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Problema económico fundamental – As necessidades humanas são ilimitadas face aos recursos
disponíveis, que são limitadas para as satisfazer.
O que são Necessidade: estado de carência que sentimos e que desejamos ver satisfeito.
Exemplos de necessidades: alimentação, habitação, cuidados de saúde, cultura…
Como se satisfazem as Necessidades? As necessitadas são satisfeitas através da utilização de
bens (consumo).
Características das necessidades:
Multiplicidade – as necessidades são ilimitadas, quer em nº quer em natureza, pois sentimos
varias necessidades e não apenas uma (exemplo: alimentação ao longo do dia; utilização
contínua de telemóvel)
Saciabilidade – à medida que satisfazemos uma determinada necessidade, a intensidade
sentida vai diminuindo até desaparecer por completo, até ficarmos saciados (exemplo:
diminuição da sede quando se bebe água)
Substituibilidade – a satisfação de uma necessidade pode ser substituída por outras
alternativas (exemplo: em vez de ver um filme, leio um livro)
Variação no espaço e no tempo - as necessidades variam ao longo tempo devido por
exemplo das inovações tecnológicas que vão surgindo.
As necessidades variam no espaço decorrentes das diferentes culturas da situação
geográfica.
Noção de consumo
Consumo: ato de utilizar um bem com vista à satisfação de uma necessidade.
Utilização de um bem material (por exemplo quando tomamos o pequeno almoço, temos um livro
Bem material – tem existência física (ex:livro)
Serviço – bem imaterial (ex: aula)
Tipos de consumo
Final – a utilização do bem permite a satisfação direta da necessidade (As famílias efetuam
consumos finais. Exemplo: a utilização de um automóvel por parte de uma família.
Intermédio – o bem é utilizado por empresas no processo produtivo dos bens (As empresas
efetuam consumos intermédios. Exemplo: a utilização de um automóvel por parte de uma
empresa.
Individual – a utilização de um bem ou serviço impede o uso simultâneo por outras pessoas
(O consumo individual satisfaz necessidades individuais. Exemplo: o uso de vestuário, o uso
de um computador)
Coletivo – quando é efetuado para satisfazer necessidades coletivas (utilização dos serviços
de televisão, de autoestrada)
Privado – efetuado pelas Famílias na satisfação das suas necessidades (consumo
efetuados pelas famílias como agua, eletricidade, vestuário e eletrodomésticos)
Público – efetuado pelas Administrações Públicas no desempenho das suas funções
(consumos efetuados por um hospital publico para a prestação de cuidados médicos).
Estrutura de consumo
Família A em agosto de 2019 Família A em janeiro de 2022
Total de rendimentos disponíveis – 1500 € Total de rendimentos disponíveis – 2500 €
Total de despesas de consumo – 1500 € Total de despesas de consumo – 2500 €
Despesas de alimentação – 450€ Despesas de alimentação – 550€
CO alimentação = 450 x 100 CO alimentação = 550 x 100
1500 2500
Co alimentação = 30% Co alimentação = 22%
Verifica-se que face ao aumento do rendimento da família A, a despesas em alimentação
aumentou, no entanto, o seu peso no total de despesas de consumo baixou.
Lei de Engel
À medida que o rendimento das famílias aumenta, o peso das despesas em alimentação
no total das despesas de consumo vai baixando, aumentando por sua vez, o peso de
outras despesas, nomeadamente as de lazer, recreação e cultura.
A sociedade de consumo
O consumo é uma parte inevitável e imprescindível da vida humana. Temos de consumir para
assegurar a nossa sobrevivência (alimentar, proteger frio/calor), habitação ou cuidados médicos).
A vida humana é alimentada pelo consumo. O consumo como um fim em si mesmo.
Na sociedade que vivemos o consumo deixou de ter essa característica, de assegurar a nossa
sobrevivência, passou a ser consumir por consumir.
Este é o tipo de sociedade em que as pessoas são avaliadas por aquilo que consomem e têm, e
não por aquilo que são.
