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38.1.

Da análise dos dados da Figura 6A, pode inferir-se que o fluxo térmico é máximo nas zonas onde a litosfera é
mais
(A) antiga, dado que aí ocorre descida de material mantélico.
(B) antiga, dado que aí ocorre ascensão de material mantélico.
(C) recente, dado que aí ocorre ascensão de material mantélico.
(D) recente, dado que aí ocorre descida de material mantélico.

38.2. O gradiente geotérmico


(A) apresenta um aumento constante no manto.
(B) é maior na litosfera do que no manto superior.
(C) atinge o valor máximo na transição do manto para o núcleo.
(D) é menor no manto superior do que no manto inferior.

38.3. O grau geotérmico


(A) aumenta com a aproximação a dorsais oceânicas.
(B) diminui quando diminui o gradiente geotérmico da zona.
(C) aumenta quando aumenta o fluxo térmico da região.
(D) diminui com a aproximação a regiões de elevada entalpia.

38.4. Explique o modo como a variação do fluxo térmico, ao longo dos fundos oceânicos, poderá justificar a maior
profundidade atingida pelos oceanos nas zonas mais afastadas das dorsais.

38.5. A tectónica da litosfera é assegurada pela rigidez da astenosfera, sendo esta também conhecida como .
(A) menor [...] zona de baixa velocidade sísmica
(B) maior [...] zona de baixa velocidade sísmica
(C) maior [...] zona de sombra sísmica
(D) menor [...] zona de sombra sísmica

38.6. Explique o elevado gradiente geotérmico registado nas zonas de dorsal médio-oceânica.

39. Explique de que modo o decaimento radioativo dos materiais do interior da Terra influencia a existência de correntes
de convecção no manto.

40. O arquipélago de Cabo Verde, cuja localização está assinalada na Figura 7, fica situado numa região elevada do
atual fundo oceânico. Esta elevação relaciona-se com um mecanismo do tipo hot spot oceânico, que levou à
acumulação de material eruptivo nos fundos oceânicos, entre a costa africana e o rifte do Atlântico. O arquipélago teria
sido formado na sequência de várias erupções vulcânicas, inicialmente do tipo central e, mais tarde, complementadas
por vulcanismo fissural. As ilhas situam-se numa zona relativamente estável, dos pontos de vista vulcânico e sísmico,
embora para algumas delas existam registos significativos de atividade. Nas ilhas Brava e de Santo Antão não
ocorreram erupções desde o povoamento, mas a atividade sísmica é considerável.
A análise da distribuição da sismicidade instrumental em Cabo Verde, no período de 1977 a 1989, representada na
Figura 8, sugere que a atividade tectónica recente está bem marcada, essencialmente, a ocidente, onde se reconhecem
vários alinhamentos de epicentros.
É na ilha do Fogo que se encontram as formas vulcânicas mais recentes e mais bem conservadas, devido ao seu
vulcanismo recente. Entre 1785 e 1995, a atividade vulcânica tornou-se mais intermitente, registando-se curtos
períodos efusivos. A erupção de 1995 apresentou duas fases: a primeira, que ocorreu de 2 a 22 de abril e que originou
um cone de piroclastos, e a segunda, que ocorreu de 22 de abril a 26 de maio e que deu lugar a um campo de lavas
aa e pahoehoe.

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Figura 7 Figura 8

40.1. O vulcanismo em Cabo Verde é do tipo


(A) intraplaca, em zonas de baixo gradiente geotérmico.
(B) intraplaca, em zonas de elevado gradiente geotérmico.
(C) interplaca, em zonas de baixo gradiente geotérmico.
(D) interplaca, em zonas de elevado gradiente geotérmico.

40.2. As ilhas de Cabo Verde têm origem num vulcanismo


(A) residual, associado a uma coluna ascendente de magma mantélico.
(B) residual, associado a fraturas da crosta, em zonas de rifte.
(C) primário, associado a uma coluna ascendente de magma mantélico.
(D) primário, associado a fraturas da crosta, em zonas de rifte.

