O documento discute os sistemas de controle interno no setor público e privado. Ele descreve as
atividades do sistema de controle interno como examinar a execução de despesas e verificar a
legalidade de licitações. Também discute os núcleos de controle de gestão e suas atribuições como
assessorar gestores, analisar processos de despesa e acompanhar contratos e execução orçamentária.
O documento discute os sistemas de controle interno no setor público e privado. Ele descreve as
atividades do sistema de controle interno como examinar a execução de despesas e verificar a
legalidade de licitações. Também discute os núcleos de controle de gestão e suas atribuições como
assessorar gestores, analisar processos de despesa e acompanhar contratos e execução orçamentária.
O documento discute os sistemas de controle interno no setor público e privado. Ele descreve as
atividades do sistema de controle interno como examinar a execução de despesas e verificar a
legalidade de licitações. Também discute os núcleos de controle de gestão e suas atribuições como
assessorar gestores, analisar processos de despesa e acompanhar contratos e execução orçamentária.
ma de Controle Interno - SCI • Conjunto de órgãos, setores, departamentos da Administração,
interligados, buscando o controle global – envolvendo aspectos patrimonial, orçamentário, financeiro,
econômico, etc. Atividades do Sistema de Controle Interno (CF art. 74 e LRF) • Prestar informações permanentes à Administração Superior; • Preservar os interesses da organização contra ilegalidades, ilegalidades, erros ou outras irregularidades irregularidades; • Velar pelas metas pretendidas; • e recomendar os ajustes necessários. Atividades do Sistema de Controle Interno • Examinar as fases de execução da despesa, inclusive verificando a regularidade das licitações e contratos, sob os aspectos da legalidade, legitimidade, economicidade e razoabilidade; • Exercer o controle NTABILIDADE DE CUSTOS PROFESSORA: EUGENIZE BEZERRA LIMA Curriculum Resumido do Professor: Mestre em Educação – Docência superior pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Pós- graduada em docência superior e profissional pelo Instituto Superior de Estudos Pedagógicos; Pós- graduada Gestão Empresarial de Operadoras de Planos de Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); Pós-graduada em Controladoria e Finanças pela Universidade Candido Mendes (UCAM) e Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sua experiência profissional dede 1986 inclui os cargos de Gerência contábil em empresas do ramo industrial de petróleo; Gerente Geral, Contadora e Gerente Financeira em empresas da área de saúde; Sócio-Diretor da empresa de planos de saúde do Sistema Integrado de Saúde. Atualmente presta consultoria na área Administrativo-Financeira para empresa Atlântico Serviços Médicos Ltda., é professora contratada do CRC-Rio (Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro) e professora das disciplinas de Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos e Análise das Demonstrações Contábeis no Curso de graduação em Administração da Faculdade CCAA – Riachuelo-RJ. Atualização: 13/05/2014 2 OBJETIVO DO CURSO Apresentar os conceitos básicos e a classificação e apropriação dos custos pelos produtos. Mostrar a aplicação dos sistemas de custeios por absorção e variável, deixando o alun rificar os atos de aposentadoria; • Manutenção e aperfeiçoamento do sistema de controle interno. • Entre outras atividades que surgirem, pois o controle é um processo contínuo... CONTROLE INTERNO Fundamento de uma boa administração SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Avaliar Comprovar a Legalidade Avaliar Resultados Controlar Apoiar oTCE Cumprimento das Metas Previstas no PPA Execução Programas de Governo Dos Orçamentos Eficiência Eficácia Gestão Orçamentária Financeira Patrimonial Recursos Humanos Operações de Crédito Avais Garantias Direitos e Haveres do Estado Órgãos e Entidades da Administração Direta e Indireta Núcleos de Controle de Gestão • Instituídos no âmbito da Administração Estadual através do Dec. Nº. 11.434/04, integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Estadual. • Subordinados Subordinados técnica técnica e normativamente normativamente à Controladoria e administrativamente ao órgão a que pertencem. Atribuições dos Núcleos de Controle de Gestão São atribuições dos NCG desenvolver ações de controle, na sua área de atuação, em especial, nas seguintes atividades: • Assessorar Assessorar o gestor do órgão em assuntos assuntos de competência competência do controle interno; • Acompanhar a implementação das recomendações da CGE e do TCE; • Análise de processo de despesas; • Controle da concessão, aplicação e prestação de contas de Suprimentos de Fundos; Atribuições dos Núcleos de Controle de Gestão • Controle da concessão e prestação de contas de diárias; • Acompanhamento dos contratos administrativos em vigor; Acompanhamento dos contratos administrativos em vigor; • Acompanhamento da execução orçamentária; • Acompanhamento mensal das despesas de custeio do órgão; Atribuições dos Núcleos de Controle de Gestão : • Acompanhar o cumprimento dos prazos para prestações de contas ao TCE; • Acompanhamento da arrecadação e contabilização contabilização das receitas receitas do órgão. Sugestões de Controles Internos – Prévio Empenho Prévio Empenho e Contratos Tipos de Em oa ou um governo, têm que arcar a fim de atingir seus objetivos, sendo considerados esses ditos objetivos, a obtenção direta de um produto ou serviço qualquer (como uma matéria prima ou um serviço terceirizado dentro da organização), ou utilizados na obtenção de outros bens ou serviços a serem respectivamente fornecidos ou prestados (como, respectivamente, um processo sobre um conjunto de matérias primas visando obter determinado produto para venda ou um processo próprio terceirizado de uma etapa de produção). Os gastos são classificados como: Custos, despesas, perdas e investimentos. São exemplo de gastos os valores despendidos com compras (mercadorias, matérias- primas, combustíveis, eletricidade, material de escritório, utensílios, etc.), ou com serviços (comunicações, seguros, rendas e alugueres, honorários, etc.). São também gastos os salários e encargos com os trabalhadores da empresa, as depreciações