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FICHA 20

• Flexão verbal. • Palavras divergentes. Pontuação.


• Coesão textual. • Pronome pessoal em adjacência Classes e subclasses de palavras.
• Neologismo. verbal.
•Valor modal. • Orações subordinadas.
• Funções sintéticas. • Antecedente.

Título: "A mais incerta das certezas - itinerário poético de Fernando Pessoa"
Autor: Pierre Hourcade; Editora: Tinta da China; Páginas: 487.
Parece que, em certa tarde passada na Brasileira, Fernando Pessoa terá esboçado em lingua-
gem de matemático, entre gráficos e quejandos, um "Intersecionismo explicado aos Inferiores".
Escrito por Pessoa, seria obra de alcance Universal, pois "inferiores", em relação ao poeta, não
apartaria ninguém. De tal gráfico, só restou uma menção numa carta a Armando Côrtes-Rodri-
gues, o que obriga quem quer compreender o intersecionismo a aventurar-se por escritos que
não lhe estão destinados. É, portanto, com a reserva da incompreensão certa - que Fernando
Pessoa não precaveu, deixando ir o gráfico para o lixo com as borras de café - que atrevemos
umas tímidas palavras de caracterização. Intersecionismo, forma artística de cruzar planos ou
sensações, aspeto que adquire o futurismo nado a partir do genoma Luso, cubismo traçado em
letra, geometria lírica, ou tudo o que evoque a súbita mistura de planos diferentes, imagens
inconciliáveis e lógicas contraditórias.
Faltará, a estas poucas linhas, a dimensão do génio, pois que assim também o livro de Pierre
Hourcade - A mais incerta das certezas- poderia ser interpretado à maneira intersecionista.
Também neste livro se entretecem e deslindam vários planos, subordinados a uma metódica
disciplina que tanto lembra a militar quanto a de Euclides. É separadamente um marco historio-
gráfico, um precioso instrumento de análise e um retrato subtil da personalidade de Pessoa;
mas conjuntamente é também uma preciosidade historiográfica, uma análise subtil e um re-
trato da obra que revela em cada heterónimo a marca de água do poeta de Orpheu.
BOBONE, Carlos Maria. "Um mapa para os caminhos de Fernando Pessoa".
http://observador.pt/ [Consult. 2016-07-14]

1. Seleciona a opção correta de cada item.

. A forma verbal «terá esboçado» (linha 3) está conjugada no


(A) futuro composto do conjuntivo.
(B) futuro composto do indicativo.
(C) condicional composto.
(D) infinitivo impessoal composto.
1.2. A palavra «ninguém» (linha 6) é um
(A) quantificador,
(B) determinante.
(C) advérbio.
(D) pronome.
1.3. A oração «quem quer compreender o intersecionismo» (linha 7) classifica-se como subordi-
nada
(A) substantiva relativa.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa restritiva.
(D) adverbial causal.

1.4. No segmento «a aventurar-se por escritos que não lhe estão destinados. É, portanto, com a
reserva da incompreensão certa» (linhas 7 e 8), as palavras sublinhadas asseguram, respeti-
vamente, a coesão
(A) referencial e interfrásica.
(B) referencial e lexical.
(C) frásica e interfrásica.
(D) frásica e temporal.

1.5. Com o uso do travessão duplo (linhas 8 e 9), o autor


(A) introduz uma conclusão.
(B) introduz uma citação.
(C) destaca uma explicação.
(D) destaca uma oposição.
(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2012, 1 .a fase, GAVE)

1.6. Os termos «palavras» (linha 10) e parábola, que provêm do étimo parabola, designam-se
palavras
(A) convergentes.
(B) divergentes.
(C) antónimas.
(D) sinónimas.

1.7. O adjetivo presente em «atrevemos umas tímidas palavras de caracterização» (linhas 9 e 10)
desempenha a função sintática de
(A) predicativo do complemento direto.
(B) complemento do nome.
(C) modificador do nome apositivo.
(D) modificador do nome restritivo.
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1.8. A palavra «genoma» (linha 11) é um
(A) arcaísmo.
(B) neologismo.
(C) empréstimo.
(D) acrónimo.

1.9. O sujeito da forma verbal «Faltará» (linha 14) é


(A) simples.
(B) nulo subentendido.
(C) nulo indeterminado.
(D) composto.

1.10. A anteposição do pronome pessoal «se» em «se entretecem» (linha 16) justifica-se por
(A) surgir numa oração subordinada.
(B) fazer parte de uma oração coordenada.
(C) depender do advérbio «Também» (linha 16).
(D) ser uma frase de forma negativa.

1.11. Os adjetivos «metódica» (linha 16), «precioso» (linha 18) e «subtil» (linha 18) expressa^
uma
(A) obrigação.
(B) permissão.
(C) ordem.
(D) apreciação.

1.12. O antecedente do pronome relativo «que» (linha 20) é


(A) «análise subtil» (linha 19).
(B) «preciosidade historiográfica» (linha 19).
(C) «a obra» (linha 20).
(D) «cada heterónimo» (linha 20).

2. Reescreve a frase «Faltará, a estas poucas linhas, a dimensão do génio» (linha 14), pronomi-
nalizando o complemento indireto.
FICHA 21
• Funções sintéticas. • Classes e subclasses de palavras. • Antecedente.
• Orações coordenadas e • Processos fonológicos. • Dêixís.
subordinadas. • Formação de palavras.

