Aquecedor solar

Eduardo Alencar
Franciely Belbit
Juliane Bassette
Professora : Celia Kimie Matsuda
Departamento de Engenharia de Produção
Universidade Estadual do Paraná/Campo Mourão

O presente experimento, o qual trata-se de um aquecedor solar, tem

como objetivo a utilização da energia solar, uma fonte de energia
inesgotável, para aquecer água através de um sistema de aquecedor
solar feito com materiais totalmente recicláveis, como cano PVC,
garrafas pet, balde e caixas tetra Pak, por meio da circulação
termossifão. Como o experimento, pode-se calcular uma eficiência em
torno de 35,7% para o sistema de aquecimento solar.
Figura 1 (em anexo): Espectro da radiação solar
incluindo um detalhamento da faixa visível humana
Introdução
A energia solar é uma das alternativas
energéticas mais promissoras para os
desafios deste milênio. A rigor, a energia
Fonte: Atlas Brasileiro de Energia Solar.
proveniente do Sol não é renovável, mas
uma fonte inesgotável levando em O uso da energia solar para
consideração a escala de tempo da vida no aquecimento de água a temperaturas
planeta Terra. O Sol é uma estrela de abaixo de 100°C é, atualmente, a aplicação
tamanho médio e a energia irradiada por mais difundida no Brasil, principalmente
ele é consequência das reações de fusão em substituição a sistemas de aquecimento
nuclear dos átomos de Hidrogênio elétrico (chuveiros) ou a gás. Isso se deve
(representam cerca de 75% da composição ao fato da tecnologia para conversão de
do Sol) para formar Hélio (cerca de 25% energia solar em energia térmica ser
da composição do Sol). A taxa de energia bastante simples e amplamente disponível
emitida pelo Sol é aproximadamente no mercado brasileiro, com diversos
constante há bilhões de anos, com uma fornecedores e fabricantes, além da
potência atual da ordem de 3,86 . 1026 W. viabilidade econômica facilmente atingida
A temperatura efetiva na superfície do Sol em bons projetos [1].
é da ordem de 5778 K (5505° C) [1].
A energia irradiada pelo Sol cobre uma
ampla faixa do espectro eletromagnético, Procedimento experimental
conforme ilustra a Figura 1. Cerca de 81% Para a realização do atual experimento,
da energia que chega ao Sistema foram utilizados os seguintes materiais :
Terra/Atmosfera está em uma faixa de 2,70m de Cano pvc 3/4, 2 joelhos 3/4, um
comprimentos de onda que vai do visível balde de 15L, 4 garrafas pet vazias de 2L
ao infravermelho próximo. Essa energia cada, 4 caixas tetra pak, 2 flanges de rosca
alimenta todos os processos térmicos, de pvc, ,cola durepoxi, tinta acrílica preta
dinâmicos e químicos, sejam eles naturais fosca e pincel.
ou artificialmente desenvolvidos, com Inicialmente, cortamos o cano de pvc
aplicação do conhecimento científico e em três partes, sendo duas partes de 1.20m
tecnológico produzido pela sociedade [1]. cada e a terceira de 30cm. Após, medimos
a dimensão dos canos para encaixarmos
dentro das garrafas, cortando o gargalo das

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pets e seus fundos do tamanho do cano de
pvc. Em seguida, utilizamos a tinta acrílica
preta e colorimos o cano, as garrafas, as
caixas tetra pak e os 2 joelhos.
Após a secagem da tinta, montamos os
materiais, encaixando os canos e as
garrafas, utilizando a cola durepoxi para
fixá-los corretamente, como pode-se
observar na figura 2.
Figura 2: Montagem das pets, canos e joelho.
Fonte : Dos próprios autores.
Em seguida, cortamos o balde para
adicionar as flanges e encaixamos os
canos, cortando por fim as garrafas ao
meio, adicionando o tetra pak no interior
de cada uma delas, fechando-as em
seguida (figura 3).
Figura 3: Montagem final do experimento.
Fonte : Imagem dos próprios autores.
Após a montagem final, iniciamos os testes
para certificar de que estava funcionando
corretamente.
Adicionamos água em um outro balde
comum para analisar a diferença de
temperatura entre eles ( em ambos baldes),
ficando por uma hora no sol, para que
ocorra a circulação por termossifão no
balde do sistema, no qual o balde ficou a
um nível acima do sistema para garantir a
circulação da água no coletor pela
diferença de densidade entre a água fria e a
água quente, devido a água fria ser mais
pesada, fazendo com que a água quente vá
para a parte de cima do balde.
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Resultados e discussão
Após os testes, foi possível perceber,
tanto por meio da sensibilidade térmica da
mão, quanto por meio do uso do
termômetro, que a água do balde que
estava ligado ao sistema de aquecimento
solar estava mais quente comparado a água
contida no outro balde, constatada tal
diferença na Tabela 1
Tabela 1: Comparação de temperatura de BB e BP.
Balde preto Temperatur Temperatura
e a inicial as final às 13:30
Balde 12:30hrs hrs
branco
BB 28 33
BP 28 38
Ao analisar a tabela, notamos que BP
(balde preto) se sobressai em relação a BB
(balde branco), apresentando uma
diferença de 5°C entre ambas, chegando a
uma temperatura final de 33°C para o
balde branco e 38°C para o balde acoplado
ao aquecedor, obtendo uma eficiência em
torno de 35,7% para o aquecimento da
água, enquanto o balde branco possui
apenas 17,8% de eficiência.
Essa diferença de temperatura entre as
águas se dá por diversos fatores, sendo eles
o fato do sistema reter a energia solar em si
por ter sido pintado de preto, uma cor
quente, e a utilização das tetra pak que
ajudam a reter o calor devido seus
componentes.
Conclusões
Com a realização do experimento foi
possível observar o termossifão que ocorre
pela circulação da água onde a parte mais
fria acaba descendo pelos tubos e se
aquecendo pela captação de calor através
das garrafas plásticas e as caixas de tetra
pak aquecendo a água e por consequência
subindo, com isso aumentando a
temperatura total da água.
Com os resultados obtidos e anotados
na tabela 1 fica perceptível que o aumento
de temperatura no balde preto acaba sendo
maior que balde branco , onde ambos
passaram pelo mesmo teste e com a mesma
quantidade de tempo, dessa forma
mostrando a eficiência do mesmo
comparado ao outro.

Referências
[1] PEREIRA, Enio Bueno et al. Atlas Brasileiro de
Energia Solar. 2°. ed. São José dos Campos: INPE,
2017. 79 p. ISBN 978­85­17­00089­8. DOI
https://doi.org/10.34024/978851700089. Disponível
em:
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/58353

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 Anexo 1

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