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Quem criou o Free Fire?

Curiosidades e a história do jogo


Game mobile foi criado pela 111dots Studios, pequena desenvolvedora do
Vietnã, e adquirido pela Garena no beta; popularidade se dá muito por
compatibilidade com celulares acessíveis

O Free Fire é um dos games mobile mais jogados no mundo todo. Cerca de 50
milhões de usuários de Android e iOS jogam por dia, fazendo-o um dos Battle
Royale mais jogados pelo celular, junto com PlayerUnknown's Battlegrounds
(PUBG) e Fortnite. Sucesso no Brasil, o jogo tem como origem o Vietnã. Na
realidade, ele não foi criado pela Garena, gigante empresa de Singapura, mas
sim por uma desenvolvedora tímida e pouco conhecida chamada 111dots
Studio. E não é mera coincidência suas primeiras grandes comunidades de
gamers terem surgido no sul da Ásia e também no Brasil.
A 111dots Studio lançou a versão beta de Free Fire Battlegrounds em 28 de
setembro de 2017 apenas para os servidores vietnamitas. A intenção do jogo
era competir com outra desenvolvedora local, a Horus Entertainment, que havia
lançado a versão beta de Bullet Strike: Battlegrounds poucos dias antes.
Ambas as desenvolvedoras buscavam replicar o sucesso de PUBG no país,
lançando game mobiles de Battle Royale.
O Free Fire ultrapassou os outros jogos concorrentes no Vietnã por conta de
sua mecânica leve, que focou na jogabilidade e na facilidade dos comandos
para atirar, dando menos atenção aos gráficos. Essas configurações tornaram
o jogo acessível para milhares de usuários de celulares mais baratos, ao
contrário do PUBG, que demandava dispositivos mais avançados, num país
subdesenvolvido e com uma larga população de baixa renda. A 111dots, então,
tornou seu jogo a opção "popular" para os fãs de Battle Royale. Sua primeira
versão do jogo ocupava apenas 25 MBs na memória dos celulares. Desde o
início ele recebe atualizações mensais, visando sempre a melhoria da
experiência Free Fire.
Forrest Li, o CEO da Garena e um dos homens mais ricos do mundo (fortuna
estimada em U$ 545 milhões, cerca de R$ 3,8 bilhões) estava atento ao
mercado sul-asiático e rapidamente adquiriu os direitos de publicação do Free
Fire Battlegrounds. Pela primeira vez sua empresa foi parte do
desenvolvimento de um jogo: o Garena Free Fire, lançado em 4 de dezembro
de 2017. Forrest Li, que homenageou o filme “Forrest Gump” ao escolher este
nome durante sua graduação em Stanford, na California, se mostra um homem
de visão. Não é por acaso que se tornou o segundo no mundo a ficar bilionário
com a indústria dos videogames, depois de Tim Sweeney, da Epic Games
(Fortnite). A 111dots, que até hoje não lançou outro título além de Free Fire,
continua participando do desenvolvimento do jogo, e ainda é sede do servidor
vietnamita.
Sucesso imediato
Em janeiro de 2018, poucos meses após seu lançamento, o Free Fire era líder
de downloads em 22 países – como Brasil e Índia – e estava entre os cinco
mais baixados em outros 50 países. A empresa chinesa até fez uma postagem
especial no Facebook em abril de 2018 agradecendo sua comunidade
brasileira. O sucesso do jogo da Garena por aqui também tem a ver com sua
acessibilidade em celulares mais baratos, e os países com vasto uso desses
dispostivos se tornaram locais de muita atração para o Free Fire. Não
demoraria para que esses locais recebessem a devida atenção.
O Brasil é um dos líderes em integrantes da comunidade do Free Fire, que foi o
jogo mais baixado para smartphones brasileiros em 2018. Para se ter uma
ideia, na América Latina existe um servidor exclusivo para o Brasil e outro para
os países como Argentina, México e Colômbia. O país também já foi lembrado
dentro do jogo, com dois personagens brasileiros: Miguel, inspirado no Capitão
Nascimento, personagem principal do filme “Tropa de Elite” e Alok, inspirado no
famoso DJ. Além disso, o mapa Purgatório conta com um local chamado
“Brasília”.
O DJ Alok inclusive será a atração da abertura da Copa do Mundo de Free
Fire, que acontecerá dia 16 de novembro no Rio de Janeiro. O Brasil é uma
das potências do competitivo do mobile game e conta com uma liga nacional
estruturada e de sucesso.

Cenário competitivo no Brasil


O cenário competitivo do Free Fire no Brasil também merece destaque, por ter
sido um dos primeiros do jogo e um dos mais organizados do e-sports
brasileiro. Na sua primeira temporada da Pro League, a Tropa M3C superou
outras onze equipes na fase final e foi a primeira campeã brasileira do jogo de
Battle Royale. Conquistou assim o direito de disputar a Copa do Mundo de
Free Fire, além de R$ 13 mil como premiação. A GPS Veteranos conquistou o
vice campeonato e também se classificou para o mundial na Tailândia. Ariano
“Kroonos” Ferreira, da M3C, foi eleito o melhor jogador do torneio.

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