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TESTE DE AVALIAÇÃO

Nº 3 – 12º ANO

ESCOLA______________________________________________________ D ATA ___/ ___/ 20__

NOME_______________________________________________________ N. O____ TURMA_____

GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

PARTE A

Leia o poema.

D. SEBASTIÃO

Esperai! Caí no areal e na hora adversa


Que Deus concede aos seus
Para o intervalo em que esteja a alma imersa
Em sonhos que são Deus.

5 Que importa o areal e a morte e a desventura


Se com Deus me guardei?
É O que eu me sonhei que eterno dura,
É Esse que regressarei.

Fernando Pessoa, Mensagem, Lisboa: Ática, 10.ª ed. 1972, p. 81


(disponível em http://arquivopessoa.net/textos/95)

  
1. Justifique o recurso à primeira pessoa do singular.
O discurso na primeira pessoa permite perceber que o sujeito poético assume a perspetiva do
rei D. Sebastião; é como se encarnasse esta figura histórica e percecionasse a sua ação sob o
olhar do monarca. Por isso, é o próprio que afirma “Caí no areal e na hora adversa” (v. 1), onde
evidencia a perceção que tem da sua desgraça, ou “É O que eu me sonhei que eterno dura” (v.
7), revelando a convicção ou certeza da sua predestinação e consequente mitificação.

2. Comprove que D. Sebastião é apresentado na sua vertente histórica e mítica.


É o próprio D. Sebastião que põe em confronto a sua dimensão histórica e a sua dimensão
mítica. Efetivamente, logo no início, está implícito o combate que travou contra os mouros em
Alcácer Quibir onde terá morrido, conforme narram os factos históricos (“Caí no areal e na hora
adversa / Que Deus concede aos seus” – vv. 1-2). Por outro lado, surge a vertente mítica, que é
superiorizada, uma vez que, para além de ser eleito e protegido por Deus (“Se com Deus me
guardei?”, v. 6), eternizou-se, mitificando-se. Será, pois, sob esta áurea mítica e divinizada que

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regressará, como se vê pelo uso da maiúscula nos pronomes “O” e “Esse” (vv.7 e 8) e no verso
“É O que eu me sonhei que eterno dura” (v. 7).

3. Demonstre a presença de um tom messiânico no poema, comprovando a resposta


com elementos textuais pertinentes.

O tom messiânico resulta desde logo da predestinação do herói. Com efeito, D. Sebastião é
eleito por Deus para levar a cabo a missão de converter os mouros, espalhando a fé cristã no
norte de África, pelo menos na versão lendária que se construiu após o desaparecimento do
monarca. No texto, esse messianismo está também presente na referência à proteção que lhe
é dada por Deus, afirmando “Se com Deus me guardei?” (v. 6), passando a gozar da capacidade
de ressuscitar tal como o seu protetor, quando convictamente assegura “É Esse que
regressarei.” (v. 8).

4. Explicite o uso do imperativo no início do poema.

O discurso do sujeito poético inicia com a utilização da forma verbal “Esperai”, no imperativo,
com valor exortativo, dado encerrar um pedido que é justificado no fim, com a promessa de
que regressará. Deste modo, e também pelo valor semântico do verbo, percebe-se que o “eu”
está convicto do seu reaparecimento ainda que numa vertente mítica que só se concretizará se
houver fé e esperança de que a espera será recompensada com o regresso.

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PARTE B
Leia o excerto.

