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0.

Contabilidade Financeira
0.1 Historial da Contabilidade
A contabilidade surgiu na história da humanidade em épocas muito remota. Os primeiros
registos conhecidos são os dos reinos dos Incas que efectuaram a contabilização dos seus
factos patrimoniais em cordas como o nó. Cada um representava um número e a cor de cada
corda o tipo de bem transaccional.

Deste modo, cada conjunto de cordas formava um sistema elementar de registo.

Os Assírios gravavam as suas transacções em folhas de barro e guardavam em urnas, nos


papiros os egípcios descreviam as suas operações, os gregos mencionavam os seus negócios
e pode ser considerados como uma espécie de modelos diários; na Bíblia se afirma das
seguintes coisas: ‘‘não te deves envergonhar, de fazer sinal sobre o material depositado e
de assentar no livro e tudo que deres e receberes’’ são provas inesquecíveis de que a
contabilidade era utilizada em toda parte ainda que os registos contabilísticos fossem
rudimentares.

Com a destruição da civilização romana o desenvolvimento comercial e cultural estagna,


pelo que, ao inicio do século VII a Contabilidade era muito simples e sem qualquer estrutura.

É neste período que nos vem o primeiro livro de registos contabilísticos conhecido por
DIÁRIO. Foi escriturado na República de Florença e é datado de (1.211). Utiliza no entanto,
o princípio de Unigrafia ou das partidas simples. Neste livro o comerciante descrevia dia à
dia, as suas operações. Nele debitava-se o registo referente a operações de indivíduos que
recebia bens para troca e o crédito registo referente a operações de quem entregava bens.

Daqui a frase que por muito tempo permaneceu como que é sagrada em contabilidade:
´´Quem recebe deve e quem paga tem haver’’.

Como o diário não fornecia todos os elementos que os comerciantes precisavam, apareceu
por necessidade a conta representada sobre forma de um (T).

A pr imeira conta a ser criada foi o caixa para registar os movimentos em dinheiro. A seguir
o caixa surge novas contas que no seu conjunto por um livro onde se regista os movimentos
com quem se negociava de início, recebeu o nome de conta corrente e mais tarde razão.

O primeiro livro de registos contabilísticos em que a técnica da digrafia é utilizada, é datada


de (1.340) e do comerciante MASSARI DE GENOVA.

O primeiro tratado sobre a Contabilidade é escrito somente após a descoberta da imprensa


chama-se Summa de Aritmética e foi escrito por LUCA PACIOLI em (1.495).

0.2 Origem da contabilidade


A palavra Contabilidade provém etimologicamente de CONTA, esta por sua vez cômputo
originariamente do latim computum que significa, cálculo, contagem...

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0.3 Definição
A contabilidade pelo seu conjunto de princípios, normas e procedimentos próprios, é uma
ciência com o objetivo de conhecer a situação patrimonial das pessoas (jurídicas e físicas) e
as suas mutações. Diversos são os conceitos apresentados, uns consideram como ciência e
outros como técnica onde destacamos:
“É a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registo, a
demonstração expositiva e a interpretação dos factos nele ocorridos, com o fim de oferecer
informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado económico
decorrente da gestão da riqueza patrimonial."

“É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativo


aos actos e factos da administração económica".

“É a ciência que tem por objectivo o estudo do património das empresas, devido a conhecer
a sua composição qualitativa e quantitativa".;

“É uma técnica de comunicação e de informação fundamentalmente para gestão de


qualquer empresa"

“É uma técnica de recolha, registos, analise, interpretação e apresentação de dados sobre o


património que possibilitam a tomada de decisão mais assertivas dos utentes desta
(informação). Constitui uma peça fundamental na tomada de decisão dos gestores, clientes,
investidores, acionistas fornecedores, governo e sócios, etc…"

0.4 Surgimento da Contabilidade Moderna


A invenção da partida dobrada é atribuída ao FREI LUCA PACIOLI, que teorizou esta noção
pela primeira vez em (1494), de que uma operação de um factor económico deve ser
registado em mais de uma conta, sendo uma delas debitada e a outra creditada definida como
o método das partidas dobradas ao método diagráfo. Então a contabilidade desenvolveu-se
bastante passando várias fazes de naturalidade.

Portanto os factos económicos ocorridos em qualquer empresa são expressos em


documentos. A preocupação da contabilidade geral ou externa é o registo apropriado, resumo
e o modo de apresentação dos activos, passivos valores exactos do património líquido dos
resultados.

0.4.1 Principais Modelos do Método das Partidas Dobradas

Os principais modelos do método das partidas dobradas são os seguintes:

a) A soma dos débitos é sempre igual à dos créditos;

b) A soma dos saldos devedores é sempre igual à dos credores;


c) O activo é sempre igual ao passivo, isto é, a diferença entre bens, direitos e obrigações
figuram na situação líquida, para completar a equação do património;
d) Os custos são sempre debitados e os proveitos creditados. A diferença entre eles constitui
lucro ou prejuízo, que aumenta ou diminui a situação líquida (Património Líquido).
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0.5 Objecto
A Contabilidade Financeira é o ramo da Contabilidade que tem como objecto de estudo o
património das entidades.

0.6 Campo de Actuação


A Contabilidade actua onde houver corporação, em que existem bens, direitos e obrigações
(movimentações a pagar e receber), como por exemplo: no sector da industria, comercio e o
sector público, assim como nas famílias.

0.7 Finalidade

Fornecer informações sobre a composição do património e as suas variações.

Existem 2 tipos de informações:

a) De ordem económica: dizem respeito a movimentação das compras e vendas, despesas e


receitas evidenciando o lucro ou prejuízo apurado na transacção realizada pela Empresa.

b) De ordem financeira: dizem respeito ao fluxo de entrada e saída de dinheiro na Empresa.

0.8 Usuários

Os usuários da Contabilidade são pessoas que têm interesse na avaliação da situação


patrimonial da entidade.

Existem 2 tipos de usuários:

→ Proprietários;
a) Usuários internos {
→ Administradores de todos os niveis da entidade.

→ Acionistas e investidores;
b) Usuários externos {
→ Emprestadores no geral (Bancos e Fornecedores) e outros. . .

3
0.9 Noção de Conta

Conta é um conjunto de elementos patrimoniais com características semelhantes, expressos em


unidades de valores, ou seja, em moeda.

Uma conta apresenta três (3) características fundamentais, como:

✓ Titularidade: toda conta deve ter um titulo claramente quais os elementos patrimoniais que
dela fazem parte;

✓ Homogeneidade: cada conta deve conter os elementos patrimoniais com características


comuns;

✓ Integralidade: todos os elementos que apresentam características semelhantes devem fazer


parte da mesma conta.

Portanto, cada conta tem um título, é sempre fixado e imutável.

0.9.1 Codificação da Conta

A conta ou código de conta é composto por dois ou mais dígitos de acordo com a necessidade
das várias contas.

O primeiro digito indica a classe a que ela pertence, ao passo que o segundo dígito o número de
ordem na classe. E os restantes números a moeda a ser usada (Nacional ou Estrangeira).

0.9.2 Grau da Conta

O grau da conta diz respeito a cada divisão da mesma.

Exemplo: 61 Vendas

61.1 Produtos acabados e intermediário

61.1 Mercado Nacional

61.1.2 Mercado Estrangeiro

Exemplo: Vejamos a conta do 1º grau, é formado por dois dígitos.


43
Classe
Número de ordem da conta na Classe
Exemplo: Vejamos a conta do 2º grau, é formado por três dígitos.
43.1
Classe
Número de ordem da conta na Classe
Moeda Nacional (Natureza da moeda)
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0.9.3 Valor da conta

O valor da conta representa a quantidade expressa em unidades monetárias contida, na conta no


momento em que se análise. O valor constitui a base de toda escrituração, por quanto é a partir
dela que se desenvolve todo trabalho contabilístico.