Vila Nova, 3 de dezembro de 1935- Morreu Fernando Pessoa. Mal acabei de ler a notícia no
jornal, fechei a porta do consultório e meti-me pelos montes a cabo. Fui chorar com os pinheiros
e com as fragas a morte do nosso maior poeta de hoje, que Portugal viu passar num caixão para
a eternidade sem ao menos perguntar quem era.
Vila Nova, 15 de julho de 1936- Um parto. A injeções, a ferros, a gritos e a lágrimas da po-
voação inteira, mas um parto. Um bicho de pernas gordas e olhinho azul. O senhor Newton. O
pai, ninguém sabe porquê, mal o agarrou cá fora, que se havia de chamar Newton. Queria New-
ton. E o Conservador do Registo - uma fera de erudição - achou que o pai exagerava. Newton!
Logo Newton!!! Mas eu disse que sim senhor. Newton, que tinha lá?!
De enxada na mão, é quase certo que o novo homem não vai descobrir outra lei da gravita-
ção universal. Mas vai de certeza descobrir o sofrimento, e isso, cá no meu entender, chega.
Vila Nova, 7 de outubro de 1936 - Aqui na minha frente a folha branca do papel, à espera;
dentro de mim esta angústia, à espera: e nada escrevo. A vida não é para se escrever. A vida -
esta intimidade profunda, este ser sem remédio, esta noite de pesadelo que nem se chega a
saber ao certo porque foi assim - é para se viver, não é para se fazer dela literatura.
TORGA, Miguel, 2010. Diário I. Lisboa.
D. Quixote.

1. Identifica as afirmações Verdadeiras e as afirmações Falsas. Justifica as tuas opções.

1.1. Na frase «Morreu Fernando Pessoa» (linha 1), o verbo é intransitivo.

1.2. Dois dos processos fonológicos que ocorreram na evolução da palavra legere > «ler» (linha 1)
são a síncope e a sinérese.

1.3. As datas «1935» (linha 1) e «1936» (linhas 5 e 12) são deíticos temporais.

1.4. O grupo preposicional «do consultório» (linha 2) desempenha a função sintética de comple-
mento do nome.

1.5. A oração «quem era» (linha 4) é subordinada substantiva completiva.

1.6. O sujeito da oração «Queria Newton.» (linhas 7 e 8) é nulo subentendido.

2. Seleciona a opção correta de cada item.

2.1. A palavra «mal» em «mal o agarrou cá fora» (linha 7) é


(A) um nome.
(B) uma conjunção.
(C) um advérbio.
(D) uma preposição.
2.2. O segmento «uma fera de erudição« (linha 8) é, sintaticamente,
(A) predicativo do complemento direto.
(B) modificador do nome restritivo.
(C) modificador do nome apositivo.
(D) complemento direto.

2.3. Um dos processos fonológicos presentes na evolução da palavra sénior > «senhor» (linha 9) é
(A) crase.
(B) síncope.
(C) sonorização.
(D) palatalização.

2.4. A oração «que o novo homem não vai descobrir outra lei da gravitação universal» (linhas 10
e 11) é subordinada
(A) substantiva completiva.
(B) substantiva relativa.
(C) adjetiva relativa restritiva.
(D) adjetiva relativa explicativa.

2.5. A palavra «nada» (linha 13), sintaticamente, é o


(A) sujeito.
(B) complemento direto.
(C) complemento indireto.
(D) modificador.

3. Responde corretamente.

3.1. Identifica o antecedente do pronome pessoal em «mal o agarrou cá fora» (linha 7).

3.2. Classifica a oração introduzida por «Mas» (linha 11).

3.3. Indica a classe e a subclasse da palavra «isso» (linha 11).

3.4. Identifica o processo de formação da palavra «ser» (linha 14).

3.5. Identifica a função sintática desempenhada pela expressão «assim» (linha 15).
(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2010, 1 ,a fase, GAVE)
FICHA 22
Relações semânticas. • Valor modal. • Antecedente.
• Coesão textual. • Palavras divergentes. • Valor dos conectores.
• Funções sintéticas. • Processos fonológicos. Subclasse de palavras.
• Formação de palavras. • Valor da oração.
Orações subordinadas. • Dêixis.

Fraturas nos antebraços, nos crânios e nas mandíbulas dos esqueletos de escravos do século
XV revelam a possível violência que estes sofriam, afirma investigadora do projeto que estuda
os 158 esqueletos encontrados em Lagos em 2009.
Cerca de um terço dos esqueletos lá encontrados apresenta lesões traumáticas - algumas
poderão estar relacionadas com acidentes de trabalho, outras com episódios de violência - ,
disse à agência Lusa Teresa Ferreira, uma das quatro investigadoras do Laboratório de Antropo-
logia Forense da Universidade de Coimbra que estudam aquela que é uma das "mais antigas"
coleções do mundo de indivíduos escravizados e a única de grandes dimensões conhecida na
Europa.
No estudo desenvolvido, foram identificadas fraturas nas mandíbulas, antebraços e crânio
dos escravos que são "altamente sugestivas" dos episódios de violência e maus tratos que estes
indivíduos sofreriam, sublinhou.
De acordo com Teresa Ferreira, as lesões identificadas em vários esqueletos no antebraço di-
reito podem ter como explicação o movimento instintivo de levantar o braço direito (caso a
pessoa seja destra) para proteger a cabeça.
O estudo identificou ainda hérnias, lesões nas mãos e pés, fraturas nas pernas, possíveis casos
de brucelose, deficiências nutricionais, bem como sinais de doenças degenerativas como a ar-
trose. A investigação, que começou em 2015 e terminará em 2017, trabalhou em torno das le-
sões traumáticas que os indivíduos sofreram, bem como na identificação do perfil biológico e
dentição dos mesmos.
Para Teresa Ferreira, "terá de haver uma continuidade" do estudo desta coleção de esquele-
tos. "As fontes históricas são muito importantes, mas são escritas só por uma parte de quem
viveu a história. Os ossos permitem confirmar ou reescrever os acontecimentos. Vêm contar a
história direta".
LUSA, "Ossos de escravos encontrados em Lagos contam a sua história violenta".
www.publico.pt/ciencia
[consult. 2016-07-16]

1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. As palavras «antebraços», «crânios» e «mandíbulas» (linha 1) estabelecem com «esquele-


tos» (linha 1) uma relação semântica de
(A) hiponímia.
(B) hiperonímia.
(C) holonímia.
(D) meronímia.
1.2. A utilização do pronome «estes» (linha 2) contribui para a coesão
(A) gramatical referencial.
(B) gramatical frásica.
(C) gramatical interfrásica.
(D) lexical por substituição.

(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2012, 1 ,a fase, GAVE)

1.3. As expressões sublinhadas «em Lagos em 2009» (linha 3) são, sintaticamente,


(A) modificador do nome e modificador (do grupo verbal), respetivamente.
(B) modificadores (do grupo verbal), em ambos os casos.
(C) modificadores do nome, em ambos os casos.
(D) modificador (do grupo verbal) e modificador do nome, respetivamente.