40.3. Durante a atividade vulcânica de 1995, a erupção que ocorreu na segunda fase foi
(A) efusiva, caracterizada por uma lava fluida.
(B) explosiva, caracterizada por uma lava viscosa.
(C) efusiva, caracterizada por uma lava viscosa.
(D) explosiva, caracterizada por uma lava fluida.

40.4. Na região ocidental do arquipélago de Cabo Verde, o alinhamento dos epicentros sugere a existência de
(A) falhas ativas de orientação NO-SE.
(B) movimentos divergentes, a oriente do arquipélago.
(C) hot spots de orientação NO-SE.
(D) movimentos convergentes, ao nível do rifte, a ocidente do arquipélago.

40.5. A comparação geomorfológica entre as ilhas a oriente, de litoral baixo e arenoso, e as ilhas a ocidente, de costas
altas e rochosas, apoia a hipótese de que as ilhas a oriente sejam as mais antigas.
Explique de que modo a origem das ilhas de Cabo Verde e o contexto tectónico da placa africana permitem apoiar a
hipótese de as ilhas a oriente serem as mais antigas.

41. As ilhas Aleutas fazem parte do Anel de Fogo do Pacífico, constituindo um alinhamento encurvado de ilhas
vulcânicas, também denominado arco insular ou arco vulcânico. O arco insular das Aleutas ou arco Alasca — Aleutas,
como é também designado, marca a fronteira entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-Americana. Apresenta,
aproximadamente, vinte e quatro vulcões ativos e aí ocorrem frequentemente sismos. O mapa da Figura 9 representa,
de forma simplificada, o contexto tectónico das ilhas Aleutas.

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A 19 de dezembro de 2007, um sismo, com origem a cerca de 56 km de profundidade e de magnitude 7,3 graus, foi
sentido neste arquipélago, localizando-se o epicentro a 200 km a oeste de Adak (Alasca). Outros sismos foram
registados na mesma região, ao longo de 2008, com focos a diferentes profundidades e magnitudes na ordem dos 6,6
graus. Esta região, sismicamente ativa, está permanentemente monitorizada pelo Centro de Informações de Sismos
do Alasca e pelo Centro de Alertas de Tsunami no Pacífico.
Figura 9

41.1. As atividades sísmica e vulcânica verificadas na região das ilhas Aleutas são resultado da existência de um
(A) limite convergente, evidenciado pela presença de uma dorsal oceânica.
(B) limite convergente, evidenciado pela presença de uma fossa oceânica.
(C) limite divergente, evidenciado pela presença de uma dorsal oceânica.
(D) limite divergente, evidenciado pela presença de uma fossa oceânica.

41.2. O sismo de 19 de dezembro de 2007 teve uma magnitude de 7,3 graus na escala de
(A) Richter, que quantifica os efeitos provocados nas construções.
(B) Mercalli, que quantifica os efeitos provocados na topografia.
(C) Richter, que quantifica a energia libertada no hipocentro.
(D) Mercalli, que quantifica a energia libertada no epicentro.

41.3. A atividade sísmica sentida no arquipélago das Aleutas apresenta focos com diferentes profundidades.
Explique este facto com base no contexto tectónico da região central do arco insular, representado na Figura 9.

42. A Crista Médio-Atlântica sai do domínio submerso e atinge expressão subaérea na Islândia, representada na Figura
10. A Islândia, situada no Atlântico Norte, em placas tectónicas diferentes, é consequência de um vulcanismo causado
pela interação entre uma pluma térmica, associada a um ponto quente (hot spot), e a atividade característica da crista
médio-atlântica.
Sendo uma ilha muito recente, a Islândia constitui um local privilegiado para a realização de estudos geotérmicos. Por
todo o seu território, ocorrem manifestações geotérmicas como, por exemplo, fontes termais. Segundo dados de 2006,
mais de um quarto (26%) de toda a eletricidade do país é produzida em cinco grandes centrais geotérmicas.