0.9.4 Regras de Movimentação das Contas

Contas Debitam-se pelos (as) Credita-se pelos (as)


Activo S.i e aumentos de extensão Diminuições ou Saídas
Passivo e cap. Próprio Diminuições ou Saídas S.i e aumentos de extensão
Custos Custos Devoluções
Proveitos Devoluções Proveitos
FONTE: Práticas Contabilísticas

0.9.5 Representação gráfica da conta

0.9.5.1 Conceito de Débito e Crédito

A cada conta corresponde um quadro, que constitui dispositivo prático para acompanhar as suas
variações quantitativas. No aspecto gráfico a conta apresenta-se normalmente na forma de um
(T), denominado conta em T ou razonete em T ou simplesmente razonente.

A forma gráfica cujo funcionamento explicaremos mais adiante é a seguinte:

Débito (Deve) Titulo Crédito (Haver)

Esquerdo Direito

Legenda: → Sobre o traço horizontal indica-se o titulo;

→ O lado esquerdo é designado por débito ou deve;

→ O lado direito é designado por crédito ou haver;

→ O valor registado no débito denomina-se débito;

→ Os valores registados no crédito denominam-se créditos.

5
0.10 Terminologias

Debitar, uma conta significa inscrever o valor no lado débito (deve);

D C

1) 1.000

Creditar, uma conta significa inscrever o valor no lado crédito (haver);

D C

700 (2

Saldo; é a diferença entre o débito e o crédito;

Exemplo: 1.000 – 700 = 300 Saldo

Ao balancear uma conta, ou seja, ao comparar o seu débito com o seu crédito podem ocorrer três
hipóteses:

1º Se o débito for superior ao crédito o saldo é devedor (D > C → Sd).

D C

1) 1.000 700 (2

300 (Sd

2º Se o crédito for maior ao débito o saldo é crédor (C > D → Sc).

D C

2) 700 1.000 (1
Sc) 300

3º Se o débito for igual ao crédito o saldo é nulo (D = C → S = 0).

D C

1) 1.000 1.000 (3

S=0
6
Uma vez determinado o saldo, este adiciona-se ao lado cujo a soma for de menor valor, obtendo
assim uma igualdade entre os dois lados da conta.

Exemplo 1: Débito é superior ao Crédito.

D C

1) 1.000 700 (2

300 (Sd

1.000 1.000

= =

Onde: Débito = Crédito + Saldo Devedor;

Exemplo 2: Crédito é superior ao Débito.

D C

4) 800 1.000 (1

Sc) 200

1.000 1.000

= =

Onde: Débito + Saldo Credor = Crédito;

Exemplo 3: Débito é igual ao Crédito.

D C

1) 1.000 1.000 (3

S=0

Onde: Débito = Crédito;

O saldo de uma conta corresponde o seu valor num determinado momento.

7
NB: Fechar uma conta; corresponde a soma das colunas dos valores do débito e do crédito
depois de as saldar previamente sublinhando com dois traços cada soma (conforme ilustra os
exemplos 1, 2 e 3).

✓ Reabrir uma conta, é inscrever o saldo na coluna dos débitos se na conta fechada era devedor.

Exemplo 4: Verificar o valor no exemplo 1;

D C

S.i) 300

✓ Reabrir uma conta; é inscrever o saldo na coluna dos créditos, se na conta fechada o mesmo
era credor.

Exemplo 5: Verificar o valor no exemplo 2;

D C

200 (S.i

0.11 Plano Geral de Contabilidade (P.G.C)

O Plano Geral de Cont abilidade é um conjunto integrado de normas e princípios contabilísticos,


mapas financeiros e listas de contas que são aplicados obrigatoriamente nas diversas sociedades
comerciais e empresas públicas.

Visa harmonizar os métodos e procedimentos contabilísticos bem como a normalização de


diversas, de balanço, demonstração de resultados e anexos em todo território nacional.

0.11.1 Divisão do PGCA

As contas no PGCA, estão divididas por 10 classes discriminadas da seguinte maneira

Classes Contas Contas de:


1 Meios fixos e investimento
2 Existências
3 Terceiros Balanços
4 Meios Monetários
5 Capital e Reservas
6 Proveito e ganhos por Natureza Gestão
7 Custos e perdas por Natureza
8 Resultados Resultado
9 Contabilidade de custo (Analítica ou Interna) Outras contas
0 Contas de Ordem ou livres
OBS: O que mais nos interessa para a nossa disciplina é da Classe 1 à 8, pois são as mais usadas.

0.11.2 Classificação das contas

Assim, de acordo com (PGCA), decreto lei nº 180/19, de 24 de Maio, as contas agrupam-se em
três conjuntos, a saber: as contas do balanço; as contas de gestão e as contas de Resultados.

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Exercícios Práticos (Revisão)

1) Factura nº 01 do fornecedor José relativo ao fornecimento de Mercadorias no valor de


2.000.000, OAO (SIP)

21.2 Compra de Mercadorias 32.1 Fornecedor Corrente

1) 2000.000 2000.000 (1.1 Sc) 2000.000 2000.000 (1

2000.000 2000.000

= =

Transferência de compras para a conta 26 Mercadorias

26 Mercadorias

1.1) 2000.000 2000.000 (Sd

2000.000 2000.000

= =

2) Foi recebida pela Empresa BAKILÂNDIA (SU), LDA, a factura referente à aquisição de
mercadorias no valor de 63.000, OAO

27 Mercadorias em Transito 32.1 Fornecedor Corrente

2) 63.000 63.000 (Sd Sc 63.000 63.000 (2

63.000 63.000 63.000 63.000

= = = =

3) Deram entrada, no armazém, as Mercadorias facturadas no exercício anterior

27 Mercadorias em Transito 21.2 Compras de Mercadorias

Si) 63.000 63.000 (T2 T2) 63.000 63.000 (T3

S=0 S=0

26 Mercadoria

T3) 63.000 63.000 (Sd

63.000 63.000

= =

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CAPITULO 1 – ESTUDO SOBRE EXISTÊNCIAS

1.1 Conceito

Chama-se existências todos os bens armazenados destinados a serem consumidos no processo


produtivo da empresa, ou produtos destinados a venda.

1.2 Classificação

As existências podem ser classificadas em:

✓ Mercadorias: bens adquiridos pela empresa como o destino a venda. Ou por outras palavras,
adquirem-se com a finalidade de os tornar a vender, não sofrendo qualquer tipo de transformação
de fundo da empresa.

✓ Produtos Acabados e Intermédios: são produtos aptos para venda, isto é, atingiu a fase final
do processo produtivo, embora normalmente reentre no fabrico.

✓ Subprodutos, Desperdícios, Resíduos e Refugos: são bens de natureza secundária


provenientes das actividades da produção de bens principais; diz respeito a produtos secundários,
resultantes do processo produtivo, geralmente com um valor comercial baixo, nulo ou mesmo
negativo.

✓ Produtos e Trabalhos em Curso: são produtos que se encontram em fabricação, não estando
ainda apto para serem armazenados ou vendidos.

✓ Matérias subsidiarias e de consumo: são bem que se destinam a serem incorporados


normalmente nos produtos finais; exemplo embalagens de consumo ou recipientes da mercadoria
ou produtos indispensáveis ao seu acondicionamento e transacção.

✓ Matérias - primas: são bens que não se destinam a venda, mais a serem incorporadas
directamente nos produtos no processo produtivo da empresa

1.3 Sistema de Inventários

A movimentação das contas de existências devem ser efectuadas tendo em atenção dois
objectivos:

1º Conhecimento em qualquer momento, das quantidades e valores dos stocks de que a empresa
é proprietária ou detém;

2º Apuramento do custo dos produtos vendidos e consumidos consequentemente do resultado


apurado nas vendas ou na produção.