Cena III
MADALENA, TELMO, MARIA

MARIA (entrando com umas flores na mão, encontra-se com Telmo, e o faz tornar para a
cena) – Bonito! Eu há mais de meia hora no eirado passeando – e sentada a olhar para o rio
e a ver as faluas e os bergantins 1 que andam para baixo e para cima – e já aborrecida de
esperar... e o senhor Telmo, aqui posto a conversar com a minha mãe, sem se importar de
5 mim. – Que é do romance que me prometeste? Não é o da batalha, não é o que diz:
Postos estão, frente a frente,
Os dois valorosos campos;
é o outro, é o da ilha encoberta onde está el-rei D. Sebastião, que não morreu e que há de
vir um dia de névoa muito cerrada2... Que ele não morreu; não é assim, minha mãe?
10 MADALENA Minha querida filha, tu dizes coisas! Pois não tens ouvido, a teu tio Frei Jorge e
a teu tio Lopo de Sousa, contar tantas vezes como aquilo foi? O povo, coitado, imagina essas
quimeras para se consolar na desgraça.
MARIA Voz do povo, voz de Deus, minha senhora mãe: eles que andam tão crentes nisto,
alguma coisa há de ser. Mas ora o que me dá que pensar é ver que, tirado aqui o meu bom
15 Telmo (chega-se toda para ele, acarinhando-o), ninguém nesta casa gosta de ouvir falar em
que escapasse o nosso bravo rei, o nosso santo rei D. Sebastião. Meu pai, que é tão bom
português, que não pode sofrer estes castelhanos, e que até, às vezes, dizem que é de mais
o que ele faz e o que ele fala… em ouvindo duvidar da morte do meu querido rei D.
Sebastião... ninguém tal há de dizer, mas põe-se logo outro, muda de semblante, fica
20 pensativo e carrancudo; parece que o vinha afrontar, se voltasse, o pobre do rei. – Ó minha
mãe, pois ele não é por D. Filipe; não é, não?
MADALENA Minha querida Maria, que tu hás de estar sempre a imaginar nessas coisas que
são tão pouco para a tua idade! Isso é o que nos aflige, a teu pai e a mim; queria-te ver mais
alegre, folgar3 mais, e com coisas menos...
25 MARIA Então, minha mãe, então! – Veem, veem?... também minha mãe não gosta. Oh!
essa ainda é pior, que se aflige, chora... ela aí está a chorar... (vai-se abraçar com a mãe, que
chora). Minha querida mãe, ora pois então! – Vai-te embora, Telmo, vai-te; não quero mais
falar, nem ouvir falar de tal batalha, nem de tais histórias, nem de coisa nenhuma dessas. –
Minha querida mãe!
30 TELMO E é assim; não se fala mais nisso, e eu vou-me embora. (À parte, indo-se depois de
lhe tomar as mãos) Que febre que ela tem hoje, meu Deus! queimam-lhe as mãos... e
aquelas rosetas4 nas faces... Se o perceberá a pobre da mãe!

Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa (dir. Annabela Rita), Porto, Edições Caixotim, 2004.

1
Embarcações pequenas e ligeiras, de dois mastros. 2 A crença popular era a de que D. Sebastião não teria morrido
e regressaria numa manhã de muito nevoeiro. 3 Divertir, distrair. 4 Manchas avermelhadas, características da
tuberculose.

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5. Demonstre como a personagem Maria se relaciona com a crença sebastianista.

6. Justifique a atitude de D. Madalena ao tentar demover Maria das certezas/crenças


defendidas.

PARTE C

D. Sebastião é o monarca português que assume relevância quer em Mensagem quer


em Os Lusíadas.
Escreva uma breve exposição na qual apresente o modo como este rei lusitano é
perspetivado na obra de Camões e na de Fernando Pessoa.
A sua exposição deve incluir:
 uma introdução ao tema;
 um desenvolvimento onde demonstre, através de dois aspetos, a abordagem
diferenciada que é feita a D. Sebastião.
 uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

Entre a Mensagem e Os Lusíadas é possível estabelecerem-se algumas aproximações.


Ainda que ambas as obras tenham um fundo épico, a pessoana é mais subjetiva e tal é desde
logo visível na forma como D. Sebastião aí surge. Veja-se que em Os Lusíadas, o monarca começa por
ser caracterizado de forma abonatória e elogiosa, sendo-lhe dedicada a obra épica. Como se sabe, o
rei português era quem governava na época e, por isso, Camões, seu contemporâneo e seu súbdito,
enaltece-o e dedica-lhe a sua epopeia, estabelecendo com ele uma espécie de diálogo.
Fernando Pessoa escreve a Mensagem quatro séculos depois, quando D. Sebastião já se tinha
afirmado como figura lendária e mítica, adquirindo, por isso, aqui uma dimensão simbólica,
confirmada no facto de o próprio poeta se assumir como interlocutor do discurso nos poemas em que
D. Sebastião é convocado. Mas é um interlocutor sem rosto; é uma força espiritual ou divina, porque o
rei fora escolhido por Deus para reerguer a nação que, no século XX, perdera o esplendor da época
camoniana.
Assim, conclui-se que o D. Sebastião camoniano é uma entidade concreta, que tomava, na
época, as rédeas do reino; Pessoa, por seu lado, evoca apenas uma figura simbólica, cujo espírito de
aventura e de loucura era necessário e urgente impregnar no povo português do século XX para que
estes erguessem o Quinto Império.

GRUPO II
Leia o texto.

Sente falta de amor?

Talvez a falta de Amor seja mesmo a “peste” do século XXI! Será que estamos também

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“programados” para suprir a falta de Amor que sentimos?

