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16.4.

Uma possível explicação para a diminuição da abundância de Amblyrhynchus cristatus, descrita no texto, está
relacionada com
(A) o aumento de matéria orgânica disponível e a consequente diminuição do catabolismo.
(B) o aumento de matéria orgânica disponível e o consequente aumento do catabolismo.
(C) a diminuição de matéria orgânica disponível e a consequente diminuição do catabolismo.
(D) a diminuição de matéria orgânica disponível e o consequente aumento do catabolismo.

17. O colibri de pescoço vermelho é uma pequena ave migratória que percorre cerca de 1000 km sobre o oceano,
partindo da zona sudeste dos Estados Unidos com destino ao México e à América Central. Esta ave manifesta, assim,
capacidades energéticas extraordinárias. O colibri alimenta-se de néctar, rico em açúcares, e de pequenos insetos,
armazenando lípidos em grande quantidade e quase duplicando o seu peso.

Figura 2

Massa corporal
17.1. O colibri transforma o alimento em reserva energética, essencialmente, na forma de , dando origem a
, quando forem, posteriormente, utilizados.
(A) triglicerídeos [...] monossacarídeos
(B) triglicerídeos [...] ácidos gordos
(C) glicogénio [...] monossacarídeos
(D) glicogénio [...] ácidos gordos

17.2. No colibri, as mitocôndrias das células musculares, além de serem numerosas, têm uma membrana interna com
uma grande superfície, o que possibilita uma grande atividade da , o que acarreta consumo de oxigénio.
(A) cadeia respiratória [...] maior
(B) glicólise [...] menor
(C) cadeia respiratória [...] menor
(D) glicólise [...] maior

17.3. A elevada capacidade energética do colibri, que lhe permite fazer o percurso migratório, é apoiada pelos dados
do gráfico da Figura 2, uma vez que
(A) a taxa metabólica varia na razão direta da massa corporal.
(B) a uma pequena massa corporal corresponde uma baixa taxa metabólica.
(C) a taxa metabólica varia na razão inversa da massa corporal.
(D) a uma grande massa corporal corresponde uma elevada taxa metabólica.

17.4. O colibri apresenta um número elevado de glóbulos vermelhos no sangue e as suas células musculares têm uma
quantidade de mitocôndrias superior à da maioria das aves.
Justifique a capacidade migratória do colibri, tendo em conta as adaptações estruturais referidas.

18. No verão de 1856, Louis Pasteur foi confrontado por Bigot, pai de um dos seus alunos, com um problema que afligia
muitos industriais da zona de Lille. Bigot dedicava-se à produção de álcool (etanol) a partir da fermentação dos açúca-
res da beterraba. Por vezes, verificava-se que, em algumas cubas, o sumo não se transformava em etanol e acabava
mesmo por azedar, devido à acumulação de ácido láctico. Na tentativa de resolver esse problema, Pasteur recolheu
duas amostras:
Amostra 1 — líquido recolhido de uma cuba onde se formou etanol.
Amostra 2 — líquido recolhido de uma das cubas cujo conteúdo azedou.

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Estas amostras foram observadas ao microscópio. Na amostra 1, Pasteur encontrou apenas leveduras (fungos
unicelulares). Na amostra 2, observou um pequeno número de leveduras e um grande número de bactérias.
Em observações posteriores, Pasteur confirmou que só se verificava a presença de bactérias nas cubas cujo conteúdo
azedava, e que o número de bactérias era tanto maior, quanto mais azedo o conteúdo da cuba. Quando terminou a
investigação, Pasteur concluiu que as leveduras utilizavam o açúcar da beterraba para produzir etanol, e que as
bactérias o utilizavam para produzir ácido láctico.

18.1. Pasteur concluiu que a presença de células vivas é fundamental para a ocorrência de fermentação.
Para poder tirar aquela conclusão, seria necessário comparar as observações das amostras 1 e 2 com a observação
de uma amostra de sumo de beterraba (mantido em cuba tapada, a temperaturas favoráveis à ocorrência de
fermentação) que
(A) tivesse sido submetida a filtração, removendo as células vivas.
(B) fosse retirada de uma cuba onde se tivesse obtido etanol.
(C) fosse retirada de uma cuba cujo conteúdo tivesse azedado.
(D) tivesse tanto leveduras como bactérias.

