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Contabilidade Financeira
0.1 Historial da Contabilidade
A contabilidade surgiu na história da humanidade em épocas muito remota. Os primeiros
registos conhecidos são os dos reinos dos Incas que efectuaram a contabilização dos seus
factos patrimoniais em cordas como o nó. Cada um representava um número e a cor de cada
corda o tipo de bem transaccional.
É neste período que nos vem o primeiro livro de registos contabilísticos conhecido por
DIÁRIO. Foi escriturado na República de Florença e é datado de (1.211). Utiliza no entanto,
o princípio de Unigrafia ou das partidas simples. Neste livro o comerciante descrevia dia à
dia, as suas operações. Nele debitava-se o registo referente a operações de indivíduos que
recebia bens para troca e o crédito registo referente a operações de quem entregava bens.
Daqui a frase que por muito tempo permaneceu como que é sagrada em contabilidade:
´´Quem recebe deve e quem paga tem haver’’.
Como o diário não fornecia todos os elementos que os comerciantes precisavam, apareceu
por necessidade a conta representada sobre forma de um (T).
A pr imeira conta a ser criada foi o caixa para registar os movimentos em dinheiro. A seguir
o caixa surge novas contas que no seu conjunto por um livro onde se regista os movimentos
com quem se negociava de início, recebeu o nome de conta corrente e mais tarde razão.
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0.3 Definição
A contabilidade pelo seu conjunto de princípios, normas e procedimentos próprios, é uma
ciência com o objetivo de conhecer a situação patrimonial das pessoas (jurídicas e físicas) e
as suas mutações. Diversos são os conceitos apresentados, uns consideram como ciência e
outros como técnica onde destacamos:
“É a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registo, a
demonstração expositiva e a interpretação dos factos nele ocorridos, com o fim de oferecer
informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado económico
decorrente da gestão da riqueza patrimonial."
“É a ciência que tem por objectivo o estudo do património das empresas, devido a conhecer
a sua composição qualitativa e quantitativa".;
0.7 Finalidade
0.8 Usuários
→ Proprietários;
a) Usuários internos {
→ Administradores de todos os niveis da entidade.
→ Acionistas e investidores;
b) Usuários externos {
→ Emprestadores no geral (Bancos e Fornecedores) e outros. . .
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0.9 Noção de Conta
✓ Titularidade: toda conta deve ter um titulo claramente quais os elementos patrimoniais que
dela fazem parte;
A conta ou código de conta é composto por dois ou mais dígitos de acordo com a necessidade
das várias contas.
O primeiro digito indica a classe a que ela pertence, ao passo que o segundo dígito o número de
ordem na classe. E os restantes números a moeda a ser usada (Nacional ou Estrangeira).
Exemplo: 61 Vendas
A cada conta corresponde um quadro, que constitui dispositivo prático para acompanhar as suas
variações quantitativas. No aspecto gráfico a conta apresenta-se normalmente na forma de um
(T), denominado conta em T ou razonete em T ou simplesmente razonente.
Esquerdo Direito
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0.10 Terminologias
D C
1) 1.000
D C
700 (2
Ao balancear uma conta, ou seja, ao comparar o seu débito com o seu crédito podem ocorrer três
hipóteses:
D C
1) 1.000 700 (2
300 (Sd
D C
2) 700 1.000 (1
Sc) 300
D C
1) 1.000 1.000 (3
S=0
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Uma vez determinado o saldo, este adiciona-se ao lado cujo a soma for de menor valor, obtendo
assim uma igualdade entre os dois lados da conta.
D C
1) 1.000 700 (2
300 (Sd
1.000 1.000
= =
D C
4) 800 1.000 (1
Sc) 200
1.000 1.000
= =
D C
1) 1.000 1.000 (3
S=0
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NB: Fechar uma conta; corresponde a soma das colunas dos valores do débito e do crédito
depois de as saldar previamente sublinhando com dois traços cada soma (conforme ilustra os
exemplos 1, 2 e 3).
✓ Reabrir uma conta, é inscrever o saldo na coluna dos débitos se na conta fechada era devedor.
D C
S.i) 300
✓ Reabrir uma conta; é inscrever o saldo na coluna dos créditos, se na conta fechada o mesmo
era credor.
