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11/03/2021 Versão para impressão - Ciência Moderna: Aspectos Históricos e o Fundamento da Verdade Científica

Ciência Moderna:
Aspectos Históricos e o
Fundamento da Verdade
Científica

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Apresentação 

Fonte: Vannucchi (s.d.).

O foco desta Unidade de Aprendizagem será o conhecimento científico.


Compreenderemos o desenvolvimento histórico da ciência até o atual
momento, evidenciando a humanidade da ciência, ou seja, o que há de
humano no conhecimento científico. Começaremos com a ciência moderna e
verificaremos como a ideia de verdade absoluta foi sendo construída, para
então analisarmos como a ciência tem sido problematizada atualmente no
âmbito das ciências sociais.

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Conteúdo 
O Nascimento da Ciência Moderna
Na Antiguidade Clássica, isto é, Grécia e Roma antigas, os filósofos tinham outra forma
de pensar ciência. Para começar, esta estava entrelaçada com filosofia, artes e inclusive
com a mitologia. Os filósofos eram cientistas, embora ainda não houvesse a
experimentação metódica como um passo obrigatório para a produção de ciência. O
fazer “científico” era mais contemplativo e por vezes, especulativo ; procurava-se o
porquê dos acontecimentos, a compreensão das causas e dos fenômenos.

Abaixo, na figura 1, temos uma representação da “Escola de Atenas”, obra do pintor


renascentista Rafael. Percebemos ao fundo e ao centro Platão e Aristóteles, dois dos
maiores filósofos da Antiguidade. Embora pintada entre 1509 e 1511, Rafael tentou
representar como entendia a Academia de Platão, fundada aproximadamente entre
384/383 a. C.

Figura 1 - Academia de Atenas, em pintura de Rafael.

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Fonte: Carvalho (2012).

Para Refletir 

Há diversas interpretações possíveis para essa obra de Rafael. Leia o texto


“Análise da Escola de Atenas, de Rafael ” e descubra mais sobre cada detalhe
da pintura.

Ficou curioso (a) quanto a Ciência Oriental? Sugerimos a leitura do texto “O


Oriente antecipou a ciência ocidental ?”, de Paulo Yokota.

A Ciência Medieval
A Idade Média, longo período que vai do século V d.C. ao XV d.C., frequentemente é
representada como Idade das Trevas. Embora errônea, essa representação é
fundamentada na crítica ao domínio do conhecimento religioso, responsabilizado por
haver condicionado o desenvolvimento científico filosófico. A concepção de ciência da
Idade Média não representou uma mudança significativa em relação a da Antiguidade
Clássica.

Neste período, o conhecimento dividiu-se em duas grandes vertentes: de um lado, o


conhecimento dos mosteiros, dedicado a cultivar a teologia, a filosofia, a literatura e o
estudo de fenômenos naturais, sempre do ponto de vista da religião; de outro, o
conhecimento dos estudiosos, livres pensadores da natureza, alquimistas , magos,
bruxos, "experimentadores", que, sozinhos ou em grupos, quase sempre em segredo,
procuravam desvendar o que estava oculto por trás das aparências. Essas duas
correntes mantiveram relações bastante conflitantes e em muitos casos marcadas por
embates violentos.

A Igreja detinha o predomínio do severo controle sobre os produtores de saber e


obrigou-os a dar um sentido teológico a seus trabalhos: o conhecimento humano
deveria estar voltado para fundamentar, legitimar e difundir as verdades contidas nas
Sagradas Escrituras e, portanto, glorificar o Reino de Deus. O conhecimento que não
tivesse exatamente essa finalidade era considerado herege .

A preocupação dominante da Igreja foi a de discutir a vida espiritual da humanidade e


seu destino. Nesse sentido, era necessário elucidar a natureza do mundo, a natureza de
Deus, os processos divinos sobre o mundo, enfim, tudo o que implicava o
esclarecimento dos dogmas  cristãos. Isso significava que o conhecimento deveria
partir da Fé, ou seja, de uma crença que não dependia dos nossos sentidos. Você

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certamente conhece a história de São Tomé, aquele que dizia somente acreditar na
ressurreição de Cristo se o visse pessoalmente (é daí que se diz, hoje: sou como São
Tomé, só acredito vendo). Pois como termina a história de São Tomé? Cristo lhe
aparece e diz que ele não deveria ter duvidado, pois a sua fé não deveria depender da
visão. É essa a ideia predominante no período medieval. O conhecimento não deveria
partir de sentidos (o que eu vejo, o que eu escuto, o que eu sinto etc.), sim partir da fé,
da crença que não depende dos nossos sentidos.

