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P1. Uma amostra de solo seco apresenta e = 0,65 e G = 2,80. a) Determinar o seu peso específico
natural. Em seguida, adicionou-se água à amostra até se atingir um grau de saturação igual a 60%,
permanecendo invariável o índice de vazios do solo. b) Determinar a umidade e o peso específico do
solo nestas condições. A amostra foi, então, submersa e o grau de saturação atingiu 95%. c)
Determinar o peso específico submerso do solo; d) calcular o erro percentual relativo à determinação
de γsub , admitindo-se S = 100%.
Solução:
• solo seco: γ = γd
γs
GS = ∴ γ s = 2,8.9,8 = 27,4 kN / m 3
γW
γs 27,4
γd = = = 16,6 kN / m 3
1 + e 1 + 0,65
• solo úmido e não saturado : S = 60%
0,6.0,65
G S w = Se ∴ w = .100 = 13,9%
2,8
γ
γd = ∴ γ = 16,6(1 + 0,139 ) = 18,9 kN / m 3
1+ w
0,95.0,65
G S w = Se ∴ w = .100 = 22,1%
2,8
γ = γ d (1 + w )∴ γ = 16,6(1 + 0,221) = 20,3 kN / m 3
1.0,65
G S w = Se ∴ w = .100 = 23,2%
2,8
γ = γ d (1 + w )∴ γ = 16,6(1 + 0,232) = 20,5 kN / m 3
P2. Uma pista de aeroporto em pedra britada, compactada com porosidade de 20%, será construída
com 4 km de comprimento, 20m de largura e 15 cm de espessura. O peso específico das pedras
britadas é de 26,5 kN/m3. Em seu estado natural, a pedra britada possui uma porosidade de 35% e uma
umidade de 6%. Pede-se determinar:
(i) os pesos específicos secos da brita no estado natural e compactada na pista de aeroporto.
n 0,35 γ 26,5
• estado natural: n = 35%; logo: e = = = 0,54 ∴ γ d = s = ∴ γ d = 17,2kN / m3
1 − n 1 − 0,35 1 + e 1 + 0,54
n 0,20 γ 26,5
• estado compactado: n = 20%: e = = = 0,25 ∴ γ d = s = ∴ γ d = 21,2kN / m3
1 − n 1 − 0,20 1 + e 1 + 0,25
(ii) a espessura da camada inicial de brita (necessária para a espessura final de compactação de 15cm).
γS 26,5 2,70.0,35
• estado natural: e=0,54 ; w = 6%: G S = = = 2,70 ∴ G S w = Se ∴ S = ∴ S = 30%
γW 9,8 0,54
(v) quantidade de vagões (capacidade de 20m3) para transportar a pedra britada para construção da
pista.
14.784
• estado natural (volume total transportado): V = 14.784m3: n = ≅ 740 vagões
20
Comentários:
A relação Vs = V(1+e) é tipicamente aplicada a este tipo de problema que correlaciona uma situação
do material numa dada obra (solo compactado) e numa jazida ou depósito (solo natural), com Vs
(volume ocupado pelas partículas sólidas do solo) constante em ambas as condições. Assim, a solução
consiste em se correlacionar sempre os índices físicos do solo no seu estado compactado e no seu
estado natural.
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P3. Traçar o diagrama de tensões totais, tensões efetivas e de poropressões para o perfil geotécnico
apresentado abaixo.
(m)
+2
água γw = 9,8 kN/m3
-1
areia siltosa
γsat = 21,1 kN/m3
-3
argila impermeável
γsat = 17,0 kN/m3
-7
-8
areia grossa γs = 26,5 kN/m3 ; n = 26%
- 12
rocha
Solução: terreno com NA superior (+2,0m) e com outro NA em profundidade (- 8,0m)
As tensões efetivas, calculadas com σ’ = σ - u, poderiam ser determinadas diretamente (por exemplo,
na profundidade de –12,0m):
P4. A sapata abaixo aplica uma tensão de 300 kPa sobre a superfície d eum terreno horizontal. Pede-
se determinar a tensão transferida a uma profundidade de 2,0m sob o ponto A indicado, utilizando:
(i) o princípio da superposição de efeitos para carregamentos sobre áreas retangulares;
(ii) o ábaco de Newmark.