18.2. As células de leveduras e de bactérias apresentam e .


(A) núcleo [...] mitocôndrias
(B) mitocôndrias [...] ribossomas
(C) ribossomas [...] membrana plasmática
(D) membrana plasmática [...] núcleo

18.3. Em finais do séc. XIX, Eduard Büchner efetuou um conjunto de experiências com extrato de levedura, obtido por
trituração de leveduras e posterior filtração dos resíduos celulares remanescentes. A este extrato adicionou uma
solução aquosa açucarada. Passado algum tempo, detetou na solução a presença de etanol e a libertação de dióxido
de carbono.
Com esta experiência, Büchner poderia testar a seguinte hipótese:
(A) a fermentação é um processo que ocorre apenas na ausência de oxigénio.
(B) a temperatura é um dos fatores limitantes do processo de fermentação.
(C) a concentração de açúcar influencia o rendimento energético da fermentação.
(D) a fermentação pode ocorrer na ausência de leveduras.

18.4. Para que os resultados da experiência de Büchner possam provar que a ocorrência de fermentação está, de
alguma forma, relacionada com a intervenção de seres vivos (ou seus derivados), seria necessária a introdução, no
procedimento, de um dispositivo que contivesse
(A) leveduras numa solução açucarada.
(B) extrato de levedura numa solução açucarada.
(C) unicamente uma solução açucarada.
(D) exclusivamente leveduras.

19. Os mangais são comunidades que podem incluir cerca de uma centena de plantas angiospérmicas, adaptadas a
viverem em água salobra ou salgada e que têm como característica comum o facto de partilharem a tolerância a
concentrações elevadas de sal. Este tipo de vegetação domina a maior parte da zona costeira tropical e subtropical,
representando cerca de 0,6% da vegetação terrestre total.
O peculiar sistema radicular destas plantas proporciona-lhes um conjunto de adaptações que lhes permite suportar
concentrações salinas elevadas e as condições existentes no lodo onde se fixam. Algumas plantas apresentam raízes
aéreas, com lentículas (poros respiratórios), que, através de tecidos especiais, permitem a difusão de gases para as
raízes submersas.
De entre as espécies vegetais características dos mangais, Rhizophora mangle possui um sistema de raízes que,
através de membranas especiais, consegue evitar a absorção de sal. Este processo é tão eficaz que permite a uma
pessoa retirar água doce de uma planta, apesar de esta se encontrar num ambiente salino. Outras árvores de mangal,
como, por exemplo, Avicennia germinans, em vez de impedirem o sal de entrar nos seus tecidos condutores, excretam-
no, com gasto de energia, através de glândulas localizadas nas folhas, nos ramos e nas raízes. As florestas de mangal
apresentam uma importante diversidade biológica, com a particularidade de a mesma árvore albergar uma comunidade
tipicamente terrestre e outra tipicamente marinha.

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As plantas de mangal desenvolveram estratégias reprodutivas que lhes garantem maior probabilidade de sobrevivência
e que facilitam a sua dispersão. As sementes de algumas espécies germinam na árvore progenitora. Posteriormente,
os propágulos caem, dispersando-se pelo oceano, onde permanecem viáveis por períodos que podem chegar a um
ano.

19.1. Em Avicennia germinans, as células que constituem glândulas excretoras eliminam sal
(A) com intervenção de proteínas, por transporte ativo.
(B) sem intervenção de proteínas, por difusão facilitada.
(C) com intervenção de proteínas, por difusão facilitada.
(D) sem intervenção de proteínas, por transporte ativo.

19.2. As lentículas são necessárias, pois as plantas do mangal têm


(A) de eliminar os gases resultantes do seu metabolismo.
(B) as suas raízes num meio com concentrações elevadas de sal.
(C) as suas raízes cobertas de água grande parte do tempo.
(D) de eliminar água, por transpiração.

19.3. As lentículas permitem que as raízes de Avicennia germinans obtenham


(A) oxigénio, utilizado na fotossíntese.
(B) oxigénio, necessário para a excreção de sal.
(C) dióxido de carbono, necessário para a respiração celular.
(D) dióxido de carbono, utilizado na síntese de ATP.

19.4. Mencione o que aconteceria à pressão osmótica no xilema de Rhizophora mangle se o processo de filtração do
sal cessasse devido à intervenção de um poluente.