No final da Idade Média, algumas correntes de pensamento tentaram uma leitura


menos ortodoxa  da relação entre sentidos, razão e fé. São Tomás de Aquino, por
exemplo, introduziu a ideia de que fé e razão não operam dicotomicamente . Não são
necessariamente polos opostos, mas fenômenos complementares que têm a mesma
origem: Deus.

Outros pensadores, como são Roger Bacon (1214-1292), Duns Scotus  e Guilherme de


Ockham  foram mais longe e disseram que a razão e o conhecimento não deveriam
necessariamente depender da fé, mas também de nossos sentidos. Poderíamos saber
aquilo que tivéssemos experimentado. Essa ideia de fazer experimentos alcançar o
conhecimento é a virada que o estudo da ciência deu em direção ao empirismo .

Esses autores introduziram a ideia de que o mundo de Deus e o mundo cósmico (dos
homens) são diferentes e os meios de conhecimento são eles também diferentes. Daí a
necessidade de separar a fé, caminho para conhecer o mundo de Deus, e a razão, meio
de conhecer o mundo cósmico. Ou seja, a fé poderia continuar sendo a base para
explicar o mundo de Deus, mas o nosso mundo terreno deveria ser explicado pela
experiência dos sentidos. Com isso, introduziram a necessidade de recorrer a
experimentos para poder conhecer o mundo cósmico, semente da ciência moderna.

Bacon também é reconhecido pelo fato de ter introduzido um método de caráter


indutivo para a produção do conhecimento, em contraposição ao pensamento dedutivo
que reinou desde Aristóteles até o final da Idade Média. A dedução parte de um
princípio geral, um axioma  fundamental, aceito sem crítica e, possivelmente,
fundamentado na fé ou na necessidade. Tal princípio pode ser Deus ou qualquer
fenômeno ordenador da realidade que, dada sua universalidade, termina por determinar
todos os fenômenos que lhe são intrínsecos . Assim, a função do pesquisador seria a
de realizar uma descida gradativa desde os cumes daquele princípio universal até os
fenômenos mais singulares, encontrando as razões que estabeleceriam a concordância
entre o singular e o universal.

Ao contrário, Bacon propõe, para o pensamento científico, seguir o caminho oposto:


partindo das sensações e das coisas particulares, de observações específicas,
encontrar leis intermediárias, que, combinadas, podem gerar leis cada vez mais gerais,
axiomas gerais, ascendendo contínua e gradativamente, até alcançar os princípios de

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máxima generalidade. Tal axioma geral deve, uma vez verificado mediante prova ou
exame, corresponder aos fatos particulares dos quais foi extraído. Estudaremos esse
assunto melhor na unidade de métodos.

Para Refletir 

Observe a figura 2, a seguir. É uma representação de Roger Bacon trabalhando,


experimentando, mas há outros elementos curiosos na pintura. O que você acha
que ele está fazendo?

Figura 2 - Espelho da Alquimia, Roger Bacon.

Fonte: Alchivel (2016).

Bacon está fazendo um experimento de Alquimia. Mas alquimia não lhe parece fugir da
racionalidade pretendida por tal cientista? Você sabe o que é Alquimia? Bom, podemos
dizer que alquimia era a química prática da Idade Média, mas que foi reprimida pela
Igreja e finalmente declarada atividade herege no século XIV.

Assim como Roger Bacon, o próprio São Tomás de Aquino também escreveu tratados
de alquimia; Robert Boyle, no século XII; o filósofo inglês Francis Bacon, no século XVI e
ninguém menos que Isaac Newton, no século XVII. O que você acha sobre a relação
entre a racionalidade científica e a alquimia?  Por que afinal a alquimia foi proibida?

Aproveite as reflexões sobre alquimia e racionalidade para analisar as belas pinturas de


laboratórios de alquimistas do século XVII de David Teniers , o Jovem.