1.4. As palavras «Antropologia» (linhas 6 e 7) e «biológico» (linha 19) são formadas por
(A) derivação e composição, respetivamente.
(B) composição e derivação, respetivamente.
(C) composição, nos dois casos.
(D) derivação, nos dois casos.

1.5. A palavra «que», em «que são "altamente sugestivas" dos episódios de violência» (linha 11),
tem como antecedente
(A) «fraturas nas mandíbulas, antebraços e crânio dos escravos» (linhas 10 e 11).
(B) «fraturas nas mandíbulas, antebraços e crânio» (linha 10).
(C) «fraturas» (linha 10).
(D) «escravos» (linha 11).

1.6. Um dos processos fonológicos que ocorreram na evolução da palavra derectum > «direito»
(linha 14) é a
(A) vocalização.
(B) síncope.
(C) paragoge.
(D) sonorização.

1.7. A palavra «caso» (linha 14) introduz uma oração subordinada


(A) adverbial causal.
(B) adverbial consecutiva.
(C) adverbial condicional.
(D) substantiva completiva.

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1.8. Quanto à flexão em género, o nome «pessoa» (linha 1 5) é
(A) sobrecomum.
(B) comum de dois.
(C) epiceno.
(D) biforme.

1.9. Os conectores «ainda» (linha 16) e «bem como» (linha 19) expressam uma ideia de
(A) tempo e de adição, respetivamente.
(B) consequência e de comparação, respetivamente.
(C) consequência e de adição, respetivamente.
(D) adição, nos dois casos.

1.10= A oração «que começou em 2015 e terminará em 2017» (linha 18) apresenta um valor
(A) consecutivo.
(B) causal.
(C) restritivo.
(D) explicativo.

1.11, O complexo verbal em «"terá de haver uma continuidade"» (linha 21) assume um valor modal
de
(A) obrigação.
(B) probabilidade.
(C) permissão.
(D) hipótese.

2. Responde corretamente às questões.

2.1. Identifica o tipo de dêixis assegurado pelo advérbio «lá» (linha 4).

(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2012, Época Especial, GAVE)

2.2. Indica a palavra divergente da palavra «direta» (linha 24).


FICHA 23
• Formação de palavras. • Funções sintáticas. • Dêixis.
• Orações subordinadas. • Referente e antecedente. • Valor aspetual.
• Valor dos conectores. • Classes e subclasses de palavras. • Valor modal.
• Coesão textual. • Relações semânticas. • Campo lexical.

O Pomarão não tem continuação para lado nenhum. Quem vai até lá tem de voltar pelo
mesmo caminho que o levou, uma estrada de dezassete quilómetros que vai encontrar a EN que
liga Serpa a Mértola. Dezassete fantásticos quilómetros de paisagem, desde a barragem espa-
nhola do rio Chança, afluente do Guadiana, e pelo meio da qual passa a linha de fronteira, até
uma sucessão de montes sem ninguém à vista, só ruínas e mais ruínas, ruínas de casas de habita-
ção, de celeiros, de currais, de lavouras abandonadas.
Na primeira povoação que encontro, tomo o pequeno-almoço num café daqueles que, supo-
nho, podemos classificar como «tipicamente alentejanos». São nove e meia da manhã mas o
tipo que está ao meu lado no balcão emborca, sem pestanejar, duas aguardentes «mil nove e
vinte». [...]
Próxima paragem: as Minas de São Domingos. Comecei pelas casas dos mineiros, as célebres
4 x 4 (4 m por 4 m). Depois parei num largo grande que tinha um coreto, um court de ténis
abandonado, sinal infalível da presença outrora de ingleses, e algumas casas caiadas lindíssimas,
uma das quais tinha um letreiro a anunciar que se vendia plantas e montes e se alugava cavalos.
[-]
De São Domingos a Mértola desce-se serpenteando por uma estrada ao longo do flanco da
montanha que anuncia a proximidade do Grande Rio do Sul. Vai triste e poluído o Guadiana. Da
sua água não se pode beber e os peixes devem ser à justa para alimentar a panela da excelente
sopa do rio do restaurante Alemgarve, o mais tradicional da terra. [...]
A sul de Mértola, também, mas ao longo do Guadiana e já em pleno Algarve, no fundo de
um vale entre montanhas majestosas, fica a lindíssima vila de Alcoutim. Do outro lado do rio,
mesmo em frente e não desmerecendo na beleza de Alcoutim, fica a povoação espanhola de
Sanlúcar de Guadiana. Duas gémeas separadas por um cordão umbilical líquido, que se contem-
plam uma à outra, dia após dia, século após século.
TAVARES, Miguel Sousa.2005. Sul- Viagens. Oficina do Livro,
3.a edição, pp. 75-81 (texto com supressões)

1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. No contexto em que ocorrem, as palavras «rio» e «afluente» (linha 4)


(A) pertencem ao mesmo campo semântico.
(B) estabelecem uma relação de sinonímia.
(C) pertencem ao mesmo campo lexical.
(D) estabelecem uma relação de antonímia.
1.2. A palavra «pequeno-almoço» (linha 7) é formada através de um processo de
(A) composição por associação de duas palavras.
(B) composição por associação de dois radicais.
(C) derivação não afixai.
(D) conversão.

1.3. A oração «que está ao meu lado no balcão» (linha 9) é subordinada


(A) substantiva completiva.
(B) substantiva relativa.
(C) adjetiva relativa explicativa.
(D) adjetiva relativa restritiva.

1.4. O advérbio «Depois» (linha 12) contribui para a coesão


(A) temporal.
(B) referencial.
(C) lexical.
(D) frásica.

1.5. O vocábulo «que» (linha 14) introduz uma oração subordinada


(A) adjetiva relativa restritiva.
(B) substantiva completiva.
(C) substantiva relativa.
(D) adverbial final.