Solução:
(i) O ponto A está localizado em z = 2,0m sob o canto dos retângulos de dimensões (4,0 x 2,0m), (3,0
x 2,0m) e (4,0 x 3,0m),, tal que Ir = I1 + I2+ I3:
A 4 B 2
A = mZ ∴ m = = = 2 e B = nZ ∴ n = = = 1 ⇒ I1 = 0,200
Z 2 Z 2
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A 3 B 2
A = mZ ∴ m = = = 1,5 e B = nZ ∴ n = = = 1 ⇒ I1 = 0,193
Z 2 Z 2
A 4 B 3
A = mZ ∴ m = = = 2 e B = nZ ∴ n = = = 1,5 ⇒ I1 = 0,223
Z 2 Z 2
(ii) pelo ábaco de Newmark: I = 0,005 e N = 123 (número aproximado de setores compreendido pelo
desenho da sapata na escala segmento = 2,0m e posicionando-se o desenho com o ponto A coincidindo
com o centro do ábaco).
P5. Uma camada de areia de 6,0m de espessura encontra-se subjacente a uma camada de argila de
5,0m de espessura e sobrejacente a um xisto espesso. Com o objetivo de se estimar a permeabilidade
da areia, foi executado um poço até o topo do xisto e realizado um ensaio de bombeamento sob uma
vazão de 12 x 10-3m3/s. Poços de observação, instalados ao longo da camada de argila e a distâncias de
15m e 30m do poço central, indicaram níveis de água a 3,1m e a 2,6m abaixo da superfície do terreno,
respectivamente. Pede-se:
(i) determinar a condutividade hidráulica da camada de areia;
(ii) se o NA inicial do terreno encontrava-se a 2,3m de profundidade, determinar o raio de influência
do ensaio de bombeamento realizado no local.
Solução: aqüífero confinado de areia com 6,0m de espessura com camada de argila sobrejacente
(i) Para r1 = 30m ⇒ h1 = 6,0 + 5,0 – 2,6 = 8,4m e para r2 = 15m ⇒ h2 = 6,0 + 5,0 – 3,1 = 7,9m
k=
q ln 2
r
r1
=
12x10−3 ln 15 ( )
30 = 4,41 x 10− 4 m / s
2πH(h 2 − h1 ) 2π.6(7,9 − 8,4)
(ii) Para R = ? ⇒ H = 6,0 + 5,0 – 2,3 = 8,7m e para r2 = 15m ⇒ h2 = 6,0 + 5,0 – 3,1 = 7,9m
q ln r2
R r 2π.6(7,9 − 8,7 ). 4,41x10− 4
∴k = ∴ ln 2
= = −1,108
2πH(h 2 − H ) R 12x10− 3
( R)= e
∴ 15 −1,108
= 0,33 ∴ R = 45,5m
Comentários: Para se calcular o raio de influência do bombeamento, reaplica-se a fórmula geral válida
para aqüíferos confinados, substituindo-se r1 (raio maior) por R (raio de influência do poço). Neste
caso, h1 passa a ser definida pela posição inicial do NA no terreno (situado a 2,3m abaixo da superfície
do terreno).
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P6. A figura abaixo apresenta a rede de fluxo através da seção transversal de uma dupla cortina de
estacas pranchas, sendo o peso específico do solo saturado igual a 20 kN/m3. Pede-se determinar:
(i) a vazão de percolação (em l/s) ao longo de 10,0m da cortina;
(ii) as tensões efetivas nos pontos A e B indicados.
Nf 6
(i) q = kh = 2,8x10− 6 x4,5x .10 ∴ q = 6,87x10− 5 m3/s ou q = 0,0687 l/s
Nq 11
(ii)
nq
ponto z (m) h= .h (m) u (kPa)
Nq
● Ponto A: σA = 20 x 5 + 9,8 x 2,5 = 124,5 kPa ; σ’A = 124,5 – 65,5 ∴ σ’A = 59,0 kPa
● Ponto B: σB = 20 x 2,75 = 55,0 kPa ; σ’B = 55,0 – 39,0 ∴ σ’B = 16,0 kPa
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P7. Uma fundação retangular flexível de 4m x 2m, apoiada a 2,0m de profundidade em uma camada
de argila saturada (E = 8000 kPa e ν = 0,5), transmite uma carga de 300 kPa ao solo de fundação. Uma
camada rígida está localizada a uma profundidade de 10,0m. Pede-se determinar o recalque elástico ou
imediato da sapata.