D C
200 (S.i
Assim, de acordo com (PGCA), decreto lei nº 180/19, de 24 de Maio, as contas agrupam-se em
três conjuntos, a saber: as contas do balanço; as contas de gestão e as contas de Resultados.
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Exercícios Práticos (Revisão)
2000.000 2000.000
= =
26 Mercadorias
2000.000 2000.000
= =
2) Foi recebida pela Empresa BAKILÂNDIA (SU), LDA, a factura referente à aquisição de
mercadorias no valor de 63.000, OAO
= = = =
S=0 S=0
26 Mercadoria
63.000 63.000
= =
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CAPITULO 1 – ESTUDO SOBRE EXISTÊNCIAS
1.1 Conceito
1.2 Classificação
✓ Mercadorias: bens adquiridos pela empresa como o destino a venda. Ou por outras palavras,
adquirem-se com a finalidade de os tornar a vender, não sofrendo qualquer tipo de transformação
de fundo da empresa.
✓ Produtos Acabados e Intermédios: são produtos aptos para venda, isto é, atingiu a fase final
do processo produtivo, embora normalmente reentre no fabrico.
✓ Produtos e Trabalhos em Curso: são produtos que se encontram em fabricação, não estando
ainda apto para serem armazenados ou vendidos.
✓ Matérias - primas: são bens que não se destinam a venda, mais a serem incorporadas
directamente nos produtos no processo produtivo da empresa
A movimentação das contas de existências devem ser efectuadas tendo em atenção dois
objectivos:
1º Conhecimento em qualquer momento, das quantidades e valores dos stocks de que a empresa
é proprietária ou detém;
O tratamento deste tema existências por parte das empresas são apurados de duas formas
diferentes a conhecer:
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Mercadorias, para nos mostrar, ou dar a conhecer o custo das vendas ou produção
permanentemente, apurando-se a partir do valor da venda ou de produção o respectivo resultado.
Neste sistema, o valor dos stocks em armazém e dos resultados apurados, só é determinado
através de inventariações directa dos valores em armazém, efectuadas permanentemente
A principal diferença entre SIP e SII ou periódico, consiste em conhecer em qualquer momento,
as quantidades e valores das existências em armazém e os resultados obtidos no SIP, ao passo
que no SII ou periódico, apenas, dá a conhecer os montantes das existências, depois de uma
contagem física e assim apurar os resultados no final de um período de tempo (um ano).
Havia, pois, que determinar o custo das mercadorias vendidas de maneira diferente, uma vez
que agora, após cada venda, apenas era possível registar o proveito obtido com a venda do
produto, na conta de vendas, mas não era possível simultaneamente registar o custo suportado
com esta venda.
a) Se só era possível, após cada venda, registar o proveito com ela obtido, efectuava-se desde
logo esse registo;
b) O cálculo do CMV é adiado para o fim do período, altura em que o mesmo é obtido
recorrendo a seguinte equação CMV = Si + Compras – Ef.
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Apresentação Esquemática, Empresa Comercial (SIP)
Venda a pronto
31 Cliente
Venda a prazo
Exercício nº 01 (SIP)
3- No dia 60/03 Vendeu mercadorias no valor de 4.000.000, que tinham custado 600.000
Exercício nº 02
1- A empresa BAKILÂNDIA (SU), LDA, apresentou no início do ano de 2014, uma existência
inicial de mercadorias no valor de 4.000. No percurso do exercício comprou a pronto
pagamento 40.000AKZ de mercadorias e vendeu, igualmente a pronto pagamento 50.000 kz de
mercadorias: no final do exercício existiam no armazém 3.000 de mercadorias.
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Em resumo, de acordo com o método de inventário periódico tem-se:
✓ Após cada venda, apenas se regista o proveito resultante da mesma e não o respectivo custo,
pelo qual é impossível conhecer operação a operação, a margem bruta obtida;
✓ O resultado bruto é apurado somente no fim do período após a transferência dos saldos das
contas de vendas de mercadorias e produtos e de contas das existências vendidas para a conta de
Resultado Operacional.
32 Fornecedor
Compra a prazo
31/12
Venda a pronto
88 R. Operacinal 31 Cliente
Exercício nº 03 (SII)
1- Suponhamos que uma empresa apresentou no início do ano y, uma existência no valor de
12.000. No percurso do exercício comprou a pronto AKZ 40.000 de mercadorias e vendeu a
prazo no valor de 50.000. No final do exercício existiam mercadorias no valor de AKZ 6.000.