1.6. A conjunção «para» (linha 18) permite estabelecer na frase uma relação de
(A) causalidade.
(B) completamento.
(C) finalidade.
(D) retoma.
(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2008, 2.a fase, GAVE)

1.7. Com a utilização da forma do verbo auxiliar modal «devem», em «os peixes devem ser à
justa para alimentar a panela» (linha 18), introduz-se um valor de
(A) obrigação.
(B) probabilidade.
(C) apreciação.
(D) permissão.
1.8. O uso das palavras «Guadiana» (linha 20) e «rio» (linha 21) constitui um mecanismo de coe-
são lexical por substituição através da
(A) sinonímia,
(B) antonímia.
(C) holonímia-meronímia.
(D) hiperonímia-hiponímia.

1.9. O constituinte «a lindíssima vila de Alcoutim» (linha 21) desempenha a função sintética de
(A) sujeito.
(B) complemento direto.
(C) complemento oblíquo.
(D) predicativo do sujeito.

1.10„ O constituinte «de Alcoutim» (linha 21) desempenha a função sintética de


(A) complemento do adjetívo.
(B) complemento do nome.
(C) modificador do nome restritivo.
(D) predicativo do complemento direto.

Classifica as afirmações seguintes como Verdadeiras ou Falsas. Justifica as tuas opções.

2.1. Na expressão «que o levou» (linha 2), o referente de «o» é «Quem vai até lá» (linha 1).

2,2» A palavra «dezassete» (linha 2) é um quantificador numeral.

23. Em «Comecei pelas casas dos mineiros» (linha 11), estão presentes referências deíticas pes-
soais e espaciais.

2.4. Em «De São Domingos a Mértola desce-se serpenteando por uma estrada» (linha 16), a
forma verbal «serpenteando» traduz o modo continuado da ação.

2.5. O antecedente do pronome relativo «que» (linha 17) é «o flanco da montanha» (linhas 16 e 17).

2.6. O conector «também» (linha 20) introduz uma relação de adição.


FICHA 24
• Formação de palavras. • Orações subordinadas. • Valor dos conectores.
• Funções sintéticas. • Coesão textual. • Valor das orações.
• Classes e subclasses de palavras. • Valor modal.

A Susana está triste porque cortaram o pinheiro manso que vivia mesmo em frente à sua ja-
nela. Eu também ficaria, se cortassem a árvore que mora ao pé de mim e enche a minha janela
de folhas logo de manhã (mesmo sem saber o nome dela). E fiquei, quando cortaram as duas
bananeiras que o senhor Andrade fez nascer no descampado que havia aqui ao lado. Porque,
mesmo tendo aprendido com a Teresa que bananeiras não são árvores, mas antes herbáceas
com gigantismo, tenho muitas saudades daquele contributo de Brasil no skyline da Senhora da
Hora.
O escaravelho rhynchophorus ferrugineus vai comendo a Palmeira, de maneira que a pal-
meira apodrece por dentro e vai perdendo as folhas uma a uma, até ficar um toco careca, uma
assombração. O meu pai suspira muito quando as vê. E foi ao ver os seus suspiros que comecei a
reparar nelas. Talvez sejam centenas. Centenas de carcaças que ficam para lembrar, que estas
pragas não existiam por aqui antes de estar tão quente.
Sempre gostei de palmeiras. Cresci em Leça da Palmeira, com uma janela virada para uma
palmeira e foi por causa de uma prancha cor-de-rosa da Playmobil decorada com uma palmeira,
que sonhei um dia em ser prof. de WindSurf. Na verdade, sempre gostei de árvores. Aprendi em
família a ter árvores de estimação e a valorizar a sua presença, com amizade.
Um cedro numa fotografia a preto-e-branco na sala de visitas, como mais um parente, no
meio de tantas outras fotografias a preto-e-branco com senhores de barba e monóculo. Um
cedro enorme, que caiu por causa do ciclone de 1941, ainda a minha avó Sofia era pequena, e
que era lembrado com saudade como se de um amigo se tratasse.
Esse cedro foi substituído por outro (que também já é enorme), em cuja sombra pendurámos
baloiços, tirámos fotografias de noivos e passamos tardes frescas. Ali bem perto de um pinheiro
bravo muito alto, que morreu por causa de um raio, há uns anos, e cujo vazio está lentamente a
ser coberto por uma sequoia jovem. Ali depois da Palmeira, que também morreu do escarave-
lho, e cujo vazio ainda não tentámos cobrir. Ali mesmo antes do rododendro, que de arbusto
tão antigo se fez árvore para cobrir o chão de cor-de-rosa e nos servir de cenário para as foto-
grafias do álbum.
http://visao.sapo.pt/opiniao/2017-01-25-Cedro-palmeira-pinheiro-rododendro
(texto adaptado com supressões) [Consult. 2017-01-30]

1. Classifica as afirmações seguintes como Verdadeiras ou Falsas. Justifica as tuas opções.

1.1. A palavra «que» (iinha 1) introduz uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

1.2. A conjunção que introduz a primeira oração em «se cortassem a árvore que mora ao pé de
mim» (linha 2) expressa um valor condicional.
1.3. Os vocábulos sublinhados em «quando cortaram as duas bananeiras que o senhor Andrade
fez nascer no descampado que havia aqui ao lado.» (linhas 3 e 4) desempenham a função
sintática de complemento direto.

1.4. A locução «de maneira que» (linha 8) introduz uma oração subordinada adverbial consecu-
tiva.

1.5. A concordância em número entre o sujeito e o predicado da frase «A palmeira apodrece por
dentro e vai perdendo as folhas uma a uma» (linhas 8 e 9) assegura a coesão interfrásica.

1.6. A palavra «suspiros» (linha 10) é derivada por sufixação.

2. Faz corresponder a cada elemento da coluna A o único elemento da coluna B, de modo a


obteres uma afirmação correta de acordo com o sentido do texto.

COLUNA A COLUNA B

1) o enunciador assegura a coesão gramatical


(a) Com o adjetivo «triste» referencial.
(linha 1),
2) o enunciador introduz um modificador.
(b) Com o uso da conjunção
3) o enunciador apresenta um predicativo do
subordinativa «quando»
sujeito.
(linha 3),
4) o enunciador assegura a coesão lexical.
(c) Com a oração «que ficam
para lembrar» (linha 11), 5) o enunciador insere um modificador do nome
restritivo.
(d) Com o advérbio «talvez»
6) o enunciador introduz uma oração com valor
(linha 11)
temporal.