Solução:
qB
Adotando-se a solução de Bjerrum et al., vem: δ e = µ 0 µ 1
E
300.2
∴ δ e = 0,925x0,80. ∴ δ e = 55,5 mm
8000
P8. Um ensaio de adensamento em uma amostra de argila saturada (Gs = 2,73) forneceu os seguintes
resultados:
leituras (x 10-3 mm) 5000 4747 4493 4108 3449 2608 1676 737 1480
A altura final do corpo de prova foi de 19,0mm e o teor de umidade medido no final do ensaio foi de
19,8%. Traçar o gráfico e x logσ’ e determinar: (i) o valor da tensão de pré-adensamento da argila; (ii)
os valores dos coeficientes de compressibilidade volumétrica correspondentes às faixas de tensões
entre 100 e 200 kN/m2 e entre 1000 e 1500 kN/m2; (iii) o valor do índice de compressão da argila (sem
correção do gráfico de ensaio).
Solução:
● H = 19,0 mm
∆H ∆e 3,52 e0 − 0,541
= ∴ = ∴ e0 = 0,891
H 1 + e0 19 1 + 0,541
∆H ∆e ∆H ∆e
= =∴ = ∴ ∆e = 0,0996 ∆H (resultados da tabela abaixo).
H 1 + e0 19 1 + 0,891
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(i) Com os valores obtidos nas colunas 2 e 4 da tabela, constrói-se o gráfico abaixo de e x logσ’ e,
aplicando-se o método de Casagrande, determina-se σ’c = 320 kN/m2.
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mv =
1 ∆e
. =
1
.
(0,845 − 0,808) ∴ m = 2,0x10− 4 m2 /kN
1 + e0 ∆σ' 1 + 0,891 (200 − 100)
v
mv =
1 ∆e
. =
1
.
(0,632 − 0,577) ∴ m = 6,7x10−5 m2 /kN
1 + e0 ∆σ' 1 + 0,632 (1500 − 1000)
v
(iii) Valor de Cc: tomando-se o mesmo intervalo de tensões anterior, entre 1000 e 1500 kPa, vem:
Cc =
∆e
=
(0,632 − 0,577) ∴ C = 0,31
σ ' + ∆σ ' ' log(1500/1000)
log 0
c
σ '0
P9. Determinar o recalque por adensamento da camada de argila, ao longo do alinhamento indicado
no perfil abaixo, devido ao rebaixamento do NA de -1,0m para -4,0m e em função da construção de
um aterro de 3,0m de altura, bem como o intervalo de tempo para ocorrer 70% do recalque final
previsto.
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Solução:
γ s 26,8
Gs = = = 2,73
γw 9,8
γwGs S γwGs 0,98 9,8.2,73
γd = ∴w = − 1 = − 1 = 11,6%
wG s Gs γ
d 2,73 20,2
1+
S
γ = γ d (1 + w ) = 20,2 (1 + 0,116)∴ γ = 22,5 kN/m 3
z = 15 m
k 3x10−9
cv = = −4
∴ c v = 7,3 x 10− 7 m2 /s
m v γ w 4,2.10 .9,8
c v .t Tv .d 2 0,403.102
Tv = ∴ t = = ∴ t = 5,5 x107 s ≅ 639 dias
d2 cv 7,3 x 10− 7
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P10. Um ensaio de adensamento em uma amostra de argila saturada (Gs = 2,73) forneceu os seguintes
resultados, ao longo do estágio de carregamento entre 214 e 429 kN/m2:
tempos (min) 0 0,25 0,50 1,0 2,25 4,0 9,0 16,0 25,0
leituras (x 10-2 mm) 500 467 462 453 443 428 401 375 349
Após 1440 min, a altura do corpo de prova era de 13,60mm e o teor de umidade de 35.9%. Pede-se
determinar os coeficientes de adensamento da argila, pelos métodos de logt e √t, bem como as
respectivas relações de compressibilidade da argila ensaiada.
Solução:
Com os resultados das leituras do extensômetro ao longo dos tempos, são plotadas as curvas das
leituras x tempos (em escala log e √t), sendo, então, aplicados os procedimentos gráficos dos métodos
de Casagrande e Taylor, respectivamente (gráficos abaixo).
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Tv .d 2 0,196.7,42.10−6
cv = = ∴ c v = 1,43x10-8 m2 /s
T 12,5x60
5,00 − 4,79
r0 = .100 = 0,088 ∴ r0 = 8,8%
5,00 − 2,60
4,79 − 2,98
rp = .100 = 0,757 ∴ r0 = 75,7%
5,00 − 2,60
Tv .d 2 0,848.7,42.10 −6
cv = = ∴ c v = 1,45x10 -8 m 2 /s
T 53,3x60
5,00 − 4,81
r0 = .100 = 0,080 ∴ r0 = 8,0%
5,00 − 2,60
10 4,81 − 3,12
rp = .100 = 0,785∴ r0 = 78,5%
9 5,00 − 2,60