O tratamento deste tema existências por parte das empresas são apurados de duas formas
diferentes a conhecer:

a) Sistema de Inventário Permanente (S.I.P)

Permite determinar permanentemente o valor dos Stocks em armazém e apurar em qualquer


momento os resultados obtidos nas vendas ou na produção faz a abertura da conta (26)

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Mercadorias, para nos mostrar, ou dar a conhecer o custo das vendas ou produção
permanentemente, apurando-se a partir do valor da venda ou de produção o respectivo resultado.

b) Sistema de Inventário Intermitente ou Periódico (SII)

Neste sistema, o valor dos stocks em armazém e dos resultados apurados, só é determinado
através de inventariações directa dos valores em armazém, efectuadas permanentemente

1.4 Diferença entre SIP e SII ou Periódico

A principal diferença entre SIP e SII ou periódico, consiste em conhecer em qualquer momento,
as quantidades e valores das existências em armazém e os resultados obtidos no SIP, ao passo
que no SII ou periódico, apenas, dá a conhecer os montantes das existências, depois de uma
contagem física e assim apurar os resultados no final de um período de tempo (um ano).

Assim sendo impossível ou inadequado a utilização do método de inventário permanente em


certas empresas, estas tiveram de adoptar outro processo de registo que substituísse ou até agora
estudado.

Havia, pois, que determinar o custo das mercadorias vendidas de maneira diferente, uma vez
que agora, após cada venda, apenas era possível registar o proveito obtido com a venda do
produto, na conta de vendas, mas não era possível simultaneamente registar o custo suportado
com esta venda.

O problema foi ultrapassado da seguinte maneira:

a) Se só era possível, após cada venda, registar o proveito com ela obtido, efectuava-se desde
logo esse registo;
b) O cálculo do CMV é adiado para o fim do período, altura em que o mesmo é obtido
recorrendo a seguinte equação CMV = Si + Compras – Ef.

Sendo: → O valor da Existência inicial obtido do balanço no início do período (Conta 26


Mercadoria)

→ O valor das compras efectuadas durante o exercício é obtido a partir da conta


compra;

→ O valor da existência final é obtido depois de uma contagem física e respectiva


valoração das existências em armazém em 31 de Dezembro.

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Apresentação Esquemática, Empresa Comercial (SIP)

45 Caixa 21 Compra 26 Mercad 71 CMVC 88 Resul.Oper.

Compra a pronto Transf. p. Cust. CMV Transf. Saldo

32 Fornecedor Transferência do Saldo

Compra a prazo 61 Venda 45 Caixa

Venda a pronto

31 Cliente

Venda a prazo

Exercício nº 01 (SIP)

1- A empresa BAKILÂNDIA (SU), LDA, tem no seu armazém um stock avaliado em


6.000.000 no dia 01/02/010.

2- No dia 05/02 a empresa comprou mercadorias a pronto pagamento no valor de 2.000.000.

3- No dia 60/03 Vendeu mercadorias no valor de 4.000.000, que tinham custado 600.000

Pede-se: Apresentação dos lançamentos contabilísticos esquematicamente; apurando o


resultado bruto (ROB).

Exercício nº 02

1- A empresa BAKILÂNDIA (SU), LDA, apresentou no início do ano de 2014, uma existência
inicial de mercadorias no valor de 4.000. No percurso do exercício comprou a pronto
pagamento 40.000AKZ de mercadorias e vendeu, igualmente a pronto pagamento 50.000 kz de
mercadorias: no final do exercício existiam no armazém 3.000 de mercadorias.

Pede-se: Faça os lançamentos contabilísticos esquematicamente.

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Em resumo, de acordo com o método de inventário periódico tem-se:

✓ Após cada venda, apenas se regista o proveito resultante da mesma e não o respectivo custo,
pelo qual é impossível conhecer operação a operação, a margem bruta obtida;

✓ O custo das existências vendidas é determinado extra-contabilisticamente no final do período,


após a inventariação das existências em armazém utilizando-se para o efeito a fórmula do custo
das mercadorias vendidas;

✓ O resultado bruto é apurado somente no fim do período após a transferência dos saldos das
contas de vendas de mercadorias e produtos e de contas das existências vendidas para a conta de
Resultado Operacional.

Apresentação Esquemática, empresa comercial (SII)

43/45 Banco/ Caixa 21 Compra 26 Mercadorias

Compra a pronto Transf. a p.c em 31/12

32 Fornecedor

Compra a prazo

31/12

71 CMV 61 Venda 43/45

Venda a pronto

31/12 Tr. Saldo

88 R. Operacinal 31 Cliente

Transf.do Saldo Venda a prazo

Exercício nº 03 (SII)

1- Suponhamos que uma empresa apresentou no início do ano y, uma existência no valor de
12.000. No percurso do exercício comprou a pronto AKZ 40.000 de mercadorias e vendeu a
prazo no valor de 50.000. No final do exercício existiam mercadorias no valor de AKZ 6.000.
Apresente os lançamentos suponhamos que os lançamentos foram efectuados aos 31/12/Y e teve
um saldo devedor em Banco no ano Y-1 de AKZ 10.000.

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Exercício nº 04

1- A empresa BAKILÂNDIA (SU), LDA, tem em seu armazém uma existência final de
2.000.000 em 31/12/N, e um saldo devedor na conta Banco no valor de AKZ 700.000

2- Em 06/03/N+1 a empresa comprou mercadorias factura nº 04 no valor de 450.000 incluindo já


outras despesas.

3- Em 80/04 Vendeu as mercadorias a credito no valor de 600.000, que tinham custado 70% do
preço de venda.

Pede-se: Faça os lançamentos no razonete e determine o resultado bruto usando SIP.

Exercício nº 05

1- A empresa y, tem no seu armazém um stock que corresponde a 3.000.000 em 1/1

2- No dia 05/02 apresentou 400 notas de 3.000 kz em numerário

3- No dia15/07 comprou mercadorias no valor de 588.000, cujo transporte é de AKZ 60.000 e


seguro AKZ 13.000 Boldereou nº 08 a debitar.

4- No dia 25/10 vendeu mercadorias no valor de AKZ 940.000 que tinham custado 100.000, e o
pagamento só se efectuo depois de 20 dias.

Pede-se: Faça os lançamentos no razão e apura o resultado usando o (SII)

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1.5 As compras

As empresas de natureza comercial e industrial para poderem desenvolver as suas actividades


precisam realizar um conjunto de despesas de consumo na aquisição de diversos bens e serviços.

1.5.2 Contabilização

Como se disse anteriormente, ao fazer uma compra, a empresa terá de registar o preço de
compra dos bens, adicionando as despesas referentes á compra (transporte seguro, direitos
alfandegados) e diminuindo os descontos de natureza comercial, (os descontos comercias
implicam todos os abatimentos relacionados com o produto em sí) Ex:( descontos de revendas,
bónus etc… não se considera proveito da empresa). Portanto, as compras são registadas pelo seu
custo de aquisição que será igual ao valor da factura, no caso desta conter todos elementos
relativo a compra.

A conta compra deve ser dividida em várias subcontas, conforme o tipo de bens adquiridos. Esta
divisão é fundamental já que possibilita o conhecimento com clareza , dos vários tipos de bens
comprados e os seus respectivos valores.

Nesta situação diz-se que: Custo de Aquisição = Valor da factura

Nesta vertente, o valor da factura recebida resultante da compra efectuada é debitada na conta
compra , e creditando-se em contrapartida, na conta caixa ou banco e se for feita a prazo credita-
se fornecedores.

Vejamos:

45 caixa 21Compras

Compra a pronto

43 Banco

Comp.a pronto com cheque

32 Fornecedor

Compra a prazo

Na factura ou na factura recibo podem não constar todos os elementos referentes a compra.
Assim pode acontecer que as despesas de compra não contem na factura/recibo.

Quando estas despesas, como transportes, seguros e despesas alfandegárias não constam no
documento de compra podem verificar-se duas situações:

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a) As compras são assumidas directamente pelo comprador e constam de um recibo ou factura
emitida pelo vendedor (empresa de transporte, companhia de seguros, etc…)

Vejamos:

43 Banco 21 Compra

Recibo

32 Fornecedor Desp.de Comp.

Factura

As despesas de compra aumentam o custo de aquisição sendo registado o débito da conta


compra, devido tal facto.

b) Por vezes o valor das despesas adicionadas chegam atrasadas a empresa ou dizem respeito
a várias compras realizadas, sendo, por isso muito difícil ou impossível efectuar a
imputação a cada artigo.