dos ativos fixos, os juros pagos em relação a financiamentos obtidos, os impostos, as coimas, entre muitos outros. Para a Contabilidade, os custos e as despesas são categorias de gastos. Despesa pública Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital). As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder Legislativo, por meio do ato administrativo chamado orçamento público. Exceção diz respeito às despesas extraorçamentárias. As despesas públicas devem obedecer aos seguintes requisitos: Utilidade: atender a um número significativo de pessoas; Legitimidade: atender a uma necessidade pública real; Discussão pública: ser discutida e aprovada pelo Poder Legislativo e pelo Tribunal de Contas do respectivo ente; Possibilidade contributiva: possibilidade de a população atender à carga tributária decorrente da despesa; Oportunidade; Hierarquia de gastos; e Ser estipulada (prevista) em lei. Economia Em economia, custo é a expressão monetária do consumo ou desgaste de fatores necessários à produção de um bem ou serviço. Todo processo de produção de um bem supõe consumo ou desgaste de uma série de fatores produtivos. O conceito de custo está ligado ao sacrifício incorrido para produzir esse bem. Contabilidade financeira Em contabilidade, custos são medidas monetárias dos sacrifícios financeiros com os quais uma organização, uma pessoa ou um governo tem de arcar a fim de atingir seus objetivos - a produção de um bem ou serviço mediante a utilização de outros bens ou serviços. Contabilidade gerencial A contabilidade gerencial incorpora esses e outros conceitos econômicos para elaborar relatórios de custos, para uso dos gestores, no processo decisório.[2] No Brasil, o Decreto-Lei 1.598/77, em seu artigo 14 determina que: o contribuinte que mantiver sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração poderá utilizar os custos apurados para avaliação dos estoques de produtos, principalmente para fins fiscais. Custo x Despesa Custos são gastos que a entidade realiza com até tornar o seu produto pronto para ser comercializado (fabricando-o ou apenas revendendo-o) ou até realizar um serviço contratado. Uma diferença básica entre custo e despesa é que "custo" traz um retorno financeiro e pertence à atividade fim da entidade (determinada no seu contrato social, na cláusula do objeto). Já a despesa é um gasto com a atividades meio e não gera retorno financeiro, apenas propiciando um certo "conforto" ou funcionalidade ao ambiente empresarial. A razão para se classificar os gastos correntes de uma entidade em despesas e custos é que o primeiro vai direto para o resultado do período. Já os custos dizem respeito à formação de um estoque (de produtos acabados) e à sua venda. Finalmente, serão finalmente levados ao resultado, o que pode levar meses ou até anos. Custos industriais geralmente incluem: matéria prima, energia consumida (eletricidade e combustíveis), água consumida, materiais industriais diversos, mão de obra, depreciaçãodos itens imobilizados de produção, entre outros. Principais Métodos de Custeio Sistemas de custeio Custeio por absorção (ou integral) Custeio direto Custo-padrão Custeio baseado em atividades Gestão econômica Custo-meta Custeio Direto (ou Variável): É um método de custeio usado para alocação apenas dos custos variáveis ao produto. Segundo Leoni "o sistema de custeio variável ou direto é um método que considera apenas os custos variáveis de apropriação direta como custo do produto ou serviço". Segundo Lopes de Sá (1990, p. 108) diz que o custeio variável é "o processo de apuração de custo que exclui os custos fixos". Segundo Meglioni "enquanto no custeio por absorção eles são rateados aos produtos, no custeio variável, são tratados como custos do período, indo diretamente para o resultado igualmente as despesas". A diminuição da necessidade de rateio deve-se ao fato de que no sistema de custeio variável, são alocados aos produtos e/ou serviços, somente os custos variáveis e, como na maioria dos casos, os custos variáveis também são diretos, não alocando os rateios dos custos indiretos. Ele é usado para eliminar qualquer distorção na apuração dos custos oriundos de problemas com rateios pois os custos fixos são tratados como despesas. Custeio por absorção (ou integral): O sistema de custeio por absorção é o sistema que apura o valor dos custos dos bens ou serviços, tomando como base todos os custos da produção incluindo os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. Segundo Meglioni, "o custeio por absorção é o método que consiste em atribuir aos produtos fabricados todos os custos de produção, quer de forma direta ou indireta. Assim todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, são absorvidos pelos produtos." Custo- padrão: são custos predeterminados, porém, diferentemente dos custos estimados, são calculados com base em parâmetros operacionais, e utilizados em operações repetitivas de produção, onde não compensaria calcular o custo individual de cada repetição. Custeio ABC: A alocação dos custos indiretos são baseadas nas atividades relacionadas. GECON: GECON ou modelo Gestão Econômica é um modelo de mensuração de custos baseado em gestão por resultados econômicos. Também conhecido por Grid Economics and Business Models Work Custo-meta: O custo-meta, também conhecido como Target Costing, é uma estratégia de gestão de custos que, a partir do preço de mercado e de uma margem de lucro desejada, estabelece um teto de custo para os produtos ou serviços. Quanto ao método de apuração dos custos Custos fixos: são os custos cujo valor total não se altera independentemente da quantidade de bens ou serviços produzidos. Porém o custo fixo unitário se altera de forma inversamente proporcional à quantidade produzida. Ex.: custo de aluguel. Custos variáveis: são os custos que, em bases unitárias possuem um valor que não se altera quando mudam as quantidades produzidas, porém, cujo valor total é diretamente proporcional à quantidade produzida. Ex.: custo de matérias-primas. Custo total (CT): é a soma de custos variáveis (CV) e custos fixos (CF): CT = CF + CV Custos diretos: são os custos suscetíveis de serem identificados com os bens ou serviços produzidos, ou seja, têm parcelas definidas atribuídas a cada unidade de produto (ou lote de produtos) produzido. Exemplo: mão-de-obra direta e matérias-primas. Custos indiretos: todos os outros custos que dependem da adoção de algum critério de rateio para sua atribuição a cada unidade ou lote produzido. No jargão da contabilidade brasileira eles são chamados de CIF (custos indiretos de fabricação). Outras classificações de custos A seguir, apresenta-se uma relação de outras classificações de custos, menos usuais: Custos Imputados: são custos não revelados pelas demonstrações contábeis uma vez que não são registrados pela Contabilidade, por serem assumidos em decorrência de medida de valor do uso de determinado recurso e não representam desembolso de caixa. São custos constantes de estudos comparativos destinados à tomada de decisão ou de planejamento de projetos. Custos Próprios: abarcam as definições de custos diretos e de custos indiretos. Custos Rateados: vide Custo Indireto. Custos Comuns: são os custos originados em dois ou mais departamentos ou fases de produção onde não se pode determinar qual parcela do custo corresponde exatamente a cada departamento ou fase de produção. Custos Funcionais: são os custos identificados com as diferentes funções da empresa e se originam da utilização de Custeio por Responsabilidade. São so custos demonstrados após o Lucro Bruto Operacional na Demonstração de Resultados do Exercício (DRE). Custos Estimados: são custos predeterminados destinados a solucionar problemas de controle e planejamento ou situações especiais. Custos Históricos: são os custos registrados contabilmente o qual representa o Princípio Fundamental de Contabilidade do Custo Histórico como Base de Valor. Custo Primário: representado pela soma do custo de mão-de-obra direta e de material direto ou matéria-prima. Custo de Transformação ou Conversão: é o custo total do processo produtivo e é representado pela soma da mão-de-obra direta com os custos indiretos e representa o custo de transformação da matéria-prima em produto acabado. Custo Fabril: é o custo total de fabricação, ou seja, a soma dos custos primários com os custos indiretos de fabricação. Custo de Fabricação ou de Produção: corresponde a expressão Custo Fabril+Estoque Inicial de Produtos em Processo-Estoque Final de Produtos em Processo, e representa o valor da produção de determinado período. Custo de Mercadorias ou Produtos Vendidos: corresponde a expressão Custo Fabril+Estoque Inicial de Produtos Acabados-Estoque Final de Produtos Acabados, e representa o valor da produção vendida em determinado período. Custo Oportunidade: é o valor do benefício que se deixa de receber, quando em um processo de decisão, se opta por determinado investimento em detrimento de outro, sendo os benefícios das alternativas rejeitadas o custo oportunidade da alternativa escolhida. Custo Marginal: conceito de custo ligado à Economia que significa a parcela de acréscimo no custo total por cada unidade adicional produzida. Custo de Qualidade: são os custos ligados ao controle de qualidade na produção,logística de um produto ou serviço. Os custos da qualidade podem ser divididos em quatro grupos: 1. custos de prevenção, 2. custos de inspeção, 3. custos de falhas internas, 4. custos de falhas externas. No primeiro grupo são registrados todos os gastos que a empresa incorre no intuito de evitar as falhas. No segundo grupo são registrados os gastos relacionados com as atividades de inspeção realizadas pelas empresas. O terceiro grupo abriga os gastos relacionados com as atividades de retrabalhos. Sendo assim, caso a inspeção não tenha sido eficiente, será neste grupo de custos que serão verificados os gastos para a adequação do produto. Finalmente, o quarto grupo diz respeito aos custos relacionados à falhas descobertas pelos consumidores. São registrados as coberturas de garantia, gastos com recall etc. A empresa deve ter em mente que é necessário manter investimentos permanentes não só para adquirir a qualidade e sim para a sua manutenção. Assim sendo, quanto mais investimentos nos primeiros dois grupos menor tende a ser ao longo do tempo os custos dos dois últimos grupos. Custos ambientais: Os custos ambientais são apenas um subconjunto de um universo mais vasto de custos necessários a uma adequada tomada de decisões. Eles não são custos distintos, mas fazem parte de um sistema integrado de fluxos materiais e monetários que percorrem a empresa. Para o cálculo dos custos ambientais totais da empresa soma-se o custo dos materiais desperdiçados, despesas de manutenção e de depreciação e do trabalho com os custos de salvaguarda ambiental. Custos Ocultos: Para Freitas (2007), os custos ocultos são gastos referentes à atividade de produção, no qual sua principal característica é ser de difícil mensuração, ou seja, os custos ocultos não podem ser reconhecidos facilmente ou atribuídos a um determinado processo produtivo onde são gerados. Além disso, estes custos são numerosos e muito mais altos que o esperado pela maioria dos departamentos de contabilidade. Despesa orçamentária Despesa orçamentária é aquela que depende de autorização legislativa para ser realizada e que não pode ser efetivada sem a existência de crédito orçamentário que a corresponda suficientemente. Classificam-se em categorias econômicas, também chamadas de natureza da despesa e tem como objetivo responder à sociedade o que será adquirido e qual o efeito econômico do gasto público. Dividem-se, de acordo com o art. 12 da Lei 4.320/1964, conforme o esquema abaixo: Despesas correntes: Despesas de custeio: destinadas à manutenção dos serviços criados anteriormente à Lei Orçamentária Anual (LOA), e correspondem, dentre outros gastos, os com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros e gastos com obras de conservação e adaptação de bens imóveis; Transferências correntes: são despesas que não correspondem à contraprestação direta de bens ou serviços por parte do Estado e que são realizadas à conta de receitas cuja fonte seja transferências correntes. Subdividem-se em: Subvenções sociais: destinadas a cobrir despesas de custeio de instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, desde que sem fins lucrativos; Subvenções econômicas: destinadas a cobrir despesas de custeio de empresas públicas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. Despesas de capital: Despesas de investimentos: despesas