Figura 10

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42.1. Na Islândia, verifica-se um valor de grau geotérmico e a atividade vulcânica resulta da interação entre o
fluxo mantélico dos limites e o fluxo da pluma térmica.
(A) elevado [...] convergentes
(B) baixo [...] convergentes
(C) baixo [...] divergentes
(D) elevado [...] divergentes

42.2. Relativamente à atividade sísmica, pode afirmar-se que, na Islândia


(A) há sismos de origem tectónica, mas não há de origem vulcânica.
(B) não há sismos de origem tectónica, mas há de origem vulcânica.
(C) há sismos de origem tectónica e sismos de origem vulcânica.
(D) não há sismos de origem tectónica nem de origem vulcânica.

42.3. Explique em que medida, na Islândia, a localização das fontes termais, representadas na Figura 10, contribui
para um desenvolvimento sustentável da ilha.

43. A ilha de Martinica faz parte de um arquipélago localizado na América Central, na zona este da Placa das Caraíbas,
no confronto com a Placa Sul-Americana (Figuras 11A e 11B). A 29 de novembro de 2007, ocorreu um sismo de
magnitude 7,4, com origem a 146 quilómetros de profundidade, cujo epicentro se localizou no mar, a 42 quilómetros a
noroeste de Fort-de-France, capital de Martinica.
Foram recolhidos, em localidades a diferentes distâncias do epicentro, relatos das populações das ilhas do arquipélago
onde o sismo foi sentido. A partir desses relatos, foi possível determinar os valores de intensidade do sismo nesses
locais (Tabela 1).
Figura 11A Figura 11B

Tabela 1

Distância 214 S. Vicente — Local 1 IV


Ilha — Local Intensidade
epicentral (km)
244 Antigua e Barbuda — Local 1 VI
33 Dominica — Local 1 V
269 Barbados — Local 1 V
37 Martinica — Local 1 VII
281 Barbados — Local 2 V
43 Martinica — Local 2 VII
286 Saint Kitts e Nevis — Local 1 III
62 Dominica — Local 2 VI
306 Saint Kitts e Nevis — Local 2 IV
101 Santa Lúcia — Local 1 VII
327 Granada — Local 1 III
106 Santa Lúcia — Local 2 VII
476 Trindade e Tobago — Local 1 V
115 Santa Lúcia — Local 3 V
477 Trindade e Tobago — Local 2 IV
122 Santa Lúcia — Local 4 VII
502 Trindade e Tobago — Local 3 V

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43.1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas às características
geológicas do local e ao sismo descrito.
(A) O hipocentro do sismo referido localizou-se a 146 km de profundidade.
(B) As ilhas representadas na figura 11B tiveram origem no processo de convergência de placas.
(C) O vulcanismo associado ao limite este da Placa das Caraíbas é do tipo efusivo.
(D) O sismo descrito foi sentido com diferentes intensidades na ilha de Santa Lúcia.
(E) A uma mesma intensidade sísmica correspondem distâncias epicentrais idênticas.
(F) A Placa das Caraíbas apresenta um limite conservativo.
(G) No limite este da Placa das Caraíbas, as forças são, predominantemente, distensivas.
(H) Quanto maior for o número de relatos obtidos, maior é o rigor do traçado das isossistas.

43.2. No sismo referido, não foi relatada a intensidade sísmica, no epicentro, porque
(A) não há estação sismográfica no local. (C) os danos não puderam ser avaliados.
(B) a magnitude foi de 7,4. (D) ocorreu na placa oceânica.

43.3. Na ilha de Dominica, de acordo com os dados da Tabela 1, a maior corresponde ao local mais __ do epicentro.
(A) magnitude [...] próximo (C) intensidade [...] distante
(B) intensidade [...] próximo (D) magnitude [...] distante

43.4. O sismo da ilha de Martinica foi registado com a magnitude de 7,4 da escala de Richter. A partir dos relatos
obtidos, foram determinados valores de intensidade compreendidos entre III e VII da escala de Mercalli.
Explique por que razão este sismo regista várias intensidades, mas apenas uma magnitude.

44. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos procedimentos necessários para
determinar a localização do epicentro de um sismo.
A. Registo da chegada das ondas P a uma estação sismográfica.
B. Determinação da diferença entre o tempo de chegada das ondas P e o das ondas S.
C. Cálculo (ou leitura gráfica) da distância epicentral.
D. Identificação dos registos de ondas P e de ondas S no sismograma.
E. Determinação da localização provável do epicentro.