Diante desta situação estas despesas deverão ser debitadas numa subconta da conta
fornecimentos e serviços de terceiros.

Vejamos:

43/45 75.2 Forn.S.Terceiros

32 Fornecedor 75.2.19 Out. For.Serv.

1.2.3 Descontos e Abatimentos em Compras

Os descontos materializam-se em redução do preço base dos bens e serviços. É concedido


geralmente pelo vendedor, e tem como objectivo cativar, premiar ou compensar o cliente, com
vista a maximização das vendas.

Conforme a sua natureza, classificamos os descontos e abatimentos em: Descontos Comerciais e


Descontos Financeiros
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- Descontos Comerciais: São todos abatimentos relacionados com o produto em si ;ou por outras
palavras diz-se que estão relacionados com as quantidades e qualidades dos bens transaccionais

Ex: Descontos de revendas , bónus etc…(estes não se consideram proveitos da empresa)

- Descontos Financeiros: São todos descontos directamente ligado a modalidade de pagamento.

Ex: Descontos de pronto pagamento; antecipação de pagamentos. (estes são considerados


proveitos da empresa).

a) Apresentação Esquemática, Desconto Comercial

21.8 Desconto 32.1Fornecedor

Nota de crédito do fornecedor

b) Apresentação esquemática, Desconto Financeiro

b1) Desconto de pronto pagamento

Quando, na factura recibo relativa a uma compra, consta um desconta de pronto pagamento,
deve debitar-se a conta compra pelo valor das mercadorias adquiridas e creditar caixa ou banco
pelo valor líquido da factura e, em simultâneo, a subconta de descontos de pronto pagamento
obtido, pelo valor de desconto.

Vejamos:

21.2 Compra Mercad.. 43/45

Valor pago

66.3Des.p.p. obtido

Valor da merc.fact.rec

Valor descontado

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b2) Desconto por antecipação de pagamento

Este tipo de desconto implica a emissão de uma nota de crédito pelo fornecedor. Com este
documento, o comprador debita a fornecedor corrente pelo total da nota crédito e credita-se a
conta desconto de pronto pagamento obtido pelo valor descontado, vejamos:

66.3D. P.P.Obtido 32 Fornecedor

Nota de crédito do Fornecedor desconto financeiro

1.5.3 Devolução de Compras

A operação de devolução é uma operação corrente nas empresas, que ocorrem pelos motivos
mais diversos.

✓ Falta de qualidade das mercadorias;


✓ Deterioração das mercadorias;
✓ Expiração do prazo de validade, entre outros.

Contabilisticamente, a nota de crédito é registada pelo total, a debito, numa conta divisionária de
fornecedor corrente porque traduz uma diminuição da divida ao fornecedor;

O valor das existências devolvidas é registado, a crédito da conta compra, na subconta devolução
de compras, na medida em que existe uma redução ao valor das compras.

21.7 Devol. De Compra 32.1Fornecedor

Nota de debito do Fornecedor

1.6 Registo do Proveito Obtido com a venda de bem

Na venda registam-se os proveitos resultantes da alineação a terceiros de bens que resultam de


actividade correntes da empresa.

A empresa comercial regista o proveito resultante da venda dos bens, a terceiros, na subconta
mercadorias da conta venda, vejamos:

61.3 Venda de Mercad. 43 D. Ordem 45 Caixa

Venda a pronto

31.1 cliente corre

Venda a crédito

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1.6.1 Desconto e abatimento em Venda

O estudo dos descontos e abatimentos ocorridos nas vendas podem revestir a forma de descontos
comercias e financeiros.

a) Desconto comercias

Os descontos de natureza comercial concedidos ao Cliente sobre o valor das vendas, quando a
factura já tinha sido emitida, são registados na subconta da conta 61.8 Descontos e Abatimentos
em Vendas, vejamos:

31.1 Cliente Corren. 61.8 Descon.e abatimento

Nota de crédito para o cliente

b) Desconto Financeiro

Dizem respeito a situação que não afectam o proveito obtido com a venda, pois constituem um
custo financeiro para o vendedor suportado com o intuito de conseguir uma cobrança mais rápida
dos montantes envolvidos e, por conseguinte, aumentar as disponibilidades de tesouraria. O seu
tratamento contabilístico difere consoante o tipo de operação, ou seja, uma venda a pronto ou a
prazo. Descontos de pronto pagamento; são descontos que contabilisticamente obrigam aos
seguintes registos, vejamos:

61.3 Venda Mercadoria 45 caixa

Valor recebido

Fact.-Recibo 76.3 Desc.p.pagamento

Desconto Financeiro

19
1.6.2 Devoluções de Vendas

Após a recepção da factura, o cliente pode proceder a devolução de parte ou da totalidade das
mercadorias, se estas apresentarem características diferentes relativamente á encomenda (preço,
tamanho, qualidade, …) ou se encontrarem classificadas. Nesta situação o vendedor emitirá de
devolução, originando uma contabilização que, compreendendo dois aspectos diferentes,
implicando os seguintes registos:

a) Pela diminuição do proveito.

O valor da mercadoria é registado a débito da subconta devolução de venda, em contrapartida a


subconta de cliente, que traduz na redução da dívida do cliente, vejamos:

31.1 Cliente Corrente 61.7 Devolução

Nota de crédito para o cliente

b) Pelo custo da mercadoria devolvida

A mercadoria devolvida a entrar no armazém da empresa vendedora pelo valor do custo

no momento da sua saída para a venda, vejamos:

71 CMVMC 26 Mercadoria

Devolução da mercadoria ao preço de custo

1.7 Proveitos obtidos com a prestação de serviços

Existem empresas cuja actividades principais consiste em venda dos serviços que prestam a
terceiros. O registo do proveito resultante de tais vendas deve ser feita na conta Prestação de
serviços, que poderá ser desdobrada em tantas subcontas quanto os tipos de serviços prestados
pela empresa.

Esta conta destina-se o crédito proveniente na prestação de serviços, nota o registo:

62 Prest. Serviço 43 Dep. Ordem 45 Caixa

Serviço efect. a pronto

31 Cliente

Serv. efect. a prazo

20
1.8 Critérios de Valorimétrias

Ao consultar a prática contabilística, no seu ponto relativo aos critérios valorimétricos das
existências, verás que os métodos de custeios existentes são:

- Fifo (First in, first out); Primeiras mercadorias a entrar no armazém são as primeiras a saírem.

- Lifo (Last in, first out); Ultimas mercadorias a entrarem no armazém são as primeiras a saírem.

- Custo Médio Ponderado.

1.8.1 Custo Cronológico Direito (FIFO)

Fifo (First in, first out), primeiro a entrar é o primeiro a sair, quer dizer, que as primeiras
existências a entrarem são as primeiras a saírem ficando assim as existências valorizadas ao
preço mais antigo; ou os elementos remanescentes no inventário do fim do período são os
elementos mais recentemente comprados ou produzidos.

EXERCÍCIO Nº 01

A empresa XPTO, Lda dedica-se ao comércio a grosso de alimentos.

Em 31/01n apresentou armazém de 5.000 kg de frango a 300 kz cada. Durante o mês de


Fevereiro realizou os seguintes movimentos relativos a esta mercadoria.

No dia 6/2 vendeu a pronto pagamento 3.500 kg de frango a 300kz cada.

No dia 15/2 comprou a pronto pagamento 5.000 kg de frango a 340 kz cada, despesa de compra
50.000 kz .

No dia 19/2 comprou a pronto de 4.000 kg de frango a 450 kz por kg.

No dia 30/2 venda a pronto de 6.500 kg de frango a 400 kz cada.

TP- Considere que a empresa utiliza o método de inventario permanente no registo contabilístico
das existências, preenche a ficha de armazém para a mercadoria em causa, sendo as existências
avaliadas ao custo FIFO.