Apresente os lançamentos suponhamos que os lançamentos foram efectuados aos 31/12/Y e teve
um saldo devedor em Banco no ano Y-1 de AKZ 10.000.
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Exercício nº 04
1- A empresa BAKILÂNDIA (SU), LDA, tem em seu armazém uma existência final de
2.000.000 em 31/12/N, e um saldo devedor na conta Banco no valor de AKZ 700.000
3- Em 80/04 Vendeu as mercadorias a credito no valor de 600.000, que tinham custado 70% do
preço de venda.
Exercício nº 05
4- No dia 25/10 vendeu mercadorias no valor de AKZ 940.000 que tinham custado 100.000, e o
pagamento só se efectuo depois de 20 dias.
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1.5 As compras
1.5.2 Contabilização
Como se disse anteriormente, ao fazer uma compra, a empresa terá de registar o preço de
compra dos bens, adicionando as despesas referentes á compra (transporte seguro, direitos
alfandegados) e diminuindo os descontos de natureza comercial, (os descontos comercias
implicam todos os abatimentos relacionados com o produto em sí) Ex:( descontos de revendas,
bónus etc… não se considera proveito da empresa). Portanto, as compras são registadas pelo seu
custo de aquisição que será igual ao valor da factura, no caso desta conter todos elementos
relativo a compra.
A conta compra deve ser dividida em várias subcontas, conforme o tipo de bens adquiridos. Esta
divisão é fundamental já que possibilita o conhecimento com clareza , dos vários tipos de bens
comprados e os seus respectivos valores.
Nesta vertente, o valor da factura recebida resultante da compra efectuada é debitada na conta
compra , e creditando-se em contrapartida, na conta caixa ou banco e se for feita a prazo credita-
se fornecedores.
Vejamos:
45 caixa 21Compras
Compra a pronto
43 Banco
32 Fornecedor
Compra a prazo
Na factura ou na factura recibo podem não constar todos os elementos referentes a compra.
Assim pode acontecer que as despesas de compra não contem na factura/recibo.
Quando estas despesas, como transportes, seguros e despesas alfandegárias não constam no
documento de compra podem verificar-se duas situações:
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a) As compras são assumidas directamente pelo comprador e constam de um recibo ou factura
emitida pelo vendedor (empresa de transporte, companhia de seguros, etc…)
Vejamos:
43 Banco 21 Compra
Recibo
Factura
b) Por vezes o valor das despesas adicionadas chegam atrasadas a empresa ou dizem respeito
a várias compras realizadas, sendo, por isso muito difícil ou impossível efectuar a
imputação a cada artigo.
Diante desta situação estas despesas deverão ser debitadas numa subconta da conta
fornecimentos e serviços de terceiros.
Vejamos:
Quando, na factura recibo relativa a uma compra, consta um desconta de pronto pagamento,
deve debitar-se a conta compra pelo valor das mercadorias adquiridas e creditar caixa ou banco
pelo valor líquido da factura e, em simultâneo, a subconta de descontos de pronto pagamento
obtido, pelo valor de desconto.
Vejamos:
Valor pago
66.3Des.p.p. obtido
Valor da merc.fact.rec
Valor descontado
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b2) Desconto por antecipação de pagamento
Este tipo de desconto implica a emissão de uma nota de crédito pelo fornecedor. Com este
documento, o comprador debita a fornecedor corrente pelo total da nota crédito e credita-se a
conta desconto de pronto pagamento obtido pelo valor descontado, vejamos:
A operação de devolução é uma operação corrente nas empresas, que ocorrem pelos motivos
mais diversos.
Contabilisticamente, a nota de crédito é registada pelo total, a debito, numa conta divisionária de
fornecedor corrente porque traduz uma diminuição da divida ao fornecedor;
O valor das existências devolvidas é registado, a crédito da conta compra, na subconta devolução
de compras, na medida em que existe uma redução ao valor das compras.