Os Pensadores Modernos
O que foi mudando, a partir daí, não foi só a forma de fazer ciência, mas a concepção de
mundo. De uma ordem cósmica, dominada pelo sagrado, passou-se a uma ordem
cósmica secular, isto é, desvinculada de qualquer caráter divino ou sagrado. De um
universo geocêntrico, no qual a Terra estaria no centro, um universo ordenado por Deus
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para ver nele a realização da obra divina, passou-se a um universo heliocêntrico, em que
o sol ocuparia o lugar central e a Terra um lugar discreto e desvinculado de toda
divindade. Copérnico, e seu heliocentrismo, é seguido por Johannes Kepler e suas leis
sobre as órbitas dos planetas e por Galileu Galilei e suas leis sobre a queda dos corpos
além da convicção de que o universo era bem maior do que se dizia. Todos eles deram
os insumos para que se acumulassem conhecimentos físico, matemático e filosófico
suficientes para que, depois, Isaac Newton sintetizasse sua ordem cósmica a partir de
fenômenos observáveis, consolidando então uma visão moderna de mundo.

Então, a modernidade se instaura a partir de uma leitura do universo, sustentada em


critérios da física, da matemática e da geometria. Galileu dizia que o mundo era um livro
escrito em linguagem matemática e em caracteres geométricos. Francis Bacon e René
Descartes são os primeiros a elaborar reflexões filosóficas que faziam eco aos
resultados do conhecimento dos físicos e matemáticos da época.

Como vimos, havia, desde o final da Idade Média, uma nova forma de pensar. Junto com
o empirismo , os pensadores não só filosofavam, mas colocavam a mão na massa e
criavam seus próprios instrumentos de investigação. O conhecimento perde seu caráter
contemplativo e ganha uma outra funcionalidade: transformar e dominar a natureza em
benefício da humanidade. Para tanto, deveríamos conhecer as leis naturais, decifrar a
linguagem matemática e os caracteres geométricos do mundo.

O Método Cartesiano
Você já deve ter ouvido falar em método cartesiano, não? Ou a expressão: fulano é
muito cartesiano! Bem, o importante é que você entenda como esse método impactou e
influencia até hoje nossa maneira de pensar, sobretudo no Ocidente.

Francis Bacon estabeleceu um roteiro de ação que disciplinou as práticas e o sentido


dos cientistas dos séculos XVII, XVIII e XIX. Esse roteiro é o germe do método científico
que será desenvolvido por René Descartes um século depois, quando ele colocou no
papel os passos necessários para a produção do conhecimento científico: o método
experimental-dedutivo, ou Método Cartesiano.

Descartes resgata o conhecimento humanista que, no final do século XVI, estava


vivendo um período de crise e de abandono dos axiomas cristãos. Perdida a fé como
princípio básico, os homens da época viveram um período de ceticismo. Descartes
apostou na possibilidade de se conhecer e de se chegar a verdades através da
proposição de um rigoroso método de experimentação. O filósofo propôs o agir
metódico que partia da dúvida como princípio de trabalho científico.

Seu sistema vai da dúvida à certeza. A dúvida é imperfeita, confusa, enquanto que o
conhecimento é claro, distinto. Partindo da dúvida, Descartes propõe que duvidemos de
tudo, das coisas, do mundo, até do próprio corpo com o qual percebemos o mundo.

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certeza é o pensamento, fenômeno que o leva a postular sua máxima mais conhecida:
"cogito ergo sum" (penso, logo existo ou, duvido, logo existo). Tal sentença é capital
para o entendimento da filosofia moderna, pois ela permitiu a instalação da razão como
portadora da capacidade de conhecimento humano, e mais, pela certeza da existência
humana.

Percebe a oposição do pensamento em relação à filosofia especulativa? Com filosofia


especulativa passamos a uma procura de conhecimentos práticos e a contemplação da
natureza passa a ser substituída pela instrumentalização da natureza, a ser dominada
para satisfazer aos interesses humanos. Por outro lado, Descartes entende a
implementação do racionalismo no sentido de fundamentar matematicamente os
resultados da pesquisa, isto é, a procura da verdade deve conduzir à evidência e à
ordem do mundo e esta ordem deve corresponder a equações matemáticas: o mundo é,
então, em última instância, uma expressão matemática do pensamento de Deus.

