conseguiu escapar.
Uma hora depois ele decidiu voltar para o acampamento, satisfeito que o caminho
estava limpo, quando ouviu à sua direita um leve farfalhar na fo lhagem. Virando-se, mal pôde
preparar sua lança de osso para aparar a espada curta, também de osso, que vinha cortando o ar
na direção de sua cabeça. Arregalou seus olhos quando viu seu adversário, uma humana alta,
delgada e pálida, mas não uma humana normal. Uma humana mais mortal e que o pegara
desprevenido porque não esperava encontrá-las na floresta dos halflings.
Os agressores o penduraram, ainda com a lança cravada em seu corpo, num galho forte
de uma árvore próxima. Amarraram suas mãos e braços com cordas de seda, à maneira que era
de seu costume. Eles o deixariam à vista, como um aviso, esperando que isso fosse tudo o que
precisariam. Tudo que podiam fazer agora era esperar...
Quando chegou a hora da troca de turno, Karass ainda não havia retornado. Foi aí que
Kartan decidiu alertar o resto do grupo. Eles tiveram apenas algumas horas de sono, mas se
sentiam revigorados o bastante e decidiram ir à procura de Karass.
Sua trilha não era muito difícil de seguir e em menos de uma hora eles descobriram o
corpo, suas mãos e braços atados em cruz de forma a cobrir seus olhos numa espécie de venda.
Toralk e Maruna trocaram olhares de espanto. Sabiam o que isso significava. Entretanto, eles
decidiram ali mesmo por seguir em frente. Não haviam chegado até ali para desistir agora,
desperdiçando todo o esforço que já haviam empregado.
Em frente eles seguiram, não parando pelo resto da noite, esperando encontrar os
agressores desprevenidos. Um erro que foi o primeiro e último deles...
Ainda não haviam se distânciado nem uma milha do corpo de Karass quando o ataque
começou. Eles vieram do nada, camuflados nas sombras da noite. Zalan foi a primeira a cair,
levando algumas flechadas e golpes de espada antes de tombar. Seus últimos gritos puderam
ser ouvidos por todos.
Um segundo ou dois de silêncio, tudo que se podia ouvir durante o caos que tinha
acontecido era o farfalhar das folhas, então os agressores novamente atacaram.
Kartan foi o próximo a sucumbir, embora tenham sido necessárias pelo menos cinco das
agressoras porque ele simplesmente parecia não querer morrer. Nesse ponto Toralk e Maruna
correram na direção oposta, esperando escapar do massacre, abandonando Chessun para sua
horrível morte.
Entretanto, era tarde demais. Foram avisados e ignoraram o aviso. Agora seriam mortos.
Não demorou muito para os agressores alcançarem Toralk e Maruna. Maruna viu
enquanto seu amante era fatiado e perfurado por uma combinação de flechas e golpes de
espadas, parecendo uma almofada de alfinetes sangrenta quando atingiu o chão da floresta. Ela
era a próxima, gritou e correu com todas as suas forças, mas não havia escapatória.
Os agressores cortaram seus tendões fazendo-a cair. Ela soluçava e gritou para ser
silenciada, esperando que eles lhe aplicassem a punição que a manteria calada e a tornaria
escrava deles pelo resto da vida. Mal sabia ela, esse grupo não praticava o silenciamento.
Eles a cercaram, ela viu-os todos e eles estavam todos velados, de alguma forma ela
sabia que morreria ali. Ela lhes pediu para ser silenciada novamente e viu os olhos de um dos
agressores arregalaram-se. Aquela fêmea agressora em particular deu um passo à frente e
apenas disse "Sem testemunhas".
O que se seguiu foi uma breve dor enquanto sua garganta foi cortada e sua vida se
esvaía em sangue no chão da floresta. Então tudo ficou escuro...