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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA


DIREÇÃO DO CURSO DE FÍSICA LICENCIATURA
DISCIPLINA: MECÂNICA ESTATÍSTICA
PROFESSOR: IURE DA SILVA CARVALHO
ACADÊMICO: FELIPE ROBLEDO CARVALHO
TORRES

Resumo de Mecânica Estatística

O Princípio de Funcionamento do Motor de Combustão Interna e dos Refrigeradores


Comuns

CAXIAS – MA

2022
Felipe Robledo Carvalho Torres

Resumo de Mecânica Estatística

Resumo apresentado tem como objetivo descrever


o princípio de funcionamento do Motor de
Combustão Interna e dos Refrigeradores Comuns.

Professor: Iure da Silva Carvalho

CAXIAS – MA

2022
RESUMO

Os motores a combustão interna são aqueles em que o combustível é queimado


internamente. Um mecanismo constituído por pistão, biela e virabrequim é que transforma a
energia térmica em energia mecânica. O movimento alternativo (vai e vem) do pistão dentro
do cilindro é transformado em movimento rotativo através da biela e do virabrequim. Os
motores de tratores possuem um ou mais cilindros e um correspondente número de pistões e
bielas.

O combustível mais utilizado atualmente no mundo inteiro é a gasolina. O motor que


normalmente equipa os automóveis movidos a gasolina é o motor de combustão interna,
também chamado de motor de explosão interna ou motor a explosão de quatro tempos. Os
termos “combustão” e “explosão” são usados no nome desse motor porque o seu princípio de
funcionamento baseia-se no aproveitamento da energia liberada na reação de combustão de
uma mistura de ar e combustível que ocorre dentro do cilindro do veículo. Esse motor
também é chamado de “motor de quatro tempos” porque seu funcionamento ocorre em
quatro estágios ou tempos diferentes.

O 1º tempo: Admissão. No início, o pistão está em cima, isto é, no chamado ponto morto
superior. Nesse primeiro estágio, a válvula de admissão abre e o pistão desce, sendo puxado
pelo eixo virabrequim. Uma mistura de ar e vapor de gasolina entra pela válvula para ser
“aspirada” para dentro da câmara de combustão, que está a baixa pressão. O pistão chega
ao ponto morto inferior, e a válvula de admissão fecha, completando o primeiro tempo do
motor. 2º tempo: Compressão. O pistão sobe e comprime a mistura de ar e vapor de
gasolina. O tempo de compressão fecha quando o pistão sobe totalmente. 3º tempo:
Explosão ou combustão. Para dar início à combustão da mistura combustível que está
comprimida, solta-se uma descarga elétrica entre dois pontos da vela de ignição. Essa faísca
da vela detona a mistura e empurra o pistão para baixo, fazendo com que ele atinja o ponto
morto inferior. 4º tempo: Escape. A mistura de ar e combustível foi queimada, mas ficaram
alguns resíduos dessa combustão que precisam ser retirados de dentro do motor. Isso é feito
quando o pistão sobe, a válvula de escape abre, e os gases residuais são expulsos. Esse
processo inicia-se novamente, e os quatro tempos ocorrem de modo sucessivo. Os pistões
(carros de passeio costumam ter de quatro a seis pistões), que ficam subindo e descendo,
movem um eixo de manivela, chamado virabrequim, que está ligado às rodas por motores,
fazendo-as girar e, consequentemente, o carro andar.

Chamamos de máquina térmica qualquer dispositivo capaz de converter calor em trabalho


útil. Em geral, as máquinas térmicas operam em ciclos, conhecidos como ciclos
termodinâmicos. Alguns exemplos comuns de máquinas térmicas são as máquinas a vapor
(utilizadas em trens e navios), os motores de automóveis e até mesmo os reatores nucleares.
Tomando como exemplo um motor de automóvel. No interior desse motor ocorre uma reação
de combustão envolvendo um combustível (gasolina, por exemplo). Essa reação é
extremamente exotérmica, ou seja, libera muito calor. A principal função do motor é converter
esse calor em trabalho útil, que é o que proporciona a tração nas rodas e,
consequentemente, o movimento do automóvel.

Todo esse calor gerado pela combustão não é convertido em trabalho útil. Isso por que há
limitações dentro da termodinâmica segundo o enunciado Kelvin-Planck da segunda lei da
termodinâmica: “É impossível construir uma máquina que, operando em ciclos
termodinâmicos, tenha como único efeito converter integralmente em trabalho todo o calor
recebido.” Esse enunciado nos diz que nenhuma máquina térmica é capaz de transformar em
trabalho todo o calor que recebe.

