Máquina térmica e o Ciclo de Carnot

Juliane Bassette

Professora: Tânia Maria Coelho

Colegiado de Engenharia de Produção
Universidade Estadual do Paraná/Campo Mourão

Máquina térmica
A máquina térmica funciona utilizando a pressão exercida durante a ebulição da
água, transformando a energia térmica em energia mecânica, utilizam um princípio
físico onde a água tende a aumentar violentamente seu volume em mais de 1200 vezes,
onde passa para o estado gasoso, porém se mantiver o volume do recipiente inalterável,
haverá um aumento na pressão do vapor proporcional, sendo utilizado para realizar
algum tipo de trabalho.

Ciclo de Carnot
Criado pelo engenheiro Sadi Carnot, o Ciclo de Carnot nada mais é do que
uma máquina térmica-teórica que apresenta um ciclo de rendimento máximo para
transformações termodinâmicas de um gás. Assim, ele ocorre por meio de duas reações
isotérmicas associadas a duas transformações adiabáticas, isto é, sem troca de calor com
o meio
Um dos motores mais simples possíveis é um motor de Carnot, para montar esse
motor nós precisamos de um meio de levar e manter o motor em 2 temperaturas, esses
são os chamados reservatórios térmicos, um em baixa temperatura e o outro em alta
temperatura. Esses reservatórios térmicos são apenas fontes externas muito maiores do
que o nosso motor, um bom exemplo disso seria se o nosso motor estivesse em contato
com a água a 0 °C, se tentamos adicionar calor ao motor para aumentar a temperatura
dele, o lago acaba absorvendo esse calor basicamente sem mudar de temperatura
continua em 0°C e se tentarmos tirar calor para reduzir a temperatura do motor o lago
vai fornecer o seu calor para manter a temperatura constante, sendo a função do motor
transformar energia e com isso realizar trabalho. O ciclo do motor de Carnot foi
desenhado em um gráfico de pressão. Por passo um, começamos com um gás
comprimido e conectamos aí o reservatório térmico mais quente e deixamos o gás
expandir, o que libera energia que pode ser utilizada para realizar trabalho, só que ele
não muda de temperatura enquanto isso, nesse passo o gás realiza trabalho e recebe
energia, e o resto do ciclo tem como objetivo usar outros processos físicos para voltar
pro passo um, podendo-se usar a energia útil novamente. Passo 2, desconecta-se o gás
do reservatório térmico e o deixamos resfriar sem trocar energia ou calor com nada, a
energia do gás aqui não muda, mas a sua temperatura, volume e pressão sim. Passo 3
coloca-se o gás em contato com o reservatório a baixa temperatura e comprimimos ele
sem mudar a temperatura, é nesse passo que voltamos dar energia pro gás, precisamos
realizar trabalho para depositar energia nele, ou seja, algo externo realizou o trabalho do
gás e ele ganhou energia. No passo 4, isolamos o gás novamente e deixamos a
temperatura aumentar em quanto a pressão e o volume também variam, mas como ele
não está trocando energia, a energia dele se conserva, no fim desse processo voltamos a
condição do passo um e podemos repetir e o que fizemos.
Carnot provou algumas coisas bem interessantes sobre esse motor ideal que ele
propôs que chamamos de motor de carvão, primeiro ele é literalmente o motor mais
eficiente possível e mesmo assim ele não é 100% eficiente, ou seja, é impossível ter
conversão perfeita de energia. A eficiência do motor de Carnot, ou seja, a eficiência
máxima de qualquer motor depende somente das temperaturas dos reservatórios
térmicos, onde essas questões têm relações profundas com entropia e princípios
fundamentais da física.
O fato de que nenhum motor poder ser perfeito é quase que outro jeito de anunciar
o princípio da entropia ou a segunda lei da termodinâmica, e o fato de que o motor de
Carnot mais eficiente possível está associado intimamente com a conservação de
energia até mesmo na física mais aplicada que pode-se imaginar, os fundamentos da
ciência se revelam para nós apenas de maneira diferente, sendo a coisa mais próxima
que nós conhecemos de motor de Carnot os ciclones, eles usam a temperatura do oceano
e da atmosfera como reservatórios térmicos e conseguem extrair uma quantidade
absurda de energia.