Prof.

Edvaldo de Oliveira Nazario

O Capacitor
O condensador ou capacitor é outro componente que não costuma faltar em
nenhum circuito eletrônico, em uma de suas muitas formas ou modelos

m O capacitor consiste em duas placas ao negativo da fonte e dos orifícios onde se

metálicas separadas por um isolante,
chamado dielétrico. O dielétrico, que pode ser
ar, papel, mica, plástico ou outro, é muito fino,
de modo que ambas as placas condutoras,
que chamaremos de armadura, ficam o mais
próximo possível uma da outra. O valor do
capacitor, em termos de capacidade, é
medido em Farads, e tanto maior quanto
maiores forem as superfícies de face das
placas e menor for a espessura do dielétrico.
conecta ao positivo. Este efeito é conhecido
como polarização do dielétrico.
Se desconectarmos a fonte de alimentação do
capacitor, veremos que o acúmulo de cargas
é mantido, pois as cargas de sinais diferentes
localizadas em cada uma das armaduras se
atraem. Se juntássemos os dois terminais, as
cargas fluiriam de uma armadura para a outra
através dessa ponte, e o capacitor
permaneceria em suas condições iniciais.

Um capacitor tem dois terminais, que são

usados ​para conectá-lo a outros componentes
do circuito. Cada um deles está eletricamente
ligado a uma das armaduras.

