Você está na página 1de 23

“APOSENTEI CEDO”: SERIA ESTE

O DESTINO APENAS DOS


MINEIROS OU DO CARVÃO COMO
FONTE DE ENERGIA TAMBÉM?
As diferente formas de abordar o carvão

Filipe dos Santos


Licenciatura em Química - 2022
IFSC Câmpus Criciúma
As diferente formas de abordar o carvão
As diferente formas de abordar o carvão
● Livro “Alma de Poeta” de Cizério Neotti (Junho de 2009)
Adquirido em junho de 2010; Festa dos Açores.

SURPRESAS DA VIDA

Era 4 de outubro de 1976 e fazia um dia muito lindo. Estávamos


no começo da primavera. Os pássaros começavam mais alegres
a cantar e as flores, os seus lindos botões, a desabrochar. As
cigarras - com seus cantos repetidos - a despertar. Era sinal que
o Natal logo iria chegar.

Eu tinha que me preparar para ir trabalhar. Dei beijos na minha


esposa e nos meus três filhos (o mais velho tinha quatro anos e a
mais nova apenas seis meses). Depois saí pedalando minha
bicicleta pelo caminho - eram 6 km de ida e outros tantos de volta
- sem saber que aquele seria o último dia que eu ia caminhar.
Cheguei à mina de carvão. Logo comecei a trabalhar, quando
uma enorme pedra caiu sobre o meu corpo, me espremendo e
deixando sem respirar. Só deu tempo de me lembrar da
esposa e dos meus três filhos. E logo vi o mundo se acabar.
Quando meus colegas retiraram a pedra e mexeram com o
meu corpo, comecei a respirar novamente. Me pegaram em
seus braços e quando estavam me levando, mesmo todo
quebrado, ainda estava animado, porque tinha chance de
ainda ver a minha família. Me colocaram num fusca e para o
hospital de Criciúma fui levado. Lá fiquei três meses e outros
seis meses no hospital de Porto Alegre. Fui para lá deitado e
voltei para casa sentado. A minha primeira cadeira de rodas
tinham assento de palha e as rodas de madeira, construída
pelo meu irmão.
Agora tenho a cadeira de
rodas motorizada, que foi
comprada com dinheiro de
uma indenização. Hoje sinto
minha vida mais alegre, pois
minha cadeira me leva para
ver as belezas do Rincão e
depois me traz com
segurança para casa. Passo
meu tempo um pouco
sentado e também deitado.
Assim, levo a vida já há trinta
e oito anos. Ocupo as minhas
horas escrevendo poesias.
“Um novo olhar”
Estudante - 8º ano
EMEF Quintino Rizzieri
Os textos falam de superação, falam de passar por cima dos
trágicos acontecimentos, e, de alguma forma, trazem uma
expressão mais esperançosa frente a um problema, real, que é
o trabalho na mina.
“Ouro Negro”
Filme do diretor premiado Ivy Goulart.

CLIQUE PARA ASSISTIR


CARVÃO: Mocinho ou Vilão?
● Será que a gente vai ter carvão pra sempre?

● Será que a gente vive sem carvão?

● Nós conseguimos substituí-lo? Vale a pena?

● Será que todo carvão é igual? Será que esse é igual o


do churrasco? Ou tem diferenças?

● Colocando na balança, será que é vantajoso continuar


utilizando o carvão como uma das principais fontes de
energia?

Você também pode gostar