A empresa comercial regista o proveito resultante da venda dos bens, a terceiros, na subconta
mercadorias da conta venda, vejamos:
Venda a pronto
Venda a crédito
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1.6.1 Desconto e abatimento em Venda
O estudo dos descontos e abatimentos ocorridos nas vendas podem revestir a forma de descontos
comercias e financeiros.
a) Desconto comercias
Os descontos de natureza comercial concedidos ao Cliente sobre o valor das vendas, quando a
factura já tinha sido emitida, são registados na subconta da conta 61.8 Descontos e Abatimentos
em Vendas, vejamos:
b) Desconto Financeiro
Dizem respeito a situação que não afectam o proveito obtido com a venda, pois constituem um
custo financeiro para o vendedor suportado com o intuito de conseguir uma cobrança mais rápida
dos montantes envolvidos e, por conseguinte, aumentar as disponibilidades de tesouraria. O seu
tratamento contabilístico difere consoante o tipo de operação, ou seja, uma venda a pronto ou a
prazo. Descontos de pronto pagamento; são descontos que contabilisticamente obrigam aos
seguintes registos, vejamos:
Valor recebido
Desconto Financeiro
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1.6.2 Devoluções de Vendas
Após a recepção da factura, o cliente pode proceder a devolução de parte ou da totalidade das
mercadorias, se estas apresentarem características diferentes relativamente á encomenda (preço,
tamanho, qualidade, …) ou se encontrarem classificadas. Nesta situação o vendedor emitirá de
devolução, originando uma contabilização que, compreendendo dois aspectos diferentes,
implicando os seguintes registos:
71 CMVMC 26 Mercadoria
Existem empresas cuja actividades principais consiste em venda dos serviços que prestam a
terceiros. O registo do proveito resultante de tais vendas deve ser feita na conta Prestação de
serviços, que poderá ser desdobrada em tantas subcontas quanto os tipos de serviços prestados
pela empresa.
31 Cliente
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1.8 Critérios de Valorimétrias
Ao consultar a prática contabilística, no seu ponto relativo aos critérios valorimétricos das
existências, verás que os métodos de custeios existentes são:
- Fifo (First in, first out); Primeiras mercadorias a entrar no armazém são as primeiras a saírem.
- Lifo (Last in, first out); Ultimas mercadorias a entrarem no armazém são as primeiras a saírem.
Fifo (First in, first out), primeiro a entrar é o primeiro a sair, quer dizer, que as primeiras
existências a entrarem são as primeiras a saírem ficando assim as existências valorizadas ao
preço mais antigo; ou os elementos remanescentes no inventário do fim do período são os
elementos mais recentemente comprados ou produzidos.
EXERCÍCIO Nº 01
No dia 15/2 comprou a pronto pagamento 5.000 kg de frango a 340 kz cada, despesa de compra
50.000 kz .
TP- Considere que a empresa utiliza o método de inventario permanente no registo contabilístico
das existências, preenche a ficha de armazém para a mercadoria em causa, sendo as existências
avaliadas ao custo FIFO.
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1.8.2 Custo Cronológico Inverso (LIFO)
LIFO (Last in,first out), ultimo a entrar é o primeiro a sair, neste método as saídas das
mercadorias ou compras em armazém são valorizadas aos preços mais recentes enquanto as
existências ficam avaliadas aos preços mais antigos.
EXERCÍCIO Nº 02
TP- Considere que a empresa utiliza o método de inventario permanente no registo contabilístico
das existências, preenche a ficha de armazém para a mercadoria em causa, sendo as existências
avaliadas ao custo LIFO.
O custo médio ponderado é um método misto. Contém as virtudes e os defeitos atenuados dos
métodos FIFO e LIFO. Por este critério, as existências não são valorizadas ao preço de qualquer
lote, mais ao custo médio ponderado segundo as quantidades ou lotes. Para não resultarem
diferenças sensíveis, a que calcula-lo até as decimas de centavos. O custo médio calcula-se
adicionando-se ao valor das quantidades existentes ao das quantidades entradas e dividindo o
valor obtido pelas quantidades totais. Deste modo, vamos por meio de uma equação para
determinar o C.M.P da seguinte forma:
Existências em valor+Entradas em valor
C.M.P = Quantidades existentes+Quantidades das Entradas
∑ do V V1+V2+⋯Vn
C.M.P = ∑Q
C.M.P = Q1+Q2+⋯Qn
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EXERCÍCIO Nº 03
A empresa XPTO, Lda que dedica-se no comercio a grosso de bens alimentares no dia 31/01/y
apresentou no seu armazém uma existência de 6.000 kg de peixe 300 kz cada.