necessárias ao planejamento e execução de obras, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente, constituição ou aumento do capital do Estado que não sejam de caráter comercial ou financeiro, incluindo-se as aquisições de imóveis considerados necessários à execução de tais obras; Inversões financeiras: são despesas com aquisição de imóveis, bens de capital já em utilização, títulos representativos de capital de entidades já constituídas (desde que a operação não importe em aumento de capital), constituição ou aumento de capital de entidades comerciais ou financeiras (inclusive operações bancárias e de seguros). Em suma, são operações que importem a troca de dinheiro por bens. Transferências de capital: transferência de numerário a entidades para que estas realizem investimentos ou inversões financeiras. Nessas despesas, incluem-se as destinadas à amortização da dívida pública. Podem ser: Auxílios: se derivadas da lei orçamentária; Contribuições: derivadas de lei anterior à lei orçamentária. As categorias econômicas, por seu turno, dividem-se em elementos e subelementos, sendo que estes, por sua vez, bifurcam, por fim, em rubricas e sub-rubricas. A estrutura da conta, para fins de consolidação nacional dos Balanços das Contas Públicas e cumprimento ao dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), apresenta seis dígitos. O 1º dígito (1º nível) corresponde à categoria econômica. O 2º dígito (2º nível) corresponde ao grupo da despesa. Os 3º e 4º dígitos (3º nível) correspondem à modalidade da despesa. E os 5º e 6º dígitos (4º nível) correspondem ao elemento da despesa. Categorias Econômicas 3 - DESPESAS CORRENTES 4 - DESPESAS DE CAPITAL. Grupo da Natureza da Despesa 1 - PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 2 - JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 3 - OUTRAS DESPESAS CORRENTES 4 - INVESTIMENTOS 5 - INVERSÕES FINANCEIRAS 6 - AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA 7 - RESERVA DO RPPs 8 - RESERVA DE CONTINGÊNCIA Despesa extraorçamentária Constituem despesas extra- orçamentárias os pagamentos que não dependem de autorização legislativa, ou seja, não integram o orçamento público. Resumem-se à devolução de valores arrecadados sob título de receitas extraorçamentárias. Processamento da despesa pública Processamento da despesa é o conjunto de atividades desempenhadas por órgãos de despesa com a finalidade de adquirir um bem ou serviço. O processamento da despesa envolve dois períodos ou estágios, quais sejam: a fixação da despesa e a realização da despesa. Estágios da despesa De acordo com a legislação vigente no Brasil, Lei nº 4.320/1964, a despesa passa pelas seguintes fases: Fixação (de acordo com a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000); Empenho; Liquidação; e Pagamento. Porém, para João Angélico, autor do livro "Contabilidade Pública o da contabilidade financeira, gerencial e de custos 1.2..Princípios contábeis aplicados a custos Unidade 2 - TERMINOLOGIA CONTÁBIL BÁSICA 2.1. Nomenclaturas de custos 2.2. Classificação dos custos e despesas. Unidade 3 – ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 3.1. Separação e apropriação dos custos 3.2. Contabilização dos custos Unidade 4 – CRITÉRIO DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS 4.1. Análise dos critérios de rateio. 4.2. Departamentalização 4.3. Influência dos custos fixos e variáveis Unidade 5 – SISTEMAS DE CUSTOS 5.1. Custeio por absorção 5.2. Custeio variável Unidade 6 – SISTEMAS DE PRODUÇÃO 6.1. Tipos de Sistemas de Produção 6.2. Produção Equivalente 6.3. Produção Conjunta Unidade 7 – MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 7.1. Conceito de margem de contribuição 7.2. Margem de contribuição: unitária X total 7.3. Margem de contribuição e o fator de limitação 7.4. Margem de contribuição para fins decisoriais 7.5. Margem de contribuição e custos fixos identificados 3 Unidade 1 - CONTABILIDADE DE CUSTOS, FINANCEIRA E GERENCIAL A Contabilidade é objetivamente um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. A Contabilidade como ciência da informação divide-se nas seguintes áreas de estudo Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira. CONTABILIDADE GERENCIAL A Contabilidade Gerencial estuda informações a serem fornecidas aos tomadores de decisão, isto é, às pessoas internas à organização, responsáveis por dirigir e controlar suas operações. Neste sentido, Enfatiza o preparo de relatórios de uma organização para seus usuários internos. Não está restrita àqueles princípios contábeis. CONTABILIDADE FINANCEIRA A Contabilidade Financeira (No Brasil, fortemente influenciada pela Legislação Societária) objetiva fornecer informações aos acionistas, credores, fornecedores e outros externos à empresa, enfatizando o preparo de relatórios para usuários externos. Limitada pelos princípios contábeis. Regras de reconhecimento da receita e mensuração de custo, Tipos de itens que são classificados como ativo, passivo e patrimônio líquido no balanço patrimonial. CONTABILIDADE DE CUSTOS Seguindo o exemplo da Contabilidade Geral, a Contabilidade de Custos não nasceu completa, porém,entrou em processo evolutivo de constante aperfeiçoamento que se verifica até os dias de hoje, estando, pois, em constante formação. Atualmente, a Contabilidade de Custos, em todas as atividades empresariais, reflete sua utilidade como instrumento gerencial do planejamento e do controle, e principalmente, na tomada de decisão. Pode-se afirmar então que a Contabilidade de Custos mensura e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. A avaliação dos estoques e a apuração do resultado econômico, por meio do controle de custos, criam condições para acompanhar o desempenho empresarial, vinculando a aplicação do ciclo da contabilidade de custos aos resultados preestabelecidos. Objetivos da Contabilidade de Custos Determinação do Lucro Tomadas de Decisões Controle Operacional 4 Subsidia de informações tanto a Contabilidade Gerencial quanto a Contabilidade Financeira. Princípios de Contabilidade relacionados à Contabilidade de Custos Entre os princípios contábeis aplicáveis à contabilidade de custos, estão os abaixo descritos: Registro pelo Valor Original - A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na elaboração de suas demonstrações contábeis é o custo histórico. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais expressos em moeda nacional. Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: Custo corrente, Valor realizável, Valor presente, Valor justo, Atualização monetária. Competência - O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Consistência ou Uniformidade - embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo. Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um período para outro considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período entre entidades. Comparabilidade é o objetivo; a consistência auxilia a alcançar esse objetivo. Conservadorismo ou Prudência - O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. Relevância - Informação contábil financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou já tiver tomado ciência de sua existência por outras fontes. Materialidade - A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil financeira acerca de entidade específica que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está 5 relacionada no contexto do relatório Unidade 2 - TERMINOLOGIA CONTÁBIL BÁSICA Terminologias utilizadas em Contabilidade de Custos Gasto - é a renúncia de um ativo feita pela empresa (dinheiro ou promessa de entrega de bens e direitos), para obtenção de um bem ou serviço - seja para uso, troca, transformação ou consumo. Podem ser classificados em: Investimentos; Custo; Despesa; Perda Investimentos – são gastos destinados à obtenção de bens, direitos ou serviços que serão ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis à períodos futuros. Custo - são gastos que a entidade realiza com o objetivo de por o seu produto pronto para ser comercializado, fabricando-o ou apenas revendendo-o, ou o de cumprir com o seu serviço contratado. É todo dispêndio efetuado (ou ainda devido) pela empresa, que esteja diretamente relacionado ao processo de industrialização, comercialização ou de prestação de serviços. Em uma indústria, o preço pago ou a pagar pela matéria prima, pelos salários dos empregados da fábrica, pela energia elétrica da fábrica, pelo aluguel da fábrica etc., representam custos porque estão “ligados” ao processo de produção de outros bens e serviços. Despesas – são gastos efetuados para obtenção de bens ou serviços aplicados nas áreas administrativa, comercial ou financeira, visando a obtenção de receitas. Desembolso – é o pagamento resultante da aquisição de bens ou serviços e pode ocorrer antes, durante ou depois da entrega dos bens ou serviços comprados, portanto, pode haver ou não defasagem em relação ao momento do gasto Diferença entre Custo e Despesa Despesa - vai para o Resultado, não é recuperada nas vendas, provoca redução do Ativo (adquiridas a vista) ou aumento do Passivo (adquiridas a prazo). Custo - Vai para o produto, é recuperado diretamente nas vendas, vai para o estoque e aumenta o Ativo. Perda – gasto não intencional, ocorrido no processo de fabricação, no transporte ou manuseio de produtos. Decorrente de fatores externos/fortuitos: Considera-se despesa e vai para o Resultado do Exercício. Decorrente da atividade produtiva da empresa: Integra o custo do produto. 6 Apropriar e Alocar - Identificar gastos, ou “distribuir recursos” a um determinado produto ou fim específico. Pode também significar agregar, ou somar, quando estiver relacionado à acumulação de gastos em um centro de custo. Objeto de custeio – é qualquer item, como produtos, clientes, departamentos, processos, atividades, e assim por diante, para o qual os custos são medidos e atribuídos. Custeio – é a técnica ou procedimento de se obter o custo de um objeto de custo qualquer (um produto, um serviço, um cliente etc.). ELEMENTOS DE CUSTOS MATERIAIS Materiais - Os materiais que integram fisicamente o produto (Matérias-primas e materiais secundários), e as embalagens quando aplicadas aos produtos dentro da área de produção são chamados de materiais diretos. Matéria-prima - é a substância bruta principal e indispensável na fabricação de um produto. Materiais secundários - entram na composição dos produtos, juntamente com a matériaprima, complementando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao produto. Materiais Auxiliares - são todos os materiais que, embora necessários ao processo de fabricação, não entram na composição dos produtos. Ex. Numa indústria de móveis de madeira, são as lixas, as estopas, os princéis, a graxa etc. Materiais de embalagem - são os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos antes que eles deixem a área de produção. Ex: sacos plásticos, caixas de papelão. MÃO DE OBRA É o esforço do homem aplicado na fabricação dos produtos. Compreende os gastos com salários, com benefícios a que os empregados têm direito (cestas básicas, vale-transporte, vale-refeição e outros) e com encargos sociais (Previdência Social, FGTS, etc). CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (CIF) Materiais indiretos – são materiais auxiliares empregados no processo de produção e que não integram fisicamente os produtos (Serras, lixas, estopas, solventes etc.) e os materiais diretos, cujo consumo não pode ser quantificado nos produtos (Colas, vernizes, pregos etc.) em função do princípio da materialidade; Mão-de-obra indireta – corresponde à mão de obra que não trabalha diretamente na transformação da matéria-prima em produto, ou cujo tempo gasto na fabricação dos produtos não pode ser determinado; Outros custos indiretos – são os demais custos indiretos incorridos na fábrica, cujo consumo não pode ser quantificado de forma direta, objetiva nos produtos. 7 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS EM RELAÇÃO AO PRODUTO Custos Diretos – são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo e que podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo). Como exemplo tem-se: matéria-prima, mão de obra dos operários, energia elétrica (quando se tem condições objetivas de medir o consumo efetivo). Custos Indiretos estão relacionados a um determinado objeto de custo, mas não podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo). Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo através de um método de alocação de custo denominado rateio. A alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Exemplo: aluguel da fábrica, depreciação (método linear), manutenção, seguro. EM RELAÇÃO AO VOLUME DE PRODUÇÃO Custos Fixos. São aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume de produção da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da fábrica. Este será cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nível da produção, inclusive no caso de a fábrica nada produzir. Os custos fixos se tornam progressivamente menores em termos unitários à medida que o direcionador de custo aumenta. Exemplos: Imposto Predial, depreciação dos equipamentos (pelo método linear), salários de vigias e porteiros da fábrica, prêmios de seguros. Custos Variáveis –. São aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa. Os custos variáveis aumentam à medida que aumenta o volume de produção. Outros exemplos matéria-prima consumida, materiais indiretos consumidos, depreciação dos equipamentos quando esta for feita em função das horas/máquina trabalhadas, gastos com horas horas-extras na produção. Custos semivariáveis – São custos que variam com o nível de produção , entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja produzido. Exemplo: conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período. Outros exemplos: aluguel de uma copiadora no qual se cobra uma parcela fixa mesmo que nenhuma cópia seja tirada; gasto com combustível para aquecimento de uma caldeira, já que a caldeira não pode esfriar. Custos semifixos – Também chamados Custos por Degraus, são custos que são fixos em uma determinada faixa de produção, mas que variam se houver uma mudança desta faixa. Considere, por exemplo, a necessidade de supervisores de produção de uma empresa. Outras classificações de custos Custo de Produção = custos com matéria prima + mão de obra direta + custos indiretos. Custo Primário = matéria prima + mão de obra direta. 8 Custo de Transformação ou de conversão = mão de obra direta + custos indiretos de fabricação. Unidade 3 - ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 1° PASSO: A separação entre Custos e Despesas A primeira tarefa é a separação dos Custos de Produção.Na etapa de separação de custos e despesas, é imprescindível o perfeito entendimento da diferenciação do que é custo, e do que são despesas, pois as despesas são contabilizadas diretamente no Resultado do Exercício. 2º PASSO: A apropriação dos Custos Diretos Identificar e apropriar os custos diretos diretamente aos produtos. Na apropriação dos custos é necessário que os custos diretos (matéria prima e mão de obra direta) sejam atribuídos a cada um dos produtos elaborados pela empresa. Outros custos diretos, desde que seja possível considerá-los como diretos, também dever ser atribuídos diretamente aos produtos. 3° PASSO: A apropriação dos Custos Indiretos Analisar a forma ou as formas de alocar os custos indiretos (Rateio dos Custos Indiretos). Para a apropriação dos custos indiretos, que são aqueles sobre os quais se aplica um critério de rateio, os custos devem ser atribuídos a quem competem, ou seja, quem causou o custo deve arcar com ele. 4º PASSO: Cálculo do Custo Unitário e determinação do CPV e do estoque final Neste momento já podem ser apurados os custos totais de produção, que, divididos pelas quantidades produzidas, resultam no custo unitário. O custo unitário, multiplicado pelas quantidades vendidas informam o CPV (Custo dos Produtos Vendidos). O custo unitário multiplicado pela quantidade de produtos remanescentes no estoque, resulta no valor do Estoque Final. Exemplo: Suponha que estes sejam os gastos da Cia. Magnata para determinado período: Salários do pessoal da fábrica 230.000 Salários do pessoal administrativo 110.000 Honorários da diretoria 80.000 Serviços de manutenção da fábrica 50.000 Gastos com entrega dos produtos 25.000 Gastos com comissões de vendedores 50.000 Gastos com seguros da fábrica 15.000 9 Gastos financeiros 9.000 Matéria-prima consumida no período 250.000 Outros materiais utilizados na fábrica 20.000 Gastos com energia elétrica da fábrica 105.000 Gastos com materiais de escritório 3.000 Depreciação de equipamentos da fábrica 40.000 Total dos Gastos do período 987.000 Em primeiro lugar, precisamos separar os gastos que se referem a custos de produção: Salários do pessoal da fábrica 230.000 Serviços de manutenção da fábrica 50.000 Gastos com seguros da fábrica 15.000 Matéria-prima consumida no período 250.000 Outros materiais utilizados na fábrica 20.000 Gastos com energia elétrica da fábrica 105.000 Depreciação de equipamentos da fábrica 40.000 Total dos custos de produção 710.000 Os demais gastos são despesas administrativas e comerciais: Salários do pessoal administrativo 110.000 Honorários da diretoria 80.000 Gastos com entrega dos produtos 25.000 Gastos com comissões de vendedores 50.000 Gastos financeiros 9.000 Gastos com materiais de escritório 3.000 Total das despesas 277.000 A empresa mantém medidores de energia elétrica em todas as máquinas, que possibilitam distribuir todo o gasto com energia aos produtos: Produto alfa 20.000 Produto beta 25.000 Produto gama 35.000 Produto delta 25.000 Total 105.000 A empresa fabrica quatro produtos: alfa, beta, gama e delta; e mantém um sistema de requisições de matérias-primas para saber o quanto foi gasto em cada produto. Desses registros, apurou-se: Produto alfa 50.000 Produto beta 75.000 Produto gama 90.000 Produto delta 35.000 10 Total 250.000 Dos gastos com o pessoal da fábrica, verificando a folha de pagamento, descobrimos que R$ 70.000 referem-se a salários de supervisores e gerentes de produção e o restante está distribuído aos produtos, como segue: Produto alfa 40.000 Produto beta 35.000 Produto gama 25.000 Produto delta 60.000 Total 160.000 Para os demais gastos, não encontramos, na empresa, informações suficientes que pudessem servir para atribuir os gastos aos produtos. Esses custos são chamados de custos indiretos, pois não há uma unidade de medida que possa determinar o quanto foi gasto em cada produto. Salários de gerentes e supervisores 70.000 Serviços de manutenção da fábrica 50.000 Gastos com seguros da fábrica 15.000 Outros materiais utilizados na fábrica 20.000 Depreciação de equipamentos da fábrica 40.000 Total dos Custos indiretos de fabricação 195.000 No entanto, esses gastos são custos de produção e precisam compor o custo dos produtos fabricados