21
1.8.2 Custo Cronológico Inverso (LIFO)

LIFO (Last in,first out), ultimo a entrar é o primeiro a sair, neste método as saídas das
mercadorias ou compras em armazém são valorizadas aos preços mais recentes enquanto as
existências ficam avaliadas aos preços mais antigos.

EXERCÍCIO Nº 02

A empresa XPTO, Lda realizou as seguintes operações;

Dia 03/02 Comprou 300 unidades de mercadorias a 150 kz cada

Dia 18/02 Comprou 500 unidades de mercadorias a 180 kz cada.

Dia 20/02 Vendeu 250 unidades de mercadorias a 60 kz cada.

Dia 22/02 Comprou 800 unidades de mercadorias a 30 kz cada.

Dia 25/02 Vendeu 1.170 unidades de mercadorias a 110 kz cada

TP- Considere que a empresa utiliza o método de inventario permanente no registo contabilístico
das existências, preenche a ficha de armazém para a mercadoria em causa, sendo as existências
avaliadas ao custo LIFO.

1.8.3 Custo Médio Ponderado (C.M.P)

O custo médio ponderado é um método misto. Contém as virtudes e os defeitos atenuados dos
métodos FIFO e LIFO. Por este critério, as existências não são valorizadas ao preço de qualquer
lote, mais ao custo médio ponderado segundo as quantidades ou lotes. Para não resultarem
diferenças sensíveis, a que calcula-lo até as decimas de centavos. O custo médio calcula-se
adicionando-se ao valor das quantidades existentes ao das quantidades entradas e dividindo o
valor obtido pelas quantidades totais. Deste modo, vamos por meio de uma equação para
determinar o C.M.P da seguinte forma:
Existências em valor+Entradas em valor
C.M.P = Quantidades existentes+Quantidades das Entradas

∑ do V V1+V2+⋯Vn
C.M.P = ∑Q
C.M.P = Q1+Q2+⋯Qn

22
EXERCÍCIO Nº 03

A empresa XPTO, Lda que dedica-se no comercio a grosso de bens alimentares no dia 31/01/y
apresentou no seu armazém uma existência de 6.000 kg de peixe 300 kz cada.

Durante o mês de Fevereiro realizou os seguintes movimentos relativamente a esta mercadoria;

Dia 4/02 vendeu a pronto 700 kg de peixe a 450 kz por quilograma.

Dia 9/2 comprou a pronto 350 kg de peixe a 200 kz por quilograma.

Dia 12/02 comprou a pronto com cheque 400 kg de peixe a 300 kz cada.

Dia 20/02 Vendeu a pronto 2.000 kg de peixe a 400 kz por quilograma.

TP- Considere que a empresa utiliza o método de inventario permanente no registo contabilístico
das existências, preenche a ficha de armazém para a mercadoria em causa, sendo as existências
avaliadas ao custo LIFO.

23
1.9 Provisões Para Depreciação de Existências

1.9.1 Noção

Este tipo de provisões é criado para fazer face ao possível prejuízo que a empresa possa vir ter a
venda de existências prejuízo este que só se concretiza no futuro e cujo o montante só então se
conhecerá.

Apesar de só no futuro se conhecerá o montante exacto do possível prejuízo a empresa de


acordo com o princípio de prudência, deverá desde já neste caso criar uma provisão com tal fim.

Contabilisticamente só se deverá constituir a provisão para depreciação de existências quando se


chegar a conclusão de que o presumível valor da venda das existências irá ser inferir ao preço de
aquisição ou de produção das mesmas. Estamos assim face a perda não efectiva mas que poderão
concretizar-se em exercícios futuros.

O montante da provisão é calculada a partir do valor que as existências têm no final do período
ou seja em 31/12, aplicando a seguinte equação:

VP = (custo de aquisição – valor das mercadorias) x quantidades em stock

Onde VP Valor da provisão.

1.9.2 Criação Reforço e Anulação


Vejamos através de um exemplo como se efectua a contabilização das provisões para
depreciação de existências

Ex: Em 31/12 de y ao inventariar as existências a empresa Lumax Lda verificou o seguinte:

➢ Quantidades em stock da mercadoria 1.000 unidade


➢ Custo de aquisição 300 kz por unidade
➢ Preço de venda no Mercado 260 kz por unidade

1º Determinação das Provisões

VP= (300-260) x 1.000 VP = 40.000

2º Constituição das Provisões em 31/12/y

78.1 P.do exercício 29.6 Deprec. De Existenci.

(1) 40.000 (3) 32.000 40.000 (1)

NB: Supondo que no exercício seguinte (N+1) se venderam a prazo 600 unidades desta
mercadoria a 280 kz cada.

26 Mercadoria 61 Venda 31 Cliente 71 CMVC

Si)300.000 180.00(2.1) 168.000(2) (2) 168.000 (2.1) 180.000

24
Far-se-a somente a empresa usa o sistema de inventário permanente, caso usa o sistema de
inventario intermitente não pode ocorrer em simultâneo

Supondo que no fim do exercício ao inventariar as existências em armazém constatou-se o


seguinte:

➢ Quantidade em stock 400 unidades


➢ Custo de aquisição300/unidade
➢ Preço de venda no mercado 280 kz por unidade

VP = (300 – 280) x 400 → VP = 8.000

26.6 78.1 P. do E.

8.000(1) 8.000(1)

OBS: As novas necessidades são menores que as antigas logo 8.000 – 4.000 (32.000), isto é,
temos uma variação para menos. Portanto deve-se reduzir as provisões no valor de 32.000 kz.

68.1 R. Provisões

32.000(2)

No caso do montante das provisões sofrer uma variação para mais, teremos que efectuar o
seguinte movimento:

29.6 Prov. 78.1 P. E

Diferença para mais

Ex: Ao inventariar as existências em stock aos 31/12/n constatou-se o seguinte:

➢ Quantidades de sacos em stock 2.000 kz


➢ Custo de aquisição 1.500 por saco
➢ Preço de venda no mercado 14.000 kz por saco

Em N + 1 venderam 900 sacos a 14.500 kz por saco, pagamento sonante

No fim do exercício do ano N +1 ao inventariar as existências em armazém se verificou o


seguinte:

➢ Quantidades de sacos em stock 1.100


➢ Custo de aquisição 15.000 por saco
➢ Preço de venda no mercado 14.500 por saco

TP- Determine as provisões, fazendo os lançamentos contabilísticos no razão sabendo que a


empresa usa o SIP na inventariação das suas existências.

25
CAPITULO II – IMOBILIZAÇÕES E PROBLEMAS DE AMORTIZAÇÕES

2.1 Noção

Entende-se por imobilizações: todos bens da propriedade da empresa indispensável ao


desenvolvimento das actividades inerentes ao seu objectivo social e com intuito de serem usados
no período superior a um (1) ano.

No contexto mais simples podemos dizer que as imobilizações são bens adquiridos com
objectivo de permanecer na empresa e que não se destinam a transformação ou a venda.

Desta noção ressalvam três características fundamentais que os imobilizados apresentam:

- Propriedade (posse): só podem ser classificados na rubrica imobilizações de uma empresa os


bens da sua propriedade, ou regem de Leasing excluindo assim os imobilizados alugados a
terceiros

- Indispensabilidade: as imobilizações desempenham o papel de meio de produção o que se


considera como um papel determinante, porque seu adequado activo fixo os bens não serão
produzidos ou sê-lo-ão a custos tão elevados que colocam os produtos fora da concorrência.

- Tempo de uso ou Permanência: permite distinguir as imobilizações das existências. Enquanto


que as existências são adquiridas ou transformadas para serem vendidas as imobilizações são
bens usados no período de mais um (1) ano e não são destinados para venda.

2.2 Subdivisão do Activo Fixo

O activo não corrente subdivide-se em:

- Imobilizações Corpóreas: enquadra-se nessa rubrica todas as imobilizações tangíveis ou


matérias; (terrenos e recursos naturais, edifícios e outras construções, equipamentos básicos,
equipamentos de carga e transportes, equipamentos administrativos, taras e vasilhames e outras
imobilizações corpóreas), que não vão ser transformados em dinheiro mas que a empresa utiliza
para o exercício da sua actividade.