(e) Com o constituinte «há uns 7) o enunciador introduz uma consequência.


anos» (linha 23),
8) o enunciador recorre à modalidade epistémica.

3. Identifica a classe e a subclasse das palavras destacadas em «O meu pai suspira muito quando
as vê. E foi ao ver os seus suspiros que comecei a reparar nelas.» (linhas 10 e 11).

4. Indica a expressão de que o determinante «cujo» (linha 25) é uma anáfora.


FICHA 25
• Verbos auxiliares. • Coesão textual. • Relações de ordem cronológica.
• Orações coordenadas e • Organização de sequências textuais. • Dêixis.
subordinadas. • Funções sintéticas.
• Formação de palavras. • Valor modal.

Durante muito tempo, a imensidão do Oceano foi entendida como fonte ilimitada e inesgo-
tável de recursos. A evolução observada no último século obrigou a reconhecer a necessidade
de contenção na interação do Homem com o Oceano. Atenta a esta realidade, em 2002, a Con-
ferência Mundial de Joanesburgo adotou a Declaração para o Desenvolvimento Sustentável,
tendo então sido assinalada a vontade de conseguir a aplicação da gestão por ecossistemas nas
áreas marítimas em 2010, e de estabelecer, até 2012, uma rede de áreas marinhas protegidas.
Esta nova realidade de atuação, prudente em matérias relativas ao Oceano, é também teste-
munho gerador de um conjunto acrescido de oportunidades, elevando o potencial económico
do uso e exploração do Mar, garantindo, ao mesmo tempo, a preservação do Oceano para as
gerações vindouras. [...]
Significa isto que devemos procurar beneficiar do facto de sermos um país de fronteira da
União Europeia e, assim, beneficiar da menor distância que nos liga aos continentes africano e
americano. Ligados pela língua e ligados pelo Oceano, os Estados parte da CPLP têm no Mar um
ativo de valor inquestionável. Como um todo, e com uma Zona Económica Exclusiva que corres-
ponde a sete milhões e meio de quilómetros quadrados, a CPLP é uma parte significativa da
comunidade de países marítimos a nível mundial e cuja ação concertada em assuntos relativos
ao Mar poderá impor uma marcha determinada no caminho do desenvolvimento sustentável do
oceano. Percorrer este caminho requer uma efetiva colaboração no aproveitamento das capaci-
dades técnicas e científicas existentes no conjunto dos estados, no incremento da cooperação,
intercâmbio de competências e de boas práticas.
A compatibilização entre tantos e tão díspares usos e serviços é hoje, seguramente, um
grande desafio coletivo que urge enfrentar. Para isso, a ciência, o conhecimento científico e a
sua difusão entre os jovens são instrumentos fundamentais de um pleno exercício de cidadania.
A intervenção cívica dos cidadãos na preservação dos Oceanos tem que ser, em termos técnico-
-científicos, absolutamente rigorosa, pois só assim se tornará responsável, credível e, em última
instância, eficaz. Não é possível preservar o que se desconhece, sendo por essa razão indiscutível
o papel da investigação científica e do investimento nesta área do conhecimento.
Discurso de SEXA PR por ocasião do Dia Nacional e Mundial do Mar
Sociedade de Geografia de Lisboa, 16 de Novembro de 2005
http://jorgesampaio.arquivo.presidencia.pt/pt/noticias/noticias/discursos-1334.html.
[Consult. 27-09-2016]

1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. Na primeira frase do texto, o verbo ser em «foi entendida» é auxiliar


(A) dos tempos compostos.
(B) da passiva.
(C) temporal.
(D) aspetual.
1.2. A palavra «então» (linha 5) é um deítico
(A) pessoal.
(B) espacial.
(C) temporal.
(D) temporal e espacial.

1.3. O vocábulo «que» (linha 11) introduz uma oração subordinada


(A) adverbial consecutiva.
(B) adverbial final.
(C) adjetiva relativa restritiva.
(D) substantiva completiva.

1.4. O pronome pessoal em «beneficiar da menor distância que nos liga aos continentes africano
e americano» (linhas 12 e 13) desempenha a função sintética de
(A) complemento direto.
(B) complemento oblíquo.
(C) complemento indireto.
(D) modificador.

1.5. A palavra «CPLP» (linha 13) é


(A) um acrónimo.
(B) uma sigla.
(C) uma amálgama.
(D) um empréstimo.

1.6. Os vocábulos «Oceano» e «Mar» (linha 13) asseguram a coesão lexical através da substitui-
ção por
(A) antonímia.
(B) sinonímia.
(C) meronímia.
(D) hiperonímia.

1.7. A oração «pois só assim se tornará responsável, credível e, em última instância, eficaz» (li-
nhas 25 e 26) é
(A) coordenada explicativa.
(B) coordenada conclusiva.
(C) subordinada adverbial causal.
(D) subordinada substantiva completiva.
J

1.8. O último parágrafo do texto é predominantemente


(A) dialogai.
(B) descritivo.
(C) argumentativo.
(D) expositivo.

(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2014, 1 ,a fase, IAVE)

3. Faz corresponder a cada elemento da coluna A o único elemento da coluna B, de modo a


obteres uma afirmação correta de acordo com o sentido do texto.

COLUNA A COLUNA B

(1) o enunciador assegura a coesão gramatical


frásica, inserindo o complemento direto.
(a) Com a expressão «prudente em
(2) o enunciador introduz um modificador (do
matérias relativas ao Oceano»
grupo verbal), com valor de modo.
(linha 7),
(3) o enunciador introduz a modalidade
(b) Com a utilização de «ao mesmo epistémica, com valor de certeza.
tempo» (linha 9),
(4) o enunciador adiciona informação a um grupo
(c) Com o recurso a «assim» (linha 12), nominal, através de um modificador apositivo.

(5) o enunciador restringe um grupo nominal.