Os seres humanos passaram a se unicamente consumidores. É o primado do Ter sobre o
Ser.
A sociedade de consumo é a sociedade do descartável, do “usa e deita fora”. O consumidor é
induzido a isso de forma inconsciente. É o que se chama de obsolescência (redução)
programada. O produtor produz um produto para se tornar obsoleto, num período de tempo curto
e forçar o consumidor a adquirir um novo produto, tornando o ciclo de vida dos produtos cada
vez mais curtos.
Sociedade de consumo:
O consumo como um fim em si mesmo.
Consumir por consumir
Ato de consumir tornou-se em algo insaciável
Consumo de massas
Omnipresença do consumo
Primado do Ter sobre o Ser.
Redução do ciclo de vida dos produtos
Consumismo
O consumismo é um conjunto dos comportamentos e atitudes suscetíveis de conduzir a um
consumo sem critérios, compulsivo, irresponsável e perigoso.
Consumir torna-se o aspeto central da vida e um dos principais objetivos, que passa a se
organizada em torno do consumo.
Consumo impulsivo- quando se consome para se obter prazer imediato
Consumo compulsivo- quando o ato de consumo se torna uma dependência
O consumidor sente-se sempre atraído pelos novos produtos que vão sendo lançados no
mercado, mesmo que a diferença em relação aos anteriores sejam poucas.
A atitude consumista irracional, irrefletida e indiscriminada traz um conjunto de consequências a
vários níveis:
Endividamento e o sobre-endividamento das famílias (acesso fácil ao credito e
taxas de juros baixas);
Degradação do ambiente e o esgotamento dos recursos naturais (o consumo
excessivo tem levado os recursos do planeta além dos limites, provocando o
esgotamento de recursos naturais, aumento da poluição e perda da qualidade
ambiental).
Consumerismo
O consumerismo refere-se a um atitude contraria ao consumismo, caracterizando-se por um
consumo consciente, responsável, controlado e critico, em que o consumidor reflete sobre as
consequências económicas, sociais e ambientais do ato de consumir.
Esta atitude consumerista tem sido divulgada por movimentos e associações de consumidores
que pretendem alertar os consumidores para o seu papel económico, social e ambiental e
contribuir para a formação de cidadãos- consumidores com direitos e deveres.
São associações de consumidores:
DECO (Defesa do Consumidor)
ACRA (consumidores da região dos açores)
ACOP (consumidores de Portugal)
UGC (união geral de consumidores)
Ao nível local - CIAC (Centros de informação Autárquica ao consumidor)
Direitos dos consumidores Deveres dos consumidores
+ À qualidade dos bens e serviços; + Ter consciência crítica sobre os impactos
provocados pelos seus consumos;
+ À proteção da saúde e da segurança física;
+ À formação e à educação para o consumo; + Dever de ação, sabendo exigir os seus
direitos;
+ À informação para o consumo;
+ À proteção dos interesses económicos; + Dever de preocupação social, estar
consciente das consequências do consumo
+ À prevenção e à reparação dos danos
sobre os outros cidadãos, particularmente os
patrimoniais ou não patrimoniais que resultem
mais desfavorecidos;
da ofensa de interesses ou direitos individuais
homogéneos, coletivos ou difusos; + Dever de consciência ambiental, adotando
comportamentos sustentáveis;
+ À proteção jurídica e a uma justiça acessível
e pronta; + Dever de solidariedade. O dever de se
organizar com vista à promoção e proteção
+ À participação na definição legal ou dos interesses dos consumidores.
administrativa dos seus direitos e interesses.
Quanto à Função:
De consumo- sapatos, cadernos, canetas (são utilizados imediatamente na satisfação das
necessidades)
De produção – farinha para fabrico de pão (são bens utilizados na produção de outros bens)
Quanto à Duração:
Duradouros – bicicleta, computador (são bens que podem ser utilizados varias vezes)
Não duradouros – alimentos, eletricidade (são bens que podem ser usados uma vez)