- Imobilizações Incorpóreas: são aplicações de carácter permanente em activos intangíveis que


são; (trespasse, patentes, despesas de constituição, propriedade industrial, outros imobilizados
incorpóreos que representam direitos da empresa.

- Investimentos Financeiros: são aplicações de carácter permanente e do tipo financeiro


realizadas a médio e longo prazo tendo por objectivo o aumento da riqueza.

Ex: Imóveis para rendimentos, obrigações e titulo de participação de capitais e empréstimos


concedidos aos terceiros.

O conjunto das imobilizações corpóreas e incorpóreas designamos por imobilizações técnicas


porque tornam possível com arranque e desenvolvimento da actividade da entidade. E o restante
(investimentos financeiros) designamos por imobilizações de rendimentos ou fluição, porque
visam proporcionar um certo rendimento ou controle das empresas.

OBS: As imobilizações corpóreas existentes na empresa podem ter duas origens:


26
Foram adquiridas no exterior a pronto pagamento ou a prazo

Foram produzidos na empresa

O custo de aquisição de um bem entende-se ao montante que resulta da adição do valor de


compra, fabrico ou construção de bem, com todos os gastos adicionais necessários a sua entrada
em funcionamento.

Considera-se gastos adicionais, entre outros os seguintes:

• Prémios de Seguros;
• Frede Pago;
• Direitos Alfandegários
• Gastos de Estalações
• Impostos por Conta do adquirente
• Despesas de Contencioso e Notários etc…

2.3 Contabilização das Imobilizações

2.3.1 Movimentação da conta (11)

Pela aquisição do imobilizado corpóreo pode ser a pronto ou a prazo (crédito).

1º Pela aquisição a pronto pagamento;

Debita-se a conta 11 imobilizações corpóreas e;

Credita-se a conta 43 banco ou 45 caixa;

11 Imobilizações Corpóreas 43/45

Ex: Aquisição de uma Mansão no valor de 45.000.000.

2º Pela aquisição a prazo

Debita-se a conta 11 imobilizações corpóreas e;

Credita-se a conta 37.1.1 compra de imobilizado corpóreo

11 Imobilizações Corpóreas 37.1.1 Compr. de Imobil.

Ex: Factura nº 255 pela aquisição de um TOSHIBA para a secretaria da empresa no valor de
100.000.
27
3º Pela Produção na Própria Empresa

Esta forma de aquisição acontece quando a própria empresa é que produz o bem.

Na produção do imobilizado (construção) no mesmo exercício

Debita-se a conta 11 imobilizações corpóreas e;

Credita-se a conta 65.1.1

11 Imobilizações Corpóreas 65.1.1

Ex: A empresa y fabricou um Toyota Ilux para ajudar o desenvolvimento das suas actividades no
valo de 3.000.000.

4º Produzido pela própria empresa tendo tramitado o exercício

Pelo valor incorporado na exercício, debita-se a conta 14.1 Imobilizações em curso e,

Credita-se a conta 65.1.1.4 Trabalhos para própria empresa em curso

14.1 Imobilizações em Curso 65.1.1.4 Trabalh. P.p.emp.

Ex: Um prédio em construção custando 5.500.000 em blocos 9.000.000 em cimento e 50% do


valor do cimento da mão de obra.

4.1 Transferência do valor após a conclusão da obra

Debita-se a conta 11imobilizações corpóreas e;

Credita-se a conta 14.1 obras em curso.

11 Imobilizações corpore. 14.1 Imobilizaç.em curso

Ex: A obra em construção teve, o seu termino.

4.2 Adiantamento na aquisição do imobilizado Corpóreo

Esta situação apresenta-nos duas realidades a saber:

a) Adiantamento quando o preço é previamente fixado


28
1º Adiantamento
Debita-se a conta 14.7 Adiantamento por conta do imobilizado corpóreo e;
Credita-se a conta 43 banco ou 45 caixa.

14.7 Adiant. por cont imo. 43/45

2º Recebimento do imobilizado ao valor da factura

Debita-se a conta 11 e;

Credita-se a conta 37.1.1 compra de imobilizado

11 Imobilizações corpore. 37.1.1 Compra de imobiliz.

3º Anulação do adiantamento

Debita-se a conta 37.1.1 compra de imobilizado e;

Credita-se a conta 14.7 adiantamento por conta do imobilizado corpóreo.

37.1.1 Compra de imobiliz 14.7 Adiantamento do imob

4º Pagamento do resto do valor (divida)

Debita-se a conta 37.11 compra de imobilizado e;

Credita-se a conta 43 banco ou 45 caixa

37.11Compra de imobiliza 43/45

29
2.4 As benfeitorias ou Reparações Gerais

As benfeitorias ou reparações gerais, aumentam o valor real ou a duração provável dos bens a
que respeitam

Neste contexto, a que realçar que existe pequenas e grandes reparações

2.4.1 Pequenas Reparações

São aquelas que não aumentam o valor real ou a vida útil do bem.

Quanto a sua contabilização debita-se a conta 75.2.14 e credita-se a conta 43 banco ou 45 caixa,
se a reparação efectuada for realizada a pronto pagamento

Vejamos:

75.2.14 Cons.e Reparação 43/45

Se for a prazo debita-se a conta 75.2.14 e credita-se a conta 37.9.2

75.2.14 Conse.e Reparaç 37.9.2 Out. val. A receber

2.4.2 Grandes Reparações

As grandes reparações são aquelas que aumentam o valor do bem ou o valor real da vida útil do
bem, e são apenas custos do exercício as respectivas reintegrações ou amortizações.

Quando a sua contabilização debita-se a conta 11 e credita-se a conta 43 banco 45 caixa se for a
pronto pagamento.

Vejamos:

11 Imobilizações corpore. 43/45

E se for a prazo debita-se a conta 11 e credita-se a conta 37.1.1 compra de imobilizado corpóreo.

30
2.5 Amortizações

2.5.1 Noção

Como já vimos, o imobilizado corpóreo das empresas engloba um conjunto diversificado de bens
que se apresenta como fundamental as actividades económicas desenvolvidas. Se uma parte não
sofre perda de valor, como por exemplo os terrenos a maioria dos bens está sujeita a perder valor
devido a factores de varia ordem. A esta perada de valor sofrida pelo imobilizado chama-se
depreciação

A depreciação pode ser motivada por:

- Factores de ordem física, devidos quer funcional do bem (uso), quer à sua depreciação
espontânea, provocada por corrosão, inundações ou sinistros de natureza espontânea ou
negligente (colisões, curto-circuito, etc…);

- Factores de ordem económica, devidos quer ao progresso tecnológico que levam à


absolescência do bem, quer à alteração do gosto dos consumidores

A expressão contabilística utilizada para designar a depreciação do activo imobilizado corpóreo


ou incorpóreo é Amortização ou Reintegração

Reintegração: é o sinónimo do registo contabilístico do valor necessário a reconstituir do bem


depreciado.

Amortização: é o registo contabilístico da perda de valor sofrida pelo bem. Actualmente, o


termo mais para registar a depreciação é Amortização.

Como sabemos, a imobilização é utilizada pela empresa durante vários exercícios, portanto,
todos os anos a imobilização se vai depreciando, devendo esta perada ao valor se considerado
como um encargo de exploração do respectivo exercício, e rstando pela contabilidade.

A amortização deve, exercício a exercício, ser o espelho fiel da depreciação real sofrida pelo
bem corpóreo.

Em resumo, as amortizações, enquanto custos e perdas de exercícios influenciam o resultado


obtido pela empresa pelo que as disposições legais aplicáveis se encontram definidas na lei
fiscal.

31
2.5.2 Cálculo de Amortizações

Amortizar consiste em registar de forma sistemática a perda de valor de um bem activo


imobilizado ou em repartir o custo de uma imobilização pelos exercícios abrangidos na sua vida
útil ou duração económica.

- Determinação da quota anual de amortização de amortização

Considera-se quota de amortização a parcela de depreciação sofrida pelo imobilizado


corpóreo em cada ano.