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Importante 

O método cartesiano é, nesse sentido, um caminho rigoroso que separa o mental


do natural e dá a este último um caráter mecânico: surge assim o mecanicismo,
segundo o qual o mundo opera como uma máquina; é nosso dever, como seres
capazes de conhecer, apreender as leis gerais de funcionamento do mundo-
máquina, para assim obter o controle e o domínio sobre o artefato divino que é a
natureza. Para tanto, é necessário dividir o todo em suas partes, classificá-las e
estabelecer suas relações.

A ciência moderna compara a natureza e o próprio homem a uma


máquina, um conjunto de mecanismos cujas leis precisam ser
descobertas. As explicações passam a ser baseadas em um esquema
mecânico, cujo modelo preferido é o relógio. (ARANHA; MARTINS, 
1993, p. 159).

Conhecer significava, então estudar as partes que constituem cada máquina


separando-as para observar sua constituição. Assim, mecanicismo e
materialismo estão na base de todo pensamento científico moderno, pelo menos
até o final do século XIX.

Importante enfatizar o papel que Isaac Newton teve ao sistematizar a teoria da


gravidade. Ele inovou ao trazer uma explicação de um fenômeno físico complexo
em uma simples notação matemática. A partir daí a física passou a ser o modelo
de ciência a ser seguido, no qual não importaria mais o PORQUÊ dos fenômenos,
mas simplesmente COMO eles funcionam. Percebe substituição do pensamento
filosófico por uma racionalidade mecânica? Essa é a principal característica da
ciência moderna.

Comte e o Positivismo
Para fechar o quadro e para que você compreenda o desenho que se fez da ciência e
que está atuante ainda nos dias de hoje, é importante lembrarmos do Positivismo. Você
certamente já estudou em filosofia ou já ouviu falar, mas sabe o que o positivismo tem a
ver com a ciência moderna e contemporânea?

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Auguste Comte foi quem realizou a síntese positivista das ciências no seu livro Curso
de Filosofia Positiva. O autor propôs a oposição do real ao quimérico , do útil ao
ocioso, do preciso ao vago, do positivo ao negativo e, especialmente, do absoluto ao
relativo. O positivo seria material, real, acessível. Com isso, Comte, considerou que o
processo de evolução do conhecimento humano havia atingido o que ele chamava de
"estado positivo", no qual oposições ficariam evidentes.

Comte propôs a "Lei dos três estados", segundo a qual o conhecimento humano teria
começado num "Estado Teológico", com o conhecimento dirigido à procura da
explicação dos fenômenos naturais a partir de fenômenos sobrenaturais. Depois do
teológico viria o "Estado Metafísico", com sobrenaturais substituídos por agentes
abstratos capazes de engendrar por si mesmos os fenômenos naturais. Finalmente,
temos o "Estado Positivo", com a renúncia a procurar causas últimas, sobrenaturais ou
abstratas dos fenômenos e a busca por leis efetivas da natureza. O próprio Comte teria
explicado sua “Filosofia positiva” da seguinte forma:

Figura 3 - A Filosofia Positiva de Comte.

Fonte: Mori (2013).

Segundo Comte, natureza é composta por classes de fenômenos ordenados de forma


imutável e inexorável, e seria papel da ciência descrever a ordem. As leis dos
fenômenos seriam, para Comte, um correlato exato do que acontece na natureza, isto é,
invariáveis e universais.

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O conhecimento científico positivo, que estabelece as leis que regem os


fenômenos de forma a refletir o modo como tais leis operam na natureza,
tem, para Comte, ainda, duas características: é um conhecimento sempre
certo, não se admitindo conjecturas, e é um conhecimento que sempre tem
algum grau de precisão, embora esse grau varie de ciência para ciência,
dependendo do seu objeto de estudo. Assim, Comte reforça a noção de que o
conhecimento científico é um conhecimento que não admite dúvidas e
indeterminações e o desvincula de todo conhecimento especulativo.
(ANDERY  et al, 1999, p. 382).