O Capacitor em CC
Se conectarmos um capacitor a uma fonte de
corrente contínua (CC), não haverá circulação
de elétrons por ele, devido à presença do
dielétrico, que, como vimos, é um material
isolante. No entanto, haverá um acúmulo de
cargas nas armaduras, especificamente de
elétrons na armadura que está conectada
Se em vez de conectarmos o capacitor a uma
fonte de corrente contínua o conectarmos a
uma fonte de corrente alternada, veremos que
a polarização das placas deve variar na
proporção da direção da corrente fornecida
pela fonte. No meio ciclo positivo, as
armaduras serão polarizadas em uma direção
e, durante o semiciclo negativo, serão
polarizadas na outra direção. O dielétrico é
forçado a mudar sua polarização na mesma
taxa, o que cria tensões nele. Se a frequência
for muito alta, o dielétrico será incapaz de
acompanhar as mudanças na mesma
velocidade e sua polarização diminuirá. A
partir disso, segue-se que a capacidade de
um capacitor diminui quando a frequência
aumenta.
O material usado no dielétrico é um dos
fatores-chave nas características do
capacitor, pois será ele que determinará a
tensão máxima de operação (sem perfurá-lo)
e a capacidade, que depende muito de quão
fino esse material pode ser cortado e como é
bom manter as cargas de reforço separadas.
Outro ponto a ser levado em consideração é
que devido à polarização em uma direção e
outra do dielétrico, uma corrente circula no
circuito, embora nunca o atravesse, o que o
torna ideal para separar as correntes
contínuas das alternadas quando ambas
existem simultaneamente . Devemos lembrar
que devido à existência do dielétrico, haverá
um deslocamento de fase entre a tensão
aplicada e a corrente, de modo que quando a
corrente estiver em seu valor máximo, a
tensão será zero, e vice-versa, situação que
será repetido durante todo o ciclo de corrente
alternada.
Como mencionamos anteriormente, a unidade
na qual a capacidade de um capacitor é
medida em Farady
Na prática, a unidade é muito grande para ser
usada diretamente, então frações são
comumente usadas, como o microfarad ou μF,
que é um milionésimo de farad (0,000,001 F);
o nanofarad ou nF, um milésimo do anterior
(0.000.000.001F) e o picofarad ou pF, que
representa um bilionésimo de farad
(0.000.000.000.001 F)
Assim como os resistores, os capacitores são
fabricados com materiais e características
diferentes, dependendo do uso a que se
destinam. É conveniente conhecer pelo
menos os mais comuns, para poder usá-los
corretamente.
Os capacitores cerâmicos são fabricados com
capacidades relativamente pequenas,
variando de 1 pF a 470 nF (0,47uF).
A tolerância em relação ao valor nominal é de
aproximadamente 2% para os de menor valor
e 10% para os de maior denominação.
Fisicamente, eles se assemelham a uma
lentilha com as duas pontas saindo de uma
borda. Eles são capazes de suportar tensões
entre 50V e 100V, dependendo do modelo,
embora existam especialmente fabricados
que suportam até 10.000V.
A identificação é feita por um código
alfanumérico.
Eles são usados ​principalmente em circuitos
que precisam de alta estabilidade e baixas
perdas em altas frequências. O processo de
fabricação consiste basicamente em metalizar
as duas faces do material cerâmico, o que
significa que seu custo é muito baixo.
Outro tipo de capacitor muito utilizado é o
chamado eletrolítico, sendo aquele de maior
capacidade para um determinado tamanho
físico.
São formados por uma tira de alumínio
recoberta por um óxido do mesmo metal, que
atua como dielétrico. Nesta folha há uma folha
de papel, impregnada em um líquido
condutor, que recebe o nome de eletrólito, do
qual este modelo de capacitor leva o nome.
Este tipo de sanduíche é completado por uma
segunda folha de alumínio, que em conjunto
com a primeira forma a blindagem e à qual
estão ligados eletricamente os terminais de
ligação. Todo o conjunto é enrolado em si
mesmo e inserido em um tubo
hermeticamente fechado, do qual os terminais
se projetam.
Esse tipo de capacitor é de polaridade fixa, ou
seja, só funciona corretamente se estiver
Aplica uma tensão externa com o sinal
positivo no terminal que está fixado na chapa
de alumínio revestida de óxido e o negativo
no outro. As tolerâncias variam de 10%
(capacitores até 330uF) a 20% para
capacidades mais altas.
Sua principal aplicação está relacionada à
filtragem de componentes de corrente
alternada em fontes de alimentação e filtros
de baixa frequência.
Se submetermos um capacitor eletrolítico a
uma tensão significativamente maior que a
correspondente ao seu tipo, ele pode explodir.
Isso se deve ao fato de que o eletrólito muda
do estado líquido para o gasoso, e a pressão
dentro do recipiente que contém as
armaduras aumenta significativamente, o que
causa a destruição do componente.
Uma variação do modelo
anterior é o capacitor de
tântalo, onde as chapas
de alumínio são
substituídas por chapas
desse metal. Um eletrólito
seco é usado e sua
característica é um ruído
elétrico muito baixo.
Os capacitores de poliéster são amplamente
utilizados, pois entre suas características mais