(d) Com a utilização do advérbio
«seguramente» (linha 21), (6) o enunciador introduz uma relação de
simultaneidade entre duas ideias.
(e) Com o segmento «um grande
desafio coletivo que urge enfren- (7) o enunciador assegura a coesão interfrásica,
tar» (linhas 21 e 22), introduzindo uma ideia de conclusão.

(8) o enunciador predica algo acerca do sujeito da


oração.

138
FICHA 26
• Funções sintéticas. • Classes e subclasses de palavras. • Relações semânticas.
• Coesão textual. • Formação de palavras.
• Orações subordinadas. • Processos fonológicos.

Ambição nunca faltou a Gonçalo M. Tavares, nem confiança nas suas capacidades, e por isso
ninguém estranha esta ideia ousada: um romance em verso que parodia "Os Lusíadas".
Convém no entanto desfazer equívocos sobre o uso do verso e da paródia. Embora o texto
esteja dividido em cantos (dez), estrofes e versos, não existe rima nem qualquer esquema formal
estrito. E a escrita não é especificamente "poética", exceto nalgumas passagens. Percebe-se a
intenção de recorrer ao verso para glosar o género épico, mas não é um estratagema indispen-
sável. Quanto ao elemento paródico, ninguém imagine que se trata de um pastiche ou de terro-
rismo cultural. Tavares quer sobretudo retomar a noção de epopeia, vista agora de forma irre-
mediavelmente distópica. De "Os Lusíadas" pouco mais existe neste texto do que a ideia vaga
de uma "viagem à índia" e umas quantas citações. Se as primeiras páginas do livro soam quase
épicas, com a evocação das grandezas do mundo, logo somos informados de que não haverá
aventuras, prodígios ou milagres. "Viagem à índia" não tem a abundância narrativa camoniana,
nem o tom exaltado, nem as alusões religiosas ou mitológicas; mais importante, só por ironia é
que se considera o protagonista deste romance um "herói", porque Tavares recusa toda e qual-
quer empatia.
Que "epopeia" é então "Uma Viagem à índia"? O protagonista viu a sua vida despedaçada
por causa de um duplo homicídio (um que sofreu, outro que praticou) e decide viajar para
longe, em busca de sabedoria e esquecimento. É uma fuga com carácter pedagógico: "encon-
trar a sabedoria enquanto foge; fugir enquanto aprende". Escolhe como destino a índia, civili-
zação antiga e distante. Mas vai para a índia lentamente e em força, convicto mas demorado,
passeando-se primeiro por várias capitais europeias.
MEXIA, Pedro, Anti-Camões. Público, 2010 (texto adaptado)
(disponível em https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/anticamoes) [Consult. 26-08-2016]

1. Identifica as funções sintéticas dos segmentos:

1.1. «a Gonçalo M. Tavares» (linha 1).

1.2. «ousada» em «esta ideia ousada» (linha 2).

1.3. «não é especificamente "poética"» (linha 5).

1.4. «do livro» (linha 10).

1.5. «"um herói"» (linha 14).


Pi
1.6. «por causa de um duplo homicídio» (linha 17).

1.7. «civilização antiga e distante» (linhas 19 e 20).

1.8. «por várias capitais europeias» (linha 21).

2-, Identifica as afirmações Verdadeiras e as afirmações Falsas. Justifica as tuas opções.

2.1. Um dos fenómenos fonológicos que ocorreram na evolução da palavra ipsu > «isso» (linha 1)
é a assimilação.

2.2. A palavra «Embora» (linha 3) introduz uma oração subordinada adverbial concessiva.

2.3. As expressões «"Os Lusíadas"» (linha 9) e «"epopeia"» (linha 16) mantêm entre si uma rela-
ção semântica de sinonímia.
(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2a fase, 2008, GAVE)

2.4. Em «Escolhe como destino a índia» (linha 19) está presente uma elipse.

3. Seleciona a opção correta de cada item.

3.1. A flexão do verbo no singular em «ninguém estranha» (linha 2) contribui para assegurar a
coesão
(A) interfásica.
(B) lexical.
(C) frásica.
(D) referencial.

3.2. A palavra «irremediavelmente» (linhas 8 e 9) é derivada por


(A) parassíntese.
(B) conversão.
(C) sufixação e prefixação.
(D) sufixação.

33. As palavras destacadas em «que se trata» (linha 7) e «Se as primeiras páginas do livro» (linha
10) são
(A) conjunções, nos dois casos.
(B) pronomes, nos dois casos.
(C) conjunção e pronome, respetivamente.
(D) pronome e conjunção, respetivamente.

142
FICHA 27
• Formação de palavras. • Classes e subclasses de palavras.
• Campo lexical. • Funções sintéticas.
• Coesão textual.

Portugal vive indiscutivelmente um novo fluxo de emigração. Com o rebentar da crise, o fe-
nómeno que marcou o País nos anos 60 parece estar a repetir-se, mas estamos perante uma
vaga muito diferente daquela que se registou no período da ditadura e com muito menos re-
torno económico, financeiro e social que a de então.
Os jovens que na década de 60 deixaram o País, para fugir à guerra colonial e à pobreza, fa-
ziam-no ilegalmente, submetiam-se a condições de vida sub-humanas no estrangeiro e à me-
dida que iam conseguindo adaptar-se e ganhando dinheiro tinham um único objetivo: regressar
ao seu país e à terra, para onde tinham enviado todas as poupanças feitas.
Agora é diferente. Dos cerca de cem mil portugueses que estão a emigrar anualmente, a
maioria deles são jovens qualificados, entre os 25 e os 34 anos, as grandes vítimas do desem-
prego nacional. Querem mais do que um primeiro emprego, vão por uma carreira. No mundo
cada vez mais global, ficarão e farão a sua vida de acordo com o país onde a sua formação e
qualidade for reconhecida. Adaptando-se à vida local. Quando muito, virão de férias. Para eles,
só a nível emocional fará diferença terem o valor premiado no nosso país ou noutro lado do
mundo. Mas para Portugal significa muito: estamos perante a perda da tão necessária mão de
obra qualificada. É urgente pois criar programas que invertam este processo.
Diário de Notícias, 2012, disponível em/www.dn.pt/opiniao/editoriais/interior/a-emigracao-jovem
[Consult. em 14-08-2016] (texto adaptado e com supressões)

1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. As palavras «rebentar» (linha 1) e «perda» (linha 15) são formadas, respetivamente, por
(A) derivação por conversão e derivação não afixai.
(B) derivação por sufixação e truncação.
(C) derivação por conversão e composição morfológica.
(D) composição morfológica e derivação não afixai.