Para explicar todas as ordens da natureza, Comte organiza o conhecimento em cinco


tipos de ciências: a astronomia, a física, a química, a filosofia e, enfim, a física social. O
critério de organização desta hierarquia é a distância entre o objeto de estudo e o ser
humano. O grau de complexidade aumenta na medida em que o estudo versa sobre a
natureza humana. Mas, a essas cinco ciências, Comte acrescenta outra que é
considerada a superior pelo seu grau de abstração e necessidade, a matemática,
ciência da qual todas as demais dependem. Comte leva o determinismo mecanicista
das ciências naturais até as ciências humanas e sociais, completando o modelo
moderno do fazer científico. A teoria comtiana representa, em última análise, a mais
apurada expressão do monismo científico, ou seja, a crença em uma única ordem
universal que é refletida pelo pensamento positivo.

As chamadas “ciências exatas” são também consequência do Positivismo e


estudaremos mais adiante como elas foram priorizadas como ciência em detrimento
das ciências humanas e sociais que só na atualidade começam a ganhar terreno.

Para Refletir 

E agora, você percebe de onde veio a ideia de que a ciência é exata e verdadeira?
Percebe o caráter histórico?

Você não achou estranho não ter sido citada uma única mulher que colaborou
para o desenvolvimento da ciência? Será que elas não fizeram nada mesmo? Se
elas fizeram porque não aparecem na história?

Ciência e Verdade

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O positivismo auxilia na consolidação do desejo de verdade como paradigma moderno.


Vamos estudar o conceito de paradigma na próxima unidade, mas ele refere-se à crítica
historicamente situada das ideias, seja, mesmo sendo exara, a ciência não é fonte única
e absoluta de verdade. Se formos analisar os interesses de Augusto Comte,
verificaríamos que a época em que ele viveu (após a Revolução Francesa) influenciou
suas ideias e pensamentos. Momentos de revoluções frequentemente são associados a
caos e desorganização, talvez por isso Comte falava em ordem e progresso da história,
pregando que toda ciência deveria ser ordenada por leis invariáveis e mostrando sua
aversão às mudanças abruptas. Isso nos sinaliza como ciência não se separa de
ideologias, contextos históricos e visão de mundo.

A partir de então, só era aceito como verdade o que fosse passado pelo método
científico de maneira objetiva, ou seja, acreditava-se que o cientista era neutro, que ele
observava e experimentava sem se deixar levar por opiniões próprias, até chegar à
verdade. Você acha que isso é possível?

A tradição da objetividade substituiu os antigos saberes pelo saber da ciência. Essa


substituição foi feita sem levar em conta os limites e o sentido do conhecimento
científico. Assim, mudamos os conteúdos do nosso conhecimento, mas mantivemos o
sentimento que tínhamos a respeito dele: temos a sensação de enfrentar uma verdade
eterna, absoluta, sagrada. E mais, reduzimos todos os saberes a um só, ou seja, toda
pluralidade de saberes é reduzida pela ditadura de um saber singular, todas as verdades
possíveis são reduzidas a uma e única verdade: a verdade da ciência.

Mas o que aconteceu com os alquimistas, astrólogos, barbeiros, cirurgiões entre outros
profissionais e ofícios que serviam inclusive a Reis? Deixaram de existir? Não, mas
foram pouco a pouco sendo desqualificadas, como crendices e como imprecisas, e
assimiladas como conhecimento não verdadeiro. Hoje fazem parte das chamadas
ciência marginal ou pseudociência, uma maneira pejorativa de dizer que não usam os
métodos científicos estabelecidos pela “ciência moderna”.

Até o século XX, o paradigma mecanicista foi sendo cada vez mais fundamentado. Veja
o que disse George Sarton, químico e historiador da ciência do início do século XX:

O historiador da ciência não pode devotar muita atenção ao estudo da


superstição e da magia, isto é, da irracionalidade, pois este estudo não o
ajuda muito a compreender o progresso humano. A magia é essencialmente
antiprogressista e conservadora; a ciência é essencialmente progressista; a
primeira caminha para trás; a segunda para a frente. (FILGUEIRAS ,
2001, p. 710).

Até chegarmos na 2ª década do século XXI, será que muita coisa mudou?

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O Estudo da Ciência Hoje e a Questão da Verdade


Se você pensava que as ciências sempre trabalham com certezas e exatidões, olhe de
novo ao seu redor e observe...

Muitas coisas mudaram e estão mudando ainda, muito graças à inquietude de


pesquisadores que não se contentaram com teorias e aplicações práticas
desenvolvidas.