Para calcular as quotas de amortizações é necessário conhecermos os seguintes


elementos:

Vº Valor de aquisição do imobilizado ou preço de aquisição;

VR=R Valor residual é o valor atribuído ao imobilizado no final da vida útil

A Valor a amortizar; A = Vº-VR é o valor sujeito a depreciação; se não existe valor residual
A = Vº;

Qt = Qi Quota de amortização no período t (i); amortização do exercício


𝑽º −𝑽𝑹 𝑨
Qi = , se não existir VR, logo: Qi = 𝒏 ;
𝒏

Mt = AAC Amortização acumulada no período t (i) ;

Vt = VCL Valor contabilístico liquido no final do período t VCL = Vº - Mt .

Vida útil do bem (n): números de anos que pressupõem que o bem esteja em
funcionamento.

Estas taxas são estabelecidas tendo em conta o tempo de duração de utilização provável
de utilização fixada para categorias dos meios fixos.

Agora, podemos relacionar a taxa com o tempo; designamos:

Taxa por: (i) ou (r)

Tempo por: (n)

1º Se tivermos um dado valor de aquisição Vº consideramos um tempo (n), a taxa será:


𝟏𝟎𝟎 𝑽º 𝒙 𝒊
i= ; onde Anuidade = ;
𝐧 𝟏𝟎𝟎

2º Se tivermos a taxa, e não o tempo, neste caso teremos:


𝟏𝟎𝟎 𝑽º 𝒙 𝒊
n= ; onde Anuidade = ;
𝐢 𝟏𝟎𝟎

32
1.0 Critérios rígidos

1.1 Quotas de amortização constantes

Pressupõe este critério que o desgaste é directamente proporcional ao tempo ou seja é


critério das quotas anuais de amortizações.

Ex: Em 01/01/2007 a empresa PROTEL, Lda comprou uma máquina no valor de


36.000.000 tendo um valor residual estimado em 2.500.000 e a sua vida útil é de 8 anos.

Elabore o quadro de amortização deste bem, sabendo que o mesmo foi amortizado ate
31-12-2012.

Dados:

Vº = 36.000.000

VR = 2.500.000

N = 8 anos

A =? A = Vº - VR A=33.500.000
𝑨 𝟑𝟑.𝟓𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎
Qi =? Qi= 𝒏 Qi= Qi = 4.187.500
𝟖

𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
i =? i= i= i = 12,5%
𝒏 𝟖

36.000.000 x 12,5
Anuidade =𝑥 = Anuidade = 4.500.000
100

Quadro de amortização, aos 01-01-2007

N Vº Taxa Amortização do Ex. AAC VCL


2007 36.000.000 12,5% 4.500.000 4.500.000 31.500.000
2008 36.000.000 12,5% 4.500.000 9.000.000 2.700.000
2009 36.000.000 12,5% 4.500.000 13.500.000 22.500.000
2010 36.000.000 12,5% 4.500.000 18.000.000 18.000.000
2011 36.000.000 12,5% 4.500.000 22.500.000 13.500.000
2012 36.000.000 12,5% 4.500.000 27.000.000 9.000.000

11.3.1 Mat. Industrial

Si) 36.000.000 27.000.000 (2.1) 18 AAC 73 Amorti. Exercic.

9.000.000 (Sd (2.1) 27.000.000 27.000.000 (2) (2) 27.000.000 27.000.000Sd

36.000.000 36.000.000 9.000.000 9.000.000

33
Exercícios

Um G-63 foi adquirido em 2 de Janeiro de 2006 pela empresa INAVIC. Lda no valor de
77.000.000 kz, com uma taxa de 20% e um valor residual de 7.000.000.

- Elabore o quadro de amortização, sabendo que o bem foi amortizado ate 29-12-2009.

1.2 Aquisição de act imobilizados no decurso do ano

Quando aquisição é feita no percurso do exercício, a amortização ou anuidade relativo ao meio


que entra em exploração é calculada proporcionalmente ao tempo contando a partir do seguinte a
sua entrada em exploração. Noutras palavras, as amortizações dos bens imobilizados devem ter
início no mesmo ano ou no momento em que o bem esta em condições de entrar em
funcionamento.

Ex: Foi adquirido um meio fixo no valor de 200.000, com uma taxa de 20% e a sua vida útil é
de 5 anos

Suponhamos que, a data de entrada em exploração foi no dia 01 de Março de 1999, isto é, a
partir de 01/03 ate 31/12/1999, o tempo de exploração deste meio vai a 10 meses e não 12 meses.

A amortização deste meio durante o referido ano deve ser calculado proporcionalmente ao seu
tempo de exploração. Onde a amortização de 1999 será:

1º Ano:
𝑽º 𝒙 𝒊 𝒙 𝒏 𝟐𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝒙 𝟐𝟎 𝒙 𝟏𝟎
a) = 𝟏𝟎𝟎 𝒙 𝟏𝟐 = = 33.333,33
𝟏.𝟐𝟎𝟎
𝑨𝒏𝒖𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒙 𝒏 𝟒𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝒙 𝟏𝟎
b) = = = 33.333,33
𝟏𝟐 𝟏𝟐
c) Valor mensal x n = 3.333,33 x 10 =33.333,33

Assim os 10 meses de 1999 = 33.333,33. Este é o valor amortizado deste meio fixo que
corresponde a 10 meses de exploração do 1º ano

O valor a amortizar no ultimo ano vai ser da seguinte forma

2º Ano
𝟐𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝒙 𝟐𝟎 𝒙 𝟐
𝒂) = = 6.666,66
𝟏.𝟐𝟎𝟎

Assim os dois meses de 1999 que faltavam a ser explorados correspondem ao valor de 6.666,66
que foram compensados no ano de 2.000 para corresponder os 12 meses (1) ano = 33.333,33 +
6.666,66 = 39.999,99 ≈ 40.000

N Vº Taxa Amortização do Exe. AAC VCL


1999 200.000 20% 33.333,33 33.333,33 166.666,67
2000 200.000 20% 40.000 73.333,33 126.666,67
2001 200.000 20% 40.000 113.333,33 86.666,67
2002 200.000 20% 40.000 153.333,33 46.666,67
2003 200.000 20% 40.000 193.333,33 6.666,67
2004 200.000 20% 6.666,66 200.000 00
34
1.3 Amortizações Decrescentes

Quotas variáveis em P.A

Aplica-se sobre o valor contabilístico (ou liquido). Cada ano, aplica-se uma taxa fixa sobre o
valor inicial (início do ano) do meio fixo, menos as amortizações anteriores.

Ex: Em 02/1/2006 foi adquirida uma máquina por 250.000 kz cujo a taxa é de 13,5%.

Elabore o quadro de amortização usando o método decrescente.


250.000 x 13,5
Vº = 250.000 Anuidade = 100

i = 13,5% Anuidade = 33.750


100
n = 13,5 = 7 anos

N Vº Taxa Amorti .do Exerc AAC VCL


2006 250.000 13,5% 33.750 33.750 216.250
2007 216.250 13,5% 29.193,75 62.943,75 187.056,25
2008 187.056,25 13,5% 25.252,59 88.196,34 161.803,66
2009 161.803,66 13,5% 21.843,49 110.039,83 139.960,17
2010 139.960,17 13,5% 18.894,62 128.934,45 121.065,55
2011 121.065,55 13,5% 16.343,84 145.278,29 104.721,71
2012 104.721,71 13,5% 14.137,43 159.415,72 90.584,28

1.4 Amortizações com quotas variáveis em P.A com base na soma dos anos

Este método pressupõe que o desgaste do bem é maior nos primeiros anos de vida útil, pois nesta
altura que as despesas de conservação e reparação são mínimas.

A anuidade a amortizar em cada ano obtêm-se da seguinte maneira

1º Aplica-se no valor de aquisição do imobilizado uma taxa decrescente.

2º Este método consiste em multiplicar os valores de aquisição por uma fracção cujo o
numerador é um número constante de anos ficando a correr sobre a duração de amortização e
cujo o denominador é constante e igual ao somatório de todos os numeradores.