Porque é que muitas pessoas continuam a pensar que sentir falta de Amor é normal e
aceitam ser pouco amadas ou mesmo muito mal-amadas, com receio e medo de perder o
5 que muitas vezes só existe mesmo na sua imaginação?
Porque existem crenças e mitos completamente obsoletos, entre os quais o de que sentir
amor próprio é vaidade e de que não existe uma bela história de Amor sem muito
sofrimento! Tudo mentiras!
O que está a acontecer com o Amor que geneticamente viemos programados para sentir
10 por nós mesmos e pelos outros, e que muitos dizem sentir por nós, mas que na “prática” é
zero?
Será que esta sociedade de consumo está a “consumir” e a “perverter” o conceito de
Amor, ou nos está a querer tentar impingir um “Amor falsificado” por nós mesmos e pelos
outros?
15 Pela minha experiência acompanhando casais, o modelo “Vale quase tudo!” tende a
predominar. Agressões verbais, físicas e constante desrespeito apresentam tendência
acentuada para serem relativizados e não interpretados como situações graves, inaceitáveis
e reveladoras de uma total falta de Amor.
A idealização do que é uma relação de Amor, as dificuldades em ter uma relação de
20 compromisso pensando que irá encontrar um “pacote melhor”, de se amar a si próprio
frente a todas as exigências que lhe são diferidas (ou que se auto impõe), o sentimento
crónico de não se sentir amado pelo companheiro e familiares e, ainda assim, não o dizer
com todas as consequências daí advenientes… a sensação que muitas pessoas transmitem
de que vivem numa espécie de “selva dos afetos” na qual tentam sobreviver… ainda não é
25 generalizável, mas creio que para lá caminha!
A falta de Amor paira…
Será que um destes dias vamos ao supermercado e encontramos a prateleira do Amor
enlatado, chegamos a casa e comemos as referidas latas olhando para a televisão, Facebook,
Instagram, SMS e WhatsApp, tudo ao mesmo tempo?

Margarida Vieitez, in Visão online – http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2018-09-30-Sente-


falta-de-Amor (acedido em 16/01/2019, com supressões).

1. Segundo a autora do texto, há convicções completamente retrógradas, como


(A) pensar-se que só se deve amar o próximo.
(B) achar que sentir Amor próprio é vaidade.
(C) ver as histórias de Amor sempre bem sucedidas.
(D) considerar-se que só existem histórias de Amor.

2. A autora põe a hipótese de a sociedade consumista estar a


(A) incutir a necessidade de se valorizar o Amor.
(B) tornar-nos cada vez mais exigentes em relação ao Amor.
(C) exigir cada vez mais de nós em relação aos sentimentos.
(D) deturpar o conceito de Amor e a valorizar um Amor falso.

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3. A falta de Amor manifesta-se quando


(A) há desrespeito, agressões verbais e físicas.
(B) se supervalorizam alguns comportamentos.
(C) se considera que o Amor é para a vida toda.
(D) se valoriza excessivamente os compromissos.

4. Na frase “Será que esta sociedade de consumo está a ‘consumir’ e a ‘perverter’ o conceito
de Amor, ou nos está a querer tentar impingir um ‘Amor falsificado’ por nós mesmos e
pelos outros?” (ll. 12-14) , a conjunção “ou” tem valor
(A) disjuntivo ou de alternância.
(B) explicativo.
(C) aditivo.
(D) conclusivo.

5. A oração “que lhe são diferidas” (l. 21) classifica-se como subordinada
(A) substantiva relativa.
(B) adjetiva relativa restritiva.
(C) adverbial consecutiva.
(D) substantiva completiva.

6. Indique a função sintática desempenhada pelo pronome “que” em

a) “que lhe são diferidas” (l. 21).

b) “que muitas pessoas transmitem” (l. 23).

7. Identifique o mecanismo de coesão assegurado pela palavra “Amor” ao longo do texto.

GRUPO III

Hoje em dia, a preocupação das pessoas centra-se nas novas tecnologias e esquecem-se
que o Amor é fundamental para se viver em harmonia, connosco e com os outros.

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de


trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre os comportamentos
atuais e as consequências que podem advir da indiferença pelo “outro”.

No seu texto:

 explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois


argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
 utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).

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FIM

COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
I
16 16 16 8 16 16 16 104
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
II
8 8 8 8 8 8 8 56
III Item único 40
TOTAL 200

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Proposta de correção

GRUPO I
PARTE A
1. .