20. A produção de biocombustíveis com recurso a culturas como a soja depende, em termos de produtividade, da
ocupação exclusiva de grandes extensões de solo. As microalgas afiguram-se como uma alternativa para a produção
de combustíveis, uma vez que têm a capacidade de duplicar a sua biomassa várias vezes por dia e de produzir, pelo
menos, quinze vezes mais óleo por hectare do que as culturas alimentares concorrentes.
Para otimizar os processos de produção e extração dos óleos, recorre-se ao aumento do teor lipídico, bloqueando as
vias metabólicas responsáveis pela acumulação de compostos energéticos, como o amido, e à diminuição do
catabolismo dos lípidos. O silenciamento por mutação de genes das vias metabólicas referidas ou a redução
significativa da quantidade de mRNA desses mesmos genes também podem conduzir a um aumento do teor lipídico
celular.
Após a extração dos óleos para a produção de biodiesel, os glúcidos (hidratos de carbono) existentes no bolo vegetal
remanescente podem ser utilizados como substrato para a produção de etanol. O dióxido de carbono, resultante do
processo de fermentação, pode, por sua vez, ser utilizado na produção de mais biomassa (microalgas), o que permite
o funcionamento em sistema fechado e uma otimização de todo o processo bioenergético.

20.1. Os óleos de reserva existentes nas microalgas são biomoléculas constituídas por
(A) aminoácidos. (C) ácidos gordos e glicerol.
(B) monossacarídeos. (D) nucleótidos.

20.2. Na fase não dependente diretamente da luz, as moléculas necessárias para a produção de glúcidos e de óleos
são
(A) O2, NADPH, ATP.
(B) CO2, H2O, ADP.
(C) O2, H2O, ADP.
(D) CO2, NADPH, ATP.

20.3. A elevada taxa de reprodução das microalgas exige uma grande produção de
(A) proteínas, o que implica o desenvolvimento do retículo endoplasmático rugoso.
(B) glicoproteínas, o que implica o desenvolvimento da mitocôndria.
(C) fosfolípidos, o que implica o desenvolvimento do retículo endoplasmático rugoso.
(D) lípidos, o que implica o desenvolvimento da mitocôndria.
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20.4. O aumento do teor lipídico nas microalgas pode ser conseguido através da redução da
(A) síntese dos lípidos e do bloqueio das vias anabólicas dos glúcidos.
(B) degradação dos lípidos e do bloqueio das vias catabólicas dos glúcidos.
(C) síntese dos lípidos e do bloqueio das vias catabólicas dos glúcidos.
(D) degradação dos lípidos e do bloqueio das vias anabólicas dos glúcidos.

20.5. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos que, num sistema fechado, permitem a produção de etanol, a partir de glúcidos, e permitem a produção
de mais biomassa.
A. Formação de moléculas de ácido pirúvico.
B. Produção de etanol e CO2.
C. Hidrólise de polissacarídeos.
D. Redução do CO2 para formar compostos orgânicos.
E. Fosforilação da glucose.

21. A fermentação de vegetais contribui para a sua conservação e para a obtenção de produtos com interesse
nutricional.
A fermentação láctica pode ocorrer por duas vias: a via homoláctica, cujo produto final é o ácido láctico, e a via
heteroláctica, que origina, entre outros, ácido láctico e ácido acético.
As culturas bacterianas de arranque (culturas previamente selecionadas e cultivadas em laboratório) constituem uma
alternativa à «flora microbiana» indígena (que ocorre de forma natural nos vegetais).
Entre outros aspetos, a utilização dessas culturas possibilita o início mais rápido da fermentação, conduzindo a
acidificações mais rápidas, que evitam a deterioração dos vegetais por diminuírem a ação de micro-organismos
deteriorantes.
Com o objetivo de avaliar o efeito de diversas bactérias ácido-lácticas na fermentação de uma mistura de vegetais, foi
desenvolvida a investigação seguinte.

Métodos e resultados
1 – Produziu-se uma mistura de vegetais contendo 45% de couve, 20% de cenoura, 10% de cebola, 2% de sal e 23%
de água.
2 – A mistura de vegetais, não sujeita a esterilização, foi submetida a três tratamentos: A – sem inoculação; B –
inoculação com uma cultura bacteriana de arranque mista (contendo mais do que uma espécie bacteriana) denominada
COOP; C – inoculação com uma cultura bacteriana de arranque mista denominada F3.
3 – Cada um dos ensaios foi incubado a 20 °C, durante 72 h, e posteriormente armazenado a 4 °C.
4 – Em cada ensaio, avaliou-se a produção de ácido láctico e de ácido acético aos 0, 1, 3, 7 e 30 dias.
Os resultados constam dos gráficos A, B e C, apresentados na Figura 3.

Figura 3

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