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Apostila de Vela Nível Básico

Módulo 1

2022
Escola de Vela Meninos do Vento
Apostila de Vela Nível Básico

Partes do Barco Optimist


Escola de Vela Meninos do Vento
Apostila de Vela Nível Básico

Procedimento de Montagem da Embarcação

1º Colocar o barco sobre a carretinha e levar para próximo da


água;

2º Colocar o leme e bolina próximos da posição correta;

3º Encaixar o conjunto “mastro, vela e retranca (já montados) no


copo do pé de mastro;

4º Colocar a espicha na vela;

5º Amarrar o cabo de segurança do mastro;

6º Passar a escota em forma circular (sem cruzar), finalizando


com um nó “lais de guia” na alça fixa do moitão que fica na
retranca e um nó “oito” na outra extremidade da escota;

7º Vestir o colete salva-vidas de acordo com seu peso;

8º Colocar o barco em profundidade suficiente para encaixar


leme e bolina.
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Nós Utilizados na Montagem Básica do Optmist.

Nó Oito

Nó Lais de Guia
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Barlavento e Sotavento

Tendo o veleiro como referência, está a barlavento tudo aquilo que está do lado de
onde vem o vento e está a sotavento tudo aquilo que está do lado para onde o vento
vai.
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Orçar e Arribar

Orçar significa manobrar aproximando a


proa do barco da direção do vento.

Arribar significa manobrar o barco


afastando a proa do barco da direção do
vento.
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Procedimentos Para Desvirar a Embarcação


1º aguardar até que o barco tenha terminado de virar e a vela tenha tocado a água
com sua face;

2º Pule na água de forma que passe entre a vela e o casco da embarcação;

3º Nade ao redor da embarcação até alcançar a bolina;

4º Transfira o peso do corpo para a bolina, subindo nela caso seja necessário e puxe o
barco até que o mesmo termine de desvirar;

5º Avalie se será possível entrar no barco sem tirar água, caso não seja possível,
comece a retirar a água se mantendo fora da embarcação até que seja possível a
entrada;

6º Entre no barco e termine de tirar a água, tomando cuidado para manter todas as
bordas fora da água, evitando que a água volte a encher o casco;

7º retome o rumo da embarcação.

Direção do Vento

O vento sopra de uma direção com pequena variação. Podemos descobrir a direção do
vento de várias maneiras: Bandeira,biruta, vela panejando e direção das ondas do mar.
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Força do Vento
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Direções Possíveis de Velejar

Velejando de Contra Vento


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Quando a intensão é velejar para o um objetivo que está na direção de onde vem o
vento (área impossível de velejar na imagem acima), o velejador deve fazer vários
bordos de contra vento até atingir o objetivo desejado.
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Para velejar no contra vento, devemos colocar a bolina até o final, posicionar o barco
no rumo desejado e caçar a vela até que a ponta da retranca fique sobre a quina na
parte de trás da embarcação. A vela estará sempre aberta para o lado de sotavento.

Cambar ou Virar em Roda


A manobra de cambar é feita na troca de bordos quando estamos velejando contra o
vento. Consiste em cruzar a linha do vento com a proa (frente) do barco, de maneira
que o barco receba o vento pelo outro bordo (lado). No momento exato em que a proa
cruza a linha do vento, a vela ficará panejando até que o vento encha a vela pelo outro
bordo, permitindo assim que o veleiro comece a desenvolver velocidade no novo
rumo.
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Procedimentos Para a Cambada


1º Passo - Empurrar o leme lentamente para o lado da vela, até a metade do
curso (apontar para onde sentará);

2º Passo - Fazer a transição de lado, em uma passada larga (a perna de trás vai
primeiro). A caixa da bolina pode ajudar na transição;

3º Passo – fazer a troca de mãos entregando a escota para a mão que está no leme,
segurando os dois juntos e depois de girar o corpo entregue a escota fazendo a troca
das mãos.

Navegação de Través
O barco navega de través quando o vento atinge a embarcação exatamente por um
dos bordos (lados).. As velas devem estar caçadas (puxadas) até a metade do seu curso
total (ente a vela aberta e a vela na quina). A bolina deve ser levemente levantada. A
vela estará sempre aberta para o lado de sotavento.
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Vento de Alheta
Quando se veleja em vento de alheta, o veleiro recebe o vento em uma diagonal vindo
entre a popa e o bordo da embarcação. A vela deve trabalhar um pouco mais folgada e
a bolina deve estar levantada quase até a metade. A vela estará sempre aberta para o
lado de sotavento.
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Vento de Popa
No vento de popa a embarcação estará sendo literalmente empurrada pois o vento
estará atingindo o veleiro exatamente pela popa (parte de trás do barco). Para melhor
desempenho se navega sem bolina e a vela poderá estar aberta para qualquer um dos
lados e essa troca de lados é feita através do Jibe.
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Procedimentos Para a Navegação no Vento de Popa


1º No popa devemos subir a bolina;
2º Com a mão da popa devemos segurar na borrachinha com a extensão do leme para
cima;
3º Joelho da proa apontado para caixa da bolina e joelho da popa apoiado no fundo do
barco;
4º Escota sobre a coxa;
5º O peso do corpo deve estar centralizado.