importantes estão a alta resistência de
isolamento que lhes permite manter uma
carga por longos períodos de tempo, um
volume reduzido e excelente comportamento
contra umidade e variações de temperatura.
Além disso, a propriedade de auto-
regeneração permite que, caso um excesso
de tensão os perfure, o metal vaporize em
uma pequena área ao redor da perfuração,
evitando um curto-circuito, que permite
continuar trabalhando.
Os materiais mais utilizados são: poliestireno
(styroflex), poliéster (mylar), policarbonato
(Macrofol) e politetrafluoretileno (conhecido
como Teflon). Eles são fabricados na forma
de bobinas ou multicamadas. Em alguns
países ou publicações são conhecidos como
MK. São fabricados com capacidades de 1nF
a 100uF e tensões de 25V a 4000V. Eles se
distinguem por suas cores brilhantes
características, geralmente vermelho, amarelo
ou azul.
Finalmente, existem capacitores de
capacidade variável, geralmente feitos de
alumínio, com um dielétrico que geralmente é
ar, embora também sejam usados ​mica ou
plástico. Estruturalmente são constituídos por
dois pórticos constituídos por chapas
metálicas paralelas que se inserem uma na
outra quando actuam sobre um eixo. Isso
produz uma modificação na superfície das
armaduras que estão de frente uma para a
outra, e com isso a variação da capacidade.
Eles são usados, por exemplo, para variar a
frequência na qual um receptor de rádio
modulado em amplitude funciona.
Diferentes sistemas são usados ​para escrever
o valor da capacidade do condensado.
dependendo do tipo em questão. No caso dos
eletrolíticos, a capacidade é expressa
diretamente com números, geralmente em uF,
portanto sua leitura não apresenta problemas.
A acompanhar este valor está a tensão
máxima para a qual foi concebido, e que não
deve ser ultrapassada se não pretendermos
terminar a vida útil do componente.
No caso dos capacitores cerâmicos, utiliza-se
um sistema semelhante ao dos resistores,
mas em vez de usar faixas coloridas, o valor é
expresso em números. É comum encontrar
um número de 3 dígitos escrito no corpo
desses capacitores, onde os dois primeiros
correspondem a unidades e dezenas, e o
terceiro ao número de zeros. A capacidade é
em picofarads, então pode ser necessário
fazer a conversão se quisermos saber o valor
em outra unidade. Desta forma, se o número
escrito for, por exemplo, 474, significa que a
capacidade é de 470.000 pF, ou seja, 0,47
uF. Este sistema é conhecido como Código
101.
Alguns capacitores têm um valor de 0,1 ou
0,01 impresso diretamente neles, o que indica
0,1 uF ou 0,01 uF. No Código 101 uma letra é
usada para significar a tolerância do capacitor.
Exemplos de Código 101
- 104H -> significa 10 + 4 zeros = 10,000
pF; H = +/- 3% de tolerancia.
- 474J -> significa 47 + 4 zeros = 470,000
pF, J = +/- 5% de tolerancia.
No caso de alguns capacitores de poliéster, é
utilizado o mesmo código de cores dos
resistores, com cinco bandas, onde as cores
das duas primeiras são o valor das unidades
e das dezenas, a terceira o número de zeros,
a quarta cor é o tolerância, e o quinto é o
estresse máximo.
Assim como os resistores, a partir de alguns
valores discretos disponíveis comercialmente
é possível obter praticamente qualquer valor
de capacidade que desejarmos, simplesmente
combinando-os por dois ou mais. Existem
também duas maneiras básicas de fazê-lo,
em série e em paralelo.
O agrupamento em série consiste em unir os
capacitores um após o outro, conforme o
diagrama da figura. Desta forma, a corrente
que passa por eles é a mesma. Estritamente
falando, nenhuma corrente (pelo menos no
sentido de fluxo de carga elétrica) flui através
de um capacitor. No entanto, como as cargas
nas armaduras são sempre iguais e opostas,
a corrente que entra em um terminal é sempre
igual à que sai do outro, portanto, para fins
práticos, assume-se um fluxo de corrente
através do capacitor. Devido à maneira como
as armaduras e cargas se comportam quando
você organiza os capacitores dessa maneira,
a capacidade total da matriz é calculada com
a seguinte fórmula:
1 / C = 1/C1 + 1/C2 + 1/C3 + ….. + 1/Cn
Esta fórmula é semelhante à usada para
calcular o valor dos resistores em paralelo.
Como no caso de resistores em paralelo, há
duas situações especiais a serem
consideradas, que podem facilitar os cálculos:
- La capacidad equivalente de solo dos
condensadores en serie es C = (C1xC2) / (C1
+ C2).
- Si todos los condensadores son iguales, C
= C/n
Si conectamos entre si condensadores en
paralelo, la capacidad total será igual a la
suma de las capacidades individuales. Esto
es bastante intuitivo de entender, dado que
en esta configuración el tamaño total de las
armaduras enfrentadas será la suma de los
tamaños de las armaduras enfrentadas.
C = C1 + C2 + C3 +……+ Cn
Nuevamente, la formula se asemeja a la vista
para las resistencias, pero esta vez
conectadas en serie. También podemos
asociar condensadores de maneras que sean
una combinación de las dos agrupaciones
vistas, y calcular la capacidad total dividiendo
en partes el problema, resolviendo cada
subproblema con las formulas vistas.