Dia 12/02 comprou a pronto com cheque 400 kg de peixe a 300 kz cada.
TP- Considere que a empresa utiliza o método de inventario permanente no registo contabilístico
das existências, preenche a ficha de armazém para a mercadoria em causa, sendo as existências
avaliadas ao custo LIFO.
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1.9 Provisões Para Depreciação de Existências
1.9.1 Noção
Este tipo de provisões é criado para fazer face ao possível prejuízo que a empresa possa vir ter a
venda de existências prejuízo este que só se concretiza no futuro e cujo o montante só então se
conhecerá.
O montante da provisão é calculada a partir do valor que as existências têm no final do período
ou seja em 31/12, aplicando a seguinte equação:
NB: Supondo que no exercício seguinte (N+1) se venderam a prazo 600 unidades desta
mercadoria a 280 kz cada.
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Far-se-a somente a empresa usa o sistema de inventário permanente, caso usa o sistema de
inventario intermitente não pode ocorrer em simultâneo
26.6 78.1 P. do E.
8.000(1) 8.000(1)
OBS: As novas necessidades são menores que as antigas logo 8.000 – 4.000 (32.000), isto é,
temos uma variação para menos. Portanto deve-se reduzir as provisões no valor de 32.000 kz.
68.1 R. Provisões
32.000(2)
No caso do montante das provisões sofrer uma variação para mais, teremos que efectuar o
seguinte movimento:
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CAPITULO II – IMOBILIZAÇÕES E PROBLEMAS DE AMORTIZAÇÕES
2.1 Noção
No contexto mais simples podemos dizer que as imobilizações são bens adquiridos com
objectivo de permanecer na empresa e que não se destinam a transformação ou a venda.
• Prémios de Seguros;
• Frede Pago;
• Direitos Alfandegários
• Gastos de Estalações
• Impostos por Conta do adquirente
• Despesas de Contencioso e Notários etc…
Ex: Factura nº 255 pela aquisição de um TOSHIBA para a secretaria da empresa no valor de
100.000.
27
3º Pela Produção na Própria Empresa
Esta forma de aquisição acontece quando a própria empresa é que produz o bem.
Ex: A empresa y fabricou um Toyota Ilux para ajudar o desenvolvimento das suas actividades no
valo de 3.000.000.
Debita-se a conta 11 e;
3º Anulação do adiantamento
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2.4 As benfeitorias ou Reparações Gerais
As benfeitorias ou reparações gerais, aumentam o valor real ou a duração provável dos bens a
que respeitam
São aquelas que não aumentam o valor real ou a vida útil do bem.
Quanto a sua contabilização debita-se a conta 75.2.14 e credita-se a conta 43 banco ou 45 caixa,
se a reparação efectuada for realizada a pronto pagamento
Vejamos:
As grandes reparações são aquelas que aumentam o valor do bem ou o valor real da vida útil do
bem, e são apenas custos do exercício as respectivas reintegrações ou amortizações.
Quando a sua contabilização debita-se a conta 11 e credita-se a conta 43 banco 45 caixa se for a
pronto pagamento.
Vejamos:
E se for a prazo debita-se a conta 11 e credita-se a conta 37.1.1 compra de imobilizado corpóreo.
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2.5 Amortizações
2.5.1 Noção
Como já vimos, o imobilizado corpóreo das empresas engloba um conjunto diversificado de bens
que se apresenta como fundamental as actividades económicas desenvolvidas. Se uma parte não
sofre perda de valor, como por exemplo os terrenos a maioria dos bens está sujeita a perder valor
devido a factores de varia ordem. A esta perada de valor sofrida pelo imobilizado chama-se
depreciação
- Factores de ordem física, devidos quer funcional do bem (uso), quer à sua depreciação
espontânea, provocada por corrosão, inundações ou sinistros de natureza espontânea ou
negligente (colisões, curto-circuito, etc…);
Como sabemos, a imobilização é utilizada pela empresa durante vários exercícios, portanto,
todos os anos a imobilização se vai depreciando, devendo esta perada ao valor se considerado
como um encargo de exploração do respectivo exercício, e rstando pela contabilidade.