Sendo assim, podemos concluir também que, para toda máquina térmica, parte do calor
recebido (aquele que não foi convertido em trabalho) é rejeitado durante o processo. No
nosso exemplo dos automóveis, esse calor rejeitado deixa a máquina através do sistema de
escapamento.

O funcionamento dos refrigeradores - ou geladeiras -, que podem ser considerados como um


tipo de máquina térmica, pois há vários princípios físicos em uma máquina que utiliza a
vaporização de uma substância (no caso, o gás refrigerante) para retirar calor dos seus
compartimentos. Ou seja, para diminuir sua temperatura interna. Os primeiros refrigeradores,
semelhantes aos que temos hoje, surgiram na década de 1850, mas foi só no início do século
20 que eles começaram a ser adquiridos pelas famílias, para uso doméstico. O refrigerador
foi uma invenção importante, pois, antigamente, o armazenamento e o transporte de
alimentos perecíveis eram muito difíceis, exatamente pelo fato de não existir uma máquina
que provocasse o resfriamento das substâncias e, também, mantivesse as temperaturas
baixas.

A geladeira funciona em ciclos, usando um gás refrigerante num circuito fechado. Assim, o
gás circula permanentemente, sem perdas, a não ser que haja um vazamento no aparelho.
As partes principais de uma geladeira doméstica são: compressor, condensador, válvula
descompressora e evaporador. O compressor é movido por um motor elétrico (por isso você
liga a geladeira na tomada). Ele tem a função de aumentar a pressão e a temperatura do gás
refrigerante, fazendo-o circular pela tubulação interna do aparelho.
Quando o gás passa pelo condensador, perde calor para o meio externo, liquefazendo-se -
ou seja, tornando-se líquido. Ao sair do condensador, um estreitamento da tubulação (tubo
capilar) provoca uma diminuição da pressão. Assim, o elemento refrigerante, agora líquido e
sob baixa pressão, chega à serpentina do evaporador (que tem diâmetro maior que o tubo
capilar), se vaporiza e, assim, retira calor da região interna da geladeira. É importante notar
que o evaporador está instalado na parte superior (congelador) da geladeira. A partir desse
ponto, o ciclo se reinicia e o gás refrigerante é puxado outra vez para o compressor.
Segundo o enunciado de Clausius da segunda lei da termodinâmica, “É impossível que uma
máquina, sem a ajuda de um agente externo, consiga conduzir calor de um sistema para
outro que esteja a uma temperatura maior.“ Na verdade, essa é a apenas a formalização de
algo que podemos perceber em nosso cotidiano: calor nunca irá fluir espontaneamente de um
corpo para outro mais quente. Por exemplo, se você largar uma xícara de café quente sobre
a mesa, o calor sempre vai fluir do café (temperatura maior) para o ambiente (temperatura
menor), e nunca o contrário. Um ar-condicionado, por exemplo, remove calor do interior de
um cômodo (temperatura menor) e libera calor no exterior (temperatura maior). Isso tudo não
viola a segunda lei da termodinâmica, pois esse processo não é espontâneo, e sim forçado.

Sendo assim, na física chamamos de refrigerador uma máquina capaz de transferir calor de
uma região mais fria para uma região mais quente. Para forçar essa transferência, é
necessária a realização de um trabalho por parte da máquina. É por essa razão que os ar-
condicionados e geladeiras precisam estar conectados na tomada: eles utilizam energia
elétrica para realizar esse trabalho.

REFERÊNCIAS

DENIS. Segunda Lei da Termodinâmica: Conceitos e Formulas. Disponível em:


https://blog.aprovatotal.com.br/segunda-lei-da-termodinamica/. Acesso em 01 de maio de
2022.

FABIO, Simôes. Termodinâmica – O Refrigerador Como Máquina Térmica. Disponível em:


https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/termodinamica-2-o-refrigerador-como-maquina-
termica-1.htm. Acesso em 01 de maio de 2022.
ROCHA, Jennifer. Funcionamento do Motor de Combustão Interna. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/funcionamento-motor-combustao-
interna.htm#:~:text=Os%20termos%20%E2%80%9Ccombust%C3%A3o%E2%80%9D%20e
%20%E2%80%9C,dentro%20do%20cilindro%20do%20ve%C3%ADculo. Acesso em 01 de
maio de 2022.

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