3º Faz-se a soma dos anos de vida útil

4º Amortiza-se em cada ano uma fracção correspondente a soma dos anos de vida útil por ordem
decrescente

35
Sendo uma Progressão Aritmética admitimos que o razão seja representado por K onde:

Q1 = K x N; Q2 = K(n-1); Q3 = K(n-2)…

Qt = K(n-t+1).
𝑨
A quota de amortização será: Qt = K(n-t+1) e K= ∑ 𝑻 ou A = Vº-VR logo

𝑽º−𝑽𝑹
K= ∑𝑻

Com base disto teremos o valor da quota anual do período t pela fórmula
𝑨 𝑽º−𝑽𝑹
Qt = (n-t+1) como A = Vº-VR logo Qt = ∑𝑻
(n-t+1)
∑𝑻

Em 3/01/2011 foi adquirida uma maquina na empresa K.D. Lda por 20.000.000, tendo o valor
residual estimado em 1.000.000 kz e a sua vida útil é de 5 anos

Determine o quadro das amortizações em P.A


𝑽º−𝑽𝑹
Dados: K= ∑𝑻
∑ t = 1+2+3+4+5

20.000.000−1.000.000
Vº = 20.000.000 K= ∑ t = 15
15

19.000.000
n = 5 anos K= 15

VR = 1.000.000 K = 1.266.666,67

Q1 = K(n-t+1)

Q1 = 1.266.666,67 (5-1+1)

Q1 = 6.333.333,35

Q2 = 1.266.666,67 (5-2+1)

Q2 = 5.066.666,68

Q3 = 1.266.666,67 (5-3+1)

Q3 = 3.800.000,01

Q4 = 1.266.666,67 (5-4+1)

Q4 = 2.533.333,34

Q5 = 1.266.666,67(5-5+1)

Q5 = 1.266.666,67

36
Quadro de amortização

Ano Vº Amortiz Exer AAC VCL


2011 20.000.000 6.333.333,35 6.333.333,35 13.666.666,65
2012 20.000.000 5.066.666,68 11.400.000,03 8.599.999,97
2013 20.000.000 3.800.000,01 15.200.000,04 4.799.999,96
2014 20.000.000 2.533.333,34 17.733.333,38 2.266.666,62
2015 20.000.000 1.266.666,67 19.000.000 1.000.000

1.5 Método de amortizações variáveis ou funcional “critérios das unidades de produção”

Trata-se de um critério elástico em que a quota de amortização é calculada com base na


actividades do bem. A sua depreciação é calculada em base de diferentes períodos de tempo.

Segundo este método o valor da amortização do meio fixo varia em cada ano em função dos
serviços prestados: números de horas de funcionamento, quilometragem, produtos fabricados
etc…

Considerando:

➢ Va = Valor de aquisição;
➢ VR = Valor residual;
➢ A = Anuidade;
➢ U = Números de unidades (Horas , quilómetros) de actividades prevista para o bem
➢ Ui = Número de unidade de actividade no ano y

Assim, anuidade de amortização é obtida pela fórmula:


Vº−VR
A= x Ui
U

Ex: Um foi adquirido em 04/ z pela empresa Matondo Lda por um valor de 66.000.000
prevendo-se uma vida útil de 4 anos para o bem e um valor residual de 6.000.000.

Suponhamos que o mesmo veiculo automóvel adquirido poderá percorrer 100.000 quilómetros.

Calcula a quota de amortização supondo que no primeiro ano o veiculo percorreu 30.000
quilómetros e no segundo ano 28.000 quilómetros e no terceiro ano 22.000 quilómetros e no
ultimo ano 20.000 quilómetros.

Dados:
𝑽º − 𝑽𝑹
Vº = 66.000.000 A= 𝒙 𝑼𝒊
𝑼

𝟔𝟔.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎−𝟔.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎
VR = 6.000.000 A= x30.000
𝟏𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎

n = 4 anos A = 600 x 30.000

U = 100.000 km A = 18.000.000
37
Quadro de amortização

N Ui Vº Amortiz. Exerc AAC VCL


Z 30.000 66.000.000 18.000.000 18.000.000 48.000.000
Z+1 28.000 66.000.000 16.800.000 34.800.000 31.200.000
Z+2 22.000 66.000.000 13.200.000 48.000.000 18.000.000
Z+3 20.000 66.000.000 12.000.000 60.000.000 6.000.000

NB: Quando falamos sobre a noção das amortizações afirmamos que uma parte dos imobilizados
não sofrem perdas de valor como por exemplo: os terrenos. Portanto na aquisição de um edifício
por exemplo caso não seja identificado o valor do terreno no acto de compra aplica-se a taxa
25% sobre o valor de aquisição para subtrair essa diferença todavia representando o valor do
terreno.

Ex: A empresa J.M. comprou um apartamento da cede no valor 50.000.000 em 01/1/2014.

Elabore o quadro de amortização em 31/12/2018, com a taxa de 4% usando o SAC, incluindo o


valor do terreno não identificado na compra.

Dados

Vº = 50.000.000 Vt = Vº x 25% V.ed = Vº - Vt


100
n= = 25 Anos Vt = 50.000.000 x 25% V.ed = 50.000.000-12.500.000
4

i = 4% Vt = 12.500.000 V. ed = 37.500.000

Quadro de amortização

N Vº Taxa Amort. Exercicio AAC VCL


5 37.500.000 4% 1.500.000 7.500.000 30.000.000

11.1.1 Terrenos 11.2 Edificio

(1) 12.500.000 12.500.000 Sd (1.1) 37.500.000 7.500.000 (2.1)

30.000.000 Sd

18 AAC 73 Amorti. Exercic.

(2.1)7.500.000 7.500.000(2) (2) 7.500.000 7.500.000 Sd

1.6 Método de registo das Amortizações

As amortizações podem registar-se utilizando dois métodos que são: método directo e indirecto;

1º Método Directo:

38
Com este método as quotas ou anuidade de amortização do imobilizado relativo a cada exercício,
é creditada na respectiva conta do imobilizado, por debito da conta custo por natureza 73
amortização do exercício.

a) Registo contabilístico:

11 Imobilizados 73 Amortiz. Exercício

Anuidade/ Amort. Anual

2º Método Indirecto:

Por este método, as quotas ou amortizações anuais são adicionadas as existentes na conta 18
amortização acumulada. Esta conta acumula as amortizações anuais.

b) Registo contabilístico

11 Imobilizações 18 AAC 73 Amort. Exerc.

1.7 Alienações da Imobilizações Corpóreas

Em caso de venda ou sinistros, existem passos a seguir.

Torna-se necessário calcular o valor líquido actual do bem a alienar para tal utilizaremos: VL =
Vº - AAC.

A alienação do imobilizado pode originar perda ou ganho consoante do bem e o valor da venda.
o ganho ou perda da origem a dois registos contabilísticos diferentes :

a) Alienação do bem com ganho

Considera-se que existe ganho se o valor do bem for inferior do valor da venda:

VL < V.Vda.

Devido a evolução tecnológica ou novas produções, a empresa sente frequentemente necessidade


de substituir os seus imobilizados. É também usual a empresa vender o equipamento antigo
conseguindo, assim realizar algum dinheiro para adquirir equipamento mais actual.

Contabilização:

1º Anulação do Imobilizado

11 Imobilizados 68.3 Ganhos em Imobliza.

AAC V.A
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2º Anulação das AAC

68.3 Ganhos em Imobiliza. 18 AAC

AAC AAC

3º Venda do bem com ganho

a) Venda a pronto Pagamento

68.3 Ganhos em Imobiliza 43/45

V.Vda V.Vda

b) Venda a Crédito (prazo)

68.3 Ganhos em Imobiliza 37.2 Venda de Imobilizad.

V.Vda V.Vda

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c) Alienação do bem com Perda

Considera-se que existe perda quando o valor líquido do bem é superior ao preço de venda: VL ˃
V.Vda.

A semelhança da operação anterior e empresa deverá efectuar os seguintes registos


contabilísticos :

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