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RAFAEL FERREIRA DE SOUZA

VINICIUS ERNESTO RUSSO

COMO A GOVERNANÇA TRIBUTÁRIA PODE CONTRIBUIR PARA A


ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA: MUDANÇAS DE PARADGMAS.

O comportamento do contribuinte é influenciado por diversos fatores


principalmente no que tange sua relação com o Estado.

Por volta dos anos de 1970 tinha-se como paradigma a teoria da


economia do crime, ou seja, a relação entre o contribuinte e o Estado estava
baseada simplesmente na força coercitiva, no receio que o contribuinte tinha da
auditoria fiscal e das penalidades que dela poderiam decorrer.

Foi observado que era necessário haver uma dinâmica entre o


contribuinte e o governo esse é o paradigma do serviço, onde deve ter uma
administração tributária amigável fomentando à confiança mútua. Para a
eficácia dessa teoria três medidas são necessárias: Incremento na eficácia das
políticas de detecção e punição de infrações fiscais; Adoção de postura
“consumer-friendly” que é tratar o contribuinte como cliente; Indução, por parte
do Estado, de mudança na cultura de cumprimento das obrigações tributárias,
a partir do paradigma da confiança.

A administração tributária deve atuar como influenciador no que tange


a Governança Corporativa Tributária incentivando comportamentos de
observância e cumprimento das leis.

A governança tributária é uma via de mão dupla, favorece as empresas


e aumenta a arrecadação do Estado a partir do cumprimento voluntário das
obrigações fiscais.
Observa-se pelos símbolos e mascotes da Receita Federal do Brasil
que esta prioriza e se utiliza da teoria do enforcement onde ainda é a força
coercitiva que rege as relações entre o contribuinte e o Estado. A relação entre
contribuinte e fisco no Brasil é qualificada por tensão, antagonismo,
litigiosidade, baixa cooperação e pouca transparência, ou seja, continuamos no
paradigma de 1970.

Em demasia lento, as autoridades brasileiras tem percebido as


vantagens da abordagem baseada na confiança mútua e práticas de
governança tributária. Mais ainda é tido mais prioridade as metas fiscais de
curto prazo ao buscar formas que induza a sociedade a comportamentos
profícuos de longo prazo, exemplo disso são os tantos REFIS que parcela e
anistia obrigações tributárias.

De modo a concluir, é necessário que o Estado brasileiro seja eficiente


e promova a eficiência, além disso, que construa um sistema tributário
nacional, menos ambíguo e previsível no longo prazo.

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