A amortização deve, exercício a exercício, ser o espelho fiel da depreciação real sofrida pelo
bem corpóreo.
31
2.5.2 Cálculo de Amortizações
A Valor a amortizar; A = Vº-VR é o valor sujeito a depreciação; se não existe valor residual
A = Vº;
Vida útil do bem (n): números de anos que pressupõem que o bem esteja em
funcionamento.
Estas taxas são estabelecidas tendo em conta o tempo de duração de utilização provável
de utilização fixada para categorias dos meios fixos.
32
1.0 Critérios rígidos
Elabore o quadro de amortização deste bem, sabendo que o mesmo foi amortizado ate
31-12-2012.
Dados:
Vº = 36.000.000
VR = 2.500.000
N = 8 anos
A =? A = Vº - VR A=33.500.000
𝑨 𝟑𝟑.𝟓𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎
Qi =? Qi= 𝒏 Qi= Qi = 4.187.500
𝟖
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
i =? i= i= i = 12,5%
𝒏 𝟖
36.000.000 x 12,5
Anuidade =𝑥 = Anuidade = 4.500.000
100
33
Exercícios
Um G-63 foi adquirido em 2 de Janeiro de 2006 pela empresa INAVIC. Lda no valor de
77.000.000 kz, com uma taxa de 20% e um valor residual de 7.000.000.
- Elabore o quadro de amortização, sabendo que o bem foi amortizado ate 29-12-2009.
Ex: Foi adquirido um meio fixo no valor de 200.000, com uma taxa de 20% e a sua vida útil é
de 5 anos
Suponhamos que, a data de entrada em exploração foi no dia 01 de Março de 1999, isto é, a
partir de 01/03 ate 31/12/1999, o tempo de exploração deste meio vai a 10 meses e não 12 meses.
A amortização deste meio durante o referido ano deve ser calculado proporcionalmente ao seu
tempo de exploração. Onde a amortização de 1999 será:
1º Ano:
𝑽º 𝒙 𝒊 𝒙 𝒏 𝟐𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝒙 𝟐𝟎 𝒙 𝟏𝟎
a) = 𝟏𝟎𝟎 𝒙 𝟏𝟐 = = 33.333,33
𝟏.𝟐𝟎𝟎
𝑨𝒏𝒖𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒙 𝒏 𝟒𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝒙 𝟏𝟎
b) = = = 33.333,33
𝟏𝟐 𝟏𝟐
c) Valor mensal x n = 3.333,33 x 10 =33.333,33
Assim os 10 meses de 1999 = 33.333,33. Este é o valor amortizado deste meio fixo que
corresponde a 10 meses de exploração do 1º ano
2º Ano
𝟐𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝒙 𝟐𝟎 𝒙 𝟐
𝒂) = = 6.666,66
𝟏.𝟐𝟎𝟎
Assim os dois meses de 1999 que faltavam a ser explorados correspondem ao valor de 6.666,66
que foram compensados no ano de 2.000 para corresponder os 12 meses (1) ano = 33.333,33 +
6.666,66 = 39.999,99 ≈ 40.000
Aplica-se sobre o valor contabilístico (ou liquido). Cada ano, aplica-se uma taxa fixa sobre o
valor inicial (início do ano) do meio fixo, menos as amortizações anteriores.
Ex: Em 02/1/2006 foi adquirida uma máquina por 250.000 kz cujo a taxa é de 13,5%.
1.4 Amortizações com quotas variáveis em P.A com base na soma dos anos
Este método pressupõe que o desgaste do bem é maior nos primeiros anos de vida útil, pois nesta
altura que as despesas de conservação e reparação são mínimas.
2º Este método consiste em multiplicar os valores de aquisição por uma fracção cujo o
numerador é um número constante de anos ficando a correr sobre a duração de amortização e
cujo o denominador é constante e igual ao somatório de todos os numeradores.
4º Amortiza-se em cada ano uma fracção correspondente a soma dos anos de vida útil por ordem
decrescente
35
Sendo uma Progressão Aritmética admitimos que o razão seja representado por K onde:
Q1 = K x N; Q2 = K(n-1); Q3 = K(n-2)…
Qt = K(n-t+1).