Jibear ou Jaibar
A manobra do Jibe é feita na troca de bordos, quando estamos velejando em vento de
popa ou alheta. Consiste em cruzar a linha do vento com a popa (parte de trás) do
barco, de maneira que o barco receba o vento pelo outro bordo (lado). Diferente da
cambada, no exato momento em que a popa cruzar a linha do vento, a vela trocará de
lado em um golpe único, sem panejar a vela. Por isso o jibe é uma manobra que deve
ser praticada e executada seguindo todos os procedimentos.
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Procedimentos Para o Jibe


1º passo: Caçar um metro de escota;

2º passo: Arribar um pouco o barco;

3º passo: Com a mão da proa, pegar nas 3 partes da escota e puxar a vela de maneira
que troque de bordo (lado);

4º passo: Colocar o leme no meio e fazer a transição do velejador para o outro lado.
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Preferência de Manobras em Regata

O barco que está velejando com a vela do lado esquerdo, possui a preferência sobre
um barco com a vela do lado direito. Esta é a principal e mais utilizada regra do
esporte a vela.
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Penalidades
Quando estiver errado em um incidente ou quando tocar uma boia ou marca durante
a regata, o velejador deve imediatamente cumprir com a punição que consiste em dar
uma ou mais voltas de 360º em torno do próprio barco o que significa uma cambada e
um jibe, não necessariamente nessa ordem. O número de voltas é estipulado pelo juiz
de regatas.

Início

Glossário
Adernar: Inclinar a embarcação para um dos bordos

Arribar: Girar a Proa no sentido de afastá-la da linha do vento (contrário de orçar)

Árvore Seca: Navegação “sem velas” quando o vento está muito forte
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Asa-de-Pombo: Disposição das velas em lados opostos quando se navega com o vento
pela popa

Amuras a Bombordo: Quando o lado de Bombordo é o que recebe o vento


(Barlavento)

Amuras a Boreste: Quando o lado de Boreste é o que recebe o vento (Barlavento)

Barlavento: A direção de onde vem o vento (contrário de sotavento)

Bordejar ou Virar por D´Avante: Manobra contra o vento ou mudar de bordo cruzando
a linha do vento pela proa mudando as velas de lado, também conhecido como
cambar ou bordo

Caçar: Puxar as escotas

Dar um Jibe ou virar em roda: Manobra a favor do vento ou mudar de bordo cruzando
a linha do vento com a popa, mudando as velas de lado.

Filado ao Vento: Condição em que a embarcação aponta a proa diretamente para o


vento sem seguimento ou governo

Folgar: Soltar as escotas

Orça Fechada/Apertada ou Bolina cochada: Velejar o mais próximo possível da linha do


vento em direção contrária a este
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Bombordo: Lado esquerdo da embarcação

Boreste: Lado direito ds embarcação

Proa: Frente da embarcação

Popa: Parte de trás da embarcação

Bochecha: Parte entre a proa e o través de uma embarcação

Alheta: Parte entre o través e a popa da embarcação

Orça Folgada: Velejar num ponto entre a orça e o través

Orçar: Girar a Proa na direção do vento (contrário de arribar)

Panejar: Movimento da vela de balançar irregularmente a mesma. Pode acontecer


quando se solta demais a escota ou quando as velas estão folgadas demais em relação
ao vento

Popa Rasa: Velejar com o vento soprando na mesma direção da embarcação vindo
diretamente da popa

Rizar: Reduzir a área vélica. Geralmente usado quando o vento está muito forte,
dobrando-a sobre a retranca (vela grande) ou enrolando-a no estai de proa (genoa)

Sotavento: A direção para onde vai o vento (contrário de barlavento)

Través ou Ao Largo: Velejar com o vento perpendicular em relação ao rumo da


embarcação

Través Folgado ou Alheta: Velejar num ponto entre o Través e a Popa Rasa

Vento Verdadeiro: A velocidade e direção do vento anotadas por um observador


estático

Vento Aparente: A velocidade e direção do vento anotadas por um observador que se


move em uma embarcação
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Referências Bibliográficas

“GODOY, A.”, “GARGIULO, F.” Apostila de Vela. Brasília, 2019

SCHMIDT, J.G. Aprenda a Velejar. Rio de Janeiro: Ediouro, 1979.

PIAGET,J. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Editora


Forense,1988.

BARROS, Geraldo Luiz Miranda de. Navegar é Fácil. Rio de


janeiro: Ed. Gráfica Brasileira, 1984.

CUSCO, B. Vela Oceânica. Guarujá, 2014.

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