no período. A empresa pode adotar um critério de apropriação para cada item de custo indireto, se julgar apropriado. Nesse exemplo, vamos distribuir o custo indireto de fabricação aos produtos por um único critério: o consumo de matérias-primas: Produto Matéria-prima % Alfa 50.000 20% Beta 75.000 30% Gama 90.000 36% Delta 35.000 14% Total 250.000 100% Portanto, os R$ 195.000 de custos indiretos de fabricação serão atribuídos aos produtos desta forma: Produto alfa 20% x 195.000 39.000 Produto beta 30% x 195.000 58.500 Produto gama 36% x 195.000 70.200 Produto delta 14% x 195.000 27.300 Total dos custos indiretos 195.000 Assim, temos o custo de cada produto, como segue: 11 Produto Matéria prima Mão de obra Energia elétrica Custos indiretos Total Alfa 50.000 40.000 20.000 39.000 149.000 Beta 75.000 35.000 25.000 58.500 193.500 Gama 90.000 25.000 35.000 70.200 220.200 Delta 35.000 60.000 25.000 27.300 147.300 Total 250.000 160.000 105.000 195.000 710.000 Os custos são contabilizados em suas contas específicas e, após a apropriação aos produtos, recebem um crédito pelo valor apropriado, e a conta de estoque de cada produto é debitada. Energia Elétrica Matéria Prima Mão de Obra Fábrica 105.000 20.000(1) 250.000 50.000(1) 160.000 40.000(1) 25.000(2) 75.000(2) 35.000(2) 35.000(3) 90.000(3) 25.000(3) 25.000(4) 35.000(4) 60.000(4) 105.000 250.000 160.000 Depreciação Seguros Manutenção Fábrica 40.000 8.000(1) 15.000 3.000(1) 50.000 10.000(1) 12.000(2) 4.500(2) 15.000(2) 14.400(3) 5.400(3) 18.000(3) 5.600(4) 2.100(4) 7.000(4) 40.000 15.000 50.000 Outros Materiais Salários Indiretos 20.000 4.000(1) 70.000 14.000(1) 6.000(2) 21.000(2) 7.200(3) 25.200(3) 2.800(4) 9.800(4) 20.000 70.000 Encerrado o período de produção e determinados os custos, procedem-se os seguintes lançamentos, debitando as contas de estoques e creditando os custos correspondentes: 12 Estoque Produto Alfa Estoque Produto Beta Estoque Produto Gama (1) 149.000 (2) 193.500 (3) 220.200 Estoque Produto Delta (4) 147.300 Unidade 4 – CRITÉRIO DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS Rateio, segundo Crepaldi (1998), é o recurso empregado para distribuição dos custos, ou seja, é o fator pelo qual os custos indiretos são divididos. Maher, (2001, p.231), explica que o “rateio de custos representa a atribuição de um custo indireto a um objeto do custo, segundo uma certa base”; esta é a base de rateio que será empregada para dividir os itens de custo indireto. Benato (1992, p.76), acrescenta que tais itens “são distribuídos aos produtos ou serviços de acordo com critérios pré-estabelecidos”. Essa distribuição é o que se denomina de alocação dos custos e para que esta se dê adequadamente, deve-se proceder estudos que auxiliem na seleção de um critério coerente à absorção destes custos. ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE RATEIO Todos os Custos Indiretos só podem ser apropriados, por sua própria definição, de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento de custos etc. Todas essas formas de distribuição contêm, em menor ou maior grau, certo subjetivismo; portanto, a arbitrariedade sempre vai existir nessas alocações, sendo que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável, e em outras oportunidades só a aceitamos por não haver alternativas melhores. (Há recursos matemáticos e estatísticos que podem ajudar a resolver esses problemas, mas nem sempre é possível sua utilização.) Arbitrariedade dos critérios de rateio Enquanto os Custos Diretos são de fácil alocação, os indiretos necessitam, para ser incorporados aos produtos, de uma divisão em partes, considerando uma base de rateio relacionada ao objeto de custeio, como por exemplo: O custo do aluguel da fábrica é um custo que não se identifica com nenhum produto isoladamente, mas tem uma identificação clara com a fábrica, onde os produtos são produzidos, tendo portanto que ser distribuído a todos os produtos ali fabricados. Quanto ao valor do aluguel, nenhuma dúvida, está baseado em um contrato e a cada mês, uma parcela deve ser contabilizada e levada aos custos dos produtos fabricados no mês. 13 Uma vez identificado e contabilizado, vem aí a tarefa mais delicada, que é a escolha de um elemento que servirá como base para efetuar a referida distribuição. Uma base inadequada compromete os custos departamentais e custos dos produtos, demonstrações contábeis e a tomada de decisão. Quanto maiores os custos indiretos, mais custos arbitrariamente são atribuídos aos produtos através de rateios. Nos últimos tempos, tem surgido inúmeras críticas em relação ao chamado “rateio” de custos. Alega-se que os rateios são as principais causas das distorções nos custos dos produtos, e que estas tem provocado inúmeros erros de decisões. O grau de arbitrariedade influencia o custo final do produto e que este pode levar a erros no momento da análise dos custos. Leone (2000, p.111), pondera que “o Contador de Custos deve estar familiarizado com as operações para decidir quais os critérios (ou bases de rateio) a serem empregados para elaborar o rateio”. Diante de tanta dificuldade na alocação desses custos, o que fazer para minimizar esse efeito? Como escolher uma base mais adequada para rateio dos Custos Indiretos de Fabricação? Cada situação deve ser analisada individualmente e em cada empresa. Não existe, portanto, uma base melhor que a outra pré-estabelecida. Para uma boa escolha, considera-se o conhecimento dos processos produtivos e o bom senso do contador para escolha da base mais adequada possível para cada situação encontrada. Essas bases de rateio, por serem de grande importância, a participação da engenharia de produção, da administração, do departamento de vendas devem ser bem aceitas, podendo acrescentar qualidade na escolha, não diminuindo em nada o contador, até mesmo porque os resultados interessam a todos os departamentos da empresa. Não temos como padronizar critérios e bases de rateio visando um mesmo comportamento para todos os casos, pois cada empresa tem suas características próprias e até mesmo cada departamento, Exemplo: O Departamento X de Produção possui um Custo Indireto total de R$ 5.400.000 e precisa distribuílo a dois produtos, B e C. As seguintes informações são disponíveis: Prod. B Prod. C Total Matéria Prima aplicada em cada produto 5.000 7.000 