𝑨
A quota de amortização será: Qt = K(n-t+1) e K= ∑ 𝑻 ou A = Vº-VR logo
𝑽º−𝑽𝑹
K= ∑𝑻
Com base disto teremos o valor da quota anual do período t pela fórmula
𝑨 𝑽º−𝑽𝑹
Qt = (n-t+1) como A = Vº-VR logo Qt = ∑𝑻
(n-t+1)
∑𝑻
Em 3/01/2011 foi adquirida uma maquina na empresa K.D. Lda por 20.000.000, tendo o valor
residual estimado em 1.000.000 kz e a sua vida útil é de 5 anos
20.000.000−1.000.000
Vº = 20.000.000 K= ∑ t = 15
15
19.000.000
n = 5 anos K= 15
VR = 1.000.000 K = 1.266.666,67
Q1 = K(n-t+1)
Q1 = 1.266.666,67 (5-1+1)
Q1 = 6.333.333,35
Q2 = 1.266.666,67 (5-2+1)
Q2 = 5.066.666,68
Q3 = 1.266.666,67 (5-3+1)
Q3 = 3.800.000,01
Q4 = 1.266.666,67 (5-4+1)
Q4 = 2.533.333,34
Q5 = 1.266.666,67(5-5+1)
Q5 = 1.266.666,67
36
Quadro de amortização
Segundo este método o valor da amortização do meio fixo varia em cada ano em função dos
serviços prestados: números de horas de funcionamento, quilometragem, produtos fabricados
etc…
Considerando:
➢ Va = Valor de aquisição;
➢ VR = Valor residual;
➢ A = Anuidade;
➢ U = Números de unidades (Horas , quilómetros) de actividades prevista para o bem
➢ Ui = Número de unidade de actividade no ano y
Ex: Um foi adquirido em 04/ z pela empresa Matondo Lda por um valor de 66.000.000
prevendo-se uma vida útil de 4 anos para o bem e um valor residual de 6.000.000.
Suponhamos que o mesmo veiculo automóvel adquirido poderá percorrer 100.000 quilómetros.
Calcula a quota de amortização supondo que no primeiro ano o veiculo percorreu 30.000
quilómetros e no segundo ano 28.000 quilómetros e no terceiro ano 22.000 quilómetros e no
ultimo ano 20.000 quilómetros.
Dados:
𝑽º − 𝑽𝑹
Vº = 66.000.000 A= 𝒙 𝑼𝒊
𝑼
𝟔𝟔.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎−𝟔.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎
VR = 6.000.000 A= x30.000
𝟏𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎
U = 100.000 km A = 18.000.000
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Quadro de amortização
NB: Quando falamos sobre a noção das amortizações afirmamos que uma parte dos imobilizados
não sofrem perdas de valor como por exemplo: os terrenos. Portanto na aquisição de um edifício
por exemplo caso não seja identificado o valor do terreno no acto de compra aplica-se a taxa
25% sobre o valor de aquisição para subtrair essa diferença todavia representando o valor do
terreno.
Dados
i = 4% Vt = 12.500.000 V. ed = 37.500.000
Quadro de amortização
30.000.000 Sd
As amortizações podem registar-se utilizando dois métodos que são: método directo e indirecto;
1º Método Directo:
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Com este método as quotas ou anuidade de amortização do imobilizado relativo a cada exercício,
é creditada na respectiva conta do imobilizado, por debito da conta custo por natureza 73
amortização do exercício.
a) Registo contabilístico:
2º Método Indirecto:
Por este método, as quotas ou amortizações anuais são adicionadas as existentes na conta 18
amortização acumulada. Esta conta acumula as amortizações anuais.
b) Registo contabilístico
Torna-se necessário calcular o valor líquido actual do bem a alienar para tal utilizaremos: VL =
Vº - AAC.
A alienação do imobilizado pode originar perda ou ganho consoante do bem e o valor da venda.
o ganho ou perda da origem a dois registos contabilísticos diferentes :
Considera-se que existe ganho se o valor do bem for inferior do valor da venda:
VL < V.Vda.
Contabilização:
1º Anulação do Imobilizado
AAC V.A
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2º Anulação das AAC
AAC AAC
V.Vda V.Vda
V.Vda V.Vda
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c) Alienação do bem com Perda
Considera-se que existe perda quando o valor líquido do bem é superior ao preço de venda: VL ˃
V.Vda.
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