A ciência que começou a ser delineada desde os pensadores da renascença, passando


pelo século XVII com Galileu e Kepler, Newton no século XVIII e interpretada por Comte
no século XIX, alcança hegemonia, ou seja, passa a ser considerada como única forma
de ciência válida, no século XX.

Segundo Carlos Filgueiras (2001), “ciência central” passa ditar a maneira de conceber a
verdade. Em geral, a ciência central desenvolve pesquisas grandes, ou seja, tem
investimento alto, demora anos para ser desenvolvida e tem a colaboração de diversos
cientistas de áreas diferentes e todos resultados são divulgados em grandes veículos,
em língua inglesa, língua franca internacional; entre outros atributos.

Filgueiras fala ainda da “ciência periférica” composta de pesquisas menores, que não se
serve de toda metodologia da ciência central, mas de parte dela. Hoje a ciência
periférica pode ser considerada tendência, visto que trabalha mais com estudos de
caso. Por fim, aquelas que não se encaixam de forma alguma são chamadas de
“marginais”, pois não seguem os critérios estabelecidos. Nem por isso deixam de ser
conhecimentos válidos. Se encaixam nesse rótulo a alquimia, astrologia e terapias
atuais baseadas na medicina chinesa, como acupuntura, shiatsu, entre outras.

O modelo de produção científica de Descartes e Newton, consagrado pelo cientificismo,


entrou em crise no começo do século XX, quando aconteceram as principais
descobertas da física da relatividade, feitas por Albert Einstein e da mecânica quântica
de Niels Bohr. Uma vez mais, a história enfrentou uma revolução nas representações
feitas do mundo, propiciadas pelas descobertas de estudiosos dos fenômenos físicos.

A física da relatividade proposta por Einstein teve que se confrontar com uma pergunta
cuja resposta mudou radicalmente alguns dos pressupostos da ciência moderna
tradicional: "como é que um observador estabelece uma ordem temporal de
acontecimentos no espaço?" A resposta demonstrou a arbitrariedade de alguns dos
fatores introduzidos pelo observador no sistema de medição. Este fato derrubou vários
axiomas da ciência moderna: a objetividade das observações feitas por um sujeito, a
neutralidade dos resultados, a realidade dos resultados.

A mecânica quântica de Bohr, por sua vez, demonstrou que não é possível observar ou
medir um objeto sem interferir nele, sem o alterar, a tal ponto que o objeto submetido a
um processo de medições não é o mesmo do início ao fim do processo. Com isso, o
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princípio da neutralidade entre sujeito e objeto é desmontado. Fica claro que não
podemos conhecer o real sem levar em consideração nossa intervenção nele.

Um outro aspecto da crise do modelo moderno consistiu na descoberta feita por outro
matemático, Gödel. Ele demonstrou que, ainda que o observador seguisse
rigorosamente as regras da lógica matemática, seria possível chegar a formulações que
não se podem demonstrar nem refutar, o que introduz o caráter contraditório da
matemática. Assim, se a ciência moderna colocou na matemática o modelo máximo de
racionalidade, a nova física veio demonstrar que a matemática contém tanta
irracionalidade como é possível encontrar em alguns mitos da pré-história.

A esses descobrimentos foram se somando outros ao longo do século XX que


aprofundaram a crise do modelo dominante até então, colando em cheque o sistema
Newtoniano de universo, definido como um universo ordenado, determinado, mecânico
e eterno. A nova física chegou a defini-lo como caótico, indeterminado ou imprevisível.

O que dizer então do princípio da incerteza de Einsenberg, segundo o qual não podemos
determinar com precisão e simultaneamente a posição e o momento de uma partícula?
A noção de Lei tem sido aos poucos substituída pelas noções de sistema, estrutura,
modelo, processo.

Hoje, com tantos paradigmas sendo quebrados, não cabe mais uma ciência dona da
verdade, embora ainda existam cientistas que defendam essa postura. O que George
Sarton falou no início do século XX, citado acima, felizmente já mudou bastante. A
ciência periférica ganha cada vez mais terreno e atenção. Vemos cada dia mais como
são aceitos objetos e métodos mais diversos e cada vez mais aceitamos que a
racionalidade não é a única via de explicação para os eventos. A ciência se deflagra
como construção do esforço humano, com todos os seus percalços e não mais aquela
que está acima do humano, como algo sagrado; conforma-se sem a pretensão de
neutralidade, como o Positivismo de Comte exigia em sua objetividade.

As ciências devem trabalhar na busca dos resultados, mas não podem garantir que
esses resultados sejam os únicos e verdadeiros. Devem ter consciência da
provisoriedade dos resultados obtidos, que não são a autoridade suprema do
conhecimento. De acordo com o que vimos na aula anterior, há um leque muito vasto de
conhecimentos que dão conta de explicar o mundo.

Nesta unidade, você pôde ver o longo caminho que os cientistas fizeram
até chegarmos no patamar que estamos.

É importante que você tenha entendido que a legitimidade do


conhecimento científico vem do reconhecimento de outros pesquisadores,
mas principalmente da sociedade, que será beneficiada com os resultados.
As ciências devem trabalhar com a ideia de que estarão sempre trazendo
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resultados provisórios ou que podem ser substituídos ou até aprimorados.


Essa “humildade” pressupõe ceder espaço para que outros continuem em
busca de conhecimentos que realmente possam trazer maior qualidade de
vida para as pessoas.

Assim, a ciência em seu processo de construção, necessita de uma


constante revisão e avaliação dos processos de consolidação dos seus
saberes.

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Dica do Professor 
Você sabia que Johannas Kepler, importante cientista alemão, responsável por leis sobre a
mecânica celeste, como a das órbitas elípticas dos planetas em torno do sol, foi também
um astrólogo e até fez previsões em cortes, como a do Duque de Wallenstein? Kepler fez um
calendário e profetizou uma onda de frio e uma invasão turca no século XVII. E não é que
suas profecias se concretizaram? Conforme as palavras de Kepler (1948), seis meses
depois:

A propósito, até agora as previsões do calendário estão se revelando corretas.


Há, nesta terra um frio jamais conhecido [...]. Quanto aos turcos, em 1º de
janeiro devastaram toda a região de Viena a Neustadt, ateando fogo a tudo e
levando prisioneiros e bens.

Em “Kepler, o astrólogo ”, aprenda mais sobre a astrologia, se é que tem coragem de ler
um artigo de um astrólogo! Só uma provocaçãozinha!

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Na Prática 
Prezado (a) estudante,

Esta seção é composta de atividades que consolidam a aprendizagem dos conteúdos


estudados e discutidos. Caso alguma dessas atividades seja avaliativa, o (a)
professor (a) indicará no Plano de Ensino e orientará quanto aos critérios de
elaboração e envio.

Bom trabalho!

Atividade 1 

Devemos ter em mente que as mudanças na forma de pensar ciência não foram repentinas. Não
necessariamente há nova mudança porque passou-se da Idade Antiga (IV a.C. a V d.C) para a
Média (V a XV) e depois para a Idade Moderna (XV a XVIII).

Nem tudo é um processo que tem sua semente e vai germinando até culminar em uma época e
passar a caracterizá-la de maneira mais evidente. Tendo isso esclarecido, elabore um quadro com
as principais características da ciência da Antiguidade, da Idade Medieval e da Idade Moderna.

Atividade 2 

Augusto Comte foi quem realizou a síntese positivista das ciências no seu livro Curso de Filosofia
Positiva. Faça uma pesquisa sobre como o pensamento positivista influenciou a formação e
desenvolvimento teórico do seu curso. Além da pesquisa em referências teóricas, você também
pode perguntar para algum (a) professor (a) específico (a) do seu curso.

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Atividade 3 

De acordo com nossos estudos, o que foi considerado verdade em determinado tempo já não o
era em outro. Reflita: de que forma a ciência moderna tratou de assegurar que seus resultados
fossem considerados verdade absoluta? O que mudou a partir da história da ciência
contemporânea? Faça um texto com o resultado de suas reflexões.

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Saiba Mais 
Para ampliar o seu conhecimento a respeito do conteúdo trabalhado nesta aula, veja abaixo
algumas sugestões de leitura:

Sobre as características da ciência moderna, leia o texto “As origens da ciência


moderna ”, de Silvio Seno Chibeni.

Sobre o Contexto da Mulher na ciência, leia o artigo “A mulher e a ciência ”.

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BIZERRIL, Marcelo Ximenes Aguiar. Fundamentos teóricos e metodológicos das


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