12.000 Mão de Obra direta aplicada 1.000 1.000 2.000 Custos Diretos Totais 6.000 8.000 14.000 Custos Indiretos a ratear 5.400 Total 19.400 Horas máquinas utilizadas 1.400h/m 1.000h/m 2.800/hm a) Rateio com base em horas-máquina: uma primeira alternativa seria a apropriação com base nesse critério, seria então da seguinte forma: 5.400.000 /2.400hm= 2.250/hm B = 1.400hm X 2.250/hm = 3.150,000 C = 1.000hm X 2.250/hm = 2.250,000 Total CIF = 5.400.000 14 Custo Total de B = 6.000.000 + 3.150,000 = R$ 9.150.000 Custo Total de C = 8.000.000 + 2.250.000 = R$ 10.250.000 Total R$ 19.400.000 b) Rateio com base na Mão de obra Direta: na ausência da informação de número de horas de Mão de obra Direta, temos de usar o valor em reais (a diferença existiria caso o custo médio por hora fosse diferente quanto ao pessoal usado para fazer um produto e outro). Portanto, teríamos: B = 5.400.000/2= R$ 2.700.000 C = 5.400.000/2= R$ 2.700.000 Total CIF = R$ 5.400.000 Custo Total de B = 6.000.000 + 2.700.000 = R$ 8.700.000 Custo Total de C = 8.000.000 + 2.700.000 = R$ 10.700.000 Total = R$ 19.400.000 c) Rateio com base na Matéria- prima Aplicada: também na ausência de quantidade física de matéria prima usada (poderiam ser materiais diferentes de diferentes preços), faremos uso dos valores em reais. B = 5/12 X R$ 5.400.000 = R$ 2.250.000 C = 7/12 X R$ 5.400.000 = R$ 3.150.000 Custo Total de B = 6.000.000 + 2.250.000 = R$ 8.250.000 Custo Total de C = 8.000.000 + 3.150.000 = R$ 11.150.000 Total= R$ 19.400.000 d) Rateio com base no Custo Direto Total (Custo Primário, no caso): B – 6/14 X R$ 5.400.000 = R$ 2.314.286 C – 8/14 X R$ 5.400.000 = R$ 3.085.714 Custo Total de B = 6.000.000 + 2.314.286 = R$ 8.314.286 Custo Total de C = 8.000.000 + 3.085.714 = R$ 11.085.714 Total R$ 19.400.000 DEPARTAMENTALIZAÇÃO A departamentalização é resultado de um estudo feito pela administração da empresa, que considera as várias especialidades e as diversas atividades ou funções. É a divisão do trabalho baseada na capacidade específica de cada pessoa ou grupo de pessoas. A departamentalização se destina a separar as atividades de uma empresa de acordo com a natureza de cada uma delas, procurando maior eficiência nas operações. Está apresentada em termos práticos no organograma, princípio para que possa haver a departamentalização. A contabilidade de custos utiliza-se dessa departamentalização para distribuir os custos indiretos de fabricação aos produtos elaborados pela entidade. Um departamento é um centro de custos, ou seja, nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos produtos. Ocorre que cada departamento tem custos diferentes que 15 são utilizados de formas diferentes nos produtos. As empresas são divididas em departamentos e estes departamentos podem ser divididos em dois grandes grupos: os que promovem qualquer tipo de modificação sobre o produto diretamente, também chamados de produção ou produtivos, e os que nem recebem o produto, chamados departamentos de serviços.. Os Departamentos de Produção (também conhecidos por Produtivos) têm seus custos jogados sobre os produtos, já que estes passam inclusive fisicamente por eles. Os Departamentos de Serviços (impropriamente chamados às vezes de Não produtivos e também conhecidos por Auxiliares) geralmente não têm seus custos apropriados diretamente aos produtos, pois estes não passam por eles. Por viverem esses Departamentos para a prestação de serviços a outros Departamentos, têm seus custos transferidos para os que deles se beneficiam. Os departamentos de serviços não atuam na produção, mas dão suporte aos departamentos de produção. Seus custos são apropriados aos departamentos de produção (a quem prestam serviços). Os departamentos de produção recebem esses custos dos departamentos de serviços, juntam com os seus próprios custos e, finalmente, transferem aos produtos. São exemplos de departamentos de serviços: Administração da Fábrica; Manutenção; Almoxarifado; Expedição; Controle de Qualidade RATEIO DOS CUSTOS DOS DEPARTAMENTOS Os Custos Comuns a", a realidade do processamento da despesas engloba fases diferentes: Fixação da despesa: Estimativa da despesa Fase em que são estimadas as despesas para o exercício financeiro. Conversão das estimativas em orçamento As estimativas são convertidas em LOA. Realização da despesa: Programação da despesa É a programação dos gastos mensais que cada órgão vinculado ao órgão gerenciador da despesa poderá dispor. Esta programação está intimamente relacionada com as flutuações da arrecadação durante o exercício financeiro. Subdivide-se em: Cronograma de desencaixes fixos; Projeção do comportamento da receita; Decreto normativo. Licitação É o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, entre vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para a aquisição de bem ou serviço. Empenho É o ato emanado da autoridade competente que cria para o Poder Público a obrigação de pagamento. Empenhar uma despesa consiste na emissão de uma Nota de Empenho. Divide-se em: Autorização; Emissão; Assinatura; Controle interno; e Contabilização. Para entender melhor o que é o empenho Observa-se que o empenho é o verdadeiro criador de obrigação. Todas as demais fases da despesa são dele dependentes e seguem curso obrigatório após essa fase. É o empenho que determina os termos do contrato. Pode-se dizer que o empenho é o próprio contrato, podendo, inclusive, dispensar a elaboração de outro instrumento contratual em alguns casos. Com efeito, a Lei nº 8.666/1993, Estatuto das Licitações, dispõe que somente há obrigatoriedade de firmar contratos para contratações decorrentes de Concorrências e Tomada de Preços, ou nas hipóteses de dispensas e inexigibilidades cujos valores pactuados estejam compreendidos nos limites daquelas duas modalidades licitatórias. Além disso, independente do valor pactuado, na hipótese de compras de entrega imediata e integral, para as quais não resultem compromissos futuros, é igualmente dispensável o contrato. Nesses casos, quando o contrato é dispensável, o próprio empenho funcionará como o instrumento contratual, nos termos do art. 62 da Lei Geral de Licitações. Os empenhos, por sua vez, podem ser subdivididos conforme o modo de apuração do valor a ser empenhado. A despesa pública, como qualquer despesa, nem sempre se revela inteira