PARTE B
2. Pelo discurso de Maria, e logo na sua primeira intervenção, depreende-se que a personagem é uma
fervorosa defensora do mito sebastianista. Duvida da morte do monarca e, tal como o povo
português, acredita que D. Sebastião regressará num “dia de névoa muito cerrada”, impedindo, assim,
a perda da independência dos portugueses que se encontravam já sob o jugo dos espanhóis.
3. D. Madalena sabia que se D. Sebastião regressasse ou estivesse vivo, o mais provável é que D. João
também estivesse e isso seria catastrófico para a sua família. Ouvir falar dessa possibilidade era
destruir a felicidade que construíra ao lado de Manuel de Sousa; por isso, tenta que Maria não
acredite no mito do regresso do rei e muito menos que o alimente, pois isso traria ao seu presente um
passado que queria esquecer. Esta situação aumentava ainda mais a angústia em que vivia.

PARTE C
4. Entre a Mensagem e Os Lusíadas é possível estabelecerem-se algumas aproximações, apesar de ser
mais aquilo que separa as duas obras do que aquilo que as aproxima.
Ainda que ambas as obras tenham um fundo épico, a pessoana é mais subjetiva e tal é desde logo
visível na forma como D. Sebastião aí surge. Veja-se que em Os Lusíadas, o monarca começa por ser
caracterizado de forma abonatória e elogiosa, sendo-lhe dedicada a obra épica. Como se sabe, o rei
português era quem governava na época e, por isso, Camões, seu contemporâneo e seu súbdito,
enaltece-o e dedica-lhe a sua epopeia, estabelecendo com ele uma espécie de diálogo.
Fernando Pessoa escreve a Mensagem quatro séculos depois, quando D. Sebastião já se tinha
afirmado como figura lendária e mítica, adquirindo, por isso, aqui uma dimensão simbólica,
confirmada no facto de o próprio poeta se assumir como interlocutor do discurso nos poemas em que
D. Sebastião é convocado. Mas é um interlocutor sem rosto; é uma força espiritual ou divina, porque o
rei fora escolhido por Deus para reerguer a nação que, no século XX, perdera o esplendor da época
camoniana.
Assim, conclui-se que o D. Sebastião camoniano é uma entidade concreta, que tomava, na época, as
rédeas do reino; Pessoa, por seu lado, evoca apenas uma figura simbólica, cujo espírito de aventura e
de loucura era necessário e urgente impregnar no povo português do século XX para que estes
erguessem o Quinto Império.
(243 palavras)

GRUPO II
1. (B); 2. (D); 3. (A); 4. (A); 5. (B).
6. a) Sujeito.
b) Complemento direto.
7. Coesão lexical por reiteração.

GRUPO III

Todos sabemos que o mundo atual está mais voltado para a posse de bens materiais. Os próprios
estados promovem este tipo de comportamentos ao lutarem para se imporem entre si e mostrarem a
superioridade tecnológica.

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De facto, o consumismo desenfreado e os novos hábitos, frequentemente resultantes do uso das
novas tecnologias, fazem com que nos esqueçamos dos outros e em grande escala daqueles que mais
necessitam. Vivemos mais preocupados em ter tudo o que nos dê bem-estar, mas não alimentamos o
nosso lado emocional. Esquecemo-nos que estar bem connosco, ter estabilidade emocional é mais
importante do que ter um telemóvel sofisticado e sobre o qual falamos com os amigos. É vulgar
ouvirmos conversas, tanto em situações formais como informais, cujo tema é a capacidade de memória
ou a qualidade das imagens do telemóvel.
Com efeito, com frequência esquecemo-nos da desgraça envolvente e até os problemas
emocionais que nos assolam. Veja-se a situação dos refugiados que, para fugirem à miséria e à guerra,
procuram asilo noutros países. Veja-se as medidas que os países adotam perante esses mesmos
refugiados: proíbem-lhes a entrada, constroem barreiras que vedam o acesso a esses territórios ou
“instalam-nos” sob condições deploráveis.
Felizmente há ainda muitas pessoas e organizações que praticam o bem e colocam o próximo
como prioridade. Dinamizam recolha de alimentos, angariação de fundos, promovendo espetáculos de
beneficência, com o intuito de proporcionar algum conforto àqueles que dele precisam. As pessoas que
aderem a estas causas sentem-se recompensadas e equilibradas emocionalmente, pois o egoísmo não
faz parte do seu dia a dia.
Quem dedica a sua vida em prol de causas humanitárias, por norma, vive mais feliz por fazer os
outros felizes. Pena é que estes comportamentos sejam escassos e ocorram a uma escala reduzida.
É urgente mudar mentalidades e mostrar que a humanidade tem de ser solidária e tem de estar
atenta à dor alheia para se poder realizar plenamente.

(316 palavras)

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