45. No dia 6 de abril de 2009, ocorreu um sismo de magnitude 6,3 na região italiana de Abruzzo. O epicentro do sismo
situou-se próximo de Áquila, localizada a cerca de 85 km a nordeste de Roma. Este sismo provocou 305 vítimas
mortais, desalojou 25 000 pessoas e causou danos significativos em mais de 10 000 edifícios na região de Áquila.
O sismo teve origem numa falha normal, situada na cordilheira dos Apeninos. Esta falha insere-se num contexto
tectónico muito complexo. A tectónica da zona envolve a colisão das placas Euro-Asiática e Africana, com a subdução
na zona do mar Adriático, e a abertura da bacia do Mar Tirreno. Tratou‑ se de um sismo cujo hipocentro teve uma
profundidade de aproximadamente 8 km, o que poderá justificar os elevados danos registados. A Figura 12 representa
a localização do epicentro do sismo e o respetivo mapa de intensidades, de acordo com a escala de Mercalli Modificada.
A Figura 13 representa uma adaptação da escala de Mercalli Modificada.

Figura 12

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Figura 13
Escala de Mercalli Modificada I II-III IV V VI VII VIII IX X+
Não Muito Muito
Perceção Fraco Moderado Forte Severo Violento Extremo
sentido fraco forte
Estruturas Muito Moderado Muito
Nenhum Nenhum Nenhum Fraco Moderado Forte
Danos resistentes fraco a forte forte
potenciais Estruturas Moderado Muito Muito
Nenhum Nenhum Nenhum Fraco Moderado Forte
vulneráveis a forte forte forte

45.1. Tendo em conta o sismo de 6 de abril de 2009, à medida que aumenta o afastamento em relação a Áquila,
verifica-se uma diminuição da
(A) magnitude registada no sismo.
(B) diferença no tempo de chegada das ondas S e P.
(C) amplitude das ondas sísmicas.
(D) distância epicentral das estações sismográficas.

45.2. De acordo com os dados fornecidos, o sismo de Áquila provocou, provavelmente, danos
(A) moderados nas estruturas resistentes da cidade de Viterbo.
(B) fracos nas estruturas vulneráveis da cidade de Penne.
(C) moderados nas estruturas resistentes da cidade de Rieti.
(D) fracos nas estruturas vulneráveis da cidade de Roma.

45.3. Admita que numa determinada estação sismográfica, localizada a cerca de 150 km do foco do sismo de Áquila,
se registaram, primeiro, ondas P refratadas e, posteriormente, ondas P diretas. O atraso das ondas P diretas
relativamente às ondas P refratadas deveu-se, provavelmente, ao facto de as ondas P
(A) refratadas terem percorrido meios de maior rigidez.
(B) diretas terem percorrido um trajeto mais longo.
(C) diretas terem percorrido um trajeto mais curto.
(D) refratadas terem percorrido meios de menor rigidez.

45.4. Explique, de acordo com a teoria do ressalto elástico, a ocorrência de um sismo.

46. A zona de subdução de Makran, limitada a este e a oeste por duas grandes falhas, tem mostrado baixa atividade
sísmica desde os sismos de 1945 (magnitude 8,1) e de 1947 (magnitude 7,3), embora estudos recentes indiquem que
esta zona de subdução é capaz de gerar sismos de magnitude entre 8,7 e 9,2. Numa zona de subdução, supõe-se que
a rotura nas principais falhas inversas aí existentes, capazes de gerar grandes sismos, ocorra, geralmente, a
temperaturas entre 150 ºC e 450 ºC. Esta informação, conjugada com outras, essencialmente, de índole geofísica, foi
utilizada por cientistas para mapear a área potencial de rotura sísmica na zona de subdução de Makran. Os cientistas
verificaram que a mesma abrange uma área com 350 km de largura, a norte da fossa tectónica de Makran, sendo
invulgarmente larga em relação à maioria das outras zonas de subdução. O enquadramento tectónico da região
encontra-se representado, de forma simplificada, na Figura 14.

Figura 14
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