1.2. As expressões «período da ditadura» (linha 3) e «guerra colonial» (linha 5)


(A) pertencem ao mesmo campo lexical.
(B) pertencem ao mesmo campo semântico.
(C) estabelecem uma relação de hierarquia.
(D) estabelecem uma relação de inclusão.
1.3. O uso das palavras «daquela» (linha 3) e «a» em «a de então» (linha 4) contribui para a coesão
(A) lexical.
(B) frásica.
(C) referencial.
(D) aspeto-temporal.
(Item adaptado da Prova de Escrita de Portugês, 2016, 1. a fase, IAVE)

2. Faz corresponder a cada elemento da coluna A o único elemento da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

1. A palavra «mas» (linha 2)


A) é um adjetivo qualificativo.
2. A palavra «para» (linha 5)
B) é um advérbio relativo.

3. A palavra «ilegalmente» (linha 6) C) é uma conjunção subordinativa final.

4. A palavra «diferente» (linha 9) D) é uma conjunção coordenativa adversativa.

E) é um advérbio de predicado.
5. A palavra «onde» (linha 12)
F) é um pronome relativo.
6. A palavra «que» (linha 16)

3. Identifica as afirmações Verdadeiras e as afirmações Falsas. Justifica as tuas opções.

3.1. A expressão «da crise» (linha 1) desempenha a função sintática de modificador do nome
restritivo.

3.2. A oração «que na década de 60 deixaram o País» (linha 5) desempenha a função sintática de
modificador do nome apositivo.

3.3. O pronome pessoal presente em «faziam-no» (linhas 5 e 6) desempenha a função sintática


de complemento direto.

3.4. A palavra «diferente» (linha 9) desempenha a função sintática de predicativo do sujeito.

3.5. A expressão «No mundo cada vez mais global» (linhas 11 e 12) desempenha a função sintá-
tica de modificador.

3.6. O segmento «criar programas que invertam este processo» (linha 16) desempenha a função
sintática de sujeito.
FICHA
• Organização de sequências textuais. • Relações de ordem cronológica. • Orações subordinadas.
• Classes e subclasses de palavras. • Valor da oração. • Dêixis.
• Coesão textual. • Funções sintéticas. • Campo semântico.
• Flexão verbal. • Formação de palavras. • Valor dos conectores.

As temperaturas médias do mundo bateram recordes no primeiro semestre do ano, por isso
2016 poderá vir a ser considerado o ano mais quente desde que existem medições, afirmou a
Organização Meteorológica Mundial (OMM).
A OMM, que atua como um braço científico das Nações Unidas e é a autoridade mundial que
trata das questões do clima, revelou que os níveis do dióxido de carbono - o maior causador da
mudança climática - também bateram os recordes entre janeiro e junho.
Neste período, o degelo no Oceano Ártico ocorreu mais cedo e mais rapidamente, com a
temperatura média do primeiro semestre deste ano a atingir 1,3 graus Celsius, o que significa
que está acima da média da era pré-industrial, nos finais do século XIX.
Junho do ano passado foi o décimo quarto mês consecutivo mais quente, tanto a nível da
superfície terrestre como dos oceanos e foi também o trigésimo oitavo mês consecutivo em que
as temperaturas estiveram acima da média do século XX. A última vez em que as temperaturas
no mundo estiveram abaixo dessa média foi em dezembro de 1984.
O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, explicou que "a tendência para a mudança climá-
tica está a atingir novas escalas, intensificadas pelo forte fenómeno do El Nino entre 2015 e
2016".
Ainda que o El Nino tenha desaparecido, está em causa uma subida de temperaturas devido
à produção de gases de efeito de estufa que não tem diminuído, explicou o diretor da Investi-
gação Climática da OMM, David Carlson, numa conferência de imprensa. A consequência é que
o mundo enfrentará mais ondas de calor, chuvas muito intensas e ciclones tropicais de maior
impacto, dizem os especialistas.
As concentrações de dióxido de carbono na atmosfera superaram este ano a barreira simbó-
lica de 400 partes por milhões e a tendência é para subir. No oceano Ártico, o calor conduziu ao
degelo anual que se produz de forma antecipada. A Organização Meteorológica Mundial tam-
bém observou que as chuvas variaram de maneira significativa em todo o mundo.
Enquanto se viveu uma temporada muito seca em Espanha, no norte da Colômbia, no nor-
deste do Brasil, no Chile, no sul da Argentina e em várias partes da Rússia, registaram-se condi-
ções meteorológicas mais húmidas do que o normal no norte da Argentina, no norte e centro
da Europa, na Austrália e em várias zonas da Ásia Central e no sul da Ásia.
FORRA, Luís. In Lusa. "2016 pode tornar-se o ano mais quente da história".
http://observador.pt. [Consult. 08-09-2016]
II it
1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. Os quatro primeiros parágrafos do texto são predominantemente


(A) descritivos.
(B) expositivos.
(C) argumentativos.
(D) narrativos.

(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2011, Época Especial, GAVE)

1.2. No segundo parágrafo do texto, as palavras «que» são


(A) dois pronomes e uma conjunção, respetivamente.
(B) duas conjunções e um pronome, respetivamente.
(C) pronomes em todos os casos.
(D) conjunções em todos os casos.

1.3. O constituinte «o décimo quarto mês consecutivo mais quente» (linha 10) contribui para
assegurar a coesão gramatical
(A) temporal.
(B) interfrásica.
(C) referencial.
(D) frásica.

1.4. A oração introduzida por «em que» (linha 11) é subordinada


(A) substantiva relativa.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa restritiva.
(D) adverbial consecutiva.

1.5. Os compostos verbais «tenha desaparecido» (linha 17) e «tem diminuído» (linha 18) estão
conjugados, respetivamente,
(A) no pretérito perfeito do conjuntivo e no pretérito perfeito composto do indicativo.
(B) no presente do conjuntivo e no pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo.
(C) no pretérito mais-que-perfeito do conjuntivo e do indicativo.
(D) no presente do conjuntivo e no presente do indicativo.

150
1.6. Na expressão «o mundo enfrentará mais ondas de calor, chuvas muito intensas e ciclones
tropicais de maior impacto, dizem os especialistas» (linhas 20 e 21), a forma verbal «enfren-
tará» corresponde, em relação à forma verbal «dizem», a um tempo
(A) anterior.
(B) posterior.
(C) inacabado.
(D) simultâneo.

1.7. O verbo conduzir, na frase «No oceano Ártico, o calor conduziu ao degelo anual que se pro-
duz de forma antecipada.» (linhas 23 e 24) é
(A) transitivo direto.
(B) transitivo-predicativo.
(C) transitivo indireto.
(D) intransitivo.

1.8. A conjunção «Enquanto» (linha 26) introduz uma ideia de


(A) consequência.
(B) condição.
(C) causa.
(D) contraste.

(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2011, 2. a fase, GAVE)

2. Identifica a função sintática do constituinte «da mudança climática» (linhas 5 e 6).

3. Indica o processo de formação da palavra «pré-industrial» (linha 9).

4. Classifica a oração «Ainda que o El Nino tenha desaparecido» (linha 17).

(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2012, 2.a fase, GAVE)

5. Transcreve o predicado da oração «está em causa uma subida de temperaturas» (linha 17).

6. Identifica o tipo de dêixis assegurado pelo determinante «este» (linha 22).


7. Indica o valor da oração subordinada presente em «A Organização Meteorológica Mundial
também observou que as chuvas variaram de maneira significativa em todo o mundo» (li-
nhas 24 e 25).

8. Constrói o campo semântico da palavra «seca» (linha 26).

9. Indica o tipo de coesão assegurada pelo uso das formas verbais «se viveu» (linha 26) e «re-
gistaram-se» (linha 27).
FICHA 29
Classes e subclasses de palavras. • Formação de palavras.
• Funções sintéticas. • Relações semânticas.
• Coesão textual. • Processos fonológicos.

Um aldeão veio dos lados da serra da Senhora do Circo e falou do acontecimento do seu
povo: aparecera uma mulher afogada e o regedor insistia na presença das autoridades da vila.
Naquele dia o subdelegado de Saúde estava doente; olhou de longe essa caminhada por ve-
redas do Diabo e pediu-me que o substituísse.
A aldeia era no cabo do mundo, quase no pico da serra escalvada, no sítio da romaria da
santa. A gente, de longe, via a montanha nua e cinzenta, sem árvores, sem mato, e parecia-nos
miragem que alguém ainda vivesse nessas terras malfadadas. Acompanhei até lá o funcionário
da Justiça. O aldeão sentou-se à beirinha do assento e apoiou-se nas costas do motorista quando
o automóvel arrancou, la desnorteado pela velocidade do carro, estendia os olhos e o pescoço
para não confundir caminhos nessa mistura alucinada de árvores que fugiam com a estrada. Ele
conhecia cada palmo da serra, mas conhecia-a de coração e olhos serenos, a passo ou do alto do
lombo dos jumentos. Foi por isso que só avisou no último momento, apertando desesperada-
mente o braço do motorista: "É aqui!"
Este "aqui" traduzia apenas que não podíamos contar com o carro para o resto da marcha.
Dali para cima eram uns atalhos de areia desviando-se das fragas, onde nos espreitavam bandos
de gafanhotos da cor da terra ressequida. O automóvel parou à sombra de um carvalho. Apeei-
-me com o funcionário, e ficámos a gozar a perturbação do camponês, que se esforçava por
decifrar o mistério do fecho da porta. Sentíamo nos muito envaidecidos do nosso papel. Éramos
a lei: a lei que tinha um poder ilimitado, na vila ou na aldeola mais gentia, e que pela primeira
vez, sob o capuz da minha profissão, me impunha uma dignidade oficial.
NAMORA, Fernando. 1978. "Uma mulher afogada", Retalhos da vida de um médico.
Lisboa: Primeira série, Livraria Bertrand, 20.a edição

1. Indica a subclasse dos verbos presentes nas duas primeiras frases do texto.

2. Identifica as afirmações Verdadeiras e as afirmações Falsas. Justifica as tuas opções.

2.1. A oração «que ainda alguém vivesse nessas terras malfadadas» (linha 7) desempenha a fun-
ção sintática de complemento indireto.

2.2. A oração «quando o automóvel arrancou» (linhas 8 e 9) desempenha a função sintática de


modificador (do grupo verbal).
2.3. A oração «para não confundir caminhos nessa mistura alucinada de árvores que fugiam com
a estrada.» (linha 10) desempenha a função sintática de complemento oblíquo.

2.4. A oração «que não podíamos contar com o carro para o resto da marcha.» (linha 14) desem-
penha a função sintática de complemento direto.

2.5. A oração «onde nos espreitavam bandos de gafanhotos da cor da terra ressequida.» (linhas
15 e 16) desempenha a função sintática de modificador do nome apositivo.

2.6. A oração «que tinha um poder ilimitado» (linha 19) desempenha a função sintática de com-
plemento direto.

3. Seleciona a opção correta.

3.1. O processo fonológico comum à evolução das palavras mulier> «mulher» (linha 2) e oculu >
«olhos(s)» (linha 11) é a
(A) ditongação.
(B) palatalização.
(C) sonorização.
(D) paragoge.

3.2. Na expressão «la desnorteado pela velocidade do carro» (linha 9), o mecanismo de coesão
referencial é a
(A) anáfora.
(B) catáfora.
(C) elipse.
(D) correferência não anafórica.

3.3. Na expressão «fecho da porta» (linha 18), os elementos estabelecem entre si uma relação
semântica de
(A) parte-todo.
(B) hierarquia.
(C) equivalência.
(D) oposição.

3.4. A palavra «envaidecidos» (linha 18) é formada por


(A) conversão.
(B) sufixação.
(C) parassíntese.
